Então, que tipo de sacrifício poderia cobrir o pecado de Adão para que Jeová perdoasse as pessoas e ‘não se lembrasse mais dos seus pecados’?

Exigia-se um sacrifício equivalente — “alma por alma”, isto é, vida por vida. (Deuteronômio 19:21) Somente uma vida humana perfeita, como a que Adão tinha antes de pecar, poderia equilibrar a balança da justiça. Apenas alguém com uma vida perfeita assim, não contaminada pelo pecado herdado de Adão, poderia fornecer o sacrifício expiatório. (Salmo 49:7-9 [49:8-10, TNK]) Só Deus poderia produzir essa vida perfeita sem um pai humano, assim como Ele fez ao criar Adão. — Gênesis 2:7.

Apenas quem poderia se oferecer como sacrifício expiatório?

Somente o Messias poderia ser o sacrifício expiatório. Ele de fato virá como Libertador. (Gênesis 3:15; Salmo 2:2, 8) Mas primeiro ele precisa fornecer uma “oferta pela culpa” perfeita — uma completa expiação de nossos pecados, tanto o que herdamos como os que cometemos. — Levítico 7:1; Isaías 53:6, 10.

O que mais as Escrituras dizem sobre o Messias e seu papel?

DEUS aos poucos revelou detalhes sobre a origem e o papel do Messias. Considere alguns exemplos:

Que promessa Deus fez a Abraão com respeito ao Messias?

Deus prometeu a Abraão que o Messias seria um de seus descendentes. “Todas as nações da terra hão de abençoar a si mesmas por meio de teu descendente, pelo fato de que escutaste a minha voz.” — Gênesis 22:18.

O que Deus disse a Isaque?

Deus reafirmou a Isaque a promessa que havia feito a Abraão: “Vou cumprir a declaração juramentada que fiz a Abraão, teu pai, ‘. . . todas as nações da terra certamente abençoarão a si mesmas por meio de tua descendência.’” — Gênesis 26:3, 4.

O que Moisés disse sobre o Messias?

Quando Israel estava para entrar na Terra Prometida, Moisés disse à nação: “Um profeta do teu próprio meio, dos teus irmãos, semelhante a mim, é quem Jeová, teu Deus, te suscitará — a este é que deveis escutar.” — Deuteronômio 18:15.

Que promessa Deus fez a Davi com respeito ao Messias?

“Hei de suscitar o teu descendente depois de ti, que sairá das tuas entranhas; e deveras estabelecerei firmemente o seu reino. . . . Teu próprio trono ficará firmemente estabelecido por tempo indefinido.” — 2 Samuel 7:12, 16.

“Eu mesmo o colocarei como primogênito, o mais excelso dos reis da terra. Preservarei minha benevolência para com ele por tempo indefinido e meu pacto lhe será fiel. E hei de estabelecer sua descendência para todo o sempre e seu trono como os dias do céu.” — Salmo 89:27-29 [89:28-30, TNK].

Como o profeta Jeremias confirmou essas promessas?

“‘Farei brotar um renovo justo para Davi’ . . . , pois assim disse Jeová: ‘No caso de Davi, não se decepará homem seu, impedindo-o de sentar-se no trono da casa de Israel.’” — Jeremias 33:15, 17.

Que tipo de pessoa seria o Messias?

“Sobre ele terá de pousar o espírito de Jeová, o espírito de sabedoria e de compreensão, o espírito de conselho e de potência, o espírito de conhecimento e do temor de Jeová . . . E terá de julgar com justiça os de condição humilde e terá de dar repreensão com retidão em benefício dos mansos da terra. . . . A ele é que irão consultar as nações.” — Isaías 11:1, 2, 4, 10.

Onde o Messias nasceria?

“Tu, Belém Efrata, pequena demais para chegar a estar entre os milhares de Judá, de ti me sairá aquele que há de tornar-se governante em Israel, cuja origem é desde os tempos primitivos, desde os dias do tempo indefinido.” — Miqueias 5:2 [5:1, TNK].

Quando o Messias viria?

“Setenta semanas foram determinadas . . . Desde a saída da palavra para se restaurar e reconstruir Jerusalém até o Messias, o Líder, haverá sete semanas, também sessenta e duas semanas. . . . E depois das sessenta e duas semanas o Messias será decepado, sem ter nada para si mesmo. E a cidade e o lugar santo serão arruinados pelo povo de um líder que há de vir. . . . E até o fim haverá guerra.” (Daniel 9:24-26) Portanto, foi predito que o Messias apareceria antes da destruição do Segundo Templo.

As “setenta semanas” de anos — 490 anos — começaram em 455 AEC, o ano em que o rei persa Artaxerxes autorizou Neemias a restaurar e reconstruir Jerusalém. As 69 semanas “até o Messias, o Líder”, terminaram em 29 EC.a

Por que o Messias teria de morrer?

Isaías predisse que o Messias seria rejeitado, “cortado da terra dos viventes”, e sua vida serviria “como oferta pela culpa”. Ele ‘traria uma posição justa a muita gente; e ele mesmo levaria os erros deles’. (Isaías 52:13–53:12; Levítico 7:1) Ele proveria o sacrifício para “encerrar o pecado, e para fazer expiação pelo erro”. — Daniel 9:24.

Como o Messias faria “cessar o sacrifício e a oferenda”? — Daniel 9:27.

Depois do sacrifício perfeito do Messias, outros sacrifícios não seriam mais necessários nem exigidos por Deus. É por isso que Deus permitiu que o templo fosse destruído e que os sacrifícios cessassem.

PESSOAS esperam pelo Messias há milhares de anos. Para nos ajudar a identificar quando ele viria, as profecias messiânicas descrevem as condições que existiriam na sociedade humana na época de sua vinda.

A vinda do Messias cumpriria imediatamente todas as profecias messiânicas?

Para cumprir as profecias, o Messias teria de vir duas vezes — a primeira para a expiação de pecados, e a segunda para derrotar seus inimigos. Por isso, Davi disse: “A pronunciação de Jeová a meu Senhor [o Messias] é: ‘Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos como escabelo para os teus pés.’” — Salmo 110:1.

O que aconteceria quando o Messias voltasse?

Em vez de aceitar a presença do Messias, as nações em geral tentariam se opor ao seu Reino. “Por que se alvoroçaram as nações e continuam os próprios grupos nacionais a murmurar coisa vã? Os reis da terra tomam sua posição, e os próprios dignitários se aglomeraram à uma contra Jeová e contra o seu ungido.” — Salmo 2:1, 2.

“Certamente virá a haver um tempo de aflição tal como nunca se fez ocorrer, desde que veio a haver nação até esse tempo. E, durante esse tempo, teu povo escapará, todo aquele que for achado inscrito no livro.” — Daniel 12:1.

“Quando os iníquos florescem como a vegetação e estão florindo todos os que praticam o que é prejudicial, é para que sejam aniquilados para todo o sempre.” — Salmo 92:7 [92:8, TNK].

É interessante que o chamado Novo Testamento, escrito por judeus, também prediz as condições difíceis que existiriam pouco antes de o Messias governar completamente a Terra inteira. Veja as descrições a seguir:

É RESPONSABILIDADE de todo governo assegurar que a lei seja cumprida. Como Rei do governo de Deus, é exatamente isso o que o Messias fará. “Apenas mais um pouco, e o iníquo não mais existirá; e estarás certamente atento ao seu lugar, e ele não existirá. Mas os próprios mansos possuirão a terra e deveras se deleitarão na abundância de paz.” — Salmo 37:10, 11.

Até que ponto a situação mudará?

Deus cumprirá completamente sua promessa de criar “novos céus” — um governo justo sobre “uma nova terra”. (Isaías 65:17) As bênçãos do governo do Messias não se limitarão à terra de Israel, mas abrangerão “todas as nações”, assim como Jeová prometeu a Abraão. (Isaías 2:2, 3; Gênesis 22:18) O Reino de Deus sob a regência do Messias dará uma resposta definitiva e universal ao desafio lançado contra o nome e o propósito de Deus.

Como a vida será diferente da que conhecemos hoje?

A humanidade verá o tão aguardado cumprimento da promessa que Deus fez por meio de Isaías: “Ele certamente fará julgamento entre as nações e resolverá as questões com respeito a muitos povos. E terão de forjar das suas espadas relhas de arado, e das suas lanças, podadeiras. Não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerra.” A profecia continua: “Não se fará dano, nem se causará ruína em todo o meu santo monte; porque a terra há de encher-se do conhecimento de Jeová assim como as águas cobrem o próprio mar.” — Isaías 2:4; 11:9.

Como sabemos que tudo isso realmente vai acontecer?

Todas essas promessas estão de acordo com o propósito do Deus Todo-Poderoso, Jeová, que é Deus “nos céus em cima e na terra embaixo”. (Josué 2:11) O próprio Jeová nos diz: “Lembrai-vos das primeiras coisas de há muito tempo, que eu sou o Divino e não há outro Deus, nem alguém semelhante a mim; aquele que desde o princípio conta o final e desde outrora as coisas que não se fizeram; aquele que diz: ‘Meu próprio conselho ficará de pé e farei tudo o que for do meu agrado.’” (Isaías 46:9, 10) Jeová declarou que realizará seu propósito por meio do Messias. Quem seria capaz de impedi-lo?

O SACRIFÍCIO expiatório do Messias eliminará completamente dos corações humanos o peso do pecado e da culpa. Mas seu Reino fará muito mais.

O que Deus fará por meio do Reino governado pelo Messias?

“Nos seus dias florescerá o justo e a abundância de paz até que não haja mais lua. E terá súditos de mar a mar e desde o Rio até os confins da terra.” — Salmo 72:7, 8.

As bênçãos do governo do Messias incluem vida eterna na Terra. “Os próprios justos possuirão a terra e residirão sobre ela para todo o sempre.” (Salmo 37:29) “Ali Jeová ordenou que estivesse a bênção, sim, vida por tempo indefinido.” (Salmo 133:3) “Os dias do meu povo serão como os dias da árvore; e meus escolhidos usufruirão plenamente o trabalho das suas próprias mãos.” — Isaías 65:20-25.

Jeová prometeu a Davi “longura de dias por tempo indefinido, para todo o sempre”. (Salmo 21:4 [21:5, TNK]) Para cumprir essa promessa, será necessário que ocorra a ressurreição dos mortos, como predito nas Escrituras. Considere alguns exemplos: “Morrendo o varão vigoroso, pode ele viver novamente? . . . Tu chamarás e eu mesmo te responderei. Terás saudades do trabalho das tuas mãos.” (Jó 14:13-15) “Ele realmente tragará a morte para sempre, e o Soberano Senhor Jeová certamente enxugará as lágrimas de todas as faces.” (Isaías 25:8) “Descansarás, porém, no fim dos dias erguer-te-ás para receber a tua sorte.” — Daniel 12:2, 13 [12:2, 12, TNK].

Jeová já demonstrou que tem o desejo e a capacidade de trazer os mortos de volta à vida. — 1 Reis 17:17-24; 2 Reis 4:32-37; 13:20, 21.

O GOVERNO do Messias atenderá todas as nossas necessidades físicas e principalmente nossas necessidades espirituais. “Todas as nações, da sua parte, o servirão. Pois livrará ao pobre que clama por ajuda, também ao atribulado e a todo aquele que não tiver ajudador. Terá dó daquele de condição humilde e do pobre, e salvará as almas dos pobres.” — Salmo 72:11-13.

“Da abundância do domínio principesco e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer firmemente e para o amparar por meio do juízo e por meio da justiça, desde agora e por tempo indefinido.” — Isaías 9:7 [9:6, TNK].