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Por que compramos?Despertai! — 2013 | junho
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COMO consumidores, somos alvo de uma contínua enxurrada de propagandas. Qual é o objetivo dos publicitários? Transformar desejos em necessidades. Eles sabem que a maioria dos consumidores se deixa levar pela empolgação. É por isso que as propagandas e cada aspecto do mundo das compras são projetados para estimular ao máximo essa empolgação nos consumidores.
O livro Why People Buy Things They Don’t Need (Por Que as Pessoas Compram Coisas Que Não Precisam) diz: “Ao planejar uma compra, um consumidor geralmente cria fantasias detalhadas e se imagina procurando, encontrando e levando um produto para casa.” Alguns especialistas suspeitam que as pessoas ficam tão eufóricas ao fazer compras que seu corpo chega a liberar mais adrenalina. Jim Pooler, especialista em marketing, explica: “Se um lojista percebe esse estado emocional, ele pode explorar a empolgação e a vulnerabilidade do cliente.”
Como você pode evitar cair nas armadilhas de uma publicidade bem elaborada? Compare friamente o que as propagandas prometem com a realidade.
PROMESSA: “Melhore sua qualidade de vida”
É normal querer uma vida melhor. Os publicitários nos bombardeiam com mensagens de que, se comprarmos as coisas certas, todos os nossos desejos — saúde melhor, segurança, alívio do estresse e relacionamentos mais próximos — poderão ser realizados.
REALIDADE:
A grande quantidade de bens materiais adquiridos pode na verdade diminuir a qualidade de vida. Quanto mais bens materiais a pessoa tem, mais tempo e dinheiro são necessários para cuidar deles. A preocupação com as dívidas aumenta o estresse, e acaba sobrando menos tempo para a família e amigos.
Princípio: “Mesmo quando alguém tem abundância, sua vida não vem das coisas que possui.” — Lucas 12:15.
PROMESSA: “Ganhe status e prestígio”
Poucas pessoas admitiriam que compram para impressionar os outros. Mas Jim Pooler comenta: “Uma das razões principais de as pessoas comprarem é competir com amigos, vizinhos, colegas de trabalho e parentes.” É por isso que as propagandas costumam mostrar seus produtos sendo usados por pessoas bem-sucedidas e ricas. A mensagem transmitida para os consumidores é: “Você também pode ser assim!”
REALIDADE:
Definir nosso valor por meio de comparações cria um ciclo interminável de insatisfação. Em outras palavras, uma pessoa mal consegue o que deseja e já passa a querer algo melhor.
Princípio: “O mero amante da prata não se fartará de prata.” — Eclesiastes 5:10.
PROMESSA: “Defina sua identidade”
O livro Shiny Objects (Objetos Reluzentes) explica: “Um jeito comum de dizermos às pessoas quem somos (ou quem gostaríamos de ser) é usar e exibir bens materiais.” Os publicitários sabem disso e procuram relacionar marcas — principalmente marcas de luxo — a certos valores e estilos de vida.
Como você se vê e como quer que os outros o vejam? Elegante? Atlético? Não importa como quer ser visto, as propagandas prometem que você pode adotar a imagem da marca só por comprar um dos seus produtos.
REALIDADE:
Nenhum produto pode mudar quem realmente somos ou nos dar qualidades como honestidade e integridade.
Princípio: “Não seja o vosso adorno . . . o uso de ornamentos de ouro ou o trajar de roupa exterior, mas, seja a pessoa secreta do coração.” — 1 Pedro 3:3, 4.
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