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Ame a justiça de todo o coraçãoA Sentinela — 2011 | 15 de fevereiro
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Ame a justiça de todo o coração
“Amaste a justiça.” — SAL. 45:7.
1. O que nos ajudará a andar nas “veredas da justiça”?
POR meio de sua Palavra e de seu espírito santo, Jeová conduz o seu povo nas “veredas da justiça”. (Sal. 23:3, Nova Versão Internacional) Mas, por sermos imperfeitos, tendemos a nos desviar desse caminho. Daí, voltar a fazer o que é direito exige decidido esforço. O que nos ajudará a ter êxito? Assim como Jesus, temos de amar fazer o que é direito. — Leia Salmo 45:7.
2. O que são as “veredas da justiça”?
2 O que são as “veredas da justiça”? Vereda é um caminho estreito, ou senda. Essas “veredas” são determinadas pelo padrão de justiça de Jeová. Em hebraico e em grego “justiça” refere-se ao que é “aprumado”, ou correto, indicando estrito apego a princípios morais. Visto que Jeová é “o lugar de permanência da justiça”, seus adoradores têm prazer em deixar que Ele determine o caminho moralmente correto que devem seguir. — Jer. 50:7.
3. Como podemos aprender mais sobre a justiça de Deus?
3 Só é possível agradar plenamente a Deus se nos esforçamos de todo o coração em viver à altura de seus padrões de justiça. (Deut. 32:4) Para começar, é preciso aprender tudo o que pudermos sobre Jeová Deus na sua Palavra, a Bíblia. Quanto maior for o nosso conhecimento sobre Jeová, achegando-nos cada dia mais a ele, tanto maior será o nosso amor à sua justiça. (Tia. 4:8) É preciso também aceitar as orientações da Palavra inspirada de Deus ao tomarmos decisões importantes na vida.
Busque a justiça de Deus
4. O que está envolvido em buscar a justiça de Deus?
4 Leia Mateus 6:33. Buscar a justiça de Deus significa mais do que dedicar tempo à pregação das boas novas do Reino. Para que o nosso serviço sagrado seja aceitável a Jeová, a nossa conduta diária tem de se harmonizar com os seus elevados padrões. O que precisam fazer todos os que buscam a justiça de Jeová? Devem se “revestir da nova personalidade, que foi criada segundo a vontade de Deus, em verdadeira justiça e lealdade”. — Efé. 4:24.
5. O que nos ajudará a vencer o desânimo?
5 No nosso esforço de viver à altura dos padrões justos de Deus, pode ser que as nossas falhas às vezes nos desanimem. O que pode nos ajudar a vencer o desânimo debilitante e aprender a amar e praticar a justiça? (Pro. 24:10) Precisamos sempre orar a Jeová “com corações sinceros na plena certeza da fé”. (Heb. 10:19-22) Quer sejamos cristãos ungidos, quer tenhamos esperança de viver para sempre na Terra, temos fé no sacrifício de resgate de Jesus Cristo e nos seus serviços como nosso grande Sumo Sacerdote. (Rom. 5:8; Heb. 4:14-16) A eficácia do sangue derramado de Jesus foi ilustrada já no primeiro número desta revista, em inglês. (1 João 1:6, 7) O artigo dizia: “É um fato excepcional que, quando um objeto escarlate ou carmesim é visto através de um vidro vermelho na luz, o objeto parece branco; assim, embora nossos pecados sejam como da cor escarlate ou carmesim, quando chegamos a ver como Deus os vê, através do sangue de Cristo, eles são considerados brancos.” (Julho de 1879, p. 6) Que provisão maravilhosa Jeová fez para nós por meio do sacrifício de resgate de seu querido Filho! — Isa. 1:18.
Examine sua armadura espiritual
6. Por que é vital examinar a nossa armadura espiritual?
6 Devemos usar sempre a “couraça da justiça”, pois ela é parte essencial da armadura espiritual provida por Deus. (Efé. 6:11, 14) Quer tenhamos nos dedicado a Jeová recentemente, quer já lhe tenhamos prestado décadas de serviço sagrado, é vital examinar todos os dias a nossa armadura espiritual. Por quê? Porque o Diabo e seus demônios foram lançados à vizinhança da Terra. (Rev. 12:7-12) Satanás está furioso e sabe que tem pouco tempo. Assim, ele intensifica seus ataques contra o povo de Deus. Reconhecemos o valor de usar a “couraça da justiça”?
7. Como agiremos se reconhecemos a necessidade de usar a “couraça da justiça”?
7 A couraça protege o coração físico. Por causa da imperfeição, nosso coração figurativo tende a ser traiçoeiro e desesperado. (Jer. 17:9) Visto que esse coração está inclinado a fazer o que é errado, é vital que seja treinado e disciplinado. (Gên. 8:21) Se reconhecermos a necessidade de usar a “couraça da justiça”, não a removeremos temporariamente por escolher uma diversão que Deus odeia; nem criaremos fantasias sobre envolver-se em transgressão. Não desperdiçaremos muito tempo valioso vendo televisão. Em vez disso, continuaremos a nos esforçar em fazer o que agrada a Jeová. Mesmo se tropeçamos por momentaneamente ceder a um pensamento errado, podemos nos levantar com a ajuda de Jeová. — Leia Provérbios 24:16.
8. Por que precisamos do “grande escudo da fé”?
8 Uma das peças de nossa armadura espiritual é o “grande escudo da fé”. Com ele podemos “apagar todos os projéteis ardentes do iníquo”. (Efé. 6:16) Por sua vez, a fé e o sincero amor a Jeová nos ajudam a praticar a justiça e permanecer no caminho que leva à vida eterna. Quanto mais aprendemos a amar a Jeová, tanto mais valorizamos a sua justiça. Mas que dizer de nossa consciência? Como ela nos ajuda no nosso esforço de amar a justiça?
Mantenha boa consciência
9. Como nos beneficiamos de manter uma boa consciência?
9 No nosso batismo, pedimos a Jeová “uma boa consciência”. (1 Ped. 3:21) Por exercermos fé no resgate, o sangue de Jesus cobre os nossos pecados e, assim, temos uma posição limpa perante Deus. Para permanecermos numa condição salva, porém, precisamos manter uma boa consciência. Se a nossa consciência às vezes nos acusa e soa alertas, devemos ser gratos de que ela funciona bem. Tais aguilhoadas indicam que a nossa consciência não ficou cauterizada com respeito aos justos caminhos de Jeová. (1 Tim. 4:2) Mas a consciência pode desempenhar ainda outro papel em favor dos que desejam amar a justiça.
10, 11. (a) Dê um exemplo de por que devemos dar ouvidos à nossa consciência treinada pela Bíblia. (b) Por que o amor à justiça pode nos dar muito prazer?
10 Quando fazemos o que é errado, a nossa consciência talvez nos condene ou atormente. Certo jovem, por exemplo, desviou-se das “veredas da justiça”. Ficou viciado em pornografia e passou a fumar maconha. Por sentir-se culpado quando ia às reuniões e hipócrita quando fazia serviço de campo, ele largou essas atividades cristãs. “Mas”, disse ele, “mal sabia eu que a minha consciência iria me acusar por essas ações”. Ele acrescentou: “Minha tolice durou uns quatro anos.” Daí ele passou a pensar em voltar para a verdade. Mesmo achando que sua oração não seria ouvida, ainda assim ele orou a Jeová pedindo perdão. Menos de dez minutos depois, sua mãe o visitou e o animou a voltar a assistir às reuniões. Ele foi ao Salão do Reino e pediu um estudo a um ancião. Com o tempo, foi batizado e se sente grato a Jeová por ter-lhe salvado a vida.
11 Já sabemos que fazer o que é direito pode nos dar grande prazer, não é verdade? À medida que aprendemos a amar a justiça e a praticá-la mais plenamente, aumenta a nossa alegria em fazer o que agrada ao nosso Pai celestial. Pense nisto: virá o dia em que a consciência de todos os humanos produzirá apenas sentimentos de prazer; eles refletirão com perfeição a imagem de Deus. Portanto, aprofundemos no coração o amor à justiça e alegremos a Jeová. — Pro. 23:15, 16.
12, 13. Como podemos treinar a nossa consciência?
12 O que podemos fazer para treinar a nossa consciência? Ao estudar as Escrituras e nossas publicações bíblicas, é importante lembrar-se de que “o coração do justo medita a fim de responder”. (Pro. 15:28) Veja o benefício disso em assuntos ligados a emprego. Se certo tipo de trabalho é obviamente contrário aos requisitos bíblicos, a maioria de nós aplica de imediato as orientações do escravo fiel e discreto. No entanto, quando uma questão relacionada com emprego não é bem definida, deve-se levar em conta os princípios bíblicos envolvidos e considerá-los com oração.a Isso se aplica a princípios tais como a necessidade de evitar ofender a consciência de outros. (1 Cor. 10:31-33) Em especial devemos dar atenção a princípios ligados à nossa relação com Deus. Se Jeová é real para nós, não deixaremos de nos perguntar: ‘Fazer esse trabalho magoaria a Jeová, causando-lhe tristeza?’ — Sal. 78:40, 41.
13 Ao nos preparar para o Estudo de A Sentinela ou o Estudo Bíblico de Congregação, devemos ter em mente a necessidade de meditar sobre a matéria. Será que é nosso costume sublinhar rapidamente as respostas a perguntas de estudo e passar logo para o parágrafo seguinte? Esse tipo de sessões de estudo dificilmente aprofundará o nosso amor à justiça ou desenvolverá uma consciência sensível. Para vir a amar a justiça é preciso estudar com afinco a Palavra escrita de Deus e meditar no que se lê. Não há atalhos para aprender a amar a justiça de todo o coração.
Fome e sede de justiça
14. Como Jeová Deus e Jesus Cristo querem que nos sintamos no nosso serviço sagrado?
14 Jeová Deus e Jesus Cristo querem que sejamos felizes no nosso serviço sagrado. O que contribuirá para a nossa felicidade? O amor à justiça, sem dúvida! No Sermão do Monte, Jesus declarou: “Felizes os famintos e sedentos da justiça, porque serão saciados.” (Mat. 5:6) O que significam essas palavras para quem deseja amar a justiça?
15, 16. De que maneiras a fome e sede espirituais podem ser satisfeitas?
15 O mundo em que vivemos é dominado pelo iníquo. (1 João 5:19) Ao lermos um jornal, em qualquer país, encontramos notícias sobre crueldade e violência em escala sem precedentes. Refletir sobre essa desumanidade é aflitivo para uma pessoa de retidão. (Ecl. 8:9) Como pessoas que amam a Jeová, nós sabemos que só ele pode saciar a fome e sede espiritual dos que desejam aprender a justiça. Os maus serão eliminados em breve, e os amantes da justiça se livrarão da aflição causada por violadores da lei e suas más ações. (2 Ped. 2:7, 8) Que alívio isso será!
16 Como servos de Jeová e seguidores de Jesus Cristo, sabemos que todos os que têm fome e sede de justiça “serão saciados”. Serão plenamente satisfeitos por meio da provisão divina de novos céus e uma nova terra em que “há de morar a justiça”. (2 Ped. 3:13) Portanto, não fiquemos desalentados ou atônitos diante da realidade de que a opressão e a violência suprimiram a justiça neste mundo satânico. (Ecl. 5:8) Jeová, o Altíssimo, sabe o que está acontecendo e, em breve, libertará os amantes da justiça.
Beneficie-se do amor à justiça
17. Quais são alguns dos benefícios de amar a justiça?
17 O Salmo 146:8 destaca um grande benefício de andar no caminho da justiça. O salmista cantou: “Jeová ama os justos.” Imagine! O Soberano do Universo nos ama porque nós amamos a justiça! Por causa de seu amor, temos certeza de que Jeová proverá as nossas necessidades da vida ao persistirmos em dar prioridade aos interesses do Reino. (Leia Salmo 37:25; Provérbios 10:3.) Por fim, este inteiro planeta será habitado por amantes da justiça. (Pro. 13:22) Para a maioria dos servos de Deus, a recompensa pela prática da justiça será incontida alegria e vida sem fim num belo paraíso terrestre. Já agora, os que amam a justiça de Deus são recompensados com paz interior que contribui para a harmonia na família e na congregação. — Fil. 4:6, 7.
18. Que coisas positivas podemos fazer enquanto aguardamos o dia de Jeová?
18 Enquanto aguardamos o grande dia de Jeová, temos de persistir em buscar a Sua justiça. (Sof. 2:2, 3) Demonstremos, portanto, amor genuíno pelos caminhos de retidão de Jeová Deus. Isso inclui manter firme no lugar a “couraça da justiça” para proteger o nosso coração figurativo. Temos também de preservar a boa consciência — o que nos dará prazer e alegrará o coração de nosso Deus. — Pro. 27:11.
19. O que devemos estar decididos a fazer, e o que será considerado no próximo artigo?
19 “Os olhos [de Jeová] percorrem toda a terra, para mostrar a sua força a favor daqueles cujo coração é pleno para com ele.” (2 Crô. 16:9) Quanto consolo nos dão essas palavras, ao fazermos o que é direito apesar da crescente instabilidade, violência e maldade neste mundo atribulado! É verdade que a nossa vida correta talvez intrigue as massas da humanidade afastada de Deus. Mas somos muito beneficiados de nos apegar à justiça de Jeová. (Isa. 48:17; 1 Ped. 4:4) Portanto, de coração pleno, estejamos decididos a sempre derivar alegria de amar e praticar a justiça de todo o coração. Mas ter um coração pleno inclui odiar a perversidade. O próximo artigo mostrará o que isso significa.
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Você odeia o que é contra a lei?A Sentinela — 2011 | 15 de fevereiro
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Você odeia o que é contra a lei?
Jesus ‘odiou o que é contra a lei’. — HEB. 1:9.
1. O que Jesus ensinou a respeito do amor?
DESTACANDO a importância do amor, Jesus Cristo disse a seus discípulos: “Eu vos dou um novo mandamento, que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Por meio disso saberão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor entre vós.” (João 13:34, 35) Jesus ordenou que seus discípulos mostrassem amor abnegado entre si. Esse amor seria seu sinal identificador. Ele também os exortou: “Continuai a amar os vossos inimigos e a orar pelos que vos perseguem.” — Mat. 5:44.
2. O que os seguidores de Cristo devem aprender a odiar?
2 Além de ensinar seus discípulos a respeito do amor, Jesus lhes mostrou também o que deviam odiar. Foi dito sobre ele: ‘Amou a justiça e odiou o que é contra a lei [iniquidade].’ (Heb. 1:9; Sal. 45:7) Isso mostra que temos de desenvolver não só amor à justiça, mas também ódio ao pecado, ou ao mal. Vale mencionar que o apóstolo João disse especificamente: “Todo aquele que pratica o pecado está também praticando o que é contra a lei, e assim o pecado é aquilo que é contra a lei.” — 1 João 3:4.
3. Que aspectos da vida este artigo abordará a respeito de odiar o mal?
3 Portanto, como cristãos, é bom nos perguntar: ‘Odeio o mal?’ Examinemos como odiar o mal nestes quatro aspectos da vida: (1) atitude para com o abuso do álcool, (2) conceito sobre o ocultismo, (3) reação à imoralidade e (4) conceito sobre os que amam o mal.
Controle o uso do álcool
4. Por que Jesus podia falar com franqueza contra beber demais?
4 Jesus às vezes tomava vinho, reconhecendo-o como dádiva de Deus. (Sal. 104:14, 15) Mas jamais abusou dessa dádiva por beber demais. (Pro. 23:29-33) Portanto, ele podia falar com franqueza contra essa prática. (Leia Lucas 21:34.) O mau uso do álcool pode resultar em outros pecados graves. O apóstolo Paulo escreveu: “Não fiqueis embriagados de vinho, em que há devassidão, mas ficai cheios de espírito.” (Efé. 5:18) Ele exortou as mulheres idosas na congregação a não ‘se escravizarem a muito vinho’. — Tito 2:3.
5. Que perguntas poderão fazer a si mesmos os que decidem tomar bebidas alcoólicas?
5 Se você decide tomar bebidas alcoólicas, é bom também perguntar-se: ‘Tenho a mesma atitude de Jesus quanto a beber demais? Se for preciso aconselhar outros a respeito disso, posso fazê-lo com franqueza? Será que bebo para afastar preocupações ou aliviar o estresse? Quanto eu bebo cada semana? Como reajo quando alguém me diz que talvez eu esteja bebendo demais? Fico na defensiva ou até mesmo ressentido?’ Ficar ‘escravizado a muito vinho’ pode afetar nossa capacidade de raciocínio e de tomar boas decisões. Os seguidores de Cristo se esforçam em preservar sua capacidade de raciocínio. — Pro. 3:21, 22.
Evite o ocultismo
6, 7. (a) Como Jesus lidou com Satanás e os demônios? (b) Por que o ocultismo é tão comum hoje em dia?
6 Quando esteve na Terra, Jesus opôs-se com firmeza a Satanás e aos demônios. Ele repeliu os ataques diretos de Satanás contra a sua lealdade. (Luc. 4:1-13) Além disso, identificou tentativas sutis de influenciar o seu modo de pensar e de agir e não transigiu. (Mat. 16:21-23) Jesus ajudou os merecedores a se livrarem do cruel domínio dos demônios. — Mar. 5:2, 8, 12-15; 9:20, 25-27.
7 Depois de sua posse como Rei em 1914, Jesus livrou os céus da contaminadora influência de Satanás e dos demônios. Por isso, mais do que nunca, Satanás está decidido a ‘desencaminhar toda a Terra habitada’. (Rev. 12:9, 10) Não nos deve surpreender, portanto, o amplo e crescente fascínio pelo ocultismo. Como podemos nos proteger?
8. Que autoanálise talvez seja bom fazer com respeito à escolha de diversão?
8 A Bíblia alerta claramente contra os perigos do espiritismo. (Leia Deuteronômio 18:10-12.) Hoje, Satanás e os demônios influenciam o modo de pensar das pessoas por meio de filmes, livros e jogos eletrônicos que promovem o ocultismo. Na escolha de diversão, portanto, é bom perguntar-se: ‘Nos últimos meses, tenho me divertido com filmes, programas de televisão, jogos eletrônicos, livros ou histórias em quadrinhos que envolvem mistérios ou coisas sobrenaturais? Entendo a importância de rejeitar influências ocultas ou minimizo tais perigos? Já me perguntei alguma vez o que Jeová acha da minha escolha de diversão? Se abri a porta para tais influências satânicas, será que meu amor a Jeová e aos seus justos princípios me levará a fechar com força essa porta?’ — Atos 19:19, 20.
Acate o alerta de Jesus sobre imoralidade
9. Como pode uma pessoa nutrir o amor ao pecado?
9 Jesus apoiou o padrão de Jeová sobre moralidade sexual. Ele disse: “Não lestes que aquele que os criou desde o princípio os fez macho e fêmea, e disse: ‘Por esta razão deixará o homem seu pai e sua mãe, e se apegará à sua esposa, e os dois serão uma só carne’? De modo que não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus pôs sob o mesmo jugo, não o separe o homem.” (Mat. 19:4-6) Jesus sabia que aquilo que os olhos veem pode afetar o coração. Por isso, ele disse no Sermão do Monte: “Ouvistes que se disse: ‘Não deves cometer adultério.’ Mas eu vos digo que todo aquele que persiste em olhar para uma mulher, a ponto de ter paixão por ela, já cometeu no coração adultério com ela.” (Mat. 5:27, 28) Quem desconsidera esse alerta de Jesus está na realidade nutrindo o amor ao pecado.
10. Relate um caso que indica que a pessoa pode libertar-se da pornografia.
10 Satanás promove a imoralidade sexual por meio da pornografia. O mundo está saturado dela. Para quem vê pornografia é difícil apagar da mente as cenas imorais. Pode até se viciar em pornografia. Veja o que aconteceu com um cristão. Ele diz: “Eu via pornografia secretamente. Criei um mundo de fantasia que, para mim, estava desconectado do mundo em que eu servia a Jeová. Eu sabia que isso era errado, mas dizia a mim mesmo que meu serviço a Deus ainda assim era aceitável.” O que mudou o enfoque desse irmão? Ele prossegue: “Embora tenha sido a coisa mais difícil que eu já fiz na minha vida, decidi falar com os anciãos sobre o meu problema.” Esse irmão por fim largou esse hábito degradante. “Depois que purifiquei minha vida desse pecado”, ele admite, “finalmente senti que eu tinha agora uma consciência bem limpa”. Os que odeiam o mal têm de aprender a odiar a pornografia.
11, 12. Como a nossa escolha de música pode indicar que odiamos o mal?
11 A música e sua letra podem influenciar muito as nossas emoções e, desse modo, o coração figurativo. A música é uma dádiva divina há muito usada na adoração verdadeira. (Êxo. 15:20, 21; Efé. 5:19) Mas o perverso mundo de Satanás promove música que glorifica a imoralidade. (1 João 5:19) Como você pode saber se a música que ouve é corrompedora, ou não?
12 Pode começar por perguntar-se: ‘As músicas que ouço glorificam o assassinato, o adultério, a fornicação ou a blasfêmia? Se eu lesse a letra de certa música a uma pessoa, será que ela ficaria com a impressão de que eu odeio o mal, ou será que a mensagem dessa música indicaria que meu coração está corrompido?’ Não podemos dizer que odiamos o mal e, ao mesmo tempo, glorificá-lo na música. “As coisas procedentes da boca saem do coração”, disse Jesus, “e estas coisas aviltam o homem. Por exemplo, do coração vêm raciocínios iníquos, assassínios, adultérios, fornicações, ladroagens, falsos testemunhos, blasfêmias”. — Mat. 15:18, 19; note Tiago 3:10, 11.
Adote o conceito de Jesus sobre os que amam o mal
13. Como Jesus encarou os pecadores impenitentes?
13 Jesus disse que veio chamar pecadores, ou transgressores, ao arrependimento. (Luc. 5:30-32) Mas como ele encarou os pecadores impenitentes? Jesus deu fortes alertas contra ser influenciado por pessoas assim. (Mat. 23:15, 23-26) Ele também disse claramente: “Nem todo o que me disser: ‘Senhor, Senhor’, entrará no reino dos céus, senão aquele que fizer a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia [quando Deus executar o julgamento]: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome e não expulsamos demônios em teu nome, e não fizemos muitas obras poderosas em teu nome?’” No entanto, ele rejeitará os que voluntariamente praticam o mal, dizendo: “Afastai-vos de mim.” (Mat. 7:21-23) Por que tal condenação? Porque pessoas assim desonram a Deus e prejudicam outros com as suas transgressões.
14. Por que pecadores não arrependidos são excluídos da congregação?
14 A Palavra de Deus ordena que pecadores não arrependidos sejam excluídos da congregação. (Leia 1 Coríntios 5:9-13.) Isso é necessário por pelo menos três razões: (1) manter o nome de Jeová livre do vitupério, (2) proteger a congregação contra a má influência e (3) ajudar o pecador a se arrepender, se possível.
15. A lealdade a Jeová exige respostas a que instigantes perguntas?
15 Compartilhamos o conceito de Jesus sobre os que decidem continuar no pecado? Devemos pensar nestas perguntas: ‘Eu me associaria regularmente com alguém que foi desassociado ou que se dissociou da congregação cristã? Que dizer se essa pessoa é um parente próximo que não mora mais na minha casa?’ Essa situação pode ser um verdadeiro teste de nosso amor à justiça e de nossa lealdade a Deus.a
16, 17. Que dificuldade enfrentou certa mãe cristã, e o que a ajudou a apoiar o procedimento de desassociar transgressores não arrependidos?
16 Veja o caso de uma irmã cujo filho adulto durante certo período amava a Jeová. Mais tarde, porém, sem arrependimento ele escolheu levar uma vida de pecado. Assim, foi desassociado da congregação. A nossa irmã amava a Jeová, mas amava também o filho, e achava extremamente difícil obedecer à ordem bíblica de evitar a associação com ele.
17 Que conselho você daria a essa irmã? Um ancião ajudou-a a ver que Jeová entendia a sua dor. O irmão sugeriu que ela pensasse na dor que Jeová deve ter sentido quando alguns de seus filhos angélicos se rebelaram. Raciocinou com ela que, embora saiba como essa situação pode ser sofrida, Jeová requer que pecadores não arrependidos sejam desassociados. Ela aceitou de coração os lembretes e apoiou lealmente a desassociação.b Essa lealdade alegra o coração de Jeová. — Pro. 27:11.
18, 19. (a) Cortar o contato com um praticante do pecado prova que odiamos o quê? (b) O que pode resultar de sermos leais a Deus e ao procedimento da desassociação?
18 Se você passa por uma situação similar, lembre-se de que Jeová compreende seus sentimentos. Cortar o contato com o desassociado ou dissociado indica que você odeia as atitudes e ações que levaram a tal desfecho. Mas indica também que você ama o transgressor a ponto de fazer o que é melhor para ele. A sua lealdade a Jeová pode aumentar a possibilidade de a pessoa que foi disciplinada se arrepender e voltar para Jeová.
19 Certa pessoa que foi desassociada e mais tarde readmitida, escreveu: “Sinto-me feliz de que Jeová ama seu povo o bastante para cuidar de que sua organização seja mantida limpa. Aquilo que para os de fora pode parecer severo é tanto necessário como realmente amoroso.” Acha que essa pessoa teria sido ajudada a chegar a essa conclusão se membros da congregação, incluindo seus familiares, tivessem mantido contato regular com ela enquanto estava desassociada? O nosso apoio ao procedimento bíblico da desassociação prova que amamos a justiça e que reconhecemos o direito de Jeová de fixar normas de conduta.
‘Odeie o que é mau’
20, 21. Por que é importante aprender a odiar o mal?
20 “Mantende os vossos sentidos, sede vigilantes”, alerta o apóstolo Pedro. Por quê? Porque “vosso adversário, o Diabo, anda em volta como leão que ruge, procurando a quem devorar”. (1 Ped. 5:8) Você será uma das vítimas? Muito depende de quão bem você aprende a odiar o mal.
21 Criar ódio ao mal não é fácil. Nascemos em pecado, e vivemos num mundo que explora os desejos da carne. (1 João 2:15-17) Por imitar a Jesus Cristo e desenvolver profundo amor a Jeová Deus, porém, podemos ter êxito em cultivar ódio ao mal. Estejamos decididos a ‘odiar o que é mau’, com plena confiança de que Jeová ‘guarda os que lhe são leais; livra-os da mão dos iníquos’. — Sal. 97:10.
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