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GuadalupeAnuário das Testemunhas de Jeová de 1995
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Uma congregação em Desbonnes
As sementes da verdade começaram aos poucos a germinar fora de Pointe-à-Pitre, a maior cidade de Guadalupe. A fundação da segunda congregação foi lançada em 1941, quando Duverval Nestor se encontrava doente no hospital em Pointe-à-Pitre. Ouviu ali pela primeira vez a verdade e aceitou-a. Depois de voltar para casa, os irmãos continuaram a visitá-lo e a fortalecê-lo. Um pregador adventista tentou dissuadi-lo e até mesmo disse: “Eu costumava pensar que sua casa daria um excelente templo para o Senhor.” Acontece que, quando se organizou essa segunda congregação, em 1948, foi a casa do irmão Nestor a usada como Salão do Reino. Ficava em Desbonnes, uma aldeia aninhada ao sopé dum monte, a 26 quilômetros de Pointe-à-Pitre.
Hoje existe ali em Desbonnes uma próspera congregação de mais de cem publicadores, que se reúnem num belo Salão do Reino construído em 1989.
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GuadalupeAnuário das Testemunhas de Jeová de 1995
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Agora, uns 45 anos mais tarde, prosperam oito congregações naquela região: três em Basse-Terre, uma em Gourbeyre, duas em Baillif e duas em Saint-Claude.
Ao mesmo tempo, na cidade de Moule, na costa leste de Grande-Terre, formou-se um pequeno grupo depois de um irmão de Pointe-à-Pitre ter ido lá para dar testemunho. A família Ruscade estava entre os primeiros naquela região a tomar posição a favor da verdade, e as reuniões se realizavam na casa dela. Anasthase Touchard, o primeiro daquele grupo a se tornar Testemunha, mostrou depois ser um ancião muito dedicado, e ele serviu como tal até o seu falecimento em 1986. Agora há cinco congregações ativas naquela região, cada uma com mais de cem publicadores.
Um sacerdote atrai alguns ouvintes
Certo domingo, em 1953, depois de um grupo de cerca de 20 publicadores ter passado a manhã em dar testemunho na aldeia de Lamentin, no nordeste de Basse-Terre, eles realizaram uma conferência pública na praça da aldeia, a qual, naturalmente, ficava na frente da igreja católica. Depois de um cântico de abertura, começou o discurso bíblico. Furioso, o sacerdote bateu com as enormes portas da igreja no esforço de abafar a voz do orador. Em resultado da batida violenta, porém, soltou-se uma estátua da parede e destroçou-se ao cair diante da igreja. Com fúria aumentada, o sacerdote começou a tocar todos os sinos da igreja. Muitas pessoas vieram correndo. Algumas ficaram chocadas com a conduta do sacerdote. Era impossível continuar com o discurso naquele lugar, mas o dono duma loja convidou o orador a proferir o discurso diante da sua casa. Isto foi feito, e houve uma boa assistência.
Hoje prosperam mais de três congregações, de mais de cem publicadores cada uma, naquela paróquia (ou bairro). Foi também ali que construímos nosso espaçoso Salão de Assembléias.
Alguns jovens seguiram o exemplo do sacerdote e também tentaram interromper nossos discursos públicos. Durante um discurso proferido na zona rural, perto da aldeia de Sainte-Rose, um grupo de escoteiros católicos cercaram o orador e as poucas Testemunhas presentes. Alguns começaram a tocar suas cornetas e outros bateram no fundo de grandes panelas de ferro para abafar a voz do orador. Léonard Clément não tentou gritar mais alto; mas, em vez disso, ao continuar, ele simplesmente usou de mímica para expressar o discurso, usando gestos e o movimento dos lábios. Não demorou muito, e os escoteiros desistiram e foram embora. Nosso irmão continuou então com o discurso. Nesta região também se cultivou aos poucos o interesse, e agora há ali três congregações.
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[Foto na página 133]
A Congregação Basse-Terre em fins dos anos 50
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