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    Anuário das Testemunhas de Jeová de 2005
    • Um período de consolidação

      A pedido da congênere de Fiji, John Hubler e sua esposa, Ellen, da Austrália, mudaram-se para o Taiti em 1959, a fim de ajudar a recém-formada Congregação Papeete. John foi servo de congregação durante os sete meses em que ele e sua esposa, Ellen, puderam ficar no Taiti. Sendo suíço, John falava fluentemente francês. Ellen também falava essa língua, tendo servido com o marido vários anos na Nova Caledônia. O casal Hubler deu aos novos publicadores o tão necessário treinamento no ministério de porta em porta, porque a maioria só havia pregado informalmente.

      Em 1960, John e Ellen foram transferidos para o serviço de circuito. Seu território era a Polinésia Francesa, o que possibilitou que continuassem a dar ajuda aos publicadores locais. “Daí, em 1961”, disse John, “fui convidado para cursar a Escola de Gileade. Depois de formado, fui designado como superintendente de circuito para todas as ilhas de língua francesa no Pacífico”.

      O primeiro Salão do Reino

      “Durante a nossa segunda visita ao Taiti”, disse o irmão Hubler, “tive o privilégio de iniciar um estudo bíblico com uma ex-professora, Marcelle Anahoa. Naquela época, estávamos procurando desesperadamente um terreno para construir o nosso Salão do Reino. Mas havia dois obstáculos. Primeiro, parecia que ninguém tinha um terreno disponível; segundo, a congregação tinha muito pouco em matéria de recursos. Mesmo assim, continuávamos procurando, confiando em que Jeová cuidaria do assunto.

      “Ao dirigir o estudo com Marcelle, mencionei-lhe essa situação. Ela disse: ‘Quero mostrar-lhe uma coisa.’ Levando-me para fora, apontou para a frente e disse: ‘Está vendo este terreno? É meu. Eu havia planejado construir apartamentos ali, mas agora que estou aprendendo a verdade, mudei de idéia. Vou doar metade do terreno para um Salão do Reino.’ Ouvindo isso, imediatamente fiz uma oração em silêncio para expressar o meu profundo agradecimento a Jeová.”

      Assim que ficou pronta a documentação, a Congregação Papeete construiu seu primeiro Salão do Reino, que ficou pronto em 1962. Era um projeto simples, costumeiro na ilha, com as laterais abertas e o teto feito com folhas de pandano. Infelizmente, porém, as galinhas da vizinhança não resistiram à tentação de fazer ninhos nos assentos e de transformar as vigas em poleiros. Por isso, quando os irmãos chegavam para as reuniões, encontravam no piso e nos móveis ovos e outras marcas indesejáveis das “moradoras” do Salão do Reino. Mesmo assim, o salão serviu bem ao propósito até os irmãos construírem um prédio maior e mais permanente.

      Resolvidas as incertezas jurídicas

      No início, os irmãos não tinham certeza da condição jurídica das Testemunhas de Jeová na Polinésia Francesa. A Sentinela estava proscrita na França desde 1952, mas a obra em si não estava proscrita. Era esse também o caso nesse território francês? No ínterim, o número de publicadores continuava a aumentar, e isso tornou as Testemunhas de Jeová conhecidas. De fato, em certa ocasião, perto do fim de 1959, a polícia entrou numa reunião para ver o que estava acontecendo.

      Em conseqüência disso, aconselhou-se aos irmãos que formassem uma associação jurídica. O registro oficial eliminaria as incertezas e as suspeitas. Os irmãos ficaram muito emocionados quando, em 2 de abril de 1960, receberam a confirmação de que tinham sido registrados oficialmente como Associação das Testemunhas de Jeová.

      No entanto, A Sentinela continuava proscrita na França. Achando que a proscrição valia também na Polinésia Francesa, os irmãos recebiam artigos de A Sentinela numa revista chamada La Sentinelle, enviada da Suíça. Numa ocasião, a polícia revelou ao então presidente da associação jurídica, Michel Gelas, que eles sabiam muito bem que La Sentinelle era usada no lugar de A Sentinela da França. Mas a polícia não impediu as remessas da revista. Os irmãos ficaram sabendo o motivo disso quando acabou a proscrição de A Sentinela na França, em 1975.

      Quando se eliminou a proscrição, os irmãos no Taiti pediram permissão para receber A Sentinela em francês. Revelou-se então que a proscrição nunca fora publicada no Diário Oficial da Polinésia Francesa. Portanto, A Sentinela nunca fora proscrita ali, o que para muitos foi uma surpresa.

      Por outro lado, as autoridades locais eram rigorosas na concessão e prorrogação de vistos. Por isso, os que não eram cidadãos franceses, tais como Clyde e Ann Neill, já mencionados, geralmente só podiam ficar poucos meses. Na mesma situação estava o casal Hubler. Mas visto que John era membro da associação jurídica, e a lei francesa permitia que um estrangeiro fizesse parte da diretoria, ele conseguiu obter vistos com menos dificuldade.

      Isso ajudou John no seu serviço de circuito. Certo dia o comissário de polícia chamou John ao seu gabinete, querendo saber por que ele visitava as ilhas com tanta freqüência. John explicou que, como membro da associação, ele tinha de estar presente nas reuniões da diretoria. O comissário ficou satisfeito com a explicação. Mas essa não foi a única vez que John teve de comparecer perante o comissário.

      A partir de 1963, muitos polinésios, inclusive pelo menos um destacado pastor protestante, ficaram indignados por causa das experiências com armas nucleares no Pacífico. Certo apóstata aproveitou a oportunidade para se queixar à polícia de que o irmão Hubler era um dos agitadores, o que naturalmente não era verdade. Mesmo assim, John foi de novo convocado perante o comissário. Em vez de denunciar o acusador, John explicou bondosamente nossa neutralidade baseada na Bíblia, bem como o respeito que temos pelas autoridades governamentais. (Romanos 13:1) Deu também ao comissário algumas publicações. Finalmente, aquela autoridade chegou à conclusão correta, de que alguém estava apenas querendo causar dificuldades às Testemunhas de Jeová.

      Por fim, porém, o casal Hubler não conseguiu mais obter vistos. Voltaram então para a Austrália e continuaram no serviço de viajante até 1993, quando a saúde fraca os fez parar.

      Enquanto nas ilhas, o casal Hubler viu várias pessoas fazer notáveis mudanças na vida para agradar a Jeová. Uma delas foi uma senhora de 74 anos de idade, que tinha 14 filhos, todos nascidos fora do casamento. “Nós a chamávamos de Mamãe Roro”, disse John. “Quando Mamãe Roro aprendeu a verdade, ela se casou com o homem com quem vivia e mandou registrar legalmente todos os filhos, embora tivessem pais diferentes. Para registrar todos os filhos, o prefeito local teve de juntar dois formulários para fazer um formulário grande. Mamãe Roro insistiu em que se fizessem as coisas do modo de Jeová.” Após o batismo, essa fiel irmã se tornou pioneira e adquiriu muita prática em colocar revistas. Junto com outros publicadores, foi até mesmo pregar em ilhas remotas.

  • Taiti
    Anuário das Testemunhas de Jeová de 2005
    • [Foto na página 85]

      John e Ellen Hubler começaram no serviço de circuito em 1960

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