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Ben-hadadeAjuda ao Entendimento da Bíblia
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invasores, de modo que Ben-Hadade começou a suspeitar da presença de um traidor entre seus próprios servos. Ao saber que Eliseu era quem informava o rei de Israel sobre ‘as coisas que Ben-Hadade falava no seu dormitório interno’, o rei sírio enviou poderosa força militar para capturar Eliseu em Dotã. Eliseu, contudo, fez com que as tropas fossem miraculosamente assoladas com uma forma de cegueira, e conduziu-as bem para o meio da capital israelita, Samaria. Esta experiência, talvez junto com o tratamento e a libertação misericordiosos concedidos aos sírios ali, puseram fim à atividade de guerrilhas, embora isso não eliminasse a atitude agressiva de Ben-Hadade. — 2 Reis 6:9-23.
Ainda inclinado a derrubar o reino israelita, Ben-Hadade mais tarde ajuntou suas forças e cercou Samaria, provocando condições de fome do tipo mais grave. (2 Reis 6:24-29) Todavia, quando Jeová, certa noite, fez com que o acampamento sírio ouvisse o som dum grande exército que se aproximava, eles precipitadamente concluíram que Jeorão havia contratado os hititas e os egípcios para salvá-lo, e, depois disso, fugiram para a Síria no meio das trevas, deixando atrás todo seu equipamento e suas provisões. — 2 Reis 7:6, 7.
Ben-Hadade II estava em seu leito de doença quando Eliseu viajou para Damasco, cumprindo a comissão divina que fora dada a seu predecessor, Elias. (1 Reis 19:15) Enviando a carga de 40 camelos com presentes para o profeta, Ben-Hadade indagou sobre as possibilidades de recuperar-se de sua doença. A resposta de Eliseu, dada a Hazael, mostrava que o rei morreria, assumindo Hazael a realeza. No dia seguinte, Hazael fez com que Ben-Hadade morresse sufocado, e então Hazael assumiu o trono como rei. — 2 Reis 8:7-15.
Ben-Hadade II parece ser Hadadezer (Assírio, Adad-’idri), mencionado nas inscrições de Salmaneser III, da Assíria. Alguns peritos sugerem que Hadadezer era o “nome régio” de Ben-Hadade, similar ao nome “Pul”, usado para Tiglate-Pileser III, e o nome Zedequias, dado a Matanias, quando foi feito rei por Nabucodonosor. (2 Reis 15:19; 24:17) Outros expendem o conceito de que o nome pleno de Ben-Hadade era Ben-Hadadezer, e que tanto Ben-Hadade (nas Escrituras Hebraicas) como Hadadezer (ou Adad-’idri, nos textos cuneiformes assírios) eram formas abreviadas deste nome. De qualquer modo, uma inscrição de Salmaneser III parece confirmar esta identificação quando, depois de relatar um conflito com os sírios, ela declara: “Hadadezer (mesmo) pereceu. Hazael, um comum (literalmente: filho de ninguém, ou joão-ninguém), apoderou-se do trono.”
3. O filho de Hazael, rei da Síria. (2 Reis 13:3) Ben-Hadade III estava evidentemente associado a seu pai na opressão contra Israel, nos dias de Jeoacaz (c. 876-860 A.E.C.), e na captura de cidades israelitas pela Síria. Jeová, contudo, suscitou um “salvador” para Israel, aparentemente Jeoacaz, e de seu sucessor, Jeroboão II (c. 844-803 A.E.C.). (2 Reis 13:4, 5) Em cumprimento da profecia final de Eliseu, Jeoás recapturou “da mão de Ben-Hadade, filho de Hazael, as cidades que este tinha tirado da mão de Jeoacaz”, derrotando as forças sírias em três ocasiões. (2 Reis 13:19, 23-25) Jeroboão II deu seqüência às vitórias de seu pai sobre a Síria, devolvendo as fronteiras de Israel à sua condição anterior, assim servindo como “salvador” para Israel. (2 Reis 14:23-27) Ben-Hadade III não é mencionado em relação com as conquistas de Jeroboão, e talvez não mais estivesse vivo naquela época.
A Estela de Zakir, descoberta em 1903, descreve um esforço punitivo lançado por “Birhadade, filho de Hazael, rei de Arã”, como o chefe duma coligação de reis sírios contra “Zakir, rei de Hamate e Lu‘ash”, destarte acrescentando o testemunho arqueológico à existência de Ben-Hadade III, filho de Hazael.
A expressão “as torres da habitação de Ben-Hadade”, usada pelo profeta Amós (que profetizou durante o reinado de Jeroboão II) para referir-se aos palácios reais em Damasco (Amós 1:3-5; compare com 2 Reis 16:9), continuou a ser usada, de modo similar, por Jeremias, uns dois séculos depois. — Jer. 49:23-27.
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BenignidadeAjuda ao Entendimento da Bíblia
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BENIGNIDADE
A qualidade ou estado de se ter interesse ativo no bem-estar de outros; atos ou favores amigáveis e prestimosos. Jeová Deus assume a liderança e é o melhor exemplo de alguém que mostra benignidade de tantos modos para com outros, mesmo para com os ingratos e iníquos, incentivando-os ao arrependimento. (Luc. 6:35; Rom. 2:4; 11:22; Tito 3:4, 5) Similarmente, a benignidade é notável característica de Cristo Jesus. — 2 Cor. 10:1.
Aos cristãos, por sua vez, sob o jugo benigno de Cristo (Mat. 11:30), insta-se que se revistam de benignidade (Col. 3:12; Efé. 4:32), e desenvolvam os frutos do espírito de Deus, que incluem a benignidade. (Gál. 5:22) Desta forma, eles se recomendam como ministros de Deus. (2 Cor. 6:4-6) “O amor é . . . benigno.” — 1 Cor. 13:4.
A BENEVOLÊNCIA (BENIGNIDADE AMOROSA) DE DEUS
Assim como acontece nas Escrituras Gregas Cristãs, assim também, nas Escrituras Hebraicas, faz-se freqüente menção à benignidade. A palavra hebraica hhésedh, quando usada com referência à benignidade, ocorre mais de 240 vezes. Provém do verbo hhasádh, que significa, possivelmente, “abaixar-se ou curvar-se” ou “inclinar-se”, e transmite mais do que a simples idéia de consideração terna ou a benignidade que procede do amor, embora inclua tais características. Trata-se de benignidade que amorosamente se liga a um objeto até que seu propósito, em relação a tal objeto, se realize. Por isso, hhésedh é mais compreensivelmente traduzida
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