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Provérbios, Livro deEstudo Perspicaz das Escrituras, Volume 2
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Relacionamentos com Outros. Provérbios descreve o verdadeiro servo de Deus como alguém que usa sua língua para o bem (Pr 10:20, 21, 31, 32), não proferindo falsidades nem mesmo magoando outros com palavras impensadas. (12:6, 8, 17-19; 18:6-8, 21) Caso seja provocado, ele aplaca o furor de seu oponente com uma resposta branda. (15:1; 25:15) Não aprecia disputas, nem altercações, e exerce autodomínio para evitar acessos de ira, ciente de que poderia cometer irreparável tolice. (Pr 14:17, 29; 15:18; compare isso com Col 3:8.) De fato, evitará o companheirismo dos que permitem que a ira os controle, e que são tomados por acessos de ira, pois sabe que estes o levariam a um laço. — Pr 22:24, 25; compare isso com 13:20; 14:7; 1Co 15:33.
Faça o bem, e não o mal. Os Provérbios inspirados instam com a pessoa para que tome a iniciativa de fazer o bem aos outros. Não só deve agir para o benefício daqueles que ‘moram em segurança’ junto com ela, que não lhe fizeram nenhum mal (Pr 3:27-30), mas insta-se também a que retribua o mal com o bem. (25:21, 22) Deve vigiar atentamente seu coração, para que não sinta regozijo íntimo diante da calamidade advinda a alguém a quem ela despreza, ou a alguém que a odeie. — 17:5; 24:17, 18.
Tagarelice e calúnia. Muito se diz no livro de Provérbios sobre as dificuldades, o pesar e os danos resultantes da tagarelice, bem como a gravidade da culpa que pesa sobre o mexeriqueiro. O ‘petisco’ dum caluniador é ‘engolido avidamente’ por seu ouvinte, e não é encarado como de somenos importância, mas causa duradoura impressão, descendo “até as partes mais íntimas do ventre”. Portanto, causa dificuldades, e quem a profere não pode ‘eximir-se’ da culpa. Embora tal pessoa possa parecer muito graciosa, e possa disfarçar sua verdadeira condição de coração, Deus providenciará que o ódio e a maldade que realmente existem dentro dela sejam ‘descobertos na congregação’. A pessoa cairá na cova que escavou para outrem. — Pr 26:22-28.
Relações familiares. Provérbios aconselha estritamente a fidelidade conjugal. O homem deve deleitar-se na ‘esposa de sua mocidade’, e não buscar satisfação em outra parte. (Pr 5:15-23) O adultério trará ruína e morte aos que o praticam. (5:3-14; 6:23-35) A boa esposa é uma “coroa” e uma bênção para o marido. Mas, se a esposa age vergonhosamente, ela é “como podridão nos . . . ossos [do marido]”. (12:4) E é uma desgraça para um homem até mesmo conviver com uma esposa contenciosa. (25:24; 19:13; 21:19; 27:15, 16) Embora ela possa ser exteriormente linda e atraente, é como “uma argola de ouro, para as narinas, no focinho dum porco”. (11:22; 31:20) A mulher tola realmente derruba sua própria casa. (14:1) O excelente valor da boa esposa — sua diligência, sua fidedignidade e seus cuidados da casa com fidelidade e submissão ao marido — é plenamente descrito em Provérbios, capítulo 31.
Mostra-se que os pais são plenamente responsáveis pelos filhos, e destaca-se a disciplina como essencial. (Pr 19:18; 22:6, 15; 23:13, 14; 29:15, 17) Ressalta-se a responsabilidade do pai, mas o filho tem de respeitar tanto o pai como a mãe, caso deseje vida da parte de Jeová. — 19:26; 20:20; 23:22; 30:17.
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Provérbios, Livro deEstudo Perspicaz das Escrituras, Volume 2
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Estabilidade e fidelidade governamentais. Os Provérbios expressam princípios do bom governo. Homens em altas posições, tais como os reis, devem esquadrinhar os assuntos (Pr 25:2), manifestar benevolência e veracidade (20:28), e lidar de forma justa com seus súditos (29:4; 31:9), inclusive com os humildes (29:14). Seus conselheiros não podem ser homens iníquos, se o governo há de ser firmemente estabelecido pela justiça. (25:4, 5) O líder tem de ser homem de discernimento, e alguém que odeia o lucro injusto. — 28:16.
Ao passo que ‘a justiça enaltece uma nação’ (Pr 14:34), a transgressão resulta num governo instável. (28:2) A revolução também traz grande instabilidade, e, em Provérbios 24:21, 22, aconselha-se contra ela: “Filho meu, teme a Jeová e ao rei. Não te metas com os que estão a favor duma mudança. Porque o seu desastre surgirá tão repentinamente, que da extinção daqueles que estão a favor duma mudança quem se aperceberá?”
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