Um planeta em perigo

Em 2002, o renomado Instituto Ambiental de Estocolmo alertou que priorizar o desenvolvimento econômico em detrimento do meio ambiente provavelmente desencadeará “eventos que poderão transformar de forma radical o clima e os ecossistemas do planeta”. O relatório mencionou também que a pobreza global, as constantes injustiças e a degradação dos recursos ambientais farão com que a sociedade cambaleie “de uma crise ambiental, social e de segurança para outra”.

Em 2005, as Nações Unidas publicaram o Millennium Ecosystem Assessment Synthesis Report (Avaliação Ecossistêmica do Milênio). Esse relatório foi o resultado de um estudo global de quatro anos sobre o meio ambiente da Terra, envolvendo mais de 1.360 especialistas de 95 países. Ele continha o seguinte alerta nada agradável: “A atividade humana está exigindo tanto das funções naturais da Terra que não é possível mais contar com a capacidade dos ecossistemas do planeta para sustentar as gerações futuras.” Impedir que aconteça uma calamidade exigiria “mudanças significativas nas políticas, instituições e práticas, mudanças essas que ainda nem começaram a ser feitas”, diz o relatório.

Anna Tibaijuka, diretora-executiva do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos, expressa um ponto de vista que está se tornando cada vez mais comum entre os pesquisadores. Ela diz: “Se continuarmos sem fazer nada, um futuro desastroso nos aguarda.”

O que dizem relatórios recentes: “As atividades humanas têm levado um vasto número de espécies à beira da extinção.” “No mundo todo, quase dois terços dos serviços que a natureza realiza em prol da humanidade estão em declínio.” — Avaliação Ecossistêmica do Milênio.

“Por causa dos gases de efeito estufa, produzidos pelo homem, o clima da Terra está chegando a um ponto crítico, com conseqüências potencialmente perigosas para o planeta.” — Nasa, Instituto Goddard de Estudos Espaciais.