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  • “Proclamadores do Reino” singram as muitas águas da Guiana

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  • “Proclamadores do Reino” singram as muitas águas da Guiana
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1993
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  • No Demerara
  • De Gileade para o Pomeroon
  • À procura do “homem da Sentinela”
  • Viagens missionárias ao interior
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1993
w93 1/4 pp. 24-27

“Proclamadores do Reino” singram as muitas águas da Guiana

GUIANA.a Esta palavra ameríndia significa “terra de águas”. Quão apropriadamente isso descreve o território deste único país de língua inglesa na América do Sul! Esta terra é retalhada por muitos rios e seus tributários, que descem serpenteando do planalto das Guianas e atravessam a selva tropical até o oceano Atlântico. Esses cursos de água constituem a linha de comunicação para muitas aldeias e fazendas espalhadas ao longo das suas margens.

As Testemunhas de Jeová na Guiana reconhecem que, quando Jesus predisse que ‘estas boas novas do reino seriam pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações’, isso incluiria pregar as boas novas às pessoas que vivem nestes territórios à beira de rios. (Mateus 24:14) Por isso, já por anos, grupos de Testemunhas, muitas delas pioneiros, têm usado barcos, grandes e pequenos, para singrar as águas da Guiana a fim de levar as boas novas às pessoas.

Para ajudar a obra, a Sociedade Torre de Vigia na Guiana, até agora, tem tido em operação cinco barcos chamados Proclamador do Reino I até Proclamador do Reino V. São barcos de madeira, abertos, de 7 metros de comprimento, com casco em forma de V, chamados balahoo, construídos e mantidos por uma família de Testemunhas. Carinhosamente chamados de Proclamadores pelas Testemunhas locais, os primeiros dois foram retirados do serviço depois de décadas de uso. Os números III, IV e V, porém, ainda estão no serviço ativo nos rios Pomeroon, Mahaica e Demerara.

No Demerara

Na Grã-Bretanha e em outras partes da Europa, a palavra “demerara” talvez faça lembrar um dourado açúcar cristal de cana, principalmente procedente de plantações ao longo deste rio lamacento e assoreado. Na margem ocidental, a estrada que sai do litoral termina onde os canaviais acabam. Além desse ponto, as Testemunhas dependem dos barcos Proclamador do Reino para levar a doce mensagem do Reino de Jeová aos habitantes ribeirinhos — hindus, muçulmanos e cristãos nominais.

As campanhas de pregação ao longo do Demerara podem ser viagens de um dia ou podem durar várias semanas, de desembarcadouro em desembarcadouro, desde o amanhecer até o escurecer. Nas viagens de vários dias, os pioneiros não só cozinham e comem no barco, mas também dormem nele. Ao anoitecer, prendem o Proclamador a uma árvore no mangue, ou atracam num embarcadouro, se houver. Erguem-se na proa e na popa dois paus de 2,5 metros. Estica-se entre estes paus verticais uma corda, e sobre esta se coloca uma grande lona para servir de teto, ou cobertura. Tábuas substituem a cama, e um cobertor e um lençol servem de colchão. Apesar disso, o sono vem logo, depois dum dia comprido.

“Vocês tomam banho na água lamacenta?” pergunta-se aos pioneiros.

“Não se pudermos evitá-lo!” é a resposta. “Sempre que passamos por um riacho de água doce, enchemos nossos recipientes de água para cozinhar, beber e banhar-nos.”

Sua perseverança é recompensada com muitas experiências excelentes. Numa ocasião, um homem veio à doca, postou-se com as mãos nos quadris e as pernas abertas e observou-nos com vivo interesse. “Proclamador do Reino V”! Ele leu em voz alta o nome na proa do barco. “Vocês devem ser Testemunhas de Jeová. Só vocês usam a palavra ‘reino’ assim. Vocês têm o seu Salão do Reino e agora o Proclamador do Reino.”

De Gileade para o Pomeroon

Trabalhar ao longo do rio Pomeroon é um pouco diferente, conforme se lembra Frederick McAlman. Um ano depois da sua formatura na Escola Bíblica de Gileade da Torre de Vigia, em 1970, ele chegou a Charity, uma aldeia ribeirinha, rural, uns 34 quilômetros no interior à beira da margem oriental do Pomeroon, onde havia um grupo de cinco publicadores do Reino.

“Durante cinco longos anos tivemos o ‘prazer’ de remar o Proclamador II para cima e para baixo no Pomeroon antes de conseguirmos um motor de popa usado, de seis cavalos-vapor”, conta o irmão McAlman. “Remando com a maré, pregávamos ao longo da margem oriental até Hackney, 11 quilômetros distante da desembocadura. Então passávamos a noite dormindo no lar da irmã DeCambra, a parteira que servia naquela região naquele tempo. Cedo na manhã seguinte prosseguíamos, descendo o rio até a desembocadura, antes de passarmos para a margem ocidental. Daí seguíamos rio acima os 34 quilômetros até Charity.”

O motor de seis cavalos serviu-os bem durante dez anos. Então, em 1986, foi substituído por um novo modelo de 15 cavalos-vapor. Depois de ter servido fielmente no Pomeroon por mais de 21 anos, o irmão McAlman pode olhar com um senso de realização para o recém-construído Salão do Reino em Charity, usado agora pela congregação de 43 publicadores, os quais vêm de rio acima e de rio abaixo. A média de assistência nas reuniões ultrapassa os 60, e na Comemoração da morte de Jesus Cristo, em 1992, tiveram uma assistência de 190 pessoas!

À procura do “homem da Sentinela”

Segunda-feira é o dia de feira em Charity. Portanto, esta é uma boa ocasião para pregar as boas novas, e as Testemunhas estão ali com as revistas A Sentinela e Despertai!. Certo dia, no começo dos anos 70, Monica Fitzallen, de Warimuri, junto ao rio Moruka, veio à feira e aceitou duas revistas do irmão McAlman. Mas quando voltou para casa, ela enfiou as revistas no fundo dum baú para roupa.

“Ficaram ali por dois anos sem que eu as lesse”, lembra-se Monica. “Então fiquei doente e acamada por algum tempo. Ao passo que me recuperava, começava a procurar na casa qualquer coisa para ler, para me manter ocupada. Por fim, lembrei-me das duas revistas no baú e comecei a examiná-las.” Ela reconheceu logo o tom da verdade.

Quando Monica se restabeleceu, pediu a seu marido, Eugene, que arrumasse trabalho ao longo do Pomeroon, para que ela pudesse encontrar o senhor que lhe dera as revistas. Eugene consentiu, mas só pôde arrumar um emprego numa fazenda na região do Pomeroon por uma semana, de segunda-feira até o meio-dia de sábado.

Até aquele sábado, Monica ainda não havia encontrado o homem que lhe dera as revistas. Por volta do meio-dia, ela perguntou ao marido se a maré lhes permitiria remar até Charity para achar o “homem da Sentinela”. Assim que acabava de falar, ouviram passos no caminho de acesso e viram o rosto sorridente duma irmã que vinha oferecer os números mais novos das revistas. “A senhora é do pessoal da Sentinela?” perguntou Monica. Seguiram-se tantas perguntas, que a irmã teve de voltar ao barco para trazer reforço. E quem era? Quem senão o irmão McAlman!

Providenciou-se um estudo bíblico por correspondência. Pouco tempo depois, Monica enviou sua carta de renúncia à Igreja Anglicana. Em resposta, recebeu um bilhete do sacerdote: “Não dê atenção às TJ. Elas têm pouco entendimento da Bíblia. Vou visitar a senhora para considerar o assunto.” Até hoje o sacerdote não apareceu. No ínterim, Monica foi batizada em 1975. Um ano depois, seu marido, agora carinhosamente chamado de Tio Eugene pelos irmãos, também foi batizado depois de ter examinado cuidadosamente as Escrituras. (Atos 17:10, 11) Embora morem a uma distância de 12 horas da congregação mais próxima, andando de canoa, continuam a ser publicadores ativos do Reino até hoje.

Viagens missionárias ao interior

Nos últimos anos, a Sociedade Torre de Vigia tem patrocinado viagens missionárias regulares bem para o interior. Mediante barcos equipados com motor de popa, voluntários dispostos têm tido a emoção de levar as boas novas a pessoas que vivem em reservas ameríndias, e em isoladas comunidades madeireiras e agrícolas ao longo de alguns rios no remoto interior. Eles, como pioneiros no verdadeiro sentido da palavra, têm o privilégio de levar pela primeira vez o salvador “nome de Jeová” a essas regiões remotas. (Romanos 10:13-15) Os irmãos têm de suportar muitas dificuldades, às vezes seguindo os rios por três dias inteiros até chegar a alguns desses lugares. Mas as recompensas fazem com que valha a pena.

Um jovem senhor, pentecostal, que mora perto da comunidade madeireira de Kwebanna, junto ao rio Waini, foi contatado na primeira viagem missionária para aquela região, em julho de 1991. Na segunda visita, em outubro, iniciou-se um estudo bíblico. Pela primeira vez, ele viu na sua própria Bíblia que o nome de Deus é Jeová, que Jesus não é o Todo-Poderoso, e que a doutrina da Trindade não é bíblica. (Salmo 83:18; 1 Coríntios 11:3) Ficou tão entusiasmado que, depois de os irmãos terem partido, ele reuniu alguns outros pentecostais e começou a mostrar-lhes na Bíblia deles a verdade sobre Jeová Deus e Jesus Cristo. Quando a maioria virou as costas para a verdade, ele decidiu que era hora de renunciar e sair de “Babilônia, a Grande”. (Revelação [Apocalipse] 18:2, 4) Quando os irmãos retornaram para contatá-lo, em fevereiro de 1992, ele lhes disse o que tinha acontecido e acrescentou: “Quero unir-me a vocês. Quero tornar-me Testemunha de Jeová. Quero ensinar às pessoas a verdade!”

Experiências assim ajudam a incentivar os irmãos a prosseguir com esta obra desafiadora. Os que vão em viagens missionárias têm de sacrificar os confortos do lar, ficar expostos a doenças tais como a malária e suportar os perigos da vida no mato. Mas os que ficam para trás também fazem sacrifícios. As famílias sentem falta dos entes queridos, às vezes por semanas a fio. As congregações têm de ficar sem os seus anciãos e outros jovens, visto que, em alguns casos, apenas um irmão fica para cuidar das necessidades da congregação. No entanto, quanta alegria e encorajamento há quando a congregação ouve suas estimulantes experiências ao retornarem! O custo torna-se insignificante.

Os proclamadores do Reino que singram os muitos cursos de água da Guiana, levando as boas novas, têm experiências realmente ímpares. Junto com seus co-trabalhadores em todo o mundo, com coragem e boa disposição, ‘oferecem a Deus um sacrifício de louvor, isto é, o fruto de lábios que fazem declaração pública do Seu nome’. — Hebreus 13:15.

[Nota(s) de rodapé]

a Antes chamada Guiana Inglesa, mudou de nome para Guiana depois de o país obter a independência da Grã-Bretanha em 1966.

[Mapas na página 24]

(Para o texto formatado, veja a publicação)

HONDURAS

NICARÁGUA

COSTA RICA

PANAMÁ

VENEZUELA

COLÔMBIA

GUIANA

SURINAME

GUIANA FRANCESA

BRASIL

BOLÍVIA

OCEANO ATLÂNTICO

[Fotos nas páginas 26, 27]

À esquerda: Dando testemunho na feira.

Acima: Falando sobre as boas novas no rio Demerara.

Acima à direita: Grupo missionário remando de volta para o acampamento.

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