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  • Confiar ou não confiar
    Despertai! — 2007 | novembro
    • Confiar ou não confiar

      “Não confie em pranchas podres”, escreveu o dramaturgo inglês William Shakespeare. De fato, antes de pisar nas pranchas de madeira de uma ponte, você gostaria de ter certeza de que elas não estivessem podres.

      AS PALAVRAS de Shakespeare fazem lembrar os sentimentos do sábio Rei Salomão, do Israel antigo, que uns 3 mil anos atrás escreveu: “O tolo acreditará em tudo; pessoas espertas olham onde pisam.” (Provérbios 14:15, Today’s English Version) Realmente, só um tolo levaria a vida aceitando cegamente tudo o que ouve, baseando suas decisões e ações em conselhos ou ensinos infundados. Depositar nossa confiança na fonte errada — assim como pisar em pranchas podres — pode levar ao desastre. Você talvez se pergunte: ‘Será que existe alguma fonte de orientação que é realmente digna de confiança?’

      Milhões de pessoas ao redor do mundo depositam sua total confiança num livro antigo chamado Bíblia Sagrada. Confiam nesse livro para orientar seus passos. Baseiam suas decisões nos conselhos encontrados nele e agem segundo os seus ensinamentos. Será que estão pisando, por assim dizer, em pranchas podres? A resposta a essa pergunta depende muito da resposta a outra pergunta: Existem motivos válidos para confiar na Bíblia? Este número especial de Despertai! analisa as evidências disso.

      O objetivo deste número especial de Despertai! não é impor a você crenças ou conceitos religiosos. Em vez disso, a intenção é apenas apresentar fortes evidências que convenceram milhões de pessoas que a Bíblia é digna de confiança. Depois de ler os artigos a seguir, você terá condições de decidir por si mesmo se a Bíblia merece sua confiança.

      Vale a pena dar uma atenção mais detida a esse assunto. Afinal, se a Bíblia é mesmo uma fonte confiável de orientação da parte do Criador, considerar o que ela tem a dizer é algo que você deve a si mesmo e às pessoas que ama.

      Mas, em primeiro lugar, consideremos alguns fatos impressionantes a respeito da Bíblia, que sem dúvida nenhuma é um livro realmente incomparável.

  • Um livro incomparável
    Despertai! — 2007 | novembro
    • Um livro incomparável

      “A Bíblia é o livro mais lido em todos os tempos.” — Enciclopédia Delta Universal.

      MAIS de 550 anos atrás, o inventor alemão Johannes Gutenberg começou a imprimir com tipos móveis. O primeiro livro de grande porte que imprimiu foi a Bíblia.a Desde então, já foram impressos muitos bilhões de livros sobre todo assunto que se possa imaginar. A Bíblia, porém, é sem dúvida o mais impressionante de todos eles.

      • Calcula-se que foram impressos mais de 4,7 bilhões de exemplares da Bíblia (completa ou em parte). Isso representa mais de cinco vezes o número de exemplares do livro Citações do Presidente Mao Tsé-tung, a segunda publicação de maior distribuição.

      • Recentemente, mais de 50 milhões de exemplares da Bíblia, completa ou em parte, foram distribuídos em apenas um ano. De acordo com um relatório na revista The New Yorker, “todos os anos a Bíblia é o livro mais vendido do ano”.

      • Inteira ou em parte, a Bíblia foi traduzida para mais de 2.400 idiomas. Pelo menos algumas partes da Bíblia estão disponíveis nos idiomas falados por mais de 90% da família humana.

      • Cerca de metade dos escritores da Bíblia concluíram seu trabalho antes do nascimento de Confúcio, renomado sábio chinês, e de Sidarta Gautama, fundador do budismo.

      • A Bíblia tem exercido profunda influência nas artes, incluindo algumas das mais famosas obras de pintura, música e literatura do mundo.

      • A Bíblia já foi proibida por governos, queimada por opositores religiosos e atacada por críticos, mas sobreviveu apesar de tudo isso. Nenhum outro livro na história já enfrentou tanta oposição — e sobreviveu.

      Não concorda que esses fatos mencionados são notáveis? É verdade que detalhes e estatísticas interessantes por si sós não provam que a Bíblia é confiável. Mas, a seguir, examinaremos cinco motivos que convenceram milhões de pessoas que a Bíblia é digna de confiança.

      a A Bíblia de Gutenberg, também chamada de Bíblia de 42 linhas, era uma tradução para o latim e foi terminada por volta de 1455.

  • 1. Exatidão histórica
    Despertai! — 2007 | novembro
    • Motivos para confiar na Bíblia

      1. Exatidão histórica

      Seria difícil confiar num livro no qual se descobrisse informações incorretas. O que você acharia de um livro moderno de história que afirmasse que a Segunda Guerra Mundial ocorreu nos anos 1800 ou que chamasse o presidente dos Estados Unidos de rei? Em vista dessas informações incorretas, confiaria em outros aspectos desse livro?

      NINGUÉM nunca foi bem-sucedido em desafiar a exatidão histórica da Bíblia. Ela faz referência a pessoas reais e a acontecimentos reais.

      Pessoas.

      Os críticos da Bíblia questionavam a existência de Pôncio Pilatos, o governador romano da Judéia que entregou Jesus para ser pregado numa estaca. (Mateus 27:1-26) A evidência de que houve um governador da Judéia chamado Pilatos está gravada numa pedra descoberta em 1961, na cidade portuária de Cesaréia, no Mediterrâneo.

      Antes de 1993, não havia evidência histórica fora da Bíblia de que Davi, o jovem e corajoso pastor que depois se tornou rei de Israel, realmente existiu. Mas, nesse ano, os arqueólogos descobriram no norte de Israel uma pedra de basalto , datada do nono século AEC, que, segundo peritos, contém as expressões “Casa de Davi” e “rei de Israel”.

      Acontecimentos.

      Até pouco tempo atrás, muitos eruditos duvidavam da exatidão do relato bíblico que fala da batalha entre a nação de Edom e Israel nos dias de Davi. (2 Samuel 8:13, 14) Eles afirmavam que na época Edom era uma sociedade simples e pastoril, que só teve a organização e o poder necessários para constituir ameaça a Israel muito tempo mais tarde. No entanto, escavações recentes indicam que “Edom era uma sociedade complexa séculos antes [do que se costumava pensar], conforme revela a Bíblia”, declara um artigo na revista Biblical Archaeology Review.

      Títulos corretos.

      Muitos governantes surgiram no cenário mundial durante os 16 séculos em que a Bíblia estava sendo escrita. Quando menciona um governante, ela sempre usa o título correto. Por exemplo, ela se refere corretamente a Herodes Ântipas como “governante distrital” e a Gálio como “procônsul”. (Lucas 3:1; Atos 18:12) Esdras 5:6 faz referência a Tatenai, governador da província persa “além do Rio” — o rio Eufrates. Uma moeda cunhada no quarto século AEC contém uma descrição parecida, que identifica o governador persa Mazaeus como governante da província “Além do Rio”.

      A exatidão em detalhes aparentemente insignificantes não é uma questão de menor importância. Se podemos confiar nos escritores bíblicos mesmo nos mínimos detalhes, não deveria isso aumentar nossa confiança nas outras coisas que eles escreveram?

  • 2. Candura e honestidade
    Despertai! — 2007 | novembro
    • Motivos para confiar na Bíblia

      2. Candura e honestidade

      A honestidade dá base para a confiança. Um homem com a reputação de ser honesto pode conquistar sua confiança, mas poderá perdê-la por causa de uma só mentira.

      OS ESCRITORES da Bíblia eram homens honestos e sinceros. Essa candura deixa claro que aquilo que escreveram é verdadeiro.

      Erros e falhas.

      Os escritores da Bíblia admitiram de modo franco seus erros e suas fraquezas. Moisés escreveu sobre um erro que cometeu e que lhe custou muito caro. (Números 20:7-13) Asafe explicou que, por certo tempo, invejou a prosperidade das pessoas más. (Salmo 73:1-14) Jonas falou de sua desobediência e da atitude errada que teve de início quando Deus foi misericordioso com pecadores arrependidos. (Jonas 1:1-3; 3:10; 4:1-3) Mateus foi franco ao relatar que havia abandonado Jesus na noite em que este foi preso. — Mateus 26:56.

      Os escritores das Escrituras Hebraicas registraram abertamente a rebeldia e os constantes resmungos de seu próprio povo. (2 Crônicas 36:15, 16) Os escritores não pouparam a ninguém, nem mesmo os governantes de sua nação. (Ezequiel 34:1-10) Com semelhante candura, as cartas dos apóstolos relataram os problemas graves pelos quais, no primeiro século EC, certas congregações e alguns cristãos passaram — incluindo cristãos que ocupavam posições de responsabilidade. — 1 Coríntios 1:10-13; 2 Timóteo 2:16-18; 4:10.

      A verdade sem disfarce.

      Os escritores da Bíblia não tentaram encobrir o que alguns poderiam encarar como verdade embaraçosa. Os cristãos do primeiro século reconheciam de modo franco que não tinham a admiração do mundo à sua volta, mas que eram considerados como tolos e ignorantes. (1 Coríntios 1:26-29) A Bíblia declara que os apóstolos de Jesus eram vistos como “indoutos e comuns”. — Atos 4:13.

      Os escritores dos Evangelhos não enfeitaram os fatos para que outros vissem Jesus com bons olhos. Em vez disso, foram honestos em relatar que ele nasceu em circunstâncias humildes, numa família de classe trabalhadora; que ele não estudou nas escolas de prestígio da época e que a maioria dos seus ouvintes rejeitou sua mensagem. — Mateus 27:25; Lucas 2:4-7; João 7:15.

      Sem dúvida, a Bíblia dá ampla evidência de que foi escrita por homens honestos. Essa honestidade conquista a sua confiança?

  • 3. Harmonia interna
    Despertai! — 2007 | novembro
    • Motivos para confiar na Bíblia

      3. Harmonia interna

      Imagine pedir a 40 homens de formações diferentes para escrever um livro, cada qual escrevendo uma seção. Eles moram em diversos países e nem todos se conhecem. Alguns não sabem o que os outros escreveram. Seria razoável esperar que um livro escrito dessa forma fosse coerente?

      A BÍBLIA é exatamente assim.a Mesmo tendo sido escrita sob condições ainda mais incomuns do que as mencionadas acima, sua harmonia interna é extraordinária.

      A roupa que Jesus vestia era púrpura ou escarlate?

      Circunstâncias incomparáveis.

      A Bíblia foi escrita num período de uns 1.600 anos, de 1513 AEC a cerca de 98 EC. Portanto, muitos dos aproximadamente 40 escritores viveram em séculos bem distantes um do outro; tinham também ocupações diferentes. Alguns eram pescadores, outros pastores ou reis, e um era médico.

      Uma mensagem harmoniosa.

      Os escritores da Bíblia desenvolveram um tema central: a vindicação do direito de Deus governar a humanidade e o cumprimento de seu propósito por meio de seu Reino celestial, um governo mundial. Esse tema é introduzido em Gênesis, desenvolvido com detalhes nos livros que se seguem e levado a um ponto culminante em Revelação (Apocalipse). — Veja “Sobre o que a Bíblia fala?” na página 19.

      Concordância nos detalhes.

      Os escritores da Bíblia concordaram até mesmo nos detalhes insignificantes, embora seja evidente que muitas vezes isso não era intencional. Veja um exemplo. O escritor bíblico João nos conta que, quando uma grande multidão se reuniu para ouvir Jesus, ele perguntou especificamente a Filipe sobre onde comprar pão para alimentar as pessoas. (João 6:1-5) Num relato paralelo, Lucas diz que isso aconteceu perto da cidade de Betsaida. João por acaso havia dito antes em seu livro que Filipe era de Betsaida. (Lucas 9:10; João 1:44) Portanto, seria natural que Jesus dirigisse a pergunta a alguém da região. Embora os detalhes se harmonizem, é evidente que não houve essa intenção.b

      Diferenças razoáveis.

      Existem algumas diferenças entre certos relatos, mas isso não seria de esperar? Suponha que um grupo de pessoas testemunhasse um crime. Se todas mencionassem os mesmos detalhes, usando as mesmas palavras, você não suspeitaria de conluio? Seria razoável haver algumas diferenças de um testemunho para outro, pois cada pessoa relataria o crime de acordo com seu ângulo de visão. Foi isso que aconteceu no caso dos escritores da Bíblia.

      Por exemplo, no dia em que Jesus morreu, será que ele vestia uma roupa de cor púrpura, conforme relatam Marcos e João? (Marcos 15:17; João 19:2) Ou a roupa era escarlate, como diz Mateus? (Mateus 27:28) Na verdade, as duas descrições podem estar certas. Púrpura é uma cor que tem componentes de vermelho. Dependendo do ângulo que a pessoa olhasse, o reflexo da luz e o fundo poderiam ofuscar algumas nuanças e dar à roupa diferentes tonalidades.c

      A harmonia e a coerência desintencional dos escritores bíblicos são mais uma prova de que podemos confiar no que escreveram.

      a A Bíblia é uma coleção de 66 livros, ou subdivisões, que começa com Gênesis e termina com Revelação (Apocalipse).

      b Para mais exemplos desse tipo de harmonia, veja as páginas 16-17 da brochura Um Livro para Todas as Pessoas, publicada pelas Testemunhas de Jeová.

      c Para mais informações, veja o capítulo 7, “É a Bíblia contraditória?”, do livro A Bíblia — Palavra de Deus ou de Homem?, publicado pelas Testemunhas de Jeová.

  • 4. Exatidão científica
    Despertai! — 2007 | novembro
    • Motivos para confiar na Bíblia

      4. Exatidão científica

      A ciência fez grandes avanços nos tempos modernos. Em resultado disso, antigas teorias estão dando lugar a novas. O que antes era aceito como fato agora talvez seja encarado como mito. Livros de ciência com freqüência precisam ser revisados.

      A BÍBLIA não é um livro de ciências. Mas no que diz respeito a assuntos científicos, a Bíblia é notável não só pelo que diz, mas também pelo que não diz.

      Não contém conceitos anticientíficos.

      Muitas crenças equivocadas tinham ampla aceitação nos tempos antigos. Com respeito à Terra, os conceitos iam desde a idéia de que ela era plana até a de que alguma coisa material a mantinha suspensa. Muito antes de a ciência aprender sobre disseminação e prevenção de doenças, médicos adotavam certas práticas que eram simplesmente ineficazes e, em alguns casos, até fatais. Mas, em seus mais de 1.100 capítulos, a Bíblia nunca apoiou nenhum conceito anticientífico ou práticas prejudiciais.

      Declarações cientificamente corretas.

      Há cerca de 3.500 anos, a Bíblia declarou que a Terra estava suspensa “sobre o nada”. (Jó 26:7) No oitavo século AEC, Isaías fez clara referência ao “círculo [ou esfera] da terra”. (Isaías 40:22) Uma Terra esférica posicionada no espaço vazio sem nenhum tipo de sustentação visível ou física — não acha essa descrição extraordinariamente moderna?

      Escrita por volta de 1500 AEC, a Lei mosaica (encontrada nos primeiros cinco livros da Bíblia) continha leis abalizadas sobre quarentena de doentes, manipulação de cadáveres e eliminação de excremento. — Levítico 13:1-5; Números 19:1-13; Deuteronômio 23:13, 14.

      O uso de poderosos telescópios contribuiu para que os cientistas concluíssem que o Universo teve um “nascimento” repentino. Nem todos eles gostam das implicações dessa explicação. Um professor universitário declarou: “Um Universo que teve um começo parece exigir uma causa primária; pois quem poderia imaginar tamanho efeito sem uma causa à altura?” No entanto, muito antes dos telescópios, o primeiro versículo da Bíblia declarou claramente: “No princípio Deus criou os céus e a terra.” — Gênesis 1:1.

      Apesar de ser um livro antigo que trata de muitos assuntos, a Bíblia não contém informações científicas incorretas. Um livro assim não merece, no mínimo, nossa consideração?a

      a Para mais exemplos da exatidão científica da Bíblia, veja as páginas 18-21 da brochura Um Livro para Todas as Pessoas, publicada pelas Testemunhas de Jeová.

  • 5. Profecias cumpridas
    Despertai! — 2007 | novembro
    • Motivos para confiar na Bíblia

      5. Profecias cumpridas

      Pense num meteorologista que tem um longo registro de previsões exatas — sem nunca ter errado. Se ele dissesse que há previsão de chuva, você levaria um guarda-chuva ao sair de casa?

      A BÍBLIA está repleta de previsões, ou profecias.a Como comprovado pela história, o registro da Bíblia é impecável. Suas profecias estão sempre certas.

      Características distintivas.

      As profecias bíblicas são geralmente específicas e se cumprem nos mínimos detalhes. Costumam envolver assuntos de grande importância e predizer o oposto do que as pessoas da época em que foram escritas talvez estivessem esperando.

      Um exemplo notável.

      Construída estrategicamente nas margens do rio Eufrates, a antiga Babilônia tem sido chamada de “centro político, religioso e cultural do Oriente antigo”. Por volta de 732 AEC, o profeta Isaías escreveu uma profecia funesta: Babilônia cairia. Isaías deu detalhes específicos: ela seria conquistada por um líder chamado “Ciro”, as águas protetoras do Eufrates ‘secariam’ e os portões da cidade ‘não seriam fechados’. (Isaías 44:27-45:3) Uns 200 anos mais tarde, em 5 de outubro de 539 AEC, a profecia se cumpriu em todos os detalhes. O historiador grego Heródoto (quinto século AEC) confirmou o modo em que Babilônia caiu.b

      Um detalhe audacioso.

      Isaías fez mais uma previsão surpreendente a respeito de Babilônia: “Nunca mais será habitada.” (Isaías 13:19, 20) Não se pode negar que exigiu coragem predizer a desolação permanente de uma cidade enorme situada num lugar estratégico. Se uma cidade assim fosse destruída, seria normal esperar que fosse reconstruída. Embora Babilônia tenha durado ainda algum tempo após sua conquista, as palavras de Isaías por fim se cumpriram. Hoje em dia, o local em que ficava a antiga Babilônia é “plano, quente, desabitado e poeirento”, relata a revista Smithsonian.

      Ficamos impressionados ao refletir na magnitude da profecia de Isaías. O que ele predisse equivale a prever o modo exato em que uma cidade moderna, como Nova York ou Londres, seria destruída daqui a 200 anos e depois afirmar enfaticamente que ela nunca mais seria habitada. É claro que o mais notável de tudo isso é que a profecia de Isaías se cumpriu.c

      Nesta série de artigos, consideramos algumas evidências que convenceram milhões de pessoas que a Bíblia é confiável. Por isso, essas pessoas recorrem a ela como guia seguro para orientar seus passos. Que tal aprender mais sobre a Bíblia e decidir por si mesmo se pode ou não confiar nela?

      a Previsões do tempo são probabilidades. A profecia bíblica é inspirada por Deus, que pode manobrar os eventos caso decida fazer isso.

      b Para mais detalhes sobre o cumprimento dessa profecia de Isaías, veja as páginas 27-9 da brochura Um Livro para Todas as Pessoas, publicada pelas Testemunhas de Jeová.

      c Para mais exemplos de profecias bíblicas, bem como fatos históricos que comprovam seu cumprimento, veja as páginas 117-33 do livro A Bíblia — Palavra de Deus ou de Homem?, publicado pelas Testemunhas de Jeová.

  • Como a Bíblia chegou até nós
    Despertai! — 2007 | novembro
    • Como a Bíblia chegou até nós

      É um verdadeiro milagre a Bíblia ter sobrevivido até os nossos dias sem ser alterada. Ela terminou de ser escrita há mais de 1.900 anos. Foi registrada em materiais perecíveis — pergaminho (couro) e papel feito de papiro — e originalmente em idiomas que poucas pessoas falam hoje em dia. Além disso, homens poderosos, desde imperadores a líderes religiosos, tentaram desesperadamente acabar com a Bíblia.

      COMO essa obra notável suportou a prova do tempo, tornando-se o livro mais conhecido da humanidade? Considere apenas dois fatores.

      Várias cópias preservam os textos

      Os israelitas, guardiões dos textos bíblicos mais antigos, preservaram cuidadosamente os rolos originais e fizeram muitas cópias. Por exemplo, os reis de Israel receberam instruções para fazer “uma cópia desta lei daquela que está ao cargo dos sacerdotes, os levitas”. — Deuteronômio 17:18.

      Muitos israelitas tinham imenso prazer em ler as Escrituras, reconhecendo que eram a Palavra de Deus. Assim, o texto era copiado com extremo cuidado por escribas altamente qualificados. Esdras, um escriba temente a Deus, é chamado de “copista destro da lei de Moisés, dada por Jeová, o Deus de Israel”. (Esdras 7:6) Os massoretas, que fizeram cópias das Escrituras Hebraicas, ou “Velho Testamento”, entre o sexto e décimo séculos EC, até mesmo contavam as letras do texto para evitar erros. Esse trabalho de fazer cópias meticulosas garantiu a exatidão e a sobrevivência da própria Bíblia, apesar das tentativas desesperadas e persistentes de inimigos para destruí-la.

      Por exemplo, em 168 AEC, Antíoco IV, governante sírio, procurou destruir todas as cópias das Escrituras Hebraicas que pudesse encontrar em toda a Palestina. Uma história judaica declara: “Eles rasgavam e queimavam todos os rolos da lei que encontravam.” A The Jewish Encyclopedia (Enciclopédia Judaica) diz: “Os soldados cumpriam essas ordens rigorosamente . . . Quem possuísse um livro sagrado . . . era punido com a morte.” Mas cópias das Escrituras sobreviveram tanto entre judeus na Palestina como entre os que moravam em outros países.

      Pouco depois que as Escrituras Gregas Cristãs, ou “Novo Testamento”, foram concluídas, cada vez mais cópias de suas cartas, profecias e narrativas históricas inspiradas se tornavam disponíveis. Por exemplo, João escreveu seu Evangelho na cidade de Éfeso ou perto dela. No entanto, a centenas de quilômetros dali, no Egito, foi encontrado um fragmento desse Evangelho — parte de uma cópia que os especialistas dizem ter sido feita menos de 50 anos depois de João ter escrito seu relato. Essa descoberta indicou que cristãos em países distantes possuíam cópias do que na época eram textos recém-inspirados.

      A ampla distribuição da Palavra de Deus também contribuiu para sua sobrevivência séculos depois da época de Cristo. Por exemplo, no amanhecer do dia 23 de fevereiro de 303 EC, relata-se que o imperador romano Diocleciano observou seus soldados arrombarem as portas de uma igreja e queimarem cópias das Escrituras. Diocleciano achava que poderia eliminar o cristianismo por destruir os escritos sagrados dos cristãos. No dia seguinte, ele decretou que, em todo o Império Romano, todas as cópias da Bíblia deviam ser publicamente queimadas. Mas algumas cópias sobreviveram e foram reproduzidas. De fato, grandes partes de duas cópias da Bíblia em grego, que provavelmente foram feitas pouco tempo depois da perseguição realizada por Diocleciano, existem até o dia de hoje. Uma cópia encontra-se em Roma e a outra na Biblioteca Britânica, em Londres, Inglaterra.

      Embora ainda não tenham sido encontrados manuscritos bíblicos originais, milhares de cópias da Bíblia, inteira ou em parte, escritas à mão, sobreviveram até os nossos dias. Algumas são bem antigas. Será que a mensagem contida nos textos originais mudou enquanto estava sendo copiada? O erudito W. H. Green declarou a respeito das Escrituras Hebraicas: “Pode-se dizer com segurança que nenhuma outra obra da antiguidade foi transmitida com tanta exatidão.” A respeito das Escrituras Gregas Cristãs, Sir Frederic Kenyon, uma destacada autoridade em manuscritos bíblicos, escreveu: “O intervalo, então, entre as datas da composição original e a mais antiga evidência existente se torna tão pequeno que é com efeito insignificante, e a última base para qualquer dúvida de que as Escrituras chegaram até nós substancialmente como foram escritas foi agora removida. Tanto a autenticidade como a integridade geral dos livros do Novo Testamento podem ser consideradas como finalmente estabelecidas.” Ele declarou também: “Não é exagero afirmar que o texto da Bíblia, em essência, é certo. . . . Não se pode dizer isto de nenhum outro livro antigo no mundo.”

      A tradução da Bíblia

      Um segundo fator importante que ajudou a Bíblia a se tornar o livro mais conhecido pela humanidade é o fato de ela estar disponível em muitos idiomas. Isso se harmoniza com o propósito de Deus de que pessoas de todas as nações e línguas venham a conhecer a ele e adorá-lo “com espírito e verdade”. — João 4:23, 24; Miquéias 4:2.

      A primeira tradução das Escrituras Hebraicas de que se tem conhecimento é a versão Septuaginta grega. Foi traduzida para os judeus que falavam grego e que viviam fora da Palestina e foi concluída cerca de dois séculos antes do ministério terrestre de Jesus. A Bíblia inteira, incluindo as Escrituras Gregas Cristãs, foi traduzida para muitos idiomas poucos séculos após ter sido terminada. No entanto, mais tarde, reis e até mesmo sacerdotes, que deviam fazer tudo ao seu alcance para que as pessoas tivessem a Bíblia, fizeram justamente o contrário. Eles tentaram manter seus rebanhos na escuridão espiritual por não permitirem que a Palavra de Deus fosse traduzida para os idiomas comuns.

      Desafiando a Igreja e o Estado, homens corajosos arriscaram a vida a fim de traduzir a Bíblia para a língua do povo. Por exemplo, em 1530, o inglês William Tyndale, instruído em Oxford, produziu uma edição do Pentateuco, os cinco primeiros livros das Escrituras Hebraicas. Apesar de muita oposição, ele se tornou a primeira pessoa a traduzir a Bíblia diretamente do hebraico para o inglês. Tyndale também foi o primeiro tradutor inglês a usar o nome Jeová. O erudito bíblico espanhol Casiodoro de Reina corria constante perigo de morte por perseguidores católicos enquanto trabalhava numa das primeiras traduções espanholas da Bíblia. Ele viajou para a Inglaterra, Alemanha, França, Holanda e Suíça enquanto trabalhava para finalizar sua tradução.a

      Atualmente a Bíblia continua a ser traduzida para mais e mais idiomas, e milhões de cópias são publicadas. Ter ela sobrevivido para tornar-se o livro mais conhecido pela humanidade demonstra a verdade da seguinte declaração que o apóstolo Pedro foi inspirado a escrever: “A erva se resseca e a flor cai, mas a declaração de Jeová permanece para sempre.” — 1 Pedro 1:24, 25.

      [Nota(s) de rodapé]

      a A versão de Reina foi publicada em 1569 e revisada por Cipriano de Valera em 1602.

  • Quem é o autor da Bíblia?
    Despertai! — 2007 | novembro
    • O Conceito da Bíblia

      Quem é o autor da Bíblia?

      A BÍBLIA é direta sobre quem escreveu seu conteúdo. Diferentes partes desse livro começam com frases como “as palavras de Neemias”, “a visão de Isaías” e “a palavra de Jeová que veio a haver para Joel”. (Neemias 1:1; Isaías 1:1; Joel 1:1) Certas narrativas históricas são identificadas das seguintes formas: palavras de Gade, de Natã e de Samuel. (1 Crônicas 29:29) O cabeçalho de diversos salmos identifica seu compositor. — Salmos 79, 88, 89, 90, 103 e 127.

      Visto que humanos foram usados para escrever a Bíblia, os céticos dizem que ela é simplesmente produto da sabedoria humana, assim como qualquer outro livro. Mas será que essa opinião tem base sólida?

      Quarenta escritores, um autor

      Os escritores da Bíblia, em sua maioria, expressaram seu reconhecimento de que escreveram em nome de Jeová, o único Deus verdadeiro, e de que foram orientados por ele ou por um representante angélico. (Zacarias 1:7, 9) Os profetas que escreveram as Escrituras Hebraicas disseram mais de 300 vezes: “Assim disse Jeová.” (Amós 1:3; Miquéias 2:3; Naum 1:12) Muitos de seus escritos começam com frases como “a palavra de Jeová que veio a haver para Oséias”. (Oséias 1:1; Jonas 1:1) A respeito dos profetas de Deus, o apóstolo Pedro declarou: “Os homens falaram da parte de Deus conforme eram movidos por espírito santo.” — 2 Pedro 1:21.

      A Bíblia, portanto, é um livro formado de muitas partes, mas harmonioso, escrito por muitos homens que reconheceram que aquele por trás de seus escritos era Deus. Em outras palavras, Deus usou secretários humanos para escrever os Seus pensamentos. Como ele fez isso?

      “Inspirada por Deus”

      “Toda a Escritura é inspirada por Deus”, explicou o apóstolo Paulo. (2 Timóteo 3:16) A palavra grega traduzida “inspirada por Deus” significa literalmente “soprada por Deus”. Isto é, Deus usou uma força invisível para orientar os pensamentos dos escritores humanos, transmitindo sua mensagem a eles. No caso dos Dez Mandamentos, porém, o próprio Jeová gravou as palavras em tábuas de pedra. (Êxodo 31:18) Algumas vezes, Deus ditou sua mensagem diretamente aos servos humanos. Êxodo 34:27 diz: “Jeová prosseguiu, dizendo a Moisés: ‘Escreve para ti estas palavras . . .’”

      Em outras ocasiões, Deus fez com que homens tivessem visões daquilo que desejava que eles registrassem. Assim, Ezequiel disse: “Comecei a ver visões de Deus.” (Ezequiel 1:1) Da mesma forma, “o próprio Daniel teve um sonho e visões da sua cabeça, sobre a sua cama. Naquele tempo ele anotou o próprio sonho”. (Daniel 7:1) O último livro da Bíblia, Revelação (Apocalipse), foi transmitido ao apóstolo João de maneira similar. João escreveu: “Por inspiração, vim a estar no dia do Senhor, e ouvi atrás de mim uma forte voz, semelhante à duma trombeta, dizendo: ‘O que vês, escreve num rolo.’” — Revelação 1:10, 11.

      O toque humano

      A inspiração divina não impediu que os escritores conservassem sua individualidade. De fato, foi preciso esforço pessoal para escrever a mensagem de Deus. O escritor do livro bíblico de Eclesiastes, por exemplo, declarou que ele “procurou achar palavras deleitosas e a escrita de palavras corretas de verdade”. (Eclesiastes 12:10) Ao reunir informações para seu registro histórico, Esdras consultou pelo menos 14 fontes, como a “narração dos assuntos dos dias do Rei Davi” e o “Livro dos Reis de Judá e de Israel”. (1 Crônicas 27:24; 2 Crônicas 16:11) Lucas, escritor de um dos Evangelhos, ‘pesquisou todas as coisas com exatidão, desde o início, a fim de escrevê-las em ordem lógica’. — Lucas 1:3.

      Alguns livros da Bíblia revelam características da personalidade do escritor. Por exemplo, Mateus Levi, que era cobrador de impostos antes de se tornar discípulo de Jesus, dava importância a números. Ele é o único escritor dos Evangelhos que menciona o preço da traição de Jesus — “trinta moedas de prata”. (Mateus 27:3; Marcos 2:14) Lucas, um médico, relatou detalhes clínicos com exatidão. Por exemplo, ao descrever o estado de saúde de alguns que Jesus curou, ele usou expressões como “febre alta” e “cheio de lepra”. (Lucas 4:38; 5:12; Colossenses 4:14) Assim, Jeová muitas vezes permitiu que os escritores se expressassem usando suas próprias palavras e seu próprio estilo; mas, ao mesmo tempo, orientou seus pensamentos para que o texto fosse exato e transmitisse a mensagem dele. — Provérbios 16:9.

      O resultado final

      Não é surpreendente o fato de que, num período de 1.600 anos, cerca de 40 homens, em vários lugares, tenham produzido um livro completamente harmonioso em todos os aspectos, com um tema maravilhoso e coerente? (Veja “Sobre o que a Bíblia fala?”, página 19.) Isso seria impossível se eles não fossem todos orientados por um só Autor.

      Será que Jeová foi obrigado a usar homens para escrever a sua Palavra? Não, não foi. Mas, ao fazer isso, demonstrou sabedoria divina. De fato, uma das razões de a Bíblia atrair pessoas em todo o mundo é que seus escritores expressam de modo convincente uma ampla variedade de emoções humanas — até mesmo o sentimento de culpa de um pecador arrependido que implorou a misericórdia de Deus, como foi o caso do Rei Davi. — Salmo 51:2-4, 13, 17, cabeçalho.

      Embora Jeová tenha usado escritores humanos, podemos confiar no trabalho deles assim como os primeiros cristãos, que aceitaram as Escrituras Sagradas “não como a palavra de homens, mas, pelo que verazmente é, como a palavra de Deus”. — 1 Tessalonicenses 2:13.

      JÁ SE PERGUNTOU?

      ◼ Quem é o Autor de “toda a Escritura”? — 2 Timóteo 3:16.

      ◼ Que métodos Jeová Deus usou para transmitir seus pensamentos? — Êxodo 31:18; 34:27; Ezequiel 1:1; Daniel 7:1.

      ◼ Como a personalidade dos escritores inspirados e as coisas pelas quais se interessavam se refletiram no que escreveram? — Mateus 27:3; Lucas 4:38.

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