BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g95 22/8 pp. 19-21
  • A disciplina tem sido a minha salvação

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • A disciplina tem sido a minha salvação
  • Despertai! — 1995
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • Alguns desafios
  • A vida num mundo diferente
  • Casamento e família
  • Perguntas ainda sem respostas
  • Finalmente as respostas
  • Unidos na adoração verdadeira
  • O balé — é tudo graça e beleza?
    Despertai! — 1982
  • Minha carreira de balé — sua beleza e sua rudeza
    Despertai! — 1983
  • De Nossos Leitores
    Despertai! — 1984
  • Encontramos uma carreira mais gratificante
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 2015
Veja mais
Despertai! — 1995
g95 22/8 pp. 19-21

A disciplina tem sido a minha salvação

QUANDO eu tinha quatro anos de idade, meus pais me matricularam num curso de ginástica leve. Isso exigia muito treino e harmonia de movimentos com outras meninas. Pouco depois, comecei a treinar para bailarina. A disciplina virou parte da minha vida.

Meus pais eram disciplinadores mesmo, e exigiam que seus filhos fossem polidos, bem-comportados e respeitosos. Às vezes eu os achava injustos, mas agora, recordando o passado — eu mesma tendo criado três filhos — entendo o valor da disciplina. De fato, agradeço a meus pais por terem se importado tanto comigo.

Meu treinamento precoce em autodisciplina, bem como em trabalho de equipe, foi-me útil mais tarde na vida.

Alguns desafios

Aos oito anos, contraí febre reumática, uma doença que me confinou à cama. Sofri fortes dores nos joelhos, e fui proibida de andar por um ano. Minha amorosa família me carregava para todo lugar. Ninguém achava que eu pudesse voltar a dançar. Mas, principalmente devido aos cuidados de meus pais, junto com a perícia e paciência do nosso médico de família, recuperei-me plenamente e voltei a dançar, mais decidida do que nunca a ser a melhor.

Meus pais permitiram-me sair da escola aos 16 anos, para eu poder me dedicar à carreira de bailarina. Fiz isso com zelo e entusiasmo. Com o tempo, comecei a treinar balé clássico. Isto exigia ainda mais autodisciplina. Por três anos e meio, estudei e exercitei seis dias por semana.

Quando eu tinha 19 anos, foram realizados testes para a Escola Australiana de Balé. A concorrência para admissão nessa prestigiosa escola era muito acirrada. Bem poucos seriam selecionados de toda a Austrália. Para minha alegria, fui uma das escolhidas. Assim, comecei 18 meses de treinamento intensivo. Os cursos incluíam aulas de balé, mímica, arte dramática e artes visuais. O balé é uma forma de dança graciosa, mas exige real vigor fazer com que pareça espontâneo. Portanto, para fortalecer as nossas pernas, realizávamos um programa de exercícios num ginásio.

Finalmente, em junho de 1970, realizaram-se os testes para a Companhia Australiana de Balé. De novo fui escolhida e, dentro de uma semana, ingressei na companhia.

A vida num mundo diferente

Quase antes de me dar conta disso, eu estava fora de casa pela primeira vez na vida, e lançada num ambiente muito diferente. A nossa companhia excursionou pela Austrália, e daí fomos à Ásia. Era como viver num outro mundo, com regras e padrões próprios. Havia penosos longos dias e noites de trabalho, além de pés doloridos, ensangüentados e cheios de bolhas. Mas, as apresentações compensavam o trabalho árduo. Era maravilhoso estar no palco!

Depois de retornarmos à Austrália, houve uma epidemia de gripe na companhia de balé, colocando muitos de nós fora de ação. Não pude dançar por três meses. Ao retornar à companhia, comecei a achar difícil a vida de bailarina — sempre lutando pela perfeição e restringindo todo tipo de atividade social fora do balé, pois o tempo e o cansaço impediam qualquer vida social. Depois de todos os anos de treinamento, seria isso o fim da minha carreira?

Passei a abrigar sentimentos insanos e confusos. Fiquei muito introvertida e me isolei. Por fim, cerca de um ano depois, comecei a sofrer de um grave distúrbio alérgico chamado urticária. Meu corpo ficou coberto de erupções avermelhadas que coçavam e se juntaram até eu me transformar numa única enorme bolha vermelha. Isto foi a gota d’água — saí da Companhia Australiana de Balé. Levou muitos meses para me recuperar. De novo meus pais cuidaram de mim, até eu me restabelecer.

Casamento e família

Em 1974, conheci um excelente rapaz. Ele era ator, dono de sua própria empresa. Casamo-nos e viajamos por toda a Europa. De volta à Austrália, nasceu o nosso primeiro filho, Justin, em 1976. Mais tarde mudamo-nos para Perth, capital da Austrália Ocidental, e compramos um hotel. Que mudança de estilo de vida!

A carga de trabalho era enorme, visto que estávamos tentando nós mesmos dirigir o hotel. Eu me levantava às quatro da manhã, e, às vezes, só acabava o serviço na manhã do dia seguinte. Aumentando a pressão, havia fortes influências demoníacas no hotel. Isto lentamente afetou a nossa vida, em especial a de meu querido marido. Assim, depois de três anos, por causa de problemas conjugais e financeiros, decidimos vender o hotel e salvar o que restava do nosso casamento.

A nossa família havia aumentado para cinco, com os nascimentos de nossas duas filhas, Bianca e Victoria. O hotel demorou a ser vendido, e foi naquela época que eu passei a voltar-me para Deus por ajuda. Eu me lembrava da oração do Pai-Nosso, que havia decorado quando criança. Ela não saía da minha mente, e eu sempre a repetia.

Finalmente, o hotel foi vendido. Contudo, meu marido morreu de um aneurisma, justamente três semanas antes de nossa planejada mudança de Perth para Melbourne. Ele tinha apenas 32 anos. Minha tristeza foi esmagadora, e não diminuiu quando um padre em Melbourne me disse que, devido aos problemas que meu marido tivera com os demônios, a má influência deles sem dúvida estava sobre mim também. Assim, ele aspergiu água “benta” em mim, nas crianças e em todos os cômodos da casa da minha mãe, onde estávamos morando.

Perguntas ainda sem respostas

Passaram-se vários anos, e eu continuava a fazer perguntas sobre Deus, mas não recebia nenhuma resposta satisfatória da minha religião, católica. Daí decidi mudar minha família de Melbourne para Queensland, de clima mais quente. Ali, em Brisbane, passamos a participar ativamente nas atividades da igreja. Meus filhos freqüentavam escolas católicas, íamos à igreja regularmente, jejuávamos, recitávamos o rosário e fazíamos tudo o que eu achava que Deus exigia de nós.

Por não ter recebido respostas às minhas perguntas, decidi ler um pouco da Bíblia todos os dias, em particular, para ver se encontrava as respostas por mim mesma. Fiquei muito surpresa quando li Mateus 7:7. Simplesmente dizia para persistir em pedir e persistir em buscar. ‘Isso é fácil’, pensei. De modo que fiz exatamente isso. Persisti em pedir a Deus que me ajudasse a encontrar as respostas às minhas perguntas.

Finalmente as respostas

Em retrospecto, vejo que não foi por acaso que as Testemunhas de Jeová visitaram a minha casa, pouco tempo depois. O que elas disseram parecia maravilhoso. Embora eu as ouvisse com interesse, não reconheci que aquilo era o que eu procurava. Assim, depois de algumas visitas, eu disse às duas mulheres que me visitavam que não precisavam voltar mais.

Eu estava muito ocupada naquele tempo, no início de 1987. Minha casa estava em fase final de reforma, e eu precisava de um bom pintor para terminar o serviço. O construtor recomendou um amistoso, respeitoso e prestativo jovem pintor chamado Peter. Peter falava com carinho a respeito de sua esposa e filhos, e sua aparência era saudável e limpa. Eu queria ter essa mesma aparência, portanto, certa manhã perguntei a ele, que estava em cima de um andaime: “Que igreja você freqüenta?”

Ao saber que ele era Testemunha de Jeová, crivei-o de perguntas desde que chegou, de manhã, até de tarde, quando partiu, exausto. E ele soube responder a todas elas. Comecei a estudar dia e noite, e a Bíblia passou a se tornar expressiva e realística para mim. Radiante, aceitei um estudo bíblico domiciliar, para toda a família. Foi o mais feliz período da nossa vida, devido à alegria de saber que havíamos encontrado a verdade.

Nós nos livramos de todo tipo de lixo — nossas idéias e nossos pertences ligados à idolatria. Sacolas cheias destas coisas saíram da nossa casa para o depósito de lixo. Pouco depois, polidamente, meus filhos foram solicitados a deixar as escolas católicas. Seu testemunho a respeito de Jeová não era apreciado.

Unidos na adoração verdadeira

Nós quatro somos agora Testemunhas de Jeová batizados. Justin e Bianca terminaram seus estudos e trabalham como ministros de tempo integral, ou pioneiros. Victoria tem 16 anos e ainda está na escola. E eu estou no meu sexto ano de pioneira.

Servimos seis anos numa congregação em Brisbane, onde ajudei duas senhoras idosas muito queridas, que, em pouco tempo, dedicaram a sua vida a Jeová. Em 1994, nos mudamos para uma região em que a necessidade de pregadores do Reino era maior. No momento servimos numa pequena cidade interiorana, chamada Charleville, no sudoeste de Queensland. O nosso território de pregação é enorme, quase do tamanho da ilha-Estado da Tasmânia, da Comunidade australiana.

Quando recordo a minha infância e o meu treinamento, vejo o quanto me beneficiei da disciplina. Ela tem-me ajudado a aplicar princípios bíblicos e a fazer as necessárias mudanças na vida. Sem dúvida, ser disciplinada agora por Jeová me dá pura alegria e esperança de bênçãos infindáveis, para mim e para minha querida família. — Provérbios 6:23; 15:33.

— Conforme narrado por Sue Burke.

[Foto na página 21]

Com meus três filhos

    Publicações em Português (1950-2026)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar