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  • Você refletirá a glória de Deus?
    A Sentinela — 2005 | 15 de agosto
    • Você refletirá a glória de Deus?

      “Refletimos como espelhos a glória de Jeová.” — 2 CORÍNTIOS 3:18.

      1. O que Moisés viu, e o que aconteceu depois?

      FOI uma das visões mais inspiradoras que qualquer homem já teve. Sozinho, no alto do monte Sinai, Moisés teve atendido um pedido incomum. Foi-lhe permitido ver o que nenhum homem jamais havia visto — a glória de Jeová. É claro que Moisés não viu Jeová diretamente. A aparência de Deus é tão esplêndida que nenhum homem pode olhar para ele e continuar vivo. Em vez disso, Jeová colocou sua “palma” sobre Moisés como meio de proteção até que Ele tivesse passado, evidentemente usando um representante angélico. Depois, Jeová permitiu que Moisés visse um reflexo de sua manifestação divina de glória. Jeová também falou com Moisés por meio de um anjo. A Bíblia descreve o que aconteceu depois: “Quando Moisés desceu do Monte Sinai . . . a pele da sua face emitia raios por ter falado com [Jeová].” — Êxodo 33:18-34:7, 29.

      2. O que o apóstolo Paulo escreveu sobre a glória que os cristãos refletem?

      2 Imagine-se naquela montanha com Moisés. Como seria emocionante ver o deslumbrante esplendor do Todo-Poderoso e ouvir suas palavras! Que privilégio seria descer o monte Sinai junto com Moisés, o mediador do pacto da Lei! No entanto, sabia que os cristãos verdadeiros refletem a glória de Deus de algumas maneiras que ultrapassam a forma como Moisés a refletiu? Esse fato profundo é encontrado numa carta do apóstolo Paulo. Ele escreveu que os cristãos ungidos ‘refletem como espelhos a glória de Jeová’. (2 Coríntios 3:7, 8, 18) Em certo sentido, os cristãos que têm esperança de viver para sempre na Terra também refletem a glória de Deus.

      Como os cristãos refletem a glória de Deus

      3. Como viemos a conhecer a Jeová de maneiras que Moisés não podia conhecer?

      3 Como podemos refletir a glória de Deus? Não vimos nem escutamos a Jeová assim como Moisés. No entanto, viemos a conhecer a Jeová de maneiras que para Moisés era impossível conhecer. Jesus só apareceu como Messias uns 1.500 anos depois da morte de Moisés. Conseqüentemente, Moisés não podia saber como a Lei se cumpriria em Jesus, que morreu para resgatar a humanidade da terrível opressão do pecado e da morte. (Romanos 5:20, 21; Gálatas 3:19) Além disso, Moisés só podia perceber de maneira limitada a grandeza do propósito de Jeová, centralizado no Reino Messiânico, e no Paraíso terrestre que este trará. Assim, nós percebemos a glória de Jeová, não com olhos literais, mas com olhos da fé baseada nos ensinamentos bíblicos. Além disso, nós ouvimos a voz de Jeová, não por meio de um anjo, mas através da Bíblia, em especial os Evangelhos, que tão belamente descrevem os ensinamentos e o ministério de Jesus.

      4. (a) Como os cristãos ungidos refletem a glória de Deus? (b) De que maneiras os que têm a esperança de vida eterna na Terra podem refletir a glória de Deus?

      4 Embora os cristãos não reflitam a glória de Deus irradiando raios da face, seu rosto de fato “irradia” quando falam a outros sobre a gloriosa personalidade de Jeová e seus propósitos. Concernente aos nossos dias, o profeta Isaías predisse que o povo de Deus iria ‘por certo falar a respeito da glória de Jeová entre as nações’. (Isaías 66:19) Além disso, em 2 Coríntios 4:​1, 2, lemos: “Visto que temos este ministério . . . , temos renunciado às coisas dissimuladas, que são vergonhosas, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus, mas, por tornar manifesta a verdade, recomendando-nos a toda consciência humana à vista de Deus.” Paulo se referia em especial aos cristãos ungidos, que são “ministros dum novo pacto”. (2 Coríntios 3:6) Seu ministério tem tido um efeito em inúmeras pessoas que têm esperança de vida eterna na Terra. O ministério de ambos os grupos envolve refletir a glória de Jeová não apenas no que ensinam, mas também em como vivem. É nosso dever e privilégio refletir a glória do Deus Altíssimo!

      5. A nossa prosperidade espiritual dá evidência de quê?

      5 As boas novas do Reino têm sido pregadas em toda a Terra habitada, como Jesus predisse. (Mateus 24:14) Pessoas de todas as nações, tribos, povos e línguas acolhem entusiasticamente as boas novas e transformam suas vidas para fazer a vontade de Deus. (Romanos 12:2; Revelação [Apocalipse] 7:9) Como os primeiros cristãos, eles não podem parar de falar das coisas que viram e ouviram. (Atos 4:20) Mais de seis milhões de pessoas, mais do que em qualquer outro tempo da história, estão refletindo a glória de Deus hoje. Está você entre esses? A prosperidade espiritual do povo de Deus dá evidência convincente das bênçãos e da proteção de Jeová. Em vista das poderosas forças que se armam contra nós, fica mais evidente que o espírito de Jeová está sobre nós. Vejamos por que isso acontece.

      O povo de Deus não será silenciado

      6. Por que requer fé e coragem tomar posição a favor de Jeová?

      6 Suponha que você seja chamado para depor contra um criminoso cruel, sabendo que ele tem uma organização poderosa e que usará todos os meios para impedir você de expô-lo. Testemunhar contra esse criminoso exigiria coragem bem como confiança na proteção das autoridades. Estamos numa situação similar. Ao darmos testemunho sobre Jeová e seus propósitos, depomos contra Satanás, o Diabo, expondo-o como homicida e mentiroso que está desencaminhando toda a Terra habitada. ( João 8:​44; Revelação 12:9) Tomar posição a favor de Jeová e contra o Diabo requer fé e coragem.

      7. Quanta influência Satanás tem, e o que tenta fazer?

      7 Jeová é, sem sombra de dúvida, o Supremo. Seu poder é infinitamente superior ao de Satanás. Podemos ter certeza de que Jeová não apenas é capaz, mas também quer nos proteger ao passo que o servimos lealmente. (2 Crônicas 16:9) No entanto, Satanás é o governante dos demônios e do mundo da humanidade alienada de Deus. (Mateus 12:24, 26; João 14:30) Confinado à vizinhança da Terra e com “grande ira”, Satanás se opõe ferozmente aos servos de Jeová e usa o mundo sob seu controle para tentar silenciar os que pregam as boas novas. (Revelação 12:7-9, 12, 17) Como ele faz isso? De pelo menos três maneiras.

      8, 9. Como Satanás usa o amor mal orientado, e por que devemos escolher bem as pessoas com quem nos associamos?

      8 Um modo de Satanás tentar nos desviar é por meio das ansiedades da vida. As pessoas nestes últimos dias são amantes do dinheiro, de si mesmas, e dos prazeres. Não têm amor a Deus. (2 Timóteo 3:1-4) Absortos em seus afazeres diários, a maioria ‘não faz caso’ das boas novas que lhes transmitimos. Simplesmente não se interessam em aprender a verdade da Bíblia. (Mateus 24:37-39) Tal atitude pode ser contagiosa, levando-nos a um estado de letargia espiritual. Se cultivarmos amor por coisas materiais e pelos prazeres da vida, nosso amor a Deus esfriará. — Mateus 24:12.

      9 Por essa razão, os cristãos escolhem cuidadosamente com quem irão se associar. “Quem anda com pessoas sábias tornar-se-á sábio”, escreveu o Rei Salomão, “mas irá mal com aquele que tem tratos com os estúpidos”. (Provérbios 13:20) ‘Andemos’ com aqueles que refletem a glória de Deus. Como é agradável fazer isso! Ao nos reunirmos com nossos irmãos espirituais nas nossas reuniões e em outras ocasiões, somos encorajados pelo seu amor, fé, alegria e sabedoria. Tal associação sadia reforça nossa determinação de perseverar no ministério.

      10. De que maneiras Satanás usa a zombaria contra os que refletem a glória de Deus?

      10 Uma segunda maneira de Satanás tentar impedir os cristãos de refletir a glória de Deus é por meio de zombaria. Essa tática não deveria nos surpreender. Durante seu ministério na Terra, Jesus Cristo foi ridicularizado — foi objeto de riso, escarnecido, zombado, tratado com insolência e até cuspido. (Marcos 5:40; Lucas 16:14; 18:32) Os primeiros cristãos também foram alvo de zombaria. (Atos 2:13; 17:32) Servos atuais de Jeová também enfrentam esse tipo de abuso. De acordo com o apóstolo Pedro, eles seriam classificados como “falsos profetas”. “Nos últimos dias”, predisse Pedro, “virão ridicularizadores com os seus escárnios, procedendo segundo os seus próprios desejos e dizendo: ‘Onde está essa prometida presença dele? Ora, . . . todas as coisas estão continuando exatamente como desde o princípio da criação.’ ” (2 Pedro 3:3, 4) O povo de Deus é ridicularizado como estando fora da realidade. Os padrões de moral da Bíblia são vistos como ultrapassados. Para muitos, a mensagem que pregamos é tolice. (1 Coríntios 1:18, 19) Como cristãos, talvez soframos zombaria na escola, no trabalho e, às vezes, até mesmo na família. Não intimidados, continuamos a refletir a glória de Deus por meio da pregação, pois assim como Jesus, sabemos que a Palavra de Deus é a verdade. — João 17:17.

      11. Como Satanás tem usado a perseguição na tentativa de silenciar os cristãos?

      11 Uma terceira tática que o Diabo usa na tentativa de nos silenciar é a oposição ou perseguição. Jesus disse aos seus seguidores: ‘Sereis entregues à tribulação e vos matarão, e sereis pessoas odiadas por todas as nações, por causa do meu nome.’ (Mateus 24:9) De fato, como Testemunhas de Jeová, temos enfrentado cruel perseguição em muitas partes da Terra. Sabemos que há muito Jeová predisse que haveria ódio, ou inimizade, entre os que servem a Deus e os que servem a Satanás, o Diabo. (Gênesis 3:15) Também sabemos que, por mantermos a integridade sob prova, comprovamos a legitimidade da soberania universal de Jeová. Saber disso pode nos tornar fortes mesmo sob circunstâncias extremas. Se estivermos determinados a refletir a glória de Deus, nenhuma perseguição nos silenciará permanentemente.

      12. Por que devemos nos alegrar ao passo que permanecemos fiéis diante da oposição de Satanás?

      12 Você resiste ao encanto do mundo e mostra-se fiel apesar de zombaria e oposição? Então tem motivos para se alegrar. Jesus garantiu àqueles que o seguissem: “Felizes sois quando vos vituperarem e perseguirem, e, mentindo, disserem toda sorte de coisas iníquas contra vós, por minha causa. Alegrai-vos e pulai de alegria, porque a vossa recompensa é grande nos céus; pois assim perseguiram os profetas antes de vós.” (Mateus 5:11, 12) Sua perseverança é prova de que o poderoso espírito santo de Jeová está sobre você, fortalecendo-o para refletir sua glória. — 2 Coríntios 12:9.

      A perseverança vem de Jeová

      13. Qual é um motivo importante de perseverarmos no nosso ministério?

      13 Nós perseveramos no ministério principalmente porque amamos a Jeová e nos agradamos em refletir a sua glória. Humanos tendem a imitar aqueles a quem amam e respeitam, e não há ninguém mais digno de ser imitado do que Jeová Deus. Por causa de seu grande amor, ele enviou seu Filho à Terra para dar testemunho da verdade e resgatar os humanos obedientes. (João 3:16; 18:37) Assim como Deus, desejamos que toda sorte de pessoas alcancem o arrependimento e a salvação; por isso pregamos a elas. (2 Pedro 3:9) Esse desejo, junto com nossa determinação de imitar a Deus, nos move a perseverar em refletir a glória de Deus no nosso ministério.

      14. Como Jeová nos fortalece para perseverarmos em nosso ministério?

      14 Em última análise, entretanto, a força para perseverar no ministério cristão vem de Jeová. Ele nos sustenta e fortalece por meio de seu espírito, sua organização e sua Palavra, a Bíblia. Jeová “provê perseverança” aos que desejam refletir sua glória. Ele atende às nossas orações e nos dá sabedoria ao lidarmos com provações. (Romanos 15:5; Tiago 1:5) Além disso, Jeová não permite que sejamos tentados por algo impossível de suportar. Se confiarmos nele, ele dará a saída para continuarmos refletindo sua glória. — 1 Coríntios 10:13.

      15. O que nos ajuda a perseverar?

      15 Perseverar no ministério prova que o espírito de Deus está sobre nós. Para ilustrar: imagine que alguém lhe peça para distribuir de casa em casa certo tipo de pão, sem cobrar. Você é instruído a fazer isso gastando seus próprios recursos e seu tempo. Depois, logo percebe que bem poucas pessoas querem o pão; algumas até se opõem aos seus esforços de distribuí-lo. Acha que continuaria com esse trabalho mês após mês, ano após ano? Provavelmente não. Contudo, talvez já se empenhe em transmitir as boas novas usando seu tempo e seus recursos por anos, até mesmo décadas. Por que você faz isso? Não é porque ama a Jeová e tem a ajuda de seu espírito santo que abençoa seus esforços? Certamente que sim!

      Um trabalho a ser lembrado

      16. O que a perseverança no nosso ministério significa para nós e para os que nos escutam?

      16 O ministério do novo pacto é uma dádiva sem comparação. (2 Coríntios 4:7) Similarmente, o ministério cristão, executado pelas outras ovelhas ao redor do mundo, é um tesouro. Por perseverar em seu ministério você pode, assim como Paulo escreveu a Timóteo, ‘salvar tanto a você mesmo como aos que o escutam’. (1 Timóteo 4:16) Pense no que isso significa. As boas novas que você prega oferecem a outros a oportunidade de viver para sempre. Poderá formar um forte laço de amizade com aqueles que ajuda espiritualmente. Imagine que alegria será viver para sempre com os que você ajudou a aprender sobre Deus! Com certeza eles nunca esquecerão os esforços que você fez para ajudá-los. Que motivo de satisfação!

      17. Por que o nosso tempo é um período único na história humana?

      17 Você vive em um período único na história humana. As boas novas nunca mais serão pregadas em meio a um mundo apartado de Deus. Noé viveu num mundo assim e o viu passar. Quanta alegria deve ter sentido de saber que cumpriu fielmente a vontade de Deus construindo a arca que preservou a ele e sua família! (Hebreus 11:7) Você também pode sentir tal alegria. Pense em como se sentirá no novo mundo ao relembrar sua atividade nestes últimos dias, sabendo que fez o que pôde para promover os interesses do Reino.

      18. Que garantia e encorajamento Jeová dá aos seus servos?

      18 Continuemos então a refletir a glória de Deus. Fazer isso será algo de que nos lembraremos para sempre. Jeová também se lembra de nosso trabalho. A Bíblia nos dá o seguinte encorajamento: “Deus não é injusto, para se esquecer de vossa obra e do amor que mostrastes ao seu nome, por terdes ministrado aos santos e por continuardes a ministrar. Mas, desejamos que cada um de vós mostre a mesma diligência, para ter a plena certeza da esperança até o fim, para que não fiqueis indolentes, mas sejais imitadores daqueles que pela fé e pela paciência herdam as promessas.” — Hebreus 6:10-12.

  • Os cristãos refletem a glória de Jeová
    A Sentinela — 2005 | 15 de agosto
    • Os cristãos refletem a glória de Jeová

      “Felizes são os vossos olhos porque observam, e os vossos ouvidos porque ouvem.” — MATEUS 13:16.

      1. Que pergunta surge a respeito da reação dos israelitas diante de Moisés no monte Sinai?

      OS ISRAELITAS reunidos diante do monte Sinai tinham todos os motivos para se achegarem a Jeová. Afinal, ele os havia libertado do Egito com mão poderosa. Cuidou de suas necessidades, suprindo-lhes alimento e água no deserto. Depois, deu-lhes a vitória sobre um exército amalequita agressor. (Êxodo 14:26-31; 16:2-17:13) Acampado no deserto diante do monte Sinai, o povo tremia, assustado por causa dos trovões e relâmpagos. Mais tarde, viram Moisés descer do monte Sinai, refletindo no rosto a glória de Jeová. No entanto, em vez de reagir com admiração e apreço, eles se afastaram. “Ficaram com medo de se aproximar” de Moisés. (Êxodo 19:10-19; 34:30) Por que ficaram com medo de observar um reflexo da glória de Jeová, que tanto fizera por eles?

      2. Possivelmente por que os israelitas ficaram com medo ao verem a glória de Deus refletida em Moisés?

      2 É provável que boa parte do medo dos israelitas naquela ocasião tenha sido por causa do que acontecera antes. Quando desobedeceram propositadamente a Jeová fazendo um bezerro de ouro, ele os disciplinou. (Êxodo 32:4, 35) Será que aprenderam da disciplina de Jeová e se mostraram gratos por ela? A maioria não. Já no fim de sua vida, Moisés lembrou o incidente do bezerro de ouro e outros casos em que os israelitas desobedeceram. Ele disse ao povo: “[Vós] vos comportastes rebeldemente contra a ordem de Jeová, vosso Deus, e não exercestes fé nele e não escutastes a sua voz. Mostrastes ser rebeldes em comportamento para com Jeová desde o dia em que vos conheci.” — Deuteronômio 9:15-24.

      3. Como Moisés agia com relação a cobrir o rosto com um véu?

      3 Veja como Moisés reagiu diante do medo dos israelitas. O relato diz: “Sempre que Moisés acabava de falar com eles, punha um véu sobre a sua face. Mas quando Moisés entrava [no tabernáculo] perante Jeová para falar com ele, tirava o véu até sair. E saía e falava aos filhos de Israel o que se lhe mandava. E os filhos de Israel viram a face de Moisés, que a pele da face de Moisés emitia raios; e Moisés pôs o véu de volta sobre a sua face até entrar para falar com [Jeová].” (Êxodo 34:33-35) Por que Moisés às vezes cobria o rosto com um véu? O que aprendemos disso? As respostas a essas perguntas podem nos ajudar a avaliar nossa relação com Jeová.

      Oportunidades perdidas

      4. Que significado o apóstolo Paulo revelou a respeito do fato de Moisés usar o véu?

      4 O apóstolo Paulo explicou que o fato de Moisés usar o véu tinha a ver com a condição da mente e do coração dos israelitas. Ele escreveu: “Os filhos de Israel não podiam fitar atentamente os olhos no rosto de Moisés, por causa da glória do seu rosto, . . . as suas faculdades mentais estavam obtusas.” (2 Coríntios 3:7, 14) Que situação triste! Os israelitas eram o povo escolhido de Jeová, e ele queria que se achegassem a ele. (Êxodo 19:4-6) No entanto, eles relutavam em fitar atentamente o reflexo da glória de Deus. Em vez de voltarem o coração e a mente para Jeová em devoção amorosa, em certo sentido eles se afastavam dele.

      5, 6. (a) Que paralelo havia entre os israelitas do primeiro século e os da época de Moisés? (b) Que contraste havia entre os que deram ouvidos a Jesus e os que não deram?

      5 Encontramos um paralelo disso no primeiro século EC. Na época da conversão de Paulo ao cristianismo, o pacto da Lei já havia sido substituído pelo novo pacto, mediado por Jesus Cristo, o Moisés Maior. Tanto por palavras como por ações, Jesus refletia com perfeição a glória de Jeová. Paulo escreveu a respeito do ressuscitado Jesus: “Ele é o reflexo da glória [de Deus] e a representação exata do seu próprio ser.” (Hebreus 1:3) Que oportunidade magnífica os judeus tiveram! Eles podiam ouvir as palavras sobre vida eterna da boca do próprio Filho de Deus! Infelizmente, a maioria dos a quem Jesus pregou não lhe deu ouvidos. A respeito deles, Jesus citou a profecia que Jeová fez por meio de Isaías: “O coração deste povo tem ficado embotado e seus ouvidos têm ouvido sem reação, e eles têm fechado os olhos; para que nunca vissem com os olhos, nem ouvissem com os ouvidos, nem entendessem com os corações e se voltassem, e eu os sarasse.” — Mateus 13:15; Isaías 6:9, 10.

      6 Havia um nítido contraste entre aqueles judeus e os discípulos de Jesus, sobre os quais ele disse: “Felizes são os vossos olhos porque observam, e os vossos ouvidos porque ouvem.” (Mateus 13:16) Os cristãos verdadeiros anseiam conhecer e servir a Jeová. Têm prazer em fazer a Sua vontade, conforme revelada na Bíblia. Assim, os cristãos ungidos refletem a glória de Jeová no seu ministério do novo pacto, e os das outras ovelhas fazem algo similar. — 2 Coríntios 3:6, 18.

      Por que as boas novas estão “veladas”

      7. Por que não é de admirar que a maioria das pessoas rejeite as boas novas?

      7 Como vimos, tanto nos dias de Jesus como nos de Moisés, a maioria dos israelitas rejeitou a oportunidade ímpar que tiveram. Acontece o mesmo hoje em dia. A maioria das pessoas rejeita as boas novas que pregamos. Isso não nos surpreende. Paulo escreveu: “Se as boas novas que declaramos estão de fato veladas, estão veladas entre os que perecem, entre os quais o deus deste sistema de coisas tem cegado as mentes dos incrédulos.” (2 Coríntios 4:3, 4) Além dos esforços de Satanás de ocultar as boas novas, muitas pessoas “velam” a sua própria face porque não desejam ver.

      8. De que modo muitos estão cegados pela ignorância, e como podemos evitar que isso nos aconteça?

      8 Os olhos simbólicos de muitos estão cegados pela ignorância. A Bíblia fala das nações como estando ‘mentalmente em escuridão e apartadas da vida que pertence a Deus, por causa da ignorância que há nelas’. (Efésios 4:18) Antes de se tornar cristão, Paulo, perito na Lei, estava tão cegado pela ignorância que perseguia a congregação de Deus. (1 Coríntios 15:9) No entanto, Jeová revelou-lhe a verdade. Paulo explica: “A razão pela qual me foi concedida misericórdia era que, por meio de mim, como o principal caso, Cristo Jesus demonstrasse toda a sua longanimidade, como amostra dos que irão depositar a sua fé nele para a vida eterna.” (1 Timóteo 1:16) Assim como Paulo, muitos que antes se opunham à verdade de Deus agora o servem. Esse é um bom motivo para continuarmos a dar testemunho mesmo aos que se opõem a nós. Enquanto isso, o estudo regular da Palavra de Deus e a compreensão de seu significado impedem que ajamos em ignorância, resultando no desagrado de Jeová.

      9, 10. (a) De que modo os judeus do primeiro século mostraram que não eram suscetíveis a ensino e que eram rígidos nos seus conceitos? (b) Existe um paralelo disso na cristandade hoje? Explique.

      9 Muitos têm a visão espiritual obstruída porque não são suscetíveis a ensino e são rígidos nos seus conceitos. Inúmeros judeus rejeitaram a Jesus e seus ensinos porque se apegavam teimosamente à Lei mosaica. É óbvio que havia exceções. Por exemplo, depois que Jesus foi ressuscitado, “uma grande multidão de sacerdotes começou a ser obediente à fé”. (Atos 6:7) Mas a respeito da maioria dos judeus, Paulo escreveu: “Até o dia de hoje, sempre que se lê Moisés, há um véu deitado sobre os seus corações.” (2 Coríntios 3:15) É provável que Paulo soubesse o que Jesus havia dito anteriormente aos líderes religiosos judaicos: “Pesquisais as Escrituras, porque pensais que por meio delas tereis vida eterna; e estas mesmas são as que dão testemunho de mim.” (João 5:39) As Escrituras, que eles pesquisavam com tanto cuidado, deviam tê-los ajudado a discernir que Jesus era o Messias. No entanto, os judeus tinham seus próprios conceitos, e nem mesmo o Filho de Deus, que fazia milagres, pôde fazê-los mudar de idéia.

      10 O mesmo se dá com muitos na cristandade hoje. Como os judeus do primeiro século, eles “têm zelo de Deus, mas não segundo o conhecimento exato”. (Romanos 10:2) Embora alguns estudem a Bíblia, não desejam crer no que ela diz. Recusam-se a aceitar que Jeová ensina seu povo por meio de Sua classe do escravo fiel e discreto, composta de cristãos ungidos. (Mateus 24:45) Nós, no entanto, entendemos que Jeová está ensinando seu povo, e que o entendimento das verdades divinas sempre tem sido progressivo. (Provérbios 4:18) Por permitirmos ser ensinados por Jeová, somos abençoados com o conhecimento de sua vontade e de seu propósito.

      11. De que modo acreditar apenas naquilo que se quer acreditar contribui para ocultar a verdade?

      11 Outros são cegos porque acreditam apenas naquilo que querem acreditar. Foi predito que alguns zombariam do povo de Deus e da mensagem que proclamariam a respeito da presença de Jesus. O apóstolo Pedro escreveu: “Segundo o desejo deles, escapa-lhes este fato”, a saber, que Deus causou um dilúvio no mundo dos dias de Noé. (2 Pedro 3:3-6) Da mesma maneira, muitos cristãos professos reconhecem prontamente que Jeová é misericordioso, bondoso e perdoador; mas ignoram ou rejeitam o fato de que ele não isenta de punição os transgressores. (Êxodo 34:6, 7) Os cristãos verdadeiros se esforçam em entender o que a Bíblia realmente ensina.

      12. De que modo as tradições têm cegado muitas pessoas?

      12 Muitos freqüentadores de igreja estão cegados pela tradição. Aos líderes religiosos de seus dias, Jesus disse: “Invalidastes a palavra de Deus por causa da vossa tradição.” (Mateus 15:6) Os judeus restauraram zelosamente a adoração pura depois da volta do exílio em Babilônia, mas os próprios sacerdotes tornaram-se orgulhosos e justos aos seus próprios olhos. As festividades religiosas tornaram-se formalísticas, sem genuína reverência a Deus. (Malaquias 1:6-8) Nos dias de Jesus, os escribas e os fariseus haviam acrescentado inúmeras tradições à Lei mosaica. Jesus expôs tais homens como hipócritas, pois haviam perdido de vista os princípios justos que fundamentavam a Lei. (Mateus 23:23, 24) Os cristãos verdadeiros precisam cuidar para que as tradições humanas não os desviem da adoração pura.

      “Vendo Aquele que é invisível”

      13. De que duas maneiras Moisés observou parcialmente a glória de Deus?

      13 Moisés pediu para ver a glória de Deus no monte, e realmente viu um reflexo de Sua glória. Quando entrava no tabernáculo, Moisés não usava véu. Ele era um homem de muita fé, que desejava fazer a vontade de Deus. Embora tivesse sido abençoado com uma visão parcial da glória de Jeová, em certo sentido ele já havia observado a Deus com olhos de fé. A Bíblia diz que Moisés “permanecia constante como que vendo Aquele que é invisível”. (Hebreus 11:27; Êxodo 34:5-7) Ele refletia a glória de Deus não apenas por meio daqueles raios que temporariamente irradiavam de seu rosto, mas também por meio de seus esforços em ajudar os israelitas a conhecer e a servir a Jeová.

      14. De que modo Jesus observava a glória de Deus, e o que tinha prazer em fazer?

      14 No céu, Jesus observava diretamente a glória de Deus por incontáveis eras, mesmo antes da criação do Universo. (Provérbios 8:22, 30) Durante todo esse tempo, desenvolveu-se uma relação profundamente amorosa e afetuosa. Jeová Deus expressava o mais terno amor e afeto por esse primogênito de toda a criação. Jesus correspondia, expressando profundo amor e afeto por Deus, que lhe dera a vida. (João 14:31; 17:24) Havia um amor perfeito entre Pai e Filho. Jesus, assim como Moisés, tinha prazer em refletir a glória de Jeová por meio das coisas que ensinava.

      15. De que modo os cristãos contemplam a glória de Deus?

      15 Assim como Moisés e Jesus, as atuais Testemunhas de Deus na Terra anseiam contemplar a glória de Jeová. Elas não se desviaram das gloriosas boas novas. O apóstolo Paulo escreveu: “Quando há um retorno a Jeová [para fazer a sua vontade], é retirado o véu.” (2 Coríntios 3:16) Nós estudamos as Escrituras porque desejamos fazer a vontade de Deus. Ficamos maravilhados com a glória refletida na face do Filho e Rei ungido de Jeová, Jesus Cristo, e imitamos seu exemplo. Assim como Moisés e Jesus, temos sido abençoados com um ministério — ensinar outros a respeito do glorioso Deus que adoramos.

      16. Por que somos abençoados por conhecer a verdade?

      16 Jesus orou: “Eu te louvo publicamente, ó Pai, . . . porque escondeste estas coisas dos sábios e dos intelectuais, e as revelaste aos pequeninos.” (Mateus 11:25) Jeová dá a conhecer seus propósitos e sua personalidade aos sinceros e humildes de coração. (1 Coríntios 1:26-28) Nós viemos a estar sob sua proteção, e ele nos ensina como obter da vida o melhor que ela pode nos oferecer. Aproveitemos toda oportunidade para nos achegar a Jeová, valorizando suas muitas provisões para o conhecermos mais intimamente.

      17. Como podemos conhecer mais plenamente as qualidades de Jeová?

      17 Paulo escreveu aos cristãos ungidos: “Com rostos desvelados refletimos como espelhos a glória de Jeová, [e] somos transformados na mesma imagem, de glória em glória.” (2 Coríntios 3:18) Quer nossa esperança seja de vida eterna no céu, quer na Terra, quanto mais conhecemos a Jeová — suas qualidades e sua personalidade reveladas na Bíblia — tanto mais nos tornamos semelhantes a ele. Se contemplarmos com gratidão a vida, o ministério e os ensinos de Jesus Cristo, refletiremos ainda mais plenamente as qualidades de Jeová. Que alegria é saber que produzimos louvor ao nosso Deus, cuja glória procuramos refletir!

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