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Escola em safariDespertai! — 1972 | 8 de julho
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devido às variadas superfícies de estradas.
Algumas estradas eram boas, a maioria não era, e algumas eram realmente ruins. Durante certa viagem de três dias, caímos num buraco, ficamos presos em três covas, e ficamos atolados num mar de lama e tivemos de ser retirados por um trator. A razão de todos estes infortúnios foi a chuva pesada, que tornou a superfície de barro escorregadia como sabão. É preciso apenas um segundo para ficar atolado, mas pode-se precisar de horas para sair de lá.
Felizmente, havia usualmente povoados próximos e os seus habitantes estavam mais do que contentes em dar ajuda, por pequena remuneração. Com efeito, certo motorista de caminhão nos informou que muitas vezes os aldeões ficam felizes de dispor de um pedaço ruim da estrada próximo como fonte de renda! Algumas partes ruins que conhecia tinham até seu preço fixo a ser pago, caso a pessoa tivesse o infortúnio de ficar atolada ali.
Ao nos aproximarmos de um trecho ruim, de lama e esburacado, os aldeões vieram correndo ao ouvirem o som do veículo e ficaram ali parados, com os braços cruzados, para ver o drama. Coloquei o utilitário na sua marcha mais reduzida. Rodamos e deslizamos com as guinadas e passamos nos buracos e quase, conseguíamos atravessá-los, mas, então, o chassis pegou numa estria entre dois sulcos e as rodas ficaram girando a alguns centímetros do solo, sem se poder fazer nada. Houve grande brado de alegria dos observadores ao correrem adiante para debaterem o preço da ajuda para nos tirar de lá. Levamos bem uns quinze minutos para estabelecer o preço.
Na Província de Kivu, passamos pela “Suíça da República de Zaire”. Foi realmente emocionante guiar pelas montanhas, com vistas sobre os Lagos Alberto, Kivu e Tanganhica. Uma parte da estrada passava pelo Parque Nacional Alberto, e tivemos relances de impalas, búfalos e elefantes.
Boas-Vindas Africanas
A experiência mais acalentadora que usufruímos foi, definitivamente, as boas-vindas que recebíamos em todo lugar em que chegávamos. A congregação local das testemunhas de Jeová chegava em plena força para nos saudar, apinhando-se em volta de nós, sorrindo com todos os dentes à amostra e quase arrancando-nos as mãos de tantos apertos. Ao mesmo tempo, repetiam vez após vez expressões tais como “wako wako”, “jambo yenu”, ou “moyo wenu”, que significam “alô” e “seja bem-vindo”, em suas várias línguas. Para aqueles de nós acostumados às formalidades dignificadas ou às frias saudações polidas de algumas nações, as boas-vindas desinibidas africanas podem ser absolutamente emocionantes. Não havia dúvida de que todos sentiam prazer com nossa chegada.
Em todo lugar, tudo fora preparado de antemão para nossa permanência. Alguém saía invariavelmente de sua casa para deixá-la para nós. O teto era usualmente renovado, os buracos na parede consertados e venezianas eram colocadas nos buracos das janelas. Os assoalhos eram varridos e obtinham-se uma mesa e duas cadeiras para nós. Uma nova privada havia sido escavada e um lugar era fechado para receber um chuveiro.
Logo que nos havíamos estabelecido, começávamos a receber uma corrente de visitantes com presentes. O tradicional presente é uma galinha, e, em certo lugar, acabamos ficando com dez delas, cacarejando e estrilando por toda a volta da casa. De vez em quando, recebíamos um pato, e, por duas vezes, foi-nos dado um pequeno veado. Outros traziam frutas, legumes, arroz ou ovos. A generosidade destas pessoas humildes jamais deixou de nos emocionar. Tinham tão pouco em sentido material, e, ainda assim, davam com coração generoso.
Os Estudantes
A escola era sempre dirigida no Salão do Reino, o local de reuniões das testemunhas de Jeová. Usualmente era um prédio razoavelmente grande, de barro, com laterais abertos e um telhado de colmo. Isto contribui para um interior prazeirosamente fresco.
Os convidados a cursá-la chegavam de barco, alguns de trem, porém a forma mais comum de transporte era a bicicleta. Alguns, porém, andavam até trezentos e vinte quilômetros! Todos recebiam a mesma acolhida calorosa e nunca houve qualquer problema para se encontrar hospedagem entre os membros da congregação local. A hospitalidade é caraterística inata dos africanos.
As aulas eram na maioria dirigidas em francês e traduzidas para seis dos idiomas locais: lingala, kikongo, suaili, kiluba, cibemba e tshiluba. Os ministros que a cursavam provinham de tribos e formações diferentes, mas viviam e estudavam juntos em perfeita harmonia na escola. Variavam em idade de vinte a mais de sessenta anos, e possuíam variadas capacidades escolásticas.
Para os acostumados a cultivar o solo e a trabalhar com as mãos, estudar continuamente por duas semanas era deveras trabalho árduo. No entanto, manifestavam um espírito disposto. Cursar a escola encheu a todos do desejo de aprimorar sua própria habilidade de leitura e a incentivar os outros em suas congregações locais a fazer o mesmo. Uma das expressões mais comuns, no fim de cada curso de duas semanas, era que não havia sido bastante longo.
Estas expressões de apreciação e de genuína hospitalidade que recebemos, tornavam insignificantes todas as inconveniências de viagem. Deveras, consideramos um privilégio ter uma parte nesta “escola em safari”.
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Em que estava interessado?Despertai! — 1972 | 8 de julho
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Em que estava interessado?
✔ Certa senhora em Fort Pierce, Flórida, EUA, disse a uma testemunha de Jeová que seu marido se recusou a ir mais à igreja. Explicou a razão. O pregador deles os visitara em casa certo dia. Ao ser informado que não podiam contribuir financeiramente para a igreja por causa de recentes despesas médicas, o clérigo foi embora, dizendo: “Quando puderem pagar, nos veremos na igreja!”
Quão diferente do apóstolo Paulo, ministro fiel de Jeová Deus, cujo principal interesse nas pessoas era o bem-estar espiritual delas. — Efé. 1:15-19.
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Mudar a dieta do filhote de coalaDespertai! — 1972 | 8 de julho
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Mudar a dieta do filhote de coala
✔ O coala ou urso-de-bôlso, animal indígena da Austrália, alimenta-se apenas das folhas de eucalipto. Naturalmente, os filhotes de coala têm de tomar leite. No entanto, quando atingem seis meses de vida, são ajudados a adaptar-se a uma dieta vegetal. Como ocorre esta mudança de dieta é um fenômeno curioso. François Bourlière a descreve em seu livro The Natural History of Mammals (A História Natural dos Mamíferos):
“Por ocasião de desmamar . . . a mãe consegue prover a prole com uma espécie de mingau feito de folhas de eucalipto que o filhote come diretamente do ânus da mãe. Esta ‘sopa’ de legumes não contém excremento e é produzida apenas por um mês, a cada dois ou três dias, entre as três e quatro horas da tarde. Neste período, acelera-se grandemente o crescimento do filhote.”
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Mais salgada massa aquosaDespertai! — 1972 | 8 de julho
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Mais salgada massa aquosa
● O Mar Morto, situado no extremo do Rio Jordão, entre Israel e a Jordânia, é uma das duas mais salgadas massas aquosas da terra. Tem cerca de seis vezes mais sal do que a água oceânica e contém cerca de 24 por cento de matéria sólida, na maior parte sal. O Grande Lago Salgado em Utah é a outra massa aquosa comparável em salinidade.
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