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  • Vida eterna na Terra — uma esperança que Deus nos oferece
    A Sentinela — 2009 | 15 de agosto
    • Vida eterna na Terra — uma esperança que Deus nos oferece

      ‘A criação foi sujeita à futilidade à base da esperança.’ — ROM. 8:20.

      1, 2. (a) Por que a esperança de vida eterna na Terra é importante para nós? (b) Por que muitos duvidam da possibilidade de vida eterna na Terra?

      TALVEZ você se lembre da alegria que sentiu quando aprendeu que no futuro próximo, em vez de envelhecer e morrer, as pessoas viverão para sempre na Terra. (João 17:3; Rev. 21:3, 4) Com certeza tem tido o prazer de falar a outros a respeito dessa esperança bíblica. Afinal, a esperança de vida eterna é um aspecto fundamental das boas novas que pregamos. Ela molda o nosso conceito de vida.

      2 A maior parte das religiões da cristandade desconsidera a esperança de vida eterna na Terra. Embora a Bíblia ensine que a alma morre, a maioria das religiões ensina a doutrina antibíblica de que o homem tem uma alma imortal que sobrevive à morte do corpo e passa a viver no domínio espiritual. (Eze. 18:20) Assim, muitos duvidam da possibilidade de vida eterna na Terra. Portanto, podemos perguntar: Será que a Bíblia realmente apóia essa esperança? Em caso afirmativo, quando foi que Deus pela primeira vez a revelou a humanos?

      ‘Sujeita à futilidade à base da esperança’

      3. Como o propósito de Deus para a humanidade ficou evidente logo no início da história humana?

      3 O propósito de Jeová para a humanidade ficou evidente logo no início da história humana. Deus indicou claramente que Adão viveria para sempre se fosse obediente. (Gên. 2:9, 17; 3:22) Os primeiros descendentes de Adão sem dúvida sabiam que os humanos haviam decaído da perfeição, algo confirmado por evidências visíveis. Por exemplo, a entrada do jardim do Éden estava bloqueada e as pessoas envelheciam e morriam. (Gên. 3:23, 24) Com o tempo, a duração da vida humana diminuiu. Adão viveu 930 anos. Sem, que sobreviveu ao Dilúvio, viveu apenas 600 anos e seu filho Arpaxade, 438. O pai de Abraão, Tera, viveu 205 anos. Os anos de vida de Abraão foram 175; de seu filho Isaque, 180; e de Jacó, 147. (Gên. 5:5; 11:10-13, 32; 25:7; 35:28; 47:28) Muitas pessoas sem dúvida se apercebiam do motivo desse declínio — a perspectiva de vida eterna havia sido perdida. Será que podiam esperar que essa perspectiva algum dia fosse recuperada?

      4. Que base os homens fiéis da antiguidade tinham para crer que Deus restauraria as bênçãos que Adão havia perdido?

      4 A palavra de Deus diz: ‘A criação humana foi sujeita à futilidade à base da esperança.’ (Rom. 8:20) Que esperança? A primeiríssima profecia da Bíblia apontou para um “descendente” que ‘machucaria a cabeça da serpente’. (Leia Gênesis 3:1-5, 15.) Para os humanos fiéis, a promessa desse Descendente proveu uma base para a esperança de que Deus não abandonaria seu propósito para a humanidade. Forneceu a homens como Abel e Noé razão para crer que Deus restauraria as bênçãos que Adão havia perdido. Esses homens possivelmente entendiam que ‘machucar o calcanhar do descendente’ envolveria derramamento de sangue. — Gên. 4:4; 8:20; Heb. 11:4.

      5. Como sabemos que Abraão tinha fé na ressurreição?

      5 Veja o caso de Abraão. Quando foi provado, ele “a bem dizer ofereceu Isaque, . . . seu unigênito”. (Heb. 11:17) Por que Abraão se dispôs a fazer isso? (Leia Hebreus 11:19.) Abraão cria na ressurreição! Ele tinha base para crer na ressurreição. Afinal, Jeová havia revitalizado a capacidade reprodutiva de Abraão e tornado possível que ele e sua esposa, Sara, tivessem um filho na idade avançada. (Gên. 18:10-14; 21:1-3; Rom. 4:19-21) Abraão tinha também esta promessa de Jeová: “O que será chamado teu descendente será por intermédio de Isaque.” (Gên. 21:12) Portanto, Abraão tinha sólidos motivos para esperar que Deus ressuscitaria Isaque.

      6, 7. (a) Que pacto Jeová fez com Abraão? (b) De que modo a promessa que Jeová fez a Abraão proveu esperança para a humanidade?

      6 Por causa da notável fé de Abraão, Jeová fez um pacto com ele a respeito de sua descendência, ou “descendente”. (Leia Gênesis 22:18.) A parte primária do “descendente” mostrou ser Jesus Cristo. (Gál. 3:16) Jeová havia dito a Abraão que seu “descendente” se multiplicaria “como as estrelas dos céus e como os grãos de areia que há à beira do mar” — um número desconhecido para Abraão. (Gên. 22:17) No entanto, mais tarde esse número foi revelado. Jesus Cristo e os 144 mil, que reinarão com ele no seu Reino, constituem o “descendente”. (Gál. 3:29; Rev. 7:4; 14:1) O Reino messiânico é o meio pelo qual “todas as nações da terra hão de abençoar a si mesmas”.

      7 Abraão não tinha como entender o pleno significado do pacto que Jeová havia feito com ele. Contudo, ele “aguardava a cidade que tem verdadeiros alicerces”, diz a Bíblia. (Heb. 11:10) Essa cidade é o Reino de Deus. Para receber as bênçãos desse Reino, Abraão terá de voltar a viver. A vida eterna na Terra lhe será possível por meio da ressurreição. E a vida eterna também será possível para os que sobreviverem ao Armagedom e para os que forem levantados dentre os mortos. — Rev. 7:9, 14; 20:12-14.

      ‘Espírito exerce pressão em mim’

      8, 9. Por que o livro de Jó não é um simples relato sobre as provações de um único homem?

      8 No período entre os dias de José (bisneto de Abraão) e os dias do profeta Moisés, viveu um homem chamado Jó. O livro bíblico de Jó, provavelmente escrito por Moisés, explica por que Jeová permitiu que Jó sofresse e o que por fim lhe aconteceu. No entanto, esse livro não é um simples relato das provações que Jó enfrentou; focaliza questões de importância universal. O livro lança luz sobre como Jeová exerce a sua soberania com justiça. Revela também que a questão levantada no Éden envolve a integridade e a perspectiva de vida de todos os servos terrestres de Deus. Embora Jó não tenha entendido essa questão, ele não permitiu que seus três companheiros o levassem a pensar que ele tinha falhado em manter a integridade. (Jó 27:5) Isso deve fortalecer a nossa fé e nos ajudar a entender que podemos manter a integridade e defender a soberania de Jeová.

      9 Depois que os três supostos consoladores de Jó terminaram de falar, “Eliú, filho de Baraquel, o buzita”, passou a se expressar. O que o motivou a falar? “Fiquei cheio de palavras”, disse ele. “Espírito exerce pressão no meu ventre.” (Jó 32:5, 6, 18) Ainda que as declarações de Eliú feitas sob inspiração tenham se cumprido na restauração de Jó, elas são também significativas para outros. Elas dão esperança para todos os que mantêm a integridade.

      10. Que exemplo mostra que às vezes Jeová transmite a alguém uma mensagem que também se aplica mais amplamente à humanidade em geral?

      10 Às vezes, Jeová transmite a alguém certa mensagem que também se aplica mais amplamente à humanidade em geral. Isso pode ser visto na profecia de Daniel sobre o sonho do rei babilônio Nabucodonosor a respeito da derrubada de uma imensa árvore. (Dan. 4:10-27) Embora tivesse um cumprimento em Nabucodonosor, esse sonho apontava para algo muito maior. Indicava que a soberania divina em relação à Terra, expressa por um reino na linhagem do Rei Davi, seria manifestada de novo depois de um período de 2.520 anos, a partir de 607 AEC.a A soberania de Deus em relação ao nosso globo começou a ser novamente firmada com a posse de Jesus Cristo como Rei celestial no ano de 1914. Imagine ver em breve o governo do Reino cumprir as esperanças da humanidade obediente!

      “Isenta-o de descer à cova!”

      11. As palavras de Eliú indicam o que a respeito de Deus?

      11 Respondendo a Jó, Eliú fala de “um mensageiro, um porta-voz, um dentre mil, para contar ao homem a sua retidão”. Que dizer se esse mensageiro ‘suplicar a Deus para que tenha prazer nele’? Eliú diz: “Então ele [Deus] o favorece e diz: ‘Isenta-o de descer à cova! Achei um resgate! Torne-se a sua carne mais fresca do que na infância; volte ele aos dias do seu vigor juvenil.’” (Jó 33:23-26) Essas palavras indicam a disposição de Deus de aceitar “um resgate”, ou uma “cobertura” em favor de humanos arrependidos. — Jó 33:24, nota.

      12. Que esperança as palavras de Eliú representam para a humanidade em geral?

      12 Eliú provavelmente não entendeu o pleno significado do resgate, assim como os profetas não compreenderam tudo o que escreveram. (Dan. 12:8; 1 Ped. 1:10-12) Ainda assim, as palavras de Eliú refletem a esperança de que Deus um dia aceitaria um resgate e libertaria o homem do processo de envelhecimento e morte. Essas mesmas palavras apresentaram a perspectiva maravilhosa de vida eterna. O livro de Jó mostra também que haverá uma ressurreição. — Jó 14:14, 15.

      13. Que significado os cristãos encontram nas palavras de Eliú?

      13 As palavras de Eliú ainda têm significado para milhões de cristãos que esperam sobreviver à destruição do atual sistema mundial. Os sobreviventes idosos recuperarão o vigor juvenil. (Rev. 7:9, 10, 14-17) Além disso, a perspectiva de ver os ressuscitados serem restaurados à sua condição juvenil continua a alegrar pessoas fiéis. Naturalmente, tanto a imortalidade no céu para os cristãos ungidos como a vida eterna na Terra para as “outras ovelhas” de Jesus dependem de se exercer fé no sacrifício de resgate de Cristo. — João 10:16; Rom. 6:23.

      A morte é ‘tragada’ da Terra

      14. Por que era necessário algo mais do que a Lei mosaica para que os israelitas pudessem ter a esperança de vida eterna?

      14 A descendência de Abraão tornou-se uma nação independente quando entrou numa relação pactuada com Deus. Ao dar-lhes a Lei, Jeová declarou: “Tendes de guardar os meus estatutos e as minhas decisões judiciais, cumprindo as quais o homem também tem de viver por meio delas.” (Lev. 18:5) Mas, por causa de sua incapacidade de viver à altura das normas perfeitas da Lei, os israelitas foram condenados por ela e precisavam ser livrados dessa condenação. — Gál. 3:13.

      15. A respeito de que futura bênção Davi foi inspirado a escrever?

      15 Depois de Moisés, Jeová inspirou outros escritores bíblicos a mencionar a esperança de vida eterna. (Sal. 21:4; 37:29) Por exemplo, o salmista Davi concluiu com estas palavras um salmo a respeito da união dos adoradores verdadeiros em Sião: “Ali Jeová ordenou que estivesse a bênção, sim, vida por tempo indefinido.” — Sal. 133:3.

      16. O que Jeová, por meio de Isaías, prometeu a respeito do futuro “de toda a terra”?

      16 Jeová inspirou Isaías a profetizar a respeito da vida eterna na Terra. (Leia Isaías 25:7, 8.) Como um sufocante “envoltório” — um cobertor — o pecado e a morte têm sido um fardo sufocante para a humanidade. Mas Jeová garante ao seu povo que o pecado e a morte serão ‘tragados’, ou eliminados, “de toda a terra”.

      17. Que papel profético do Messias abre o caminho para a vida eterna?

      17 Considere também o proceder estipulado na Lei mosaica concernente ao bode para Azazel. Uma vez por ano, no Dia da Expiação, o sumo sacerdote ‘colocava as mãos sobre a cabeça do bode vivo e confessava sobre ele todos os erros dos filhos de Israel, e tinha de pôr as mãos sobre a cabeça do bode e o bode tinha de levar sobre si todos os erros deles a uma terra desértica’. (Lev. 16:7-10, 21, 22) Isaías predisse a vinda do Messias, que, desempenhando um papel similar, levaria embora as “doenças”, as “dores” e “o próprio pecado de muita gente”, abrindo assim o caminho para a vida eterna. — Leia Isaías 53:4-6, 12.

      18, 19. Que esperança é destacada em Isaías 26:19 e Daniel 12:13?

      18 Por meio de Isaías, Jeová disse ao seu povo Israel: “Os teus mortos viverão. Um cadáver meu [“meus que foram mortos”, nota] — eles se levantarão. Acordai e gritai de júbilo, os que residis no pó! Pois o teu orvalho é como o orvalho das malvas, e a própria terra deixará nascer mesmo os impotentes na morte.” (Isa. 26:19) As Escrituras Hebraicas apresentam claramente a esperança de ressurreição e vida na Terra. Por exemplo, quando Daniel tinha quase cem anos de idade, Jeová lhe garantiu: “Descansarás, porém, no fim dos dias erguer-te-ás para receber a tua sorte.” — Dan. 12:13.

      19 Por causa da esperança da ressurreição, Marta pôde dizer a Jesus o seguinte a respeito de seu falecido irmão: “Sei que ele se levantará na ressurreição, no último dia.” (João 11:24) Será que os ensinos de Jesus e os escritos inspirados de seus discípulos alteraram essa esperança? A vida eterna na Terra ainda é a esperança que Jeová oferece à humanidade? Consideraremos as respostas a essas perguntas no próximo artigo.

      [Nota(s) de rodapé]

      a Veja o capítulo 6 do livro Preste Atenção à Profecia de Daniel!.

  • Vida eterna na Terra — uma esperança cristã?
    A Sentinela — 2009 | 15 de agosto
    • Vida eterna na Terra — uma esperança cristã?

      ‘Deus enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte.’ — REV. 21:4.

      1, 2. Como sabemos que muitos judeus do primeiro século tinham a esperança de vida eterna na Terra?

      CERTO homem rico e destacado aproximou-se correndo de Jesus, ajoelhou-se aos seus pés e perguntou: “Bom Instrutor, que tenho de fazer para herdar a vida eterna?” (Mar. 10:17) Ele indagava a respeito de ganhar vida eterna — mas onde? Como vimos no artigo anterior, séculos antes Deus havia apresentado aos judeus a esperança de ressurreição e vida eterna na Terra. Essa esperança ainda prevalecia entre muitos judeus do primeiro século.

      2 Marta, amiga de Jesus, pelo visto tinha em mente a restauração à vida na Terra quando disse a respeito de seu falecido irmão: “Sei que ele se levantará na ressurreição, no último dia.” (João 11:24) Os saduceus daquela época não criam na ressurreição, é verdade. (Mar. 12:18) No entanto, no seu livro Judaism in the First Centuries of the Christian Era (O Judaísmo nos Primeiros Séculos da Era Cristã), George Foot Moore diz: “Escritos . . . do segundo ou primeiro século antes de nossa era confirmam a crença de que, no esperado ponto decisivo na história do mundo, os mortos de gerações anteriores seriam trazidos de volta à vida na Terra.” O homem rico que se aproximou de Jesus desejava ganhar a vida eterna na Terra.

      3. Que perguntas serão consideradas neste artigo?

      3 Hoje, muitas religiões e eruditos bíblicos negam que a esperança de viver para sempre na Terra seja um ensinamento cristão. A maioria das pessoas espera ter uma vida no domínio espiritual após a morte. Assim, ao ler a expressão “vida eterna” nas Escrituras Gregas Cristãs, muitos leitores pensam que ela sempre significa vida no céu. É assim mesmo? O que Jesus quis dizer quando falou em vida eterna? Em que seus discípulos acreditavam? Será que as Escrituras Gregas Cristãs apresentam a esperança de vida eterna na Terra?

      Vida eterna “na recriação”

      4. O que ocorrerá “na recriação”?

      4 A Bíblia ensina que os cristãos ungidos serão ressuscitados para viver no céu e de lá governar a Terra. (Luc. 12:32; Rev. 5:9, 10; 14:1-3) Quando Jesus falava sobre vida eterna, porém, ele nem sempre tinha em mente apenas esse grupo. Considere o que ele disse aos seus discípulos depois que o homem rico se afastou, contristado diante do convite para largar todos os seus bens e se tornar seguidor de Cristo. (Leia Mateus 19:28, 29.) Jesus disse aos seus apóstolos que eles estariam entre os que governariam como reis e julgariam “as doze tribos de Israel”, isto é, o mundo da humanidade que não faz parte da classe governante celestial. (1 Cor. 6:2) Ele falou também de uma recompensa para “todo aquele” que o seguisse. Tais pessoas também ‘herdarão a vida eterna’. Tudo isso ocorrerá “na recriação”.

      5. Como você definiria o termo “recriação”?

      5 O que Jesus quis dizer com “recriação”? Esse termo é traduzido “mundo novo”, na Edição Pastoral; “quando as coisas forem renovadas”, na Bíblia de Jerusalém e “regeneração de todas as coisas”, na Nova Versão Internacional. Visto que Jesus usou esse termo sem dar uma explicação, evidentemente ele se referia ao que os judeus havia séculos aguardavam. Haveria uma recriação de condições na Terra, de modo que as coisas seriam como eram no jardim do Éden antes de Adão e Eva pecarem. A recriação cumprirá a promessa de Deus de ‘criar novos céus e uma nova terra’. — Isa. 65:17.

      6. O que a ilustração das ovelhas e dos cabritos nos ensina sobre a esperança de vida eterna?

      6 Jesus voltou a se referir à vida eterna ao falar sobre a “terminação do sistema de coisas”. (Mat. 24:1-3) “Quando o Filho do homem chegar na sua glória, e com ele todos os anjos”, disse ele, “então se assentará no seu trono glorioso. E diante dele serão ajuntadas todas as nações, e ele separará uns dos outros assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos”. Os que receberem um julgamento desfavorável “partirão para o decepamento eterno, mas os justos, para a vida eterna”. “Os justos” que receberão a vida eterna são os que apóiam lealmente os “irmãos” de Cristo ungidos por espírito. (Mat. 25:31-34, 40, 41, 45, 46) Visto que os ungidos são escolhidos para ser governantes no Reino celestial, “os justos” com certeza são os súditos terrestres desse Reino. A Bíblia predisse: O Reino de Jeová “terá súditos de mar a mar e desde o Rio até os confins da terra”. (Sal. 72:8) Esses súditos viverão para sempre na Terra.

      O que mostra o Evangelho de João?

      7, 8. Sobre que duas esperanças Jesus falou a Nicodemos?

      7 Conforme registrado nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, Jesus usou a expressão “vida eterna” nas ocasiões já mencionadas. O Evangelho segundo João cita as palavras de Jesus a respeito de viver para sempre umas 17 vezes. Examinemos algumas dessas ocorrências para ver o que Jesus disse sobre a esperança de vida eterna na Terra.

      8 De acordo com João, a primeira vez que Jesus falou sobre vida eterna foi a um fariseu chamado Nicodemos. Ele lhe disse: “A menos que alguém nasça de água e espírito, não pode entrar no reino de Deus.” Os que entram no Reino dos céus precisam ‘nascer de novo’. (João 3:3-5) Mas não foi só isso que Jesus disse. Depois ele falou da esperança oferecida ao mundo inteiro. (Leia João 3:16.) Jesus se referia à esperança de vida eterna no céu para seus seguidores ungidos, e vida eterna na Terra para outros.

      9. A respeito de que esperança Jesus falou a uma samaritana?

      9 Depois de ter falado com Nicodemos em Jerusalém, Jesus viajou na direção norte, rumo à Galiléia. No caminho, ele encontrou uma mulher na fonte de Jacó, perto da cidade de Sicar, em Samaria. Ele disse a ela: “Quem beber da água que eu lhe der, nunca mais ficará com sede, mas a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água que borbulha para dar vida eterna.” (João 4:5, 6, 14) Essa água representa as provisões de Deus para a restauração de toda a humanidade à vida eterna, incluindo os que viverão na Terra. No livro de Revelação, fala-se do próprio Deus como dizendo: “A todo aquele que tiver sede darei gratuitamente da fonte da água da vida.” (Rev. 21:5, 6; 22:17) Portanto, Jesus falou à mulher samaritana a respeito de vida eterna não apenas para os ungidos herdeiros do Reino, mas também para os humanos fiéis que têm a esperança terrestre.

      10. Depois de ter curado um homem no reservatório de Betsata, o que Jesus disse a respeito da vida eterna a certos opositores religiosos?

      10 No ano seguinte, Jesus estava de novo em Jerusalém. Ali ele curou um homem doente no reservatório de Betsata. Aos judeus que o criticaram por isso, Jesus explicou que “o Filho não pode fazer nem uma única coisa de sua própria iniciativa, mas somente o que ele observa o Pai fazer”. Depois de dizer-lhes que o Pai havia “confiado todo o julgamento ao Filho”, Jesus declarou: “Quem ouve a minha palavra e acredita naquele que me enviou tem vida eterna.” Ele disse também: “Vem a hora em que todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a voz [do Filho do homem] e sairão, os que fizeram boas coisas, para uma ressurreição de vida, os que praticaram coisas ruins, para uma ressurreição de julgamento.” (João 5:1-9, 19, 22, 24-29) Jesus estava dizendo a esses judeus perseguidores que ele era o designado por Deus para cumprir a esperança judaica de vida eterna na Terra e que faria isso por meio da ressurreição.

      11. Como sabemos que a esperança de vida eterna na Terra está incluída nas palavras de Jesus em João 6:48-51?

      11 Na Galiléia, milhares de pessoas que iam atrás de pão provido milagrosamente por Jesus passaram a segui-lo. Jesus lhes falou a respeito de outro tipo de pão — “o pão da vida”. (Leia João 6:40, 48-51.) “O pão que eu hei de dar é a minha carne”, disse ele. Jesus deu a sua vida não apenas pelos que iriam governar com ele no Reino celestial, mas também “a favor da vida do mundo” da humanidade redimível. Quem “comer deste pão”, isto é, exercer fé no poder resgatador do sacrifício de Jesus, poderá receber a vida eterna. Realmente, a referência a ‘viver para sempre’ incluía a havia muito aguardada esperança judaica de vida eterna na Terra durante o reinado do Messias.

      12. A que esperança Jesus se referia quando disse aos seus opositores que ‘daria vida eterna às suas ovelhas’?

      12 Mais tarde, na Festividade da Dedicação, em Jerusalém, Jesus disse aos seus opositores: “Vós não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. Minhas ovelhas escutam a minha voz e eu as conheço, e elas me seguem. E eu lhes dou vida eterna.” (João 10:26-28) Será que Jesus se referia apenas à vida no céu, ou tinha em mente também a vida eterna numa Terra paradísica? Pouco antes, ele havia consolado seus seguidores dizendo: “Não temas, pequeno rebanho, porque vosso Pai aprovou dar-vos o reino.” (Luc. 12:32) Por ocasião dessa mesma Festividade da Dedicação, porém, Jesus disse: “Tenho outras ovelhas, que não são deste aprisco; a estas também tenho de trazer.” (João 10:16) Assim, quando Jesus falou a esses opositores, suas palavras incluíam tanto a esperança de vida celestial para o “pequeno rebanho” como a esperança de vida eterna na Terra para milhões de “outras ovelhas”.

      Uma esperança que não precisou de explicação

      13. O que Jesus quis dizer quando declarou: “Estarás comigo no Paraíso”?

      13 Durante sua agonia na estaca de tortura, Jesus proveu uma irrefutável confirmação da esperança da humanidade. Um malfeitor preso à estaca ao seu lado disse: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino.” Jesus lhe prometeu: “Deveras, eu te digo hoje: Estarás comigo no Paraíso.” (Luc. 23:42, 43) Visto que esse homem evidentemente era judeu, ele não precisava de explicação a respeito de Paraíso. Ele sabia da esperança de vida eterna na Terra num mundo futuro.

      14. (a) Como sabemos que a referência a uma esperança celestial era difícil para os apóstolos entenderem? (b) Quando os seguidores de Jesus passaram a entender com clareza a esperança celestial?

      14 O que exigia uma explicação, porém, era a referência de Jesus à esperança celestial. Quando falou a seus discípulos sobre sua ida ao céu para lhes preparar um lugar, eles não entenderam o que ele queria dizer. (Leia João 14:2-5.) “Ainda tenho muitas coisas para vos dizer”, disse-lhes mais tarde, “mas não sois atualmente capazes de suportá-las. No entanto, quando esse chegar, o espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade”. (João 16:12, 13) Foi só depois do Pentecostes de 33 EC, quando foram ungidos pelo espírito de Deus como futuros reis, que os seguidores de Jesus discerniram que seus tronos seriam no céu. (1 Cor. 15:49; Col. 1:5; 1 Ped. 1:3, 4) A esperança de uma herança celestial era uma revelação, e tornou-se o foco das cartas inspiradas das Escrituras Gregas Cristãs. Mas será que essas cartas reafirmam a esperança da humanidade de vida eterna na Terra?

      O que dizem as cartas inspiradas?

      15, 16. De que modo a carta inspirada aos hebreus e as palavras de Pedro apontam para a esperança de vida eterna na Terra?

      15 Na sua carta aos hebreus, o apóstolo Paulo se referiu aos seus irmãos na fé como “santos irmãos, participantes da chamada celestial”. No entanto, ele disse também que Deus havia sujeitado a Jesus “a vindoura terra habitada”. (Heb. 2:3, 5; 3:1) Nas Escrituras Gregas Cristãs, o termo original para “terra habitada” sempre se refere à Terra, povoada por humanos. Assim, “a vindoura terra habitada” é o futuro sistema mundial na Terra governado por Jesus Cristo. Desse modo, Jesus cumprirá a seguinte promessa de Deus: “Os próprios justos possuirão a terra e residirão sobre ela para todo o sempre.” — Sal. 37:29.

      16 O apóstolo Pedro também foi inspirado a escrever sobre o futuro da humanidade. Ele registrou: “Os céus e a terra que agora existem estão sendo guardados para o fogo e estão sendo reservados para o dia do julgamento e da destruição dos homens ímpios.” (2 Ped. 3:7) O que substituirá os céus governamentais e a perversa sociedade humana que agora existem? (Leia 2 Pedro 3:13.) Serão substituídos por “novos céus” — o Reino messiânico de Deus — e por uma “nova terra” — uma sociedade humana justa de adoradores verdadeiros.

      17. Como Revelação 21:1-4 descreve a esperança da humanidade?

      17 O último livro da Bíblia anima o nosso coração com a sua visão da humanidade restaurada à perfeição. (Leia Revelação 21:1-4.) Essa tem sido a esperança de pessoas de fé desde que a perfeição humana foi perdida no jardim do Éden. Pessoas de retidão viverão no Paraíso na Terra para sempre, sem envelhecer. Essa esperança tem base sólida tanto nas Escrituras Hebraicas como nas Escrituras Gregas Cristãs e até hoje fortalece os servos fiéis de Jeová. — Rev. 22:1, 2.

  • Vida eterna na Terra — uma esperança redescoberta
    A Sentinela — 2009 | 15 de agosto
    • Vida eterna na Terra — uma esperança redescoberta

      “Ó Daniel, guarda em segredo as palavras . . . até o tempo do fim. Muitos percorrerão [o livro], e o verdadeiro conhecimento se tornará abundante.” — DAN. 12:4.

      1, 2. Que perguntas serão consideradas neste artigo?

      MILHÕES de pessoas hoje entendem claramente a base bíblica para a esperança de viver para sempre numa Terra paradísica. (Rev. 7:9, 17) No início da história humana, Deus revelou que o homem não foi feito para viver apenas alguns anos e depois morrer, mas sim para viver para sempre. — Gên. 1:26-28.

      2 A restauração da humanidade à perfeição perdida por Adão fazia parte da esperança de Israel. As Escrituras Gregas Cristãs explicam como Deus tornará possível que a humanidade viva para sempre no Paraíso na Terra. Assim, por que a esperança da humanidade teve de ser redescoberta? Como foi revelada e divulgada a milhões?

      Uma esperança obscurecida

      3. Por que não é de admirar que a esperança humana de viver para sempre na Terra tenha sido obscurecida?

      3 Jesus predisse que falsos profetas corromperiam Seus ensinos e que a maioria das pessoas seria desencaminhada. (Mat. 24:11) O apóstolo Pedro alertou os cristãos: “Haverá falsos instrutores entre vós.” (2 Ped. 2:1) O apóstolo Paulo falou de um período em que as pessoas ‘não suportariam o ensino salutar, porém, de acordo com os seus próprios desejos, acumulariam para si instrutores para lhes fazerem cócegas nos ouvidos’. (2 Tim. 4:3, 4) Satanás está por trás do desencaminhamento das pessoas. Ele tem usado a cristandade para obscurecer a reanimadora verdade sobre o propósito de Deus para a humanidade e a Terra. — Leia 2 Coríntios 4:3, 4.

      4. Que esperança para a humanidade líderes religiosos apóstatas rejeitaram?

      4 As Escrituras explicam que o Reino de Deus é um governo celestial que “esmiuçará e porá termo” a todos os governos de origem humana. (Dan. 2:44) Durante o governo milenar de Cristo, Satanás será confinado a um abismo, os mortos serão ressuscitados e a humanidade será restaurada à perfeição na Terra. (Rev. 20:1-3, 6, 12; 21:1-4) No entanto, apóstatas líderes religiosos da cristandade têm adotado outras idéias. Por exemplo, o “Pai da Igreja” Orígenes de Alexandria, do terceiro século, condenou os que criam nas bênçãos terrestres do Milênio. O teólogo católico Agostinho de Hipona (354-430 EC) “sustentava a idéia de que não haverá nenhum milênio”, diz a The Catholic Encyclopedia (Enciclopédia Católica).a

      5, 6. Por que Orígenes e Agostinho se opunham ao milenarismo?

      5 Por que Orígenes e Agostinho se opunham ao milenarismo? Orígenes era discípulo de Clemente de Alexandria, que adotou da tradição grega a idéia de uma alma imortal. Fortemente influenciado pelos conceitos de Platão a respeito da alma, Orígenes “incorporou na doutrina cristã o inteiro drama cósmico da alma, que adotou de Platão”, observa o teólogo Werner Jaeger. Conseqüentemente, Orígenes transferiu as bênçãos terrestres do Milênio para o domínio espiritual.

      6 Antes de se converter ao “cristianismo”, aos 33 anos de idade, Agostinho havia se tornado um neoplatônico — partidário de uma versão da filosofia de Platão desenvolvida por Plotino no terceiro século. Após a conversão de Agostinho, seu modo de pensar continuou neoplatônico. “A sua mente foi o cadinho no qual a religião do Novo Testamento foi mais plenamente fundida com a tradição platônica da filosofia grega”, diz The New Encyclopædia Britannica (Nova Enciclopédia Britânica). Agostinho explicou o Reinado Milenar retratado em Revelação, capítulo 20, mediante “uma explanação alegórica dele”, diz The Catholic Encyclopedia (Enciclopédia Católica). Ela acrescenta: “Essa explanação . . . foi adotada por teólogos ocidentais posteriores, e o milenarismo na sua forma anterior perdeu o apoio.”

      7. Que crença falsa tem minado a esperança humana de vida eterna na Terra, e como?

      7 A esperança da humanidade de vida eterna na Terra foi minada por uma idéia que prevalecia na antiga Babilônia e espalhou-se pelo mundo inteiro — a de que o ser humano tem uma alma imortal, ou espírito, que meramente habita num corpo físico. Quando a cristandade adotou tal idéia, os teólogos torceram as Escrituras para fazer com que os textos que falam da esperança celestial parecessem ensinar que todos os bons vão para o céu. De acordo com esse conceito, a vida da pessoa na Terra se destinava a ser transitória — um teste para determinar se ela é digna de viver no céu. Algo parecido aconteceu com a esperança judaica original de vida eterna na Terra. À medida que os judeus aos poucos adotavam o conceito grego da imortalidade inerente, a sua esperança original de vida na Terra enfraquecia. Como isso é diferente do modo como o ser humano é apresentado na Bíblia! Ele é uma criatura física, não um espírito. Jeová disse ao primeiro homem: “Tu és pó.” (Gên. 3:19) A Terra, não o céu, é o lar eterno dos seres humanos. — Leia Salmo 104:5; 115:16.

      A luz brilha na escuridão

      8. O que alguns eruditos dos anos 1600 disseram a respeito da esperança do homem?

      8 Embora a maioria das religiões que afirmam ser cristãs negue a esperança de vida eterna na Terra, Satanás nem sempre conseguiu obscurecer a verdade. Ao longo das eras, alguns atentos leitores da Bíblia viram lampejos da verdade ao passo que entendiam alguns aspectos de como Deus restaurará a humanidade à perfeição. (Sal. 97:11; Mat. 7:13, 14; 13:37-39) Nos anos 1600, a tradução e impressão da Bíblia havia aumentado a disponibilidade das Escrituras Sagradas. Em 1651, um erudito escreveu que, assim como por meio de Adão os homens “perderam o Paraíso, e a Vida Eterna na Terra”, por meio de Cristo “far-se-á que todos os homens vivam na Terra; se não fosse assim, a comparação não seria apropriada”. (Leia 1 Coríntios 15:21, 22.) Um dos famosos poetas do mundo de língua inglesa, John Milton (1608-1674), escreveu Paraíso Perdido e sua seqüência Paraíso Reconquistado. Nas suas obras, Milton referiu-se às recompensas que os fiéis receberiam num paraíso terrestre. Embora dedicasse boa parte de sua vida ao estudo da Bíblia, ele reconhecia que as verdades bíblicas não seriam totalmente entendidas até a presença de Cristo.

      9, 10. (a) O que Isaac Newton escreveu sobre a esperança da humanidade? (b) Por que a época da presença de Cristo parecia distante para Newton?

      9 O famoso matemático Sir Isaac Newton (1642-1727) também se interessava muito pela Bíblia. Ele entendia que os santos seriam ressuscitados para a vida celestial e governariam com Cristo de modo invisível. (Rev. 5:9, 10) Quanto aos súditos do Reino, ele escreveu: “A Terra continuará a ser habitada por mortais após o dia do juízo e isso não apenas por mil anos, mas para sempre.”

      10 Newton achava que a presença de Cristo estava séculos à frente. “Uma das razões pelas quais Newton vislumbrava o Reino de Deus tão distante no futuro era seu grande pessimismo em relação à profunda apostasia trinitária que via ao seu redor”, disse o historiador Stephen Snobelen. As boas novas ainda estavam veladas. E Newton não via nenhum movimento cristão que pudesse pregá-las. Ele escreveu: “Essas profecias de Daniel e de João [as deste último registradas no livro de Revelação] não deverão ser entendidas até o tempo do fim.” Newton explicou: “‘Então’, disse Daniel, ‘muitos irão por todo lado e o conhecimento aumentará’. Pois o Evangelho tem de ser pregado em todas as nações antes da grande tribulação e o fim do mundo. A multidão com palmas nas mãos, que sai dessa grande tribulação, não pode ser considerada inumerável dentre todas as nações a menos que se torne tal pela pregação do Evangelho antes da grande tribulação.” — Dan. 12:4; Mat. 24:14; Rev. 7:9, 10.

      11. Por que a esperança da humanidade permaneceu obscura para a maioria das pessoas nos dias de Milton e de Newton?

      11 Nos dias de Milton e de Newton, expressar idéias contrárias à doutrina oficial da igreja era perigoso. Assim, grande parte de suas pesquisas bíblicas só foi publicada depois que eles morreram. A Reforma do século 16 não reformou o ensino da imortalidade inerente, e as principais igrejas protestantes continuaram a ensinar a idéia de que o Milênio era algo passado, não futuro. Será que o conhecimento aumentou no tempo do fim?

      “O verdadeiro conhecimento se tornará abundante”

      12. Quando o verdadeiro conhecimento se tornaria “abundante”?

      12 Quanto ao “tempo do fim”, Daniel predisse um acontecimento muito positivo. (Leia Daniel 12:3, 4, 9, 10.) “Naquele tempo, os justos brilharão tão claramente como o sol”, disse Jesus. (Mat. 13:43) Como o verdadeiro conhecimento se tornou “abundante” no tempo do fim? Considere alguns acontecimentos históricos nas décadas anteriores a 1914, ano em que começou o tempo do fim.

      13. O que Charles Taze Russell escreveu depois de examinar o assunto da restauração?

      13 Em fins dos anos 1800, várias pessoas sinceras buscavam entender o “modelo de palavras salutares”. (2 Tim. 1:13) Uma dessas pessoas foi Charles Taze Russell. Em 1870, ele e mais alguns que procuravam a verdade formaram um grupo para estudo da Bíblia. Em 1872, eles examinaram o assunto da restauração. Mais tarde, Russell escreveu: “Até então nós não víamos claramente grande distinção entre a recompensa da igreja (a congregação de cristãos ungidos) agora sob prova e a recompensa dos fiéis do mundo.” A recompensa destes últimos será a “restauração à perfeição da natureza humana que seu progenitor”, Adão, desfrutava no Éden. Russell reconheceu que outros o haviam ajudado no estudo da Bíblia. Quem eram esses?

      14. (a) Como Henry Dunn entendia Atos 3:21? (b) Segundo Dunn, quem viveria na Terra para sempre?

      14 Henry Dunn foi um deles. Ele havia escrito sobre o “restabelecimento de todas as coisas, das quais Deus falou por intermédio da boca dos seus santos profetas dos tempos antigos”. (Atos 3:21) Dunn entendia que esse restabelecimento incluía elevar a humanidade à perfeição na Terra durante o Reinado Milenar de Cristo. Ele examinou também uma questão que intrigava a muitos, ou seja, quem viverá para sempre na Terra? Ele explicou que milhões seriam ressuscitados, seriam ensinados no caminho da verdade e teriam a oportunidade de exercer fé em Cristo.

      15. O que George Storrs discerniu a respeito da ressurreição?

      15 Em 1870, George Storrs também chegou à conclusão de que os injustos serão ressuscitados para ter uma oportunidade de vida eterna. Com base nas Escrituras, ele também discerniu que o ressuscitado que não aproveitasse essa oportunidade “acabaria na morte, mesmo se o ‘pecador tivesse cem anos de idade’ ”. (Isa. 65:20) Storrs morava em Brooklyn, Nova York, e publicava uma revista chamada Bible Examiner.

      16. O que fez com que os Estudantes da Bíblia se diferenciassem da cristandade?

      16 Russell discerniu com base na Bíblia que havia chegado o tempo para uma ampla divulgação das boas novas. Assim, em 1879, ele começou a publicar (em inglês) a revista A Torre de Vigia de Sião e Arauto da Presença de Cristo, agora chamada A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová. Antes disso, bem poucas pessoas entendiam a verdade sobre a esperança para a humanidade, mas agora grupos de Estudantes da Bíblia em muitos países recebiam e estudavam A Sentinela. A crença de que relativamente poucos irão para o céu, ao passo que milhões receberão a vida humana perfeita na Terra, diferenciou os Estudantes da Bíblia da maior parte da cristandade.

      17. Como o conhecimento verdadeiro tornou-se “abundante”?

      17 O predito “tempo do fim” começou em 1914. Será que o conhecimento verdadeiro sobre a esperança da humanidade realmente se tornou “abundante”? (Dan. 12:4) Em 1913, os sermões de Russell eram impressos em 2 mil jornais com um total geral de 15 milhões de leitores. Em fins de 1914, mais de 9 milhões de pessoas em três continentes já haviam assistido ao “Fotodrama da Criação”, uma produção com filmes e slides que explicava o Reinado Milenar de Cristo. De 1918 a 1925, o discurso “Milhões que agora vivem jamais morrerão”, sobre a esperança de vida eterna na Terra, foi proferido por servos de Jeová em todo o mundo em mais de 30 idiomas. Em 1934, as Testemunhas de Jeová compreenderam que aqueles que esperavam viver para sempre na Terra deviam ser batizados. Esse entendimento renovou seu zelo pela pregação das boas novas do Reino. Hoje, a perspectiva de viver para sempre na Terra faz o coração de milhões de pessoas transbordar de gratidão a Jeová.

      “Liberdade gloriosa” à frente!

      18, 19. Que qualidade de vida é predita em Isaías 65:21-25?

      18 O profeta Isaías foi inspirado a escrever sobre o tipo de vida que o povo de Deus terá na Terra. (Leia Isaías 65:21-25.) Certas árvores que estavam vivas uns 2.700 anos atrás, quando Isaías escreveu essas palavras, possivelmente ainda estão vivas hoje. Pode imaginar você viver tanto tempo com vigor e boa saúde?

      19 Em vez de ser uma curta caminhada entre o berço e o túmulo, a vida apresentará infindáveis oportunidades de construir, plantar e aprender. Pense nas amizades que poderá cultivar. Essas amorosas relações aumentarão indefinidamente. Que “liberdade gloriosa” os “filhos de Deus” usufruirão na Terra! — Rom. 8:21.

      [Nota(s) de rodapé]

      a Agostinho afirmava que o Reinado Milenar do Reino de Deus não era futuro, mas havia começado com a fundação da igreja católica.

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