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  • Donde vem essa grande multidão de verdadeiros adoradores?
    A Sentinela — 1995 | 1.° de fevereiro
    • Donde vem essa grande multidão de verdadeiros adoradores?

      “Eis uma grande multidão, . . . de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro.” — REVELAÇÃO 7:9.

      1. Por que nos interessam muito hoje as visões proféticas de Revelação?

      PERTO do fim do primeiro século EC, o apóstolo João teve visões de eventos maravilhosos relacionados com o propósito de Jeová. Algumas das coisas que ele observou em visão cumprem-se agora mesmo. Outras deverão cumprir-se no futuro imediato. Todas elas giram em torno da culminação dramática do grandioso propósito de Jeová, de santificar seu nome perante toda a criação. (Ezequiel 38:23; Revelação [Apocalipse] 4:11; 5:13) Além disso, envolvem as perspectivas de vida de cada um de nós. Em que sentido?

      2. (a) O que observou o apóstolo João na sua quarta visão? (b) Que perguntas a respeito desta visão iremos considerar?

      2 Na quarta da série de visões em Revelação, João observou anjos segurando os ventos de destruição até que “os escravos de nosso Deus” fossem selados na testa. Depois viu um acontecimento muito emocionante, “uma grande multidão, que nenhum homem podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”, unida em adorar a Jeová e em honrar seu Filho. João foi informado de que se tratava daqueles que sairiam da grande tribulação. (Revelação 7:1-17) Quem são os descritos como “escravos de nosso Deus”? E quem constituirá a “grande multidão” de sobreviventes da tribulação? Fará você parte deles?

      Quem são “os escravos de nosso Deus”?

      3. (a) Em João 10:1-18, como ilustrou Jesus a sua relação com os seus seguidores? (b) O que possibilitou Jesus para as suas ovelhas por meio da sua morte sacrificial?

      3 Cerca de quatro meses antes da sua morte, Jesus chamou a si mesmo de “pastor excelente” e a seus seguidores de “ovelhas”, a favor das quais havia de dar a sua vida. Ele fez menção especial de ovelhas encontradas por ele num aprisco figurativo e às quais depois deu cuidados especiais. (João 10:1-18)a Jesus entregou amorosamente sua alma em benefício das suas ovelhas, fornecendo o preço de resgate necessário para que ficassem livres do pecado e da morte.

      4. Quem são os primeiros ajuntados como ovelhas, em harmonia com o que Jesus disse aqui?

      4 Antes disso, porém, Jesus, como o Pastor Excelente, ajuntou pessoalmente discípulos. Os primeiros lhe foram apresentados por João Batista, o “porteiro” da ilustração de Jesus. Jesus procurava aqueles que aceitariam a oportunidade de se tornar parte do composto “descendente [semente] de Abraão”. (Gênesis 22:18; Gálatas 3:16, 29) Cultivou no coração deles apreço pelo Reino dos céus, e assegurou-lhes que ia embora a fim de lhes preparar um lugar na casa de seu Pai celestial. (Mateus 13:44-46; João 14:2, 3) Ele disse apropriadamente: “Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é o alvo para o qual os homens avançam impetuosamente, e os que avançam impetuosamente se apoderam dele.” (Mateus 11:12) Aqueles que o seguiram para alcançar este objetivo mostraram estar dentro do aprisco de que Jesus falou.

      5. (a) Quem são “os escravos de nosso Deus” mencionados em Revelação 7:3-8? (b) O que mostra que muitos outros se juntariam aos israelitas espirituais na adoração?

      5 Em Revelação 7:3-8, aqueles que avançam com êxito em direção ao alvo celestial são chamados de “escravos de nosso Deus”. (Veja 1 Pedro 2:9, 16.) São os 144.000 mencionados aqui somente judeus naturais? São os dentro do aprisco figurativo da ilustração de Jesus somente judeus? Decididamente que não; são membros do Israel espiritual de Deus, todos eles associados com Cristo na semente espiritual de Abraão. (Gálatas 3:28, 29; 6:16; Revelação 14:1, 3) Por fim, viria o tempo em que o número predeterminado estaria completo. O que se daria então? Conforme a Bíblia predisse, outros — uma grande multidão deles — se juntariam a esses israelitas espirituais em adorar a Jeová. — Zacarias 8:23.

      São as “outras ovelhas” cristãos gentios?

      6. Que acontecimento é indicado em João 10:16?

      6 Depois de Jesus mencionar um aprisco, em João 10:7-15, ele introduziu no quadro outro grupo, dizendo: “Tenho outras ovelhas, que não são deste aprisco; a estas também tenho de trazer, e elas escutarão a minha voz e se tornarão um só rebanho, um só pastor.” (João 10:16) Quem são essas “outras ovelhas”?

      7, 8. (a) Por que se baseia numa premissa errada a idéia de que as outras ovelhas são cristãos gentios? (b) Que fatos a respeito do propósito de Deus para com a terra devem influir no nosso entendimento de quem são as outras ovelhas?

      7 Os comentadores da cristandade, em geral, adotam o ponto de vista de que essas outras ovelhas são cristãos gentios e que as no aprisco mencionadas antes são judeus, aqueles que estavam sob o pacto da Lei, e que ambos os grupos vão para o céu. Mas, Jesus nasceu judeu e por nascença estava sob o pacto da Lei. (Gálatas 4:4) Além disso, os que acham que as outras ovelhas são cristãos gentios, os quais serão recompensados com a vida celestial, deixam de levar em conta um aspecto importante do propósito de Deus. Quando Jeová criou os primeiros humanos e os colocou no jardim do Éden, ele tornou claro que seu propósito era povoar a terra, que toda ela fosse um paraíso, e que os humanos que tomariam conta dela usufruíssem a vida para sempre — sob a condição de que respeitassem o Seu Criador e lhe obedecessem. — Gênesis 1:26-28; 2:15-17; Isaías 45:18.

      8 Quando Adão pecou, isso não frustrou o propósito de Jeová Deus. Este fez a provisão amorosa de que a descendência de Adão tivesse a oportunidade de usufruir aquilo a que Adão não deu valor. Jeová predisse que suscitaria um libertador, um descendente (ou semente), por meio de quem todas as nações poderiam obter bênçãos. (Gênesis 3:15; 22:18) Esta promessa não significava que todas as pessoas boas na terra seriam levadas para o céu. Jesus ensinou seus seguidores a orar: “Venha o teu reino. Realize-se a tua vontade, como no céu, assim também na terra.” (Mateus 6:9, 10) Pouco antes de apresentar a ilustração registrada em João 10:1-16, Jesus dissera aos discípulos que seu Pai aprovara dar o Reino celestial apenas a um “pequeno rebanho”. (Lucas 12:32, 33) Portanto, quando lemos a ilustração de Jesus, em que se apresentou como o Pastor Excelente que entrega a sua alma a favor das suas ovelhas, seria um erro excluir do quadro a maioria daqueles que Jesus traz sob os seus cuidados amorosos, aqueles que se tornam súditos terrestres do seu Reino celestial. — João 3:16.

      9. O que entenderam os Estudantes da Bíblia já em 1884 a respeito da identidade das outras ovelhas?

      9 Já em 1884, A Sentinela (em inglês) identificava as outras ovelhas como pessoas que teriam a oportunidade de viver nesta terra em condições que cumpririam o propósito original de Deus. Aqueles primeiros Estudantes da Bíblia davam-se conta de que algumas dessas outras ovelhas seriam pessoas que viveram e morreram antes do ministério terrestre de Jesus. Havia, porém, alguns pormenores que não entendiam corretamente. Por exemplo, pensavam que o ajuntamento das outras ovelhas se daria depois de todos os ungidos terem recebido sua recompensa celestial. Ainda assim, definitivamente deram-se conta de que as outras ovelhas não eram simplesmente cristãos gentios. A oportunidade de se tornar parte das outras ovelhas está disponível tanto a judeus como a gentios, a pessoas de todas as nações e raças. — Note Atos 10:34, 35.

      10. O que se deve dar conosco, para sermos daqueles que Jesus realmente considera serem suas outras ovelhas?

      10 A fim de se enquadrarem na descrição feita por Jesus, as outras ovelhas têm de ser pessoas que, independentemente da sua ascendência racial ou étnica, reconhecem a Jesus Cristo como o Pastor Excelente. O que inclui isso? Elas têm de mostrar mansidão e a disposição de se deixar guiar, qualidades que são características das ovelhas. (Salmo 37:11) Assim como se dá com o pequeno rebanho, têm de ‘conhecer a voz do pastor excelente’ e não se deixar desviar por outros que talvez procurem influenciá-las. (João 10:4; 2 João 9, 10) Têm de reconhecer a importância do que Jesus fez ao entregar a sua alma a favor das suas ovelhas e têm de exercer plena fé nesta provisão. (Atos 4:12) Têm de ‘escutar’ a voz do Pastor Excelente, quando ele as exorta a prestar serviço sagrado somente a Jeová, a persistir em buscar primeiro o Reino, a manter-se separadas do mundo e a mostrar amor abnegado umas às outras. (Mateus 4:10; 6:31-33; João 15:12, 13, 19) Enquadra-se você na descrição daqueles que Jesus considera como suas outras ovelhas? Quer enquadrar-se nela? Como é preciosa a relação disponível a todos os que realmente se tornam as outras ovelhas de Jesus!

      Respeito pela autoridade do Reino

      11. (a) No sinal da sua presença, o que disse Jesus a respeito das ovelhas e dos cabritos? (b) Quem são os irmãos mencionados por Jesus?

      11 Alguns meses depois de Jesus apresentar esta ilustração, ele estava de novo em Jerusalém. Sentado no monte das Oliveiras, com vista para a área do templo, ele forneceu aos discípulos pormenores do ‘sinal da sua presença e da terminação do sistema de coisas’. (Mateus 24:3) Novamente falou sobre o ajuntamento de ovelhas. Entre outras coisas, ele disse: “Quando o Filho do homem chegar na sua glória, e com ele todos os anjos, então se assentará no seu trono glorioso. E diante dele serão ajuntadas todas as nações, e ele separará uns dos outros assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à sua esquerda.” Nesta parábola, Jesus mostrou que aqueles a quem o Rei daria assim atenção seriam julgados à base de como trataram os “irmãos” dele. (Mateus 25:31-46) Quem são esses irmãos? São os cristãos gerados pelo espírito, os quais, portanto, são “filhos de Deus”. Jesus é o Filho primogênito de Deus. Portanto, eles são irmãos de Cristo. São “os escravos de nosso Deus”, mencionados em Revelação 7:3, os escolhidos dentre a humanidade para compartilhar com Cristo o seu Reino celestial. — Romanos 8:14-17.

      12. Por que é de grande importância o modo como as pessoas tratam os irmãos de Cristo?

      12 O modo como outros humanos tratam esses herdeiros do Reino é de vital importância. Encara-os você assim como Jesus Cristo e Jeová Deus os encaram? (Mateus 24:45-47; 2 Tessalonicenses 2:13) A atitude de alguém para com esses ungidos reflete sua atitude para com o próprio Jesus Cristo e para com o Seu Pai, o Soberano Universal. — Mateus 10:40; 25:34-46.

      13. Até que ponto entenderam os Estudantes da Bíblia em 1884 a parábola das ovelhas e dos cabritos?

      13 A Sentinela, no número de agosto de 1884 (em inglês), salientou corretamente que as “ovelhas” desta parábola são aqueles que teriam a perspectiva de vida perfeita na terra. Entendeu-se também que esta parábola tem de ter aplicação quando Cristo governa desde o seu glorioso trono celestial. Todavia, naquela época, não discerniram claramente quando ele começaria a obra de separação ali descrita ou quanto tempo ela duraria.

      14. Como ajudou um discurso num congresso em 1923 os Estudantes da Bíblia a reconhecer quando se cumpriria a parábola profética de Jesus?

      14 Mas, em 1923, num discurso num congresso, J. F. Rutherford, então presidente da Sociedade Torre de Vigia (dos EUA), esclareceu o tempo do cumprimento da parábola das ovelhas e dos cabritos. Por quê? Em parte, porque a parábola mostra que os irmãos do Rei — pelo menos alguns deles — ainda estariam na terra. Dentre os humanos, apenas os seguidores ungidos com o espírito podem realmente ser chamados de seus irmãos. (Hebreus 2:10-12) Estes não estariam na terra durante todo o Milênio para dar às pessoas a oportunidade de fazer o bem a eles do modo descrito por Jesus. — Revelação 20:6.

      15. (a) Que desenvolvimentos ajudaram aos Estudantes da Bíblia a identificar corretamente as ovelhas da parábola de Jesus? (b) Como têm as ovelhas evidenciado seu apreço pelo Reino?

      15 Naquele discurso, em 1923, fez-se um esforço para identificar aqueles que se enquadram na descrição que o Senhor fez das ovelhas e dos cabritos, mas era preciso entender outros assuntos antes de se tornar claro o pleno significado da parábola. Nos anos seguintes, Jeová trouxe progressivamente estes pormenores importantes à atenção dos seus servos. Em 1927, estes incluíam o entendimento claro de que “o escravo fiel e discreto” é o corpo inteiro dos cristãos ungidos com o espírito, que estão na terra; também o reconhecimento, em 1932, da necessidade de a pessoa se identificar destemidamente com os servos ungidos de Jeová, assim como Jonadabe fez com Jeú. (Mateus 24:45; 2 Reis 10:15) Naquela época, à base de Revelação 22:17, esses semelhantes a ovelhas foram especificamente incentivados a participar em transmitir a mensagem do Reino a outros. Seu apreço pelo Reino messiânico não só os induziria a mostrar bondade humanitária para com os ungidos do Senhor, mas também a dedicar a vida a Jeová por meio de Cristo e a ficar intimamente associados com os Seus ungidos, participando zelosamente na obra que eles faziam. Faz você isso? Aos que o fazem, o Rei dirá: “Vinde, vós os que tendes sido abençoados por meu Pai, herdai o reino preparado para vós desde a fundação do mundo.” Apresenta-se-lhes a grandiosa perspectiva de vida eterna em perfeição no domínio terrestre do Reino. — Mateus 25:34, 46.

      Para onde vão os da “grande multidão”?

      16. (a) Que conceitos errôneos tiveram os primeiros Estudantes da Bíblia a respeito da identidade da grande multidão de Revelação 7:9? (b) Quando e em que base se corrigiu seu conceito?

      16 Por algum tempo, os servos de Jeová acreditavam que os da grande multidão de Revelação 7:9, 10, eram diferentes das outras ovelhas de João 10:16 e das ovelhas de Mateus 25:33. Visto que a Bíblia diz que eles estão “em pé diante do trono”, pensava-se que estariam no céu, não em tronos, governando como co-herdeiros com Cristo, mas num lugar secundário diante do trono. Eram encarados como cristãos menos fiéis, que não tinham demonstrado o espírito de verdadeira abnegação. Em 1935, este conceito foi corrigido.b O exame de Revelação 7:9 à luz de textos tais como Mateus 25:31, 32, tornou claro que pessoas aqui na terra podiam estar “diante do trono”. Salientou-se também que Deus não tem duas normas diferentes de fidelidade. Todos os que querem a Sua aprovação têm de manter a integridade para com Ele. — Mateus 22:37, 38; Lucas 16:10.

      17, 18. (a) O que é responsável pelo grande aumento, desde 1935, do número dos que aguardam a vida eterna na terra? (b) Em que obra vital participam zelosamente os da grande multidão?

      17 Os do povo de Jeová tinham falado por muitos anos sobre as promessas de Deus a respeito da terra. Em vista do que esperavam que ocorresse lá nos anos 20, proclamavam que “Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão”. Mas, naquele tempo, não havia milhões que aceitavam as provisões de vida feitas por Deus. Na maioria dos que aceitavam a verdade, o espírito santo gerou a esperança de vida celestial. No entanto, especialmente depois de 1935, ocorreu uma notável mudança. Não era o caso de que A Sentinela tivesse desconsiderado a esperança de vida eterna na terra. Durante décadas, os servos de Jeová tinham falado sobre isso e tinham procurado os que se ajustassem à descrição bíblica. No tempo devido de Jeová, porém, ele cuidou de que esses se manifestassem.

      18 Os registros disponíveis mostram que, por muitos anos, a maioria dos que assistiam à Comemoração tomavam os emblemas. Mas, nos 25 anos depois de 1935, a assistência na Comemoração anual da morte de Cristo aumentou vertiginosamente para mais de cem vezes o número dos que tomavam os emblemas. Quem eram esses outros? Eram os prospectivos membros da grande multidão. Era evidente que chegara o tempo de Jeová os ajuntar e preparar para que sobrevivessem à grande tribulação logo à frente. Conforme predito, eles haviam chegado “de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”. (Revelação 7:9) Participam zelosamente na obra predita por Jesus quando disse: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” — Mateus 24:14.

      [Nota(s) de rodapé]

      a Veja a consideração abrangente e atualizada dos apriscos de João, capítulo 10, em A Sentinela de 15 de agosto de 1984, páginas 10-20, 31.

      b The Watchtower de 1.º e de 15 de agosto de 1935.

  • Uma grande multidão presta serviço sagrado
    A Sentinela — 1995 | 1.° de fevereiro
    • Uma grande multidão presta serviço sagrado

      “Prestam-lhe serviço sagrado, dia e noite, no seu templo.” — REVELAÇÃO 7:15.

      1. Que marco de entendimento espiritual se atingiu em 1935?

      EM 31 de maio de 1935, houve grande alegria entre os presentes no congresso das Testemunhas de Jeová em Washington, DC (EUA). Ali, pela primeira vez, identificou-se claramente a grande multidão de Revelação (Apocalipse) 7:9, em harmonia com o restante da Bíblia e de acordo com os acontecimentos que já começavam a desenrolar-se.

      2. Que indício havia de que um crescente número se dera conta de que Deus não os chamara para a vida celestial?

      2 Cerca de seis semanas antes, na celebração da Refeição Noturna do Senhor nas congregações das Testemunhas de Jeová, 10.681 dos presentes (cerca de 1 em 6) não haviam participado do pão e do vinho emblemáticos, e 3.688 deles eram proclamadores ativos do Reino de Deus. Por que se refrearam de participar dos emblemas? Foi porque, à base do que aprenderam da Bíblia, se deram conta de que Deus não os chamara para a vida celestial, mas que podiam usufruir as amorosas provisões de Jeová de outro modo. Portanto, quando naquele congresso o orador perguntou: “Queiram todos os que têm esperança de viver para sempre na Terra pôr-se de pé”, o que aconteceu? Milhares puseram-se de pé, o que foi seguido por prolongadas aclamações por parte da assistência.

      3. Por que deu a identificação da grande multidão um novo ímpeto ao ministério de campo, e o que achavam disso as Testemunhas?

      3 O que os congressistas aprenderam naquele congresso deu um novo ímpeto ao seu ministério. Passaram a reconhecer que agora, antes do fim do velho sistema, não apenas uns poucos milhares, mas uma grande multidão de pessoas receberia a oportunidade de ser incluída no arranjo de Jeová para a preservação da vida, com o objetivo de viver para sempre na terra paradísica. Que mensagem animadora se apresentou ali aos amantes da verdade! As Testemunhas de Jeová deram-se conta de que havia uma grande obra a ser feita — uma obra alegre. Anos mais tarde, John Booth, que se tornou membro do Corpo Governante, recordou: “Aquela assembléia nos deu muito com que nos alegrar.”

      4. (a) Até que ponto tem havido realmente um ajuntamento da grande multidão desde 1935? (b) De que forma dão os da grande multidão evidência de que têm uma fé viva?

      4 Nos anos seguintes, o número das Testemunhas de Jeová aumentou dramaticamente. Apesar de muitas vezes sofrerem oposição violenta durante a Segunda Guerra Mundial, seu número quase que triplicou numa década. E os 56.153 publicadores que em 1935 davam testemunho público aumentaram até 1994 para mais de 4.900.000 proclamadores do Reino, em mais de 230 terras. A vasta maioria destes aguarda com viva expectativa ser incluída nos que Jeová favorece com vida perfeita na terra paradísica. Comparados com o pequeno rebanho, eles realmente se tornaram uma grande multidão. Não são daqueles que dizem que têm fé, mas não a demonstram. (Tiago 1:22; 2:14-17) Todos eles transmitem a outros as boas novas do Reino de Deus. Faz você parte desta multidão feliz? Ser Testemunha ativa é um importante sinal identificador, porém, há mais envolvido.

      “Em pé diante do trono”

      5. O que é indicado por estar a grande multidão “em pé diante do trono”?

      5 Na visão dada ao apóstolo João, ele os viu “em pé diante do trono e diante do Cordeiro”. (Revelação 7:9) Estarem em pé diante do trono de Deus, conforme descrito neste contexto, indica que reconhecem plenamente a soberania de Jeová. Isto inclui muito. Por exemplo: (1) eles reconhecem o direito de Jeová decidir para seus servos o que é bom e o que é mau. (Gênesis 2:16, 17; Isaías 5:20, 21) (2) Escutam a Jeová quando lhes fala por meio da sua Palavra. (Deuteronômio 6:1-3; 2 Pedro 1:19-21) (3) Reconhecem a importância de se sujeitar àqueles que Jeová incumbiu de dar supervisão. (1 Coríntios 11:3; Efésios 5:22, 23; 6:1-3; Hebreus 13:17) (4) Embora imperfeitos, esforçam-se sinceramente a acatar a orientação teocrática, não a contragosto, mas prontamente, de coração. (Provérbios 3:1; Tiago 3:17, 18) Estão diante do trono para prestar serviço sagrado a Jeová, a quem respeitam e amam profundamente. No caso dos desta grande multidão, estarem “em pé” diante do trono indica a aprovação Daquele sentado no trono. (Note Revelação 6:16, 17.) Aprovação em que base?

      “Trajados de compridas vestes brancas”

      6. (a) O que significa estarem os da grande multidão “trajados de compridas vestes bancas”? (b) De que forma obtêm os da grande multidão uma posição justa perante Jeová? (c) Até que ponto é a vida dos da grande multidão influenciada pela fé no sangue derramado de Cristo?

      6 A descrição que o apóstolo João fez do que ele viu diz que os membros da grande multidão estavam “trajados de compridas vestes brancas”. Estas compridas vestes brancas simbolizam sua condição limpa e justa perante Jeová. Como conseguiram esta condição? Já observamos, na visão de João, que eles estavam em pé “diante do Cordeiro”. Reconhecem a Jesus Cristo como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. (João 1:29) João ouviu um dos anciãos na visão, presente junto ao trono de Deus, explicar: “Estes . . . lavaram as suas vestes compridas e as embranqueceram no sangue do Cordeiro. É por isso que estão diante do trono de Deus.” (Revelação 7:14, 15) Lavaram as suas vestes em sentido figurativo por exercerem fé no sangue resgatador de Cristo. Não concordam apenas mentalmente com o ensino bíblico a respeito do resgate. O apreço por este influi em que tipo de pessoa são no íntimo; de modo que é “com o coração” que exercem fé. (Romanos 10:9, 10) Isto tem um enorme efeito sobre o que fazem com a sua vida. Dedicam-se com fé a Jeová, à base do sacrifício de Cristo, simbolizam esta dedicação pela imersão em água, vivem realmente em harmonia com a sua dedicação e assim passam a usufruir uma relação aprovada com Deus. Que excelente privilégio a ser cuidadosamente resguardado! — 2 Coríntios 5:14, 15.

      7, 8. Como tem a organização de Jeová ajudado os da grande multidão a manter imaculadas as suas vestes?

      7 A organização de Jeová, com preocupação amorosa pelo bem-estar duradouro deles, tem repetidamente indicado as atitudes e a conduta que podem manchar, ou macular, a veste de identificação usada pela pessoa, a ponto de que, apesar da profissão que faz, ela na realidade não se ajustaria à descrição profética de Revelação 7:9, 10. (1 Pedro 1:15, 16) Reforçando o que já fora publicado anteriormente, A Sentinela (na época chamada A Atalaia), em 1941 e depois, mostrou repetidas vezes que seria flagrantemente impróprio pregar a outros, e depois, em outras ocasiões, entregar-se a condutas tais como a fornicação ou o adultério. (1 Tessalonicenses 4:3; Hebreus 13:4) Em 1947, enfatizou-se que as normas de Jeová para o casamento cristão aplicam-se em todos os países; não importa o que o costume local aprove, os que continuam a praticar a poligamia não podem ser Testemunhas de Jeová. — Mateus 19:4-6; Tito 1:5, 6.

      8 Em 1973, mostrou-se às Testemunhas de Jeová em todo o mundo que todas elas têm de refrear-se de práticas inegavelmente maculadoras, tais como o mau uso do fumo, não importa onde se encontrem — não só no Salão do Reino ou no serviço de campo, mas também no trabalho secular ou em algum canto fora da vista do público. (2 Coríntios 7:1) Em 1987, nos congressos de distrito das Testemunhas de Jeová, aconselhou-se fortemente aos jovens cristãos que, para manterem uma posição limpa perante Deus, eles não deviam levar uma vida dupla. (Salmo 26:1, 4) A Sentinela tem advertido vez após vez contra os diversos aspectos do espírito do mundo, porque “a forma de adoração que é pura e imaculada do ponto de vista de nosso Deus e Pai” inclui “manter-se sem mancha do mundo”. — Tiago 1:27.

      9. Quem estará realmente em pé aprovado diante do trono de Deus depois da grande tribulação?

      9 São os induzidos pela fé a viver de modo a continuar espiritual e moralmente limpos que estarão ainda “em pé diante do trono” como servos aprovados de Deus, depois da vindoura grande tribulação. São aqueles que não somente começam a levar uma vida cristã, mas que lealmente perseveram nela. — Efésios 4:24.

      “Palmas nas suas mãos”

      10. De que significado são as palmas vistas por João nas mãos da grande multidão?

      10 Entre as particularidades destacadas dos da grande multidão, conforme observadas pelo apóstolo João, estava a de que “havia palmas nas suas mãos”. Que significado tem isso? Sem dúvida, essas folhas de palmeira lembravam a João a festividade judaica dos tabernáculos, a festividade mais alegre no calendário hebraico, realizada depois da colheita do verão. Em harmonia com a lei, folhas de palmeira, junto com galhos de outras árvores, eram usadas para fazer barracas nas quais se morava durante a festividade. (Levítico 23:39-40; Neemias 8:14-18) Eram também acenadas pelos adoradores no templo enquanto se cantava o Halel (os Salmos 113-118). Acenar a grande multidão com palmas provavelmente lembrava também a João a multidão de adoradores que acenava com palmas, na ocasião em que Jesus entrou montado em Jerusalém, e que clamava: “Bendito aquele que vem em nome de Jeová, sim, o rei de Israel!” (João 12:12, 13) Portanto, o aceno com palmas indica que a grande multidão aclama alegremente o Reino de Jeová e seu Rei ungido.

      11. Por que têm os servos de Deus realmente alegria em servir a Jeová?

      11 É este espírito alegre que os da grande multidão manifestam mesmo agora ao servirem a Jeová. Isto não significa que não enfrentem dificuldades, ou que não sintam pesar ou dor. Mas a satisfação resultante de servirem e agradarem a Jeová ajuda a contrabalançar essas coisas. Neste respeito, uma missionária, que por 45 anos serviu com o marido na Guatemala, falou sobre as condições primitivas que os cercavam, o trabalho duro e as viagens perigosas que faziam parte da vida no esforço de levar a mensagem do Reino a aldeias de índios. Ela concluiu: “Foi a época mais feliz na nossa vida.” Embora ela sentisse o efeito da idade avançada e de doenças, entre as últimas anotações no seu diário estavam essas palavras: “Foi uma vida boa, muito satisfatória.” As Testemunhas de Jeová, em toda a terra, sentem o mesmo a respeito do seu ministério.

      “Serviço sagrado, dia e noite”

      12. O que observa Jeová aqui na terra, quer de dia, quer de noite?

      12 Estes adoradores alegres prestam a Jeová “serviço sagrado, dia e noite, no seu templo”. (Revelação 7:15) Milhões de adoradores, em todo o globo, participam neste serviço sagrado. Quando em alguns países é noite e as pessoas ali dormem, em outros o sol brilha e as Testemunhas de Jeová estão dando testemunho. Ao passo que o globo gira, dia e noite, estão cantando louvores a Jeová. (Salmo 86:9) Mas o serviço prestado dia e noite, mencionado em Revelação 7:15, é ainda mais pessoal.

      13. Como indicam as Escrituras o que significa servir “dia e noite”?

      13 Alguns dos que constituem a grande multidão prestam serviço sagrado dia e noite. Significa isso que tudo o que fazem é encarado como serviço sagrado? É verdade que, não importa o que façam, aprendem a fazê-lo dum modo que honra a Jeová. (1 Coríntios 10:31; Colossenses 3:23) No entanto, “serviço sagrado” aplica-se apenas ao que envolve diretamente a adoração da pessoa a Deus. Empenhar-se numa atividade “dia e noite” subentende regularidade e constância, bem como um esforço sério. — Note Josué 1:8; Lucas 2:37; Atos 20:31; 2 Tessalonicenses 3:8.

      14. O que fará com que nosso próprio serviço de campo se ajuste à descrição do serviço prestado “dia e noite”?

      14 Ao passo que servem no pátio terrestre do grande templo espiritual de Jeová, aqueles que constituem a grande multidão esforçam-se a participar regular e constantemente no ministério de campo. Muitos tomaram por objetivo participar no ministério de campo toda semana. Outros esforçam-se como pioneiros regulares ou auxiliares. Freqüentemente, estão ocupados em dar testemunho nas ruas e nas lojas de manhã cedo. Para ajustar-se aos interessados, algumas Testemunhas dirigem estudos bíblicos tarde da noite. Dão testemunho ao fazer compras, em viagens, durante o período de almoço e por telefone.

      15. À parte do ministério de campo, o que mais está incluído no nosso serviço sagrado?

      15 Participar nas reuniões congregacionais também constitui serviço sagrado; o mesmo se dá com a construção e a manutenção de lugares de assembléias cristãs. Inclui também esforços feitos para incentivar e ajudar irmãos e irmãs cristãos em sentido espiritual e material, a fim de continuarem ativos no serviço de Jeová. Envolve também o trabalho de nossas Comissões de Ligação com Hospitais. O serviço em Betel, em todas as suas diversas formas, bem como o serviço voluntário nos nossos congressos, tudo isso é serviço sagrado. Deveras, quando a nossa vida gira em torno de nossa relação com Jeová, ela está cheia de serviço sagrado. Conforme diz o texto bíblico, os do povo de Jeová prestam-lhe “serviço sagrado, dia e noite”, e têm muita alegria nisso. — Atos 20:35; 1 Timóteo 1:11.

      ‘De todas as nações, tribos,povos e línguas’

      16. Como mostra ser verdade que os da grande multidão vêm “de todas as nações”?

      16 Os da grande multidão procedem de todas as nações. Deus não é parcial, e a provisão do resgate feita por meio de Jesus Cristo abrange a todos eles. Quando a grande multidão foi pela primeira vez biblicamente identificada, em 1935, as Testemunhas de Jeová estavam ativas em 115 terras. Por volta dos anos 90, a busca de pessoas semelhantes a ovelhas se tinha estendido a mais de duas vezes tantas terras. — Marcos 13:10.

      17. O que se faz para ajudar pessoas de todas as ‘tribos, povos e línguas’ a serem incluídas na grande multidão?

      17 Para acharem membros prospectivos da grande multidão, as Testemunhas de Jeová têm dado atenção não só a grupos nacionais, mas também às tribos, aos povos e aos grupos lingüísticos dentro dessas nações. Para poder contatar essas pessoas, as Testemunhas editam publicações bíblicas em mais de 300 línguas. Isto envolve treinar e provisionar equipes de tradutores qualificados, fornecer computadores para processar todas essas línguas, bem como fazer a própria impressão. Somente nos últimos cinco anos foram acrescentadas à lista 36 línguas, faladas por uns 98.000.000 de pessoas. Além disso, as Testemunhas esforçam-se a visitar pessoalmente essas pessoas para ajudá-las a entender a Palavra de Deus. — Mateus 28:19, 20.

      “Saem da grande tribulação”

      18. (a) Quando irromper a grande tribulação, quem será salvaguardado? (b) Que proclamações alegres se farão então?

      18 Quando os anjos soltarem os ventos de destruição mencionados em Revelação 7:1, não só os ungidos “escravos de nosso Deus” terão a proteção amorosa de Jeová, mas também os da grande multidão, que se juntaram a eles na adoração verdadeira. Conforme se disse ao apóstolo João, os da grande multidão “saem da grande tribulação” como sobreviventes. Que grito de gratidão e de louvor darão assim ao declarar: “Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro”! E todos os servos leais de Deus nos céus acrescentarão sua voz em declarar: “Amém! A bênção, e a glória, e a sabedoria, e o agradecimento, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus para todo o sempre. Amém.” — Revelação 7:10-14.

      19. Os sobreviventes estarão ansiosos de participar em que atividade?

      19 Que época alegre esta será! Todos os viventes serão servos do único Deus verdadeiro! A maior alegria de todos estes será servir a Jeová. Haverá muito trabalho a fazer — trabalho alegre! A terra há de ser transformada num Paraíso. Bilhões de mortos hão de ser ressuscitados e então instruídos nos caminhos de Jeová. Que privilégio alegre será participar nisso!

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