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Casamento — por que muitos desistemDespertai! — 1993 | 8 de julho
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Porta para uma vida mais feliz?
O divórcio, na maioria dos casos, não é uma porta para a felicidade.a “O divórcio é ilusório”, diz a pesquisadora de saúde mental Judith Wallerstein, depois duma pesquisa de 15 anos com 60 casais divorciados. “Juridicamente, é um único acontecimento, mas, psicologicamente, é uma série — às vezes uma infindável série — de acontecimentos, mudanças de residência e relacionamentos que mudam radicalmente, coisas que sucedem ao longo do tempo.” Seus estudos mostram que um quarto das mulheres e um quinto dos homens ainda não haviam conseguido pôr sua vida nos eixos uma década após o divórcio.
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Casamento — por que muitos desistemDespertai! — 1993 | 8 de julho
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Isso não quer dizer que nenhuma vítima do divórcio jamais encontrará a felicidade, visto que algumas a encontram. Para estas, surge uma personalidade remodelada, em geral das cinzas da velha personalidade. Por exemplo, uma vez superado o choque do divórcio, bem como o pesar e as dúvidas quanto ao valor próprio que acompanham o episódio, o cônjuge inocente talvez ressurja dessa provação como pessoa mais forte, mais viva e mais completa.
Uma mulher cujo marido a deixou por outra explica que, depois de a mágoa e a ira começarem a amainar, “a pessoa percebe que está diferente por dentro. Os sentimentos mudaram. Não dá para ser a pessoa de antes”. Ela aconselha: “Tire tempo para conhecer-se como indivíduo novamente. No casamento, os cônjuges geralmente suprimem seus gostos e desejos por consideração à outra pessoa, mas, depois do divórcio, é preciso tirar tempo para descobrir quais são seus gostos e aversões agora. Enterrar os sentimentos é enterrá-los vivos. Um dia eles voltarão, e você terá de encará-los. Por isso convém encarar seus sentimentos e analisá-los.”
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