PEDRO estava bem adiantado no curso de medicina quando a mensagem de salvação da Bíblia prendeu seu interesse. Quando já estava formado e trabalhando como médico num hospital, seus superiores não paravam de incentivá-lo a especializar-se em neurocirurgia. Era a oportunidade que muitos médicos em começo de carreira aproveitariam sem hesitação.

No entanto, Pedroa decidiu deixar passar essa oportunidade. Por quê? Simplesmente não tinha a ambição e a motivação necessárias? Não, porque ele avaliou com atenção a oferta. Depois de tornar-se uma Testemunha de Jeová dedicada e batizada, seu desejo era gastar o maior tempo possível nos vários aspectos do ministério cristão. Viu que, uma vez formado em neurocirurgia, sua profissão consumiria cada vez mais do seu tempo e energias. Ele foi tolo ou sensato de abrir mão dessa perspectiva ímpar?

Pedro — o jovem mencionado no início — pensou muito na decisão a tomar e pesou as opções. Viu que não seria errado estudar para ser neurocirurgião. Mas o que era mais importante para ele? Era a atividade no ministério cristão, em vista da urgência desse trabalho. No entanto, ele tinha obrigações a cumprir. Era casado e tinha de sustentar a esposa, que participava na obra de pregação por tempo integral. (1 Timóteo 5:8) E tinha de saldar dívidas relacionadas com os estudos. Então, o que decidiu fazer?

Pedro decidiu especializar-se em radiologia e ultra-sonografia. Seria um tipo de trabalho que lhe permitiria ter horário normal de trabalho. E o treinamento ainda seria ministrado durante o expediente. É preciso admitir que há quem ache que essa posição é menos prestigiada, mas ela lhe daria mais tempo para empenhos espirituais.

Outro fator contribuiu para a decisão tomada por Pedro. Embora sem julgar a ninguém que tomasse uma decisão diferente, ele sabia que o envolvimento excessivo em assuntos seculares sem dúvida representa um perigo para o cristão. É algo que pode levá-lo a negligenciar responsabilidades espirituais. Isso é ilustrado por outro caso relacionado com emprego.