lançado e as Testemunhas de ­Jeová sofreram feroz perseguição em mais de 40 terras, A Sentinela fortaleceu os do povo de Deus com artigos tais como “Felizes Embora Perseguidos!” e “Os Cristãos Enfrentam a Perseguição com Perseverança”.b

13. Iguais aos cristãos de Esmirna, por que não temem as cristãs Testemunhas de Jeová a perseguição?

¹³ De fato, as cristãs Testemunhas de ­Jeová estão sofrendo perseguição física e outras provas por uns simbólicos dez dias. Iguais aos cristãos lá em Esmirna, elas não têm medo; nem têm quaisquer de nós necessidade de ter medo, ao passo que as dificuldades aumentam aqui na Terra. Estamos preparados para perseverar em sofrimentos e para aceitar com ­alegria até mesmo ‘o saque de nossos bens’. (Hebreus 10:32-34) Por estudar a Palavra de Deus e assimilá-la, estaremos equipados para continuar sólidos na fé. Pode estar certo de que ­Jeová pode resguardá-lo e o resguardará mesmo, ao passo que você mantém a integridade. ‘Lance sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de você.’ — 1 Pedro 5:⁠6-11.

Capítulo 9

Apegue-se ao nome de Jesus

PÉRGAMO

1. Que congregação recebeu a mensagem seguinte de Jesus, e em que espécie de cidade viviam esses cristãos?

VIAJANDO 80 quilômetros de Esmirna para o norte, pela estrada costeira, e depois uns 25 quilômetros para o interior, através do vale do rio Caico, chegamos a Pérgamo, agora chamada Bergama. A cidade era famosa pelo seu templo de Zeus, ou Júpiter. No século 19, arqueólogos transportaram o altar deste templo para a Alemanha, onde ainda pode ser visto, junto com muitas estátuas e relevos de deuses pagãos, no Museu de Pérgamo, em Berlim. Que mensagem enviaria o Senhor Jesus à congregação que vivia no meio de toda esta idolatria?

2. Como Jesus se identifica, e o que significa ele ter ‘a espada de dois gumes’?

² Primeiro, Jesus identifica-se, dizendo: “E ao anjo da congregação em Pérgamo escreve: Estas coisas diz aquele que tem a longa espada afiada de dois gumes.” (Revelação 2:12) Jesus repete aqui a descrição dele dada em Revelação 1:16. Como Juiz e Executor, ele abaterá os que perseguem seus discípulos. Quão consoladora é esta certeza! Quanto ao julgamento, porém, que os dentro da congregação também fiquem advertidos de que Jeová, agindo por meio deste “mensageiro do pacto”, Jesus Cristo, ‘tornar-se-á testemunha veloz’ contra todos os professos cristãos que praticarem a idolatria, a imoralidade, a mentira e a desonestidade, e que deixarem de cuidar dos necessitados. (Malaquias 3:1, 5; Hebreus 13:1-3) O conselho e a repreensão que Deus faz Jesus transmitir precisam ser acatados!

3. Que adoração falsa se praticava em Pérgamo, e como se pode dizer que ali se encontrava “o trono de Satanás”?

³ Jesus diz então à congregação: “Sei onde estás morando, isto é, onde está o trono de Satanás.” (Revelação 2:13a) Deveras, aqueles cristãos achavam-se rodeados pela adoração satânica. Além do templo de Zeus, havia um santuário dedicado a Esculápio, o deus da medicina. Pérgamo era também famosa como centro do culto ao imperador. A palavra hebraica traduzida “Satanás” significa “Opositor”, e o “trono” deste representa seu domínio mundial, permitido por Deus por algum tempo. (Jó 1:6, Tradução do Novo Mundo com Referências, nota) A profusão de idolatria em Pérgamo mostrava que o “trono” de Satanás estava firmemente fixado naquela cidade. Quão irado deve ter ficado Satanás porque os cristãos dali não se curvavam diante dele em adoração nacionalista!

4. (a) Que elogio Jesus dá aos cristãos em Pérgamo? (b) O que escreveu Plínio, legado romano, ao Imperador Trajano sobre o tratamento dispensado aos cristãos? (c) Apesar do perigo, que proceder os cristãos em Pérgamo adotavam?

⁴ Sim, “o trono de Satanás” está ali mesmo em Pérgamo. “Contudo”, prossegue Jesus, “persistes em apegar-te ao meu nome e não negaste a tua fé em mim, mesmo nos dias de Ântipas, minha testemunha, o fiel, que foi morto ao vosso lado, onde Satanás está morando”. (Revelação 2:13b) Que elogio emocionante! Sem dúvida, o martírio de Ântipas foi resultado da sua recusa de acompanhar as práticas demonistas e a adoração do imperador romano. Pouco depois de João receber esta profecia, Plínio, o Moço, legado pessoal do Imperador Trajano de Roma, escreveu a Trajano e explicou seu método de lidar com os acusados de serem cristãos — método que o imperador aprovou. Os que negavam ser cristãos eram libertados, conforme disse Plínio, depois de “terem repetido minha invocação aos deuses, oferecido incenso e vinho à tua imagem [a de Trajano] . . . e, além disso, amaldiçoado a Cristo”. Os que fossem constatados ser cristãos eram executados. Mesmo confrontados com tal perigo, os cristãos em Pérgamo não renunciaram à sua fé. ‘Apegavam-se ao nome de Jesus’ por continuarem a honrar a elevada posição dele como Vindicador e Juiz nomeado de Jeová. Seguiam lealmente os passos de Jesus como testemunhas do Reino.

5. (a) Que equivalente moderno do culto ao imperador tem resultado em severas provas para cristãos em nossos dias? (b) Que ajuda A Sentinela tem dado aos cristãos?

⁵ Em diversas ocasiões, Jesus esclarecera que Satanás governa este atual mundo iníquo, mas, por causa da integridade de Jesus, Satanás não tinha nenhum poder sobre ele. (Mateus 4:8-11; João 14:30) Em nossos dias, poderosas nações, notavelmente “o rei do norte” e “o rei do sul”, lutam pelo domínio do mundo. (Daniel 11:40) Incita-se o fervor patriótico, e o culto ao imperador tem seu equivalente moderno na onda de nacionalismo que varre a Terra. Artigos sobre neutralidade, publicados em A Sentinela de fevereiro de 1940 e, novamente, nos números de 1.º de junho de 1980 e de 1.º de setembro de 1986, delinearam claramente o ensino bíblico sobre esta questão, fornecendo orientações aos cristãos que querem andar no nome de Jeová e vencer o mundo, assim como Jesus o venceu corajosamente. — Miqueias 4:1, 3, 5; João 16:33; 17:4, 6, 26; 18:36, 37; Atos 5:29.

6. Iguais a Ântipas, que posição firme as Testemunhas de Jeová adotam nos tempos modernos?

⁶ Tal conselho era urgentemente necessário. Em face do desarrazoado fervor patriótico, as Testemunhas de Jeová, tanto os ungidos como seus companheiros, tiveram de se manter firmes na fé. Nos Estados Unidos, centenas de crianças e professores foram despedidos de escolas por não fazerem continência à bandeira nacional, ao passo que, na Alemanha, as Testemunhas de Jeová eram ferozmente perseguidas por se negarem a fazer continência à suástica. Conforme já mencionado, os nazistas de Hitler mataram milhares de servos leais de Jeová por estes se negarem a participar em tal idolatria nacionalista. Nos anos 30, durante o apogeu da adoração do imperador xintoísta, no Japão, dois ministros pioneiros lançaram muitas sementes do Reino em Formosa, então ocupada pelos japoneses. Os governantes militares lançaram-nos na prisão, onde um deles morreu por causa dos maus-tratos recebidos. O outro foi mais tarde solto, só para ser morto por um tiro pelas costas — um hodierno Ântipas. Até hoje há países em que se exige a adoração de símbolos nacionalistas e a devoção exclusiva ao Estado. Muitos jovens das Testemunhas foram encarcerados, e não são poucos os que foram executados, por causa da sua corajosa posição neutra como cristãos. Se você for um jovem que se confronta com tais questões, estude diariamente a Palavra de Deus para que tenha “fé para preservar viva a alma”, com a perspectiva de ter vida eterna. — Hebreus 10:39–11:1; Mateus 10:28-31.

7. Como jovens na Índia enfrentaram a questão da adoração nacionalista, e com que resultado?

⁷ Jovens na escola se viram confrontados com questões similares. Em 1985, no estado de Querala, na Índia, três filhos jovens de Testemunhas de Jeová recusaram transigir em sua fé baseada na Bíblia, não cantando o hino nacional. Ficavam respeitosamente em pé, enquanto os outros cantavam, mas, não obstante, foram expulsos da escola. Seu pai apelou desta ação até a Suprema Corte da Índia, onde os dois juízes decidiram a favor dos jovens, declarando corajosamente: “A nossa tradição ensina a tolerância; a nossa filosofia ensina a tolerância; a nossa constituição pratica a tolerância; não diluamos isso.” A publicidade jornalística e os editoriais favoráveis resultantes deste caso informaram a nação inteira, que na época tinha quase um quinto da população da Terra, de que naquele país há cristãos que adoram o Deus verdadeiro, Jeová, e que se mantêm leais aos princípios bíblicos.

Influências Corrompedoras

8. Que censura Jesus acha necessário dar aos cristãos em Pérgamo?

⁸ Sim, os cristãos em Pérgamo são íntegros. “Não obstante”, diz Jesus, “tenho algumas coisas contra ti”. O que fizeram para merecer censura? Jesus nos informa: “Tens aí os que se apegam ao ensino de Balaão, o qual foi ensinar a Balaque a pôr uma pedra de tropeço diante dos filhos de Israel, para que comessem de coisas sacrificadas a ídolos e cometessem fornicação.” — Revelação 2:14.

9. Quem era Balaão, e como seu conselho colocou “uma pedra de tropeço diante dos filhos de Israel”?

⁹ Nos dias de Moisés, o Rei Balaque, de Moabe, para amaldiçoar Israel, contratou Balaão, profeta não israelita, que sabia algo sobre a atuação de Jeová. Jeová resistiu a Balaão, compelindo-o a proferir bênçãos para os israelitas e males para os inimigos deles. Balaão pacificou o resultante ressentimento de Balaque por sugerir um ataque mais sutil: que as mulheres de Moabe seduzissem os homens de Israel para praticarem crassa imoralidade sexual e a adoração idólatra do falso deus Baal de Peor! Essa tática funcionou. Acendeu-se a ira justa de Jeová, enviando ele um flagelo que matou 24.000 desses fornicadores israelitas — um flagelo que só foi interrompido quando o sacerdote Fineias tomou ação positiva para remover a maldade de Israel. — Números 24:10, 11; 25:1-3, 6-9; 31:16.