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  • ‘Persista em vencer o mal’ por controlar a ira
    A Sentinela — 2010 | 15 de junho
    • ‘Persista em vencer o mal’ por controlar a ira

      ‘Não vos vingueis, amados, porém, persisti em vencer o mal com o bem.’ — ROM. 12:19, 21.

      1, 2. Que bom exemplo deu um grupo de viajantes Testemunhas de Jeová?

      UM GRUPO de 34 irmãos viajava de avião para assistir à dedicação de uma sede das Testemunhas de Jeová quando um problema mecânico atrasou o voo. O que era para ser uma escala de reabastecimento de uma hora transformou-se numa provação de 44 horas num aeroporto remoto, sem comida, água e sanitários adequados. Muitos passageiros se irritaram e ameaçaram os funcionários do aeroporto. Mas os irmãos permaneceram calmos.

      2 Por fim, as Testemunhas de Jeová chegaram ao destino a tempo de assistir à parte final do programa de dedicação. Mesmo cansados, não saíram logo após o evento, pois queriam se associar com os irmãos locais. Mais tarde, souberam que seu exemplo de paciência e autocontrole não passou despercebido. Um dos outros passageiros disse à empresa aérea: “Se não fossem os 34 cristãos a bordo, teria havido um tumulto no aeroporto.”

      Vivemos num mundo enraivecido

      3, 4. (a) Como e há quanto tempo a ira violenta aflige os humanos? (b) Caim poderia ter controlado a sua ira? Explique.

      3 As pressões da vida neste mundo mau podem irritar as pessoas. (Ecl. 7:7) Essa ira muitas vezes resulta em ódio e violência. Há guerras e revoluções, e tensões familiares geram conflitos em muitos lares. Essa ira e violência têm uma longa história. Caim, o primeiro filho de Adão e Eva, matou seu irmão mais novo, Abel, por causa de ira ciumenta. Caim cometeu esse ato vil embora Jeová o tivesse exortado a controlar suas emoções e prometido abençoá-lo se o fizesse. — Leia Gênesis 4:6-8.

      4 Apesar de sua imperfeição herdada, Caim podia escolher o que fazer. Podia ter refreado sua ira. É por isso que ele foi plenamente responsável por seu ato violento. De modo similar, nossa imperfeição torna difícil evitar a ira e atos furiosos. E outras poderosas forças negativas aumentam a tensão nestes “tempos críticos”. (2 Tim. 3:1) Por exemplo, dificuldades econômicas podem afetar nossas emoções. A polícia e organizações de apoio à família relacionam as crises no sistema financeiro ao aumento nos casos de acessos de ira e violência doméstica.

      5, 6. Que atitude do mundo com relação à ira pode nos afetar?

      5 Além disso, muitos dos com quem temos contato no mundo são “amantes de si mesmos”, “soberbos” e até mesmo “ferozes”. É muito fácil que más características como essas nos afetem e nos irritem. (2 Tim. 3:2-5) De fato, muitos filmes e programas de TV retratam a vingança como algo nobre e a violência como meio natural e justificável de resolver problemas. Os enredos muitas vezes levam os espectadores a ansiar o momento em que o vilão “recebe o que merece” — em geral um fim violento às mãos do herói da história.

      6 Esse tipo de influência não promove os caminhos de Deus, mas sim o “espírito do mundo” e de seu furioso governante, Satanás. (1 Cor. 2:12; Efé. 2:2; Rev. 12:12) Tal espírito agrada à carne imperfeita e está em total oposição ao espírito santo de Deus e de seu fruto. Realmente, um ensino fundamental do cristianismo é não retaliar sob provocação. (Leia Mateus 5:39, 44, 45.) Como, então, podemos aplicar os ensinos de Jesus de modo mais pleno?

      Bons e maus exemplos

      7. O que resultou de Simeão e Levi não terem controlado a sua ira?

      7 A Bíblia contém muitos conselhos sobre controlar a ira, bem como exemplos do que pode acontecer quando acatamos, ou não, esses conselhos. Veja o que aconteceu quando Simeão e Levi, filhos de Jacó, vingaram-se de Siquém por ter violentado a irmã deles, Diná. Eles “sentiram-se feridos nos seus sentimentos e ficaram muito irados”. (Gên. 34:7) A seguir, os outros filhos de Jacó atacaram a cidade onde Siquém morava, saquearam-na e raptaram as mulheres e as crianças. Fizeram tudo isso não apenas por causa de Diná, mas com certeza também por orgulho ou em defesa da honra. Acharam que Siquém havia ofendido a eles e ao pai deles, Jacó. Mas o que Jacó achou da conduta de seus filhos?

      8. O que o relato de Simeão e Levi mostra a respeito de vingança?

      8 A trágica experiência de Diná com certeza entristeceu muito a Jacó; mas ele condenou a vingança de seus filhos. Simeão e Levi ainda tentaram se justificar, dizendo: “Havia alguém de tratar nossa irmã como prostituta?” (Gên. 34:31) Mas esse não foi o fim da questão, pois Jeová estava indignado com o acontecido. Muitos anos depois, Jacó predisse que, por causa dos atos violentos e furiosos de Simeão e Levi, seus descendentes seriam espalhados entre as tribos de Israel. (Leia Gênesis 49:5-7.) A fúria descontrolada de Simeão e Levi resultou no desfavor tanto de Deus como do pai deles.

      9. Em que ocasião Davi quase cedeu à ira?

      9 Foi muito diferente no caso do Rei Davi. Ele teve muitas oportunidades de se vingar, mas nunca fez isso. (1 Sam. 24:3-7) Certa ocasião, porém, ele quase cedeu à ira. Um homem rico chamado Nabal insultou os homens de Davi, embora estes tivessem protegido os rebanhos e os pastores de Nabal. Talvez em especial por causa das ofensas dirigidas a seus homens, Davi estava decidido a retaliar com violência. Enquanto ele e seus homens estavam a caminho para atacar Nabal e sua família, um jovem relatou o fato a Abigail, a sensata esposa de Nabal, e a exortou a agir. Ela logo preparou um grande presente para Davi e foi ao seu encontro. Humildemente desculpou-se pela insolência de Nabal e apelou para o temor que Davi tinha a Jeová. Davi caiu em si e disse: “Bendita sejas tu que neste dia me contiveste de entrar em culpa de sangue.” — 1 Sam. 25:2-35.

      A atitude cristã

      10. Que atitude com relação à vingança os cristãos devem desenvolver?

      10 O ocorrido com Simeão e Levi e entre Davi e Abigail mostra com clareza que Jeová se opõe à ira e à violência descontroladas e abençoa os esforços pela paz. “Se possível, no que depender de vós, sede pacíficos para com todos os homens”, escreveu o apóstolo Paulo. “Não vos vingueis, amados, mas cedei lugar ao furor; pois está escrito: ‘A vingança é minha; eu pagarei de volta, diz Jeová.’ Mas, ‘se o teu inimigo tiver fome, alimenta-o; se ele tiver sede, dá-lhe algo para beber; pois, por fazeres isso, amontoarás brasas acesas sobre a sua cabeça’. Não te deixes vencer pelo mal, porém, persiste em vencer o mal com o bem.” — Rom. 12:18-21.a

      11. Como certa irmã aprendeu a lidar com a raiva?

      11 É possível aplicar esse conselho. Por exemplo, uma irmã queixou-se a um ancião a respeito de sua nova supervisora no emprego. Ela a qualificou de pessoa injusta e sem bondade. Estava irritada com a mulher e queria largar o emprego. O ancião a aconselhou a não fazer nada precipitado. Ele discerniu que a raiva da irmã diante da falta de bondade da supervisora havia apenas agravado a situação. (Tito 3:1-3) O ancião destacou que, mesmo que ela encontrasse um novo emprego, teria de mudar seu modo de reagir à falta de bondade. Ele a aconselhou a tratar a supervisora do jeito que ela mesma gostaria de ser tratada, como Jesus nos ensinou a fazer. (Leia Lucas 6:31.) A irmã concordou em tentar. O resultado? Depois de algum tempo, a atitude da supervisora melhorou e ela até mesmo agradeceu à irmã pelo seu trabalho.

      12. Por que divergências entre cristãos podem ser especialmente dolorosas?

      12 Não nos surpreende quando problemas assim envolvem alguém de fora da congregação cristã. Sabemos que a vida no mundo de Satanás muitas vezes é injusta e precisamos lutar para não permitir que transgressores nos irritem. (Sal. 37:1-11; Ecl. 8:12, 13; 12:13, 14) Mas quando há um problema com um irmão ou irmã espirituais, a dor pode ser muito mais profunda. Certa irmã se recorda: “Meu maior obstáculo quando entrei na verdade foi aceitar o fato de que o povo de Jeová não é perfeito.” Nós saímos de um mundo frio e sem consideração, e nossa expectativa era de que todos na congregação se tratassem com bondade cristã. Assim, se um cristão, em especial alguém que tem responsabilidades na congregação, age de modo irrefletido ou não cristão, isso pode nos magoar ou irritar. ‘Como isso pode acontecer entre o povo de Jeová?’, talvez nos perguntemos. Na verdade, coisas assim ocorriam até mesmo entre cristãos ungidos nos dias dos apóstolos. (Gál. 2:11-14; 5:15; Tia. 3:14, 15) Como devemos reagir quando somos afetados?

      13. Por que e como devemos agir para resolver divergências?

      13 “Aprendi a orar em favor de qualquer pessoa que me magoe”, disse a irmã já mencionada. “Isso sempre ajuda.” Como já lemos, Jesus nos ensinou a orar pelos que nos perseguem. (Mat. 5:44) Quanto mais devemos orar pelos nossos irmãos espirituais! Assim como um pai deseja que haja amor entre seus filhos, Jeová deseja que haja harmonia entre seus servos na Terra. Aguardamos viver juntos para sempre de modo pacífico e feliz, e Jeová está nos ensinando a fazer isso. Ele deseja que cooperemos em realizar a sua grande obra. Portanto, resolvamos os problemas ou simplesmente ‘passemos por alto’ a transgressão e sigamos em frente unidos. (Leia Provérbios 19:11.) Em vez de nos afastar dos irmãos quando surgem problemas, devemos ajudar uns aos outros a permanecer entre o povo de Deus, seguros nos “braços eternos” de Jeová. — Deut. 33:27, Nova Versão Internacional.

      Ser “meigo para com todos” traz bons resultados

      14. Como podemos combater as influências divisórias de Satanás?

      14 Para nos impedir de divulgar as boas novas, Satanás e os demônios procuram ativamente romper famílias e congregações felizes. Eles tentam semear a discórdia, sabendo que divisões internas são destrutivas. (Mat. 12:25) Para combater sua má influência, é bom seguirmos este conselho de Paulo: “O escravo do Senhor não precisa lutar, porém, precisa ser meigo para com todos.” (2 Tim. 2:24) Lembre-se de que nossa luta ‘não é contra sangue e carne, mas contra forças espirituais iníquas’. Para ganharmos essa luta, temos de usar a armadura espiritual, incluindo o “equipamento das boas novas de paz”. — Efé. 6:12-18.

      15. Como devemos reagir aos ataques de fora da congregação?

      15 De fora da congregação, os inimigos de Jeová lançam perversos ataques contra seu povo pacífico. Alguns agridem as Testemunhas de Jeová fisicamente. Outros nos caluniam na imprensa ou nos tribunais. Jesus disse que seus seguidores deviam esperar isso. (Mat. 5:11, 12) Como devemos reagir? Nunca devemos ‘retribuir mal por mal’, em palavras ou ações. — Rom. 12:17; leia 1 Pedro 3:16.

      16, 17. Que situação provadora enfrentou certa congregação?

      16 Independentemente do mal que o Diabo nos cause, por ‘persistirmos em vencer o mal com o bem’, podemos dar bom testemunho. Por exemplo, certa congregação numa ilha do Pacífico alugou um salão para a Comemoração. Ao saberem disso, chefes religiosos locais convocaram seus adeptos para um culto nesse salão na mesma hora marcada para o nosso evento. Mas o chefe de polícia ordenou aos religiosos que deixassem o salão livre para as Testemunhas de Jeová. No entanto, ao chegar a hora, o salão estava cheio de membros da igreja e seu culto começou.

      17 Enquanto a polícia se preparava para esvaziar o salão à força, o presidente da igreja perguntou a um de nossos anciãos: “Vocês têm algo especial programado para esta noite?” O irmão falou-lhe sobre a Comemoração, e o homem disse: “Ah, eu não sabia!” Diante disso, um policial exclamou: “Mas nós o avisamos hoje de manhã!” O religioso voltou-se para o ancião e, com um leve sorriso irônico, disse: “O que você vai fazer agora? Este salão está lotado. Vai pedir que a polícia nos expulse?” Astutamente, ele manobrou as coisas para criar a impressão de que os perseguidores eram as Testemunhas de Jeová. Como nossos irmãos reagiriam?

      18. Como os irmãos reagiram a uma provocação, e com que resultado?

      18 Os irmãos sugeriram que a igreja realizasse um culto de meia hora, depois do qual se seguiria a Comemoração. O culto passou da hora, mas, após a saída dos membros da igreja, a Comemoração foi realizada. No dia seguinte, o governo nomeou um grupo de investigação. Depois de considerar os fatos, o grupo obrigou a igreja a anunciar que a causa do problema tinha sido o presidente da igreja, não as Testemunhas de Jeová. O grupo também agradeceu às Testemunhas de Jeová por sua paciência nessa situação difícil. Os esforços dos servos de Jeová de ‘serem pacíficos com todos’ produziram bons frutos.

  • Falar com bondade promove boas relações
    A Sentinela — 2010 | 15 de junho
    • Falar com bondade promove boas relações

      “Vossa pronunciação seja sempre com graça.” — COL. 4:6.

      1, 2. Que benefício resultou de certo irmão ter falado com bondade?

      “AO PREGAR de casa em casa, encontrei um homem que ficou tão irritado que seus lábios tremiam e seu corpo inteiro estremecia”, conta certo irmão. “Calmamente tentei raciocinar com ele à base das Escrituras, mas a raiva dele só aumentava. Sua esposa e filhos também me insultavam, de modo que percebi que estava na hora de me retirar. Garanti à família que eu havia vindo em paz e desejava sair em paz. Mostrei-lhes Gálatas 5:22 e 23, que fala de amor, brandura, autodomínio e paz. Daí me retirei.

      2 “Mais tarde, ao visitar as casas do outro lado da rua, vi aquela família sentada nos degraus da escada em frente da casa. Eles me chamaram. Eu pensei: ‘E agora?’ O homem tinha na mão uma jarra, e me ofereceu um copo de água gelada. Desculpou-se pela sua grosseria e elogiou minha forte fé. Nós nos despedimos em paz.”

      3. Por que não devemos permitir que outros nos irritem?

      3 Num mundo tão cheio de pressões, deparar-se com pessoas irritadas, até mesmo no ministério, é quase inevitável. Quando isso acontece, é essencial mostrarmos “temperamento brando e profundo respeito”. (1 Ped. 3:15) Se aquele irmão tivesse se irritado com a raiva e a grosseria do morador, este sem dúvida não teria se acalmado; poderia até ter ficado mais irritado. Visto que o irmão se controlou e falou com bondade, o resultado foi bom.

      O que significa falar com bondade?

      4. Por que é importante falar com bondade?

      4 Nas nossas relações com os membros da congregação e com os de fora, e mesmo com nossos familiares, é vital acatarmos o conselho do apóstolo Paulo: “Vossa pronunciação seja sempre com graça, temperada com sal.” (Col. 4:6) Esse modo de falar agradável e apropriado é essencial para a boa comunicação e a paz.

      5. O que não significa boa comunicação? Ilustre.

      5 Boa comunicação não significa dizer tudo o que a pessoa pensa e sente, em especial se estiver aborrecida. As Escrituras mostram que expressões descontroladas de ira indicam fraqueza, não força. (Leia Provérbios 25:28; 29:11.) Moisés, “em muito o mais manso” de todos os homens que então viviam, certa vez perdeu seu controle emocional e deixou de dar glória a Deus por causa da rebeldia da nação de Israel. Moisés deixou bem evidente como se sentia, mas isso não agradou a Jeová. Depois de 40 anos liderando os israelitas, Moisés não teve o privilégio de introduzi-los na Terra Prometida. — Núm. 12:3; 20:10, 12; Sal. 106:32.

      6. O que significa falar com discrição?

      6 As Escrituras elogiam o controle e a discrição, ou bom senso, no falar. “Na abundância de palavras não falta transgressão, mas quem refreia seus lábios age com discrição.” (Pro. 10:19; 17:27) Mas discrição não significa ficar sempre calado. Significa falar “com graça”, usando a língua para curar em vez de ferir. — Leia Provérbios 12:18; 18:21.

      “Tempo para ficar quieto e tempo para falar”

      7. Que maneiras de se expressar devem ser evitadas, e por quê?

      7 Assim como é preciso ser bondoso e controlado ao falar com colegas de trabalho ou com desconhecidos no ministério, é preciso ser assim também na congregação e no lar. Dar vazão à ira sem medir as consequências pode causar sérios danos à saúde espiritual, emocional e física tanto nossa como de outros. (Pro. 18:6, 7) Maus sentimentos — manifestações de nossa natureza imperfeita — precisam ser controlados. Linguagem abusiva, zombaria, desprezo e rancor são condenáveis. (Col. 3:8; Tia. 1:20) Podem destruir relações preciosas com outros e com Jeová. Jesus ensinou: “Todo aquele que continuar furioso com seu irmão terá de prestar contas ao tribunal de justiça; mas, quem se dirigir a seu irmão com uma palavra imprópria de desprezo terá de prestar contas ao Supremo Tribunal; ao passo que quem disser: ‘Tolo desprezível!’, estará sujeito à Geena ardente.” — Mat. 5:22.

      8. Em que casos é preciso expressar nossos sentimentos, mas como isso deve ser feito?

      8 Em certos casos, porém, talvez nos pareça melhor expressar nossos sentimentos. Se algo que um irmão disse ou fez deixa você tão incomodado que simplesmente não consegue desconsiderá-lo, não permita que o ódio crie raízes no seu coração. (Pro. 19:11) Se alguém o irritar, controle primeiro suas emoções e então dê os passos necessários para resolver o assunto. Paulo escreveu: “Não se ponha o sol enquanto estais encolerizados.” Se o problema continua a incomodá-lo, trate dele de modo bondoso numa ocasião oportuna. (Leia Efésios 4:26, 27, 31, 32.) Fale com seu irmão sobre o assunto de modo franco, porém bondoso, num espírito de reconciliação. — Lev. 19:17; Mat. 18:15.

      9. Por que devemos controlar nossas emoções antes de falar com outros sobre um problema?

      9 Naturalmente, é preciso escolher o momento certo. Há “tempo para ficar quieto e tempo para falar”. (Ecl. 3:1, 7) Além do mais, “o coração do justo medita a fim de responder”. (Pro. 15:28) Isso pode muito bem significar dar um tempo antes de tentar resolver o problema. Abordar o assunto quando a pessoa ainda está muito aborrecida pode piorar as coisas; mas também não é sábio esperar tempo demais.

      Gestos de bondade promovem boas relações

      10. De que modo gestos de bondade podem melhorar as relações?

      10 Falar com bondade e a boa comunicação ajudam a estabelecer e firmar relações pacíficas. De fato, fazer o possível para melhorar nossas relações com outros pode melhorar nossa comunicação com eles. Achegar-se a outros com gestos sinceros e bondosos — procurar oportunidades de ajudar, dar um presente, ser hospitaleiro — pode contribuir para uma comunicação franca. Pode até mesmo ‘amontoar brasas’ sobre uma pessoa e despertar nela boas qualidades, facilitando a solução de problemas. — Rom. 12:20, 21.

      11. Que iniciativa Jacó tomou em relação a Esaú, e com que resultado?

      11 O patriarca Jacó sabia disso. Certa ocasião, seu irmão gêmeo, Esaú, ficou tão furioso com Jacó que este fugiu com medo de ser morto por ele. Depois de muitos anos, Jacó voltou. Esaú foi ao seu encontro com 400 homens. Jacó orou a Jeová pedindo ajuda. Daí, antes de encontrar-se com Esaú, Jacó enviou-lhe um grande presente em gado. O presente surtiu efeito. Ao se encontrarem, Esaú, comovido, correu e abraçou Jacó. — Gên. 27:41-44; 32:6, 11, 13-15; 33:4, 10.

      Incentive outros com palavras bondosas

      12. Por que devemos falar com bondade com nossos irmãos?

      12 Os cristãos servem a Deus, não a homens. Ainda assim, é natural desejar a aprovação de outros. Palavras bondosas podem aliviar a carga de nossos irmãos. A crítica dura, porém, pode fazer tais cargas parecerem mais pesadas e até levar alguns a se perguntarem se perderam a aprovação de Jeová. Portanto, falemos com sinceridade coisas animadoras, ‘boas para a edificação, conforme a necessidade, para que confiram aos ouvintes aquilo que é favorável’. — Efé. 4:29.

      13. O que os anciãos devem ter em mente (a) ao dar conselhos? (b) ao se comunicarem por escrito?

      13 Em especial os anciãos devem ser “meigos” e tratar o rebanho com ternura. (1 Tes. 2:7, 8) Quando precisam dar conselhos, seu alvo é fazer isso “com brandura”, mesmo ao falarem com os ‘não favoravelmente dispostos’. (2 Tim. 2:24, 25) Os anciãos devem também expressar-se com bondade quando é necessário escrever a outro corpo de anciãos ou a Betel. Devem ser agradáveis e usar de tato, em harmonia com o que lemos em Mateus 7:12.

      Palavras bondosas na família

      14. Que conselho Paulo deu aos maridos, e por quê?

      14 É fácil subestimar o impacto que nossas palavras, expressões faciais e linguagem corporal têm sobre outros. Alguns homens, por exemplo, talvez não se deem conta do quanto suas palavras afetam as mulheres. Disse certa irmã: “Fico assustada quando meu marido grita comigo de maneira irritada.” Palavras duras podem causar mais dano a uma mulher do que a um homem, e a mulher dificilmente as esquece. (Luc. 2:19) Em especial quando se trata de palavras de alguém a quem ela ama e deseja respeitar. Paulo aconselhou os maridos: “Persisti em amar as vossas esposas e não vos ireis amargamente com elas.” — Col. 3:19.

      15. Ilustre por que o marido deve tratar a esposa com ternura.

      15 Nesse respeito, um irmão casado experiente ilustrou por que o marido deve tratar a esposa com ternura, como a “um vaso mais fraco”. “Ao segurar um vaso precioso e delicado, você não pode fazer isso com muita força, pois pode rachá-lo. Mesmo se for consertado, a marca da rachadura talvez permaneça”, disse ele. “O marido que usa palavras muito duras com a esposa pode magoá-la. Isso pode causar uma rachadura permanente na sua relação”, acrescentou. — Leia 1 Pedro 3:7.

      16. Como a esposa pode edificar sua família?

      16 Os homens também podem ser encorajados, ou não, pelas palavras de outros, incluindo as da esposa. “A esposa discreta”, em quem o marido pode realmente “confiar”, mostra consideração pelos sentimentos dele, assim como ela deseja que ele mostre pelos seus. (Pro. 19:14; 31:11) Sem dúvida, a esposa pode exercer muita influência na família, para o bem ou para o mal. “A mulher realmente sábia [edifica] a sua casa, mas a tola a derruba com as suas próprias mãos.” — Pro. 14:1.

      17. (a) Como os jovens devem falar com os pais? (b) Como os de mais idade devem falar com os jovens, e por quê?

      17 Pais e filhos também devem comunicar-se com bondade. (Mat. 15:4) Mostrar consideração ao falar com os filhos evita ‘exasperá-los’ ou ‘provocá-los ao furor’. (Col. 3:21; Efé. 6:4, nota) Mesmo quando os jovens precisam ser disciplinados, pais e anciãos devem falar respeitosamente com eles. Desse modo, os de mais idade tornam mais fácil para os jovens corrigirem seu proceder e preservarem sua relação com Deus. É muito melhor do que dar-lhes a impressão de que achamos que eles não têm jeito, pois isso pode levá-los a acreditar nisso. Os jovens nem sempre se lembrarão de todos os conselhos que receberam, mas com certeza se lembrarão do modo como foram tratados.

      Fale coisas boas com sinceridade

      18. Como podemos nos livrar de pensamentos e sentimentos ofensivos?

      18 Lidar calmamente com a ira não é mera questão de assumir um ar de serenidade. Nosso alvo deve ser mais do que apenas reprimir nossos fortes sentimentos. Tentar ficar calmo por fora, mas ferver de raiva por dentro, causa tensão. É como pisar ao mesmo tempo no freio e no acelerador de um carro. Isso força o veículo e pode causar prejuízo. Portanto, não guarde rancor no seu íntimo a ponto de um dia vir a explodir. Peça a ajuda de Jeová para livrar seu coração de qualquer sentimento ofensivo. Permita que o espírito de Jeová molde sua mente e seu coração segundo a vontade divina. — Leia Romanos 12:2; Efésios 4:23, 24.

      19. Que medidas podem nos ajudar a evitar confrontos furiosos?

      19 Tome medidas práticas. Se você se encontra numa situação tensa e sente a ira aumentar no seu íntimo, talvez seja bom afastar-se do cenário, para se acalmar. (Pro. 17:14) Se a pessoa com quem você fala começa a se irritar, faça um esforço especial para falar com bondade. Lembre-se: “Uma resposta, quando branda, faz recuar o furor, mas a palavra que causa dor faz subir a ira.” (Pro. 15:1) Uma observação mordaz ou agressiva acrescentaria lenha à fogueira, mesmo que fosse proferida com voz suave. (Pro. 26:21) Portanto, se certa situação põe à prova seu autocontrole, seja “vagaroso no falar, vagaroso no furor”. Ore para que o espírito de Jeová o ajude a dizer coisas boas, não más. — Tia. 1:19.

      Perdoe de coração

      20, 21. O que pode nos ajudar a perdoar outros, e por que temos de fazer isso?

      20 Infelizmente, nenhum de nós controla a língua com perfeição. (Tia. 3:2) Apesar de suas melhores intenções, até mesmo familiares e nossos queridos irmãos espirituais às vezes talvez digam sem pensar algo que nos magoe. Em vez de logo ficar ofendido, analise com calma o possível motivo de terem falado assim. (Leia Eclesiastes 7:8, 9.) Estavam sob pressão ou temerosos, não se sentiam bem ou enfrentavam algum problema pessoal ou outro?

      21 Esses fatores não justificam qualquer agressão ou ofensa verbal. Mas reconhecê-los pode nos ajudar a entender por que as pessoas às vezes dizem e fazem coisas que não deviam. Isso, por sua vez, pode nos motivar a perdoá-las. Todos nós já falamos ou fizemos coisas que magoaram outros, e esperamos que bondosamente nos tenham perdoado. (Ecl. 7:21, 22) Jesus disse que para sermos perdoados por Deus temos de perdoar outros. (Mat. 6:14, 15; 18:21, 22, 35) Portanto, devemos ser rápidos em nos desculpar e em perdoar, mantendo assim o amor — “o perfeito vínculo de união” — na família e na congregação. — Col. 3:14.

      22. Por que vale a pena o esforço de falar com bondade?

      22 Os desafios à nossa alegria e união provavelmente aumentarão à medida que este mundo cheio de ira se aproxima de seu fim. Aplicar os práticos princípios da Palavra de Deus nos ajudará a usar a língua para o bem, não para o mal. Teremos relações mais pacíficas na congregação e na família, e nosso exemplo será um excelente testemunho em favor de nosso “Deus feliz”, Jeová. — 1 Tim. 1:11.

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