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  • Capitão James Cook: intrépido explorador do pacífico
  • Despertai! — 1995
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  • O homem James Cook
  • O cenário mundial de 1769
  • Começam as viagens de Cook
  • A segunda viagem bem-sucedida
  • Tragédia na terceira viagem
  • Uma mudança de personalidade
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Despertai! — 1995
g95 22/3 pp. 12-15

Capitão James Cook: intrépido explorador do pacífico

DO CORRESPONDENTE DE DESPERTAI! NA AUSTRÁLIA

FORA da Inglaterra, Austrália, Nova Zelândia, Havaí e ilhas do Pacífico, o nome Capitão James Cook talvez não provoque a menor reação na memória da maioria das pessoas. Nos países acima mencionados, porém, quase todo escolar conhece a história do Capitão Cook — mais ou menos como as crianças nos Estados Unidos ou no Brasil conhecem a respeito de Cristóvão Colombo.

Mas sem dúvida é na Austrália — a ilha-continente do Pacífico Sul — e na Nova Zelândia que esse explorador dos mares é mais conhecido, pois o nome Capitão Cook se vê em toda a parte. Também, a versão original da canção Advance Australia Fair, que em 1974 virou hino nacional do país, literalmente louva o intrépido capitão.

O homem James Cook

James Cook era um menino do interior, nascido em Yorkshire, Inglaterra, em outubro de 1728. Pouco se sabe sobre a sua infância, mas parece que ele freqüentou por algum tempo a escola, que ainda existe, na vila de Ayton. Mais tarde trabalhou como aprendiz numa mercearia no porto pesqueiro de Staithes. Depois, tendo sentido o gosto pelo mar, passou a trabalhar no transporte de carvão e aprendeu a lidar com navios, trabalhando perto do ventoso litoral do mar do Norte.

Trabalhar com navios carvoeiros não foi o único preparo que Cook teve para suas viagens posteriores. Em terra, ele continuou seus estudos de matemática e, por fim, ingressou na Marinha Britânica em 1755. Embora tivesse prestado alguns serviços navais ativos, ele ficou mais bem conhecido pelo mapeamento que fez da Terra Nova, Nova Escócia e Labrador.

O cenário mundial de 1769

A Grã-Bretanha ganhou projeção em 1763 como principal potência mundial colonial e comercial. Depois de 200 anos de guerras esporádicas, ela havia derrotado a Espanha, a Holanda e a França. O último desses rivais, a França, havia sofrido esmagadoras derrotas. Foi um período dramático. As realizações científicas rapidamente derrotavam a superstição e criavam uma ampla sede de conhecimento. Os métodos de navegação também haviam melhorado muito. A Marinha Britânica e os círculos científicos buscavam com urgência os serviços de um marujo-cientista que liderasse uma expedição ao Pacífico. James Cook foi o escolhido para essa desafiadora tarefa.

Começam as viagens de Cook

As instruções que Cook recebeu para a sua primeira viagem, 1768-71, eram “descobrir terras até então desconhecidas, e adquirir conhecimentos a respeito de regiões distantes que, embora já descobertas, até então só haviam sido parcialmente exploradas”. As ordens diziam também que “há motivos para imaginar que é possível encontrar ao sul um Continente de grande extensão” e que ele devia “ir na direção sul para descobrir esse Continente”. A primeira tarefa, porém, foi observar o trânsito de Vênus ao cruzar a face do Sol, na esperança de determinar exatamente a distância entre a Terra e o Sol. Isto seria feito no Taiti.

A primeira viagem terminou quando faltavam 43 dias para completar três anos. Cook havia mais do que cumprido as suas ordens. Foi nessa primeira viagem que ele realizou o seu famoso desembarque na baía Botany, a não muitos quilômetros ao sul do belo Porto de Sydney, Austrália, só descoberto mais tarde. Ele havia também completado a circunavegação de ambas as ilhas da Nova Zelândia e foi o primeiro europeu a mapear a costa leste da Austrália. Naturalmente, ele não descobriu o imaginado grande continente ao sul.

A segunda viagem bem-sucedida

Na sua segunda expedição, 1772-75, o Capitão Cook recebeu a missão de conduzir os navios Resolution e Adventure numa expedição que foi mais uma bem-sucedida circunavegação, desta vez à Antártida, incluindo algumas largas voltas na imensidão vazia do Pacífico Sul. Mas, meses de temperaturas gélidas e ventos cortantes ajudaram-no a convencer-se de que não havia nenhum ilusório continente sulino. Sua tripulação exausta ficou contente de fugir dos mares gelados e voltar ao Taiti.

A segunda viagem de Cook foi um indescritível sucesso e entrou para os anais da História. Como disse Alan Moorehead em seu livro The Fatal Impact: “Em fins de julho de 1775 eles ancoraram em Plymouth. A viagem já durava três anos e 18 dias. Eles haviam navegado mais de 20.000 léguas [60.000 milhas marítimas] — três vezes a circunferência da Terra — e Cook havia perdido apenas quatro homens . . . Essa viagem confirmou-o como um dos maiores navegadores de todos os tempos.”

Tragédia na terceira viagem

A terceira expedição foi para explorar a costa do Pacífico no Canadá e procurar a suposta Passagem Noroeste ligando o Pacífico e o Atlântico via oceano Ártico. Foi a última viagem do Capitão Cook. Ele partiu da Inglaterra a 12 de julho de 1776, a bordo do reformado Resolution, levando também o navio Discovery. Em 18 de janeiro de 1778 chegou ao que hoje se chama ilhas do Havaí, onde ele e seus homens foram recebidos hospitaleiramente. Eles se reabasteceram nessas belas ilhas e então passaram o verão setentrional daquele ano numa tentativa vã de encontrar a passagem para o Atlântico. Daí retornaram para passar o inverno no Havaí.

Os historiadores não sabem ao certo o que causou então uma aparente mudança no comportamento de Cook. Há interrogações a respeito de como tratou os havaianos no seu retorno. Alguns opinam que ele passou a explorá-los cruelmente. Outros se perguntam se ele teria violado os ciclos de adoração deles. Qualquer que seja a verdade, foi ali que ele encontrou a morte, em 14 de fevereiro de 1779.

Como morreu? Quando retornaram à baía de Kealakekua, em 17 de janeiro, os exploradores haviam sido saudados por 10.000 havaianos. Os ilhéus estavam celebrando a festividade de makahiki, em honra ao deus Lono, o deus da terra. Parece que Cook foi festejado como sendo o deus Lono, e uma vez mais ele e seus homens foram tratados com extraordinária bondade e hospitalidade. Três semanas mais tarde, em 4 de fevereiro, eles levantaram âncora e zarparam. Mas apenas quatro dias depois enfrentaram um forte furacão e o Resolution perdeu um mastro. Cook retornou ao Havaí.

Para surpresa de Cook, desta vez a recepção foi hostil. Alguns acreditam que os havaianos talvez tivessem avaliado mais racionalmente as coisas dessa vez e concluído que estavam sendo explorados por Cook e seus homens. Outros opinam que a volta de Cook era incoerente com a sua condição de “deus”. Qualquer que tenha sido a razão, os perplexos homens de Cook infelizmente reagiram com violência. Isto levou ao roubo de um bote do Discovery. Cook procurou recuperar o barco tentando pegar o chefe, Kalaniopu’u, como refém. Seguiu-se um confronto e Cook foi apunhalado e daí espancado até morrer, na praia.

O diário de um tripulante do Resolution, o aspirante de marinha George Gilbert, descreve com vívidos detalhes os últimos minutos da vida de Cook. “O Capitão Cook acabara de chegar à beira da água, e acenava para os barcos ordenando que parassem de atirar, quando um dos chefes mais ousados do que os demais veio por trás e o apunhalou entre os ombros com um punhal de ferro. Outro logo lhe golpeou a cabeça com um pau, fazendo-o cair na água; imediatamente pularam em cima dele e o mantiveram debaixo da água por alguns minutos. Depois arrastaram-no até as rochas e bateram a cabeça dele contra elas várias vezes, de modo que não há dúvida de que teve uma morte rápida.”

Uma mudança de personalidade

Aparentemente o comportamento de Cook começou a mudar na terceira viagem, e ele não mais demonstrava a mesma compostura e controle que havia demonstrado nas duas viagens anteriores aos Mares do Sul. Na terceira viagem ele havia chicoteado 37% de seus homens, quase o dobro que na primeira. Dessa vez o tratamento que dispensou aos ilhéus polinésios também foi menos humanitário. Por exemplo, ele ordenou premeditadamente a queima de casas e a destruição de canoas na ilha taitiana de Eimeo em retaliação pelo roubo de uma cabra prenhe. Até mesmo chegou a cortar as orelhas dos ilhéus flagrados roubando. Estava ele doente ou cansado, ou era simplesmente cruel?

Legado das viagens

O professor Bernard Smith em seu livro Captain James Cook and His Times (O Capitão James Cook e Sua Época), opina que “Cook não foi um descobridor de novas terras no sentido básico da palavra”. Pode ser verdade, visto que a maioria das regiões visitadas por Cook já eram habitadas. Não obstante, Grenfell Price diz: “Suas notáveis contribuições para o conhecimento geográfico foram a conclusão do mapa do Pacífico pela descoberta da longa costa leste da Austrália, o traçado da Nova Zelândia, o exame de longas seções da costa da América do Norte; a descoberta de ilhas inteiramente novas, como o Havaí e a Nova Caledônia; e a redescoberta e localização precisa de outros grupos de ilhas. Cook é tido como o navegador que virtualmente descobriu . . . o continente antártico, ao passo que, no Ártico, confirmou a descoberta feita por Béring do estreito que leva este nome.” As cartas e mapas geográficos de Cook foram úteis por muito tempo depois que a ponta do mastro de seu navio desapareceu no horizonte do Pacífico.

Infelizmente, porém, no rastro das viagens de Cook vieram também doenças venéreas, uso violento de armas de fogo, dizimação da vida selvagem na Antártida e a exploração dos ilhéus do Pacífico. A respeito das descobertas de Cook na Antártida, Alan Moorehead escreveu: “Uma vez mais foi a sina de Cook deixar um rastro de tragédia no seu caminho. Ele topou com o que era provavelmente a maior concentração de vida selvagem existente no mundo, e foi o primeiro homem que fez o mundo conhecer a sua existência. . . . A intromissão de Cook no Taiti e na Austrália foi ruim demais para os nativos: para os animais da Antártida foi um holocausto.”

Seguindo os abrangentes relatórios e mapas de Cook, os caçadores e baleeiros invadiram o território para a matança. Moorehead continua: “A matança continuou até não haver praticamente mais nada para matar, nada que de algum modo pudesse ser morto fácil e lucrativamente.”

[Fotos na página 15]

Morte violenta de Cook no Havaí

Seu descobrimento da baía Botany, Austrália

[Crédito]

Pinturas: Cortesia de Australian International Public Affairs

[Crédito das fotos na página 12]

Pintura de John Weber/Dictionary of American Portraits/Dover. Fundos: The Complete Encyclopedia of Illustration/J. G. Heck

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