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Maravilhas emplumadas do lago BogoriaDespertai! — 1992 | 8 de maio
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Logo adiante, numa rocha que se projeta da água, perto da margem, pousa ainda outro aproveitador emplumado do abundante suprimento de algas: a águia-pesqueira-africana.
“Não há peixes neste lago alcalino”, explica Paul. “Então, vocês sabem por que as águias estão aqui?”, pergunta ele. A resposta vem voando — uma águia-pesqueira, com um flamingo preso em suas garras afiadas! Agora entendo por que essas belezas rosadas mantêm distância segura desses predadores pousados!
A águia-pesqueira é facilmente identificável à distância. Sua cabeça, costas, peito e cauda muito brancos contrastam nitidamente com o ventre castanho-avermelhado e com as asas negras. Em lagos alcalinos, onde não há peixes, esta águia alimenta-se quase exclusivamente de flamingos; um casal de águias mata um flamingo a cada dois ou três dias. Em lagos de água doce, porém, a águia-pesqueira realmente come peixes. Imagine, porém, caminhar ao longo da margem dum lago africano de água doce e ganhar um peixe para o jantar, caído do céu, na sua frente! Impossível? De modo algum! Este pescador de cabeça branca têm garras escorregadias e é conhecido por deixar cair sua pesca — para o deleite dos residentes locais!
No entanto, a águia-pesqueira voa notavelmente bem, realizando assombrosas acrobacias aéreas. Um casal de águias pode estar planando a 60 metros e então abruptamente entrelaçar suas garras. Com as asas estiradas rigidamente, elas mergulham num emocionante parafuso, que termina só a 9 metros da água! Ao desfazerem o parafuso, voltam a planar, apanhando as correntes térmicas ascendentes.
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Maravilhas emplumadas do lago BogoriaDespertai! — 1992 | 8 de maio
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Águias-pesqueiras
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