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    Despertai! — 1992 | 8 de setembro
    • A nova era do descobrimento

      Por um membro da redação de Despertai!

      JÁ VIU alguma vez o lançamento de um “ônibus” espacial na TV? Já se perguntou quão grandes realmente são aqueles foguetes propulsores? E quanto espaço há para os astronautas no próprio ônibus espacial? Pude ver isso pessoalmente, numa visita que fiz ao Porto Espacial EUA, em Cabo Canaveral, também conhecido como Centro Espacial Kennedy, na Flórida, EUA.

      Tendo visto pela TV todo tipo de lançamentos espaciais e me emocionado com o primeiro vôo da missão Apolo à Lua, em 1969, foi para mim uma experiência e tanto encontrar-me no próprio coração dessa atividade, que fica apenas a uma hora de carro a leste da cidade de Orlando. Ao entrarmos no estacionamento, vi à distância uma exposição de foguetes que foram usados no passado para enviar homens e instrumentos ao espaço. Logo adiante, posicionada no pátio asfaltado perto da área de exposição dos foguetes, há uma réplica em escala natural do orbitador recuperável (ônibus espacial) usado em operações em órbita da Terra. Chama-se Ambassador, e, mesmo sendo apenas uma réplica, foi impressionante ver, visitar e fotografar. Mede 17 metros de altura na cauda, 37 de comprimento e 24 de envergadura.

      Era sexta-feira, 22 de novembro do ano passado, e eu estava ansioso de chegar perto de uma plataforma de lançamento, em especial aquela em que a nave Atlantis aguardava o lançamento para domingo, 24 de novembro. Há várias de tais plataformas, mas elas distam alguns quilômetros da área de exposição. Assim sendo, participei da turnê oficial de ônibus, que nos levou ao principal edifício dos foguetes e instalações de lançamento.

      A nossa primeira parada foi no Centro de Treinamento da Equipe de Vôo, onde vimos réplicas idênticas dos módulos de serviço e lunares que foram usados naquela histórica viagem à Lua, em 1969. O módulo lunar não era realmente um aparelho bonito — nada tinha dos contornos e formas suaves do veículo espacial típico. À primeira vista mais parecia um conglomerado de cubos e pirâmides, com um conjunto de pés como de aranha. Todavia, seu irmão gêmeo servira para desembarcar dois homens na Lua.

      Em julho de 1971, a Apolo 15 pousou na Lua, e os astronautas Scott e Irwin descarregaram o chamado jipe lunar. Ao custo de 15 milhões de dólares, foi provavelmente o mais caro jipe já construído. E se desejar dirigi-lo, basta ir à Lua — foi deixado lá junto com o conjunto de pouso do módulo lunar! Mas não se esqueça de levar baterias novas. As do jipe há muito estão descarregadas.

      Minha próxima parada foi no VAB (Edifício de Montagem de Veículos). É preciso acostumar-se com o uso de siglas no centro espacial — são usadas para tudo. Chris, um ex-engenheiro do projeto Apolo que conheci mais tarde, me disse: “Fui transferido para outra seção, e, durante meses, eu pouco conseguia entender do que se dizia porque as siglas que eles usavam eram diferentes das minhas! O que há de tão especial sobre o VAB? Com seus 160 metros de altura (equivalente a um arranha-céu de 52 andares), 158 de largura e 218 de comprimento, é talvez o maior edifício em capacidade cúbica do mundo. Cobre uma área de 3 hectares. Precisa ser enorme assim porque é ali que são montados os veículos de lançamento antes de serem conduzidos para fora no lento e penoso percurso até a plataforma de lançamento. Outras informações a respeito mais adiante.

      Fomos informados de que o VAB é tão grande que quatro foguetes Saturno V poderiam ser montados ali simultaneamente. E estes tinham uns 110 metros de altura, projetados para transportar as naves Apolo. O livro A História Ilustrada da NASA (em inglês) explica: “O total do peso de lançamento foram fabulosas 3.200 toneladas. Mas os motores do Saturno V, com quase 3.800 toneladas de empuxo, podiam levantar facilmente essa prodigiosa carga.”

      Olhando para o alto deste vasto edifício, pude observar urubus voando em círculo, aproveitando as correntes de ar ascendentes acima do teto. Fez-me lembrar também que esse centro espacial fica no meio de um extensa reserva nacional de vida selvagem, que abriga dezenas de espécies de aves, animais e répteis. Passamos de ônibus perto de um enorme ninho de águia, de dois metros de profundidade, alojado alto numa árvore. De certa maneira parecia apropriado que águias voassem onde o homem tem realizado alguns de seus maiores feitos em vôos espaciais.

      A próxima parada seria num ponto de observação donde veríamos duas plataformas de lançamento a certa distância. Contudo, restava ainda uma boa pergunta. Como é que eles transportam esses enormes foguetes até as plataformas de lançamento, que ficam a cinco quilômetros e meio de distância? Eles usam os maiores tratores que eu já vi! São chamados de transportadores de esteira, ou de lagarta, capazes de deslocar 6,6 milhões de quilos. Esses transportadores têm cada um a metade do tamanho de um campo de futebol, e pesam 2,7 milhões de quilos cada um. Mas não espere algum recorde de velocidade desses monstros. Carregados, sua velocidade máxima é de 1,6 quilômetro por hora; vazios, 3,2 quilômetros por hora! A plataforma de carga fica sobre quatro enormes tratores de duas esteiras, um em cada extremidade. Cada esteira tem 57 sapatas; cada sapata pesa uma tonelada.

      Imagine agora a rodovia especial que teve de ser construída para cada plataforma de lançamento, capaz de suportar o enorme peso da plataforma móvel, do foguete e da nave espacial.

      Que dizer da viagem de volta do ônibus espacial à Terra? A nave precisa de um lugar para aterrissar — e aqui em Cabo Canaveral, esse “lugar” não é uma faixa de pouso comum de aeroporto, pois tem cerca do dobro do comprimento e da largura de uma pista normal de aeroporto. Tem 4.600 metros de comprimento, com mais 300 metros de reserva em cada extremidade. Se as condições de pouso não forem boas, a nave é desviada para a Base Aérea de Edwards, no deserto da Califórnia, mais de 3.200 quilômetros a oeste.

      A imensidade do inteiro projeto foi estonteante. E suscitou perguntas. O que conseguiu o homem na exploração espacial? Quais têm sido os benefícios? E quais são as perspectivas de vôos interplanetários? Pousará o homem algum dia em Marte?

  • Exploração espacial — até onde foi o homem?
    Despertai! — 1992 | 8 de setembro
    • Exploração espacial — até onde foi o homem?

      EM 12 de abril de 1961, um novo Colombo entrou para os anais da História. Yuri Alekseyevich Gagarin, um cosmonauta russo, realizou a primeira viagem do homem ao espaço na cápsula espacial Vostok 1. Sua jornada durou uma hora e 48 minutos, e ele percorreu cerca de 40 mil quilômetros em volta da Terra numa única órbita. Ele venceu a primeira etapa na grande corrida espacial entre a ex-União Soviética e os Estados Unidos.

      A revista U.S.News & World Report declarou: “A verdade é que . . . a América foi propelida ao espaço pelo imperativo de sobrepujar os russos.” O Presidente John F. Kennedy estava decidido a tentar eliminar a lacuna entre os feitos espaciais soviéticos e os americanos. John Logsdon, diretor do Centro de Diretrizes para a Ciência e Tecnologia Internacionais, escreveu em Blueprint for Space: “Sorenson [conselheiro especial de Kennedy] diz que a atitude de Kennedy foi influenciada pelo fato [de que] ‘os soviéticos haviam ganho um tremendo prestígio internacional com o vôo de Gagarin ao mesmo tempo em que nós havíamos sofrido uma perda de prestígio por causa da Baía dos Porcos.a Isto sublinhou o fato de que o prestígio, e não apenas relações públicas, era um verdadeiro fator nos assuntos mundiais’.”

      O Presidente Kennedy determinou que, custasse o que custasse, os Estados Unidos tinham de fazer algo espetacular para sobrepujar os soviéticos. Ele perguntou: “Temos uma chance de bater os soviéticos por meio de um laboratório no espaço, uma viagem em torno da Lua, ou um foguete que pouse na Lua, ou um foguete para uma viagem de ida e volta da Lua levando um homem? Existe outro programa espacial que prometa resultados espetaculares em que poderíamos vencer?” Finalmente, os cientistas dos EUA tinham um incentivador político para apoiar suas ambições. Mas haviam de ter de esperar pelo seu sucesso.

      Os russos continuaram com a sua série de sucessos em 1963, quando Valentina Vladimirovna Tereshkova tornou-se a primeira mulher a orbitar a Terra, não uma, mas 48 vezes! A NASA (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço) enfrentava o desafio de recuperar o perdido na corrida pelo prestígio internacional em assuntos espaciais. Assim, o que finalmente conseguiram?

      Apolo e a Lua

      Os cientistas da NASA vinham estudando a possibilidade de um pouso na Lua desde 1959. Pediram permissão para construir uma nave espacial que se chamaria Apolo. Contudo, “o Presidente Eisenhower recusou-se a aprovar este pedido”. Por que esta atitude negativa? O custo, de 34 a 46 bilhões de dólares, “não produziria suficiente conhecimento científico para justificar o investimento. . . . Eisenhower disse à NASA que não aprovaria projeto algum que visasse um pouso na Lua”. (Blueprint for Space) A única esperança dos cientistas era o novo presidente, John F. Kennedy.

      Ele fixou para os cientistas americanos o alvo de colocar o homem na Lua antes do fim da década — e antes dos russos! Wendell Marley, um engenheiro elétrico que trabalhou no sistema de direção e navegação da Apolo, disse a Despertai!: “Havia definitivamente um sentimento de rivalidade com a URSS, o que também constituía uma força motivadora entre muitos dos engenheiros com quem trabalhei. Sentíamo-nos orgulhosos de fazer a nossa parte em colocar o homem na Lua antes que a Rússia o fizesse. Muitos de nós até mesmo trabalhavam horas extras sem remuneração a fim de cumprir o cronograma.”

      O desfecho de todo esse empenho é agora História — Neil Armstrong e Edwin “Buzz” Aldrin deixaram as primeiras pegadas humanas em solo lunar em julho de 1969. Este tremendo feito não deixou de ter o seu preço. Em 27 de janeiro de 1967, três astronautas perderam a vida num incêndio a bordo da cápsula de comando durante um teste pré-vôo. Menos de três meses depois, o cosmonauta russo Vladimir Komarov morreu ao tentar o retorno após 18 órbitas em volta da Terra. Não obstante, por centenas de anos, esse muitas vezes tem sido o preço que homens e mulheres têm pago nos seus empenhos de exploração. Morrem na sua ânsia de conhecimento e de glória.

      Mas, à parte de viagens à Lua, que outro progresso se fez na exploração do espaço?

      Pesquisa dos Planetas

      A NASA tem enviado muitos satélites ao espaço, e estes têm pago bons dividendos em forma de aumentado conhecimento do Universo. Este é um dos benefícios que os cientistas indicam para justificar os enormes gastos de vôos tripulados e de sondas espaciais não-tripuladas. Março de 1992 marcou o 20.º aniversário de um dos grandes sucessos da exploração espacial — o lançamento da primeira sonda espacial destinada a ir além do sistema solar. A Pioneer 10, lançada em 1972, compensou uma série de falhas entre suas predecessoras, desde 1958. Esperava-se que a vida útil dessa sonda fosse de uns três anos. Mas, graças à sua fonte de energia nuclear, ela ainda envia informações à Terra. Nicholas Booth, escrevendo em New Scientist, diz que “especialistas da NASA esperam poder rastrear a nave até a virada do século. Esta pode ser chamada de a mais bem-sucedida missão interplanetária de todos os tempos”. O que há de tão especial com a Pioneer 10?

      Ela foi programada para rumar em direção ao nosso maior vizinho planetário, Júpiter, antes de sair do sistema solar. Isto significou uma viagem de uns 780 milhões de quilômetros, que levou quase dois anos. Ela chegou a Júpiter em dezembro de 1973. A caminho, passou por Marte e prosseguiu através de um cinto de asteróides além de Marte. Registrou 55 impactos de partículas de pó. Contudo, a espaçonave não sofreu danos. Outros instrumentos mediram a radiação e os campos magnéticos nas imediações de Júpiter.

      Daí foi lançada a Pioneer 11 que, depois de passar por Júpiter, rumou para Saturno. Com base nessas aventuras da Pioneer, a NASA deu seguimento ao trabalho com as espaçonaves Voyager 1 e 2. Estas, nas palavras de Nicholas Booth, têm enviado “uma enxurrada de informações sobre o sistema joviano [de Júpiter] que eclipsou os resultados das missões Pioneer”. Como é que essas sondas enviam informações à Terra?

      Há um sistema de rastreamento chamado Rede do Espaço Profundo, que consiste de antenas de rádio de 64 metros de diâmetro, que se revezam na captura dos sinais enquanto a Terra gira. Essas antenas localizam-se na Espanha, na Austrália e nos Estados Unidos. Têm sido a chave para a recepção eficaz de sinais de rádio emitidos por espaçonaves.

      Há Vida em Marte?

      A exploração espacial evidentemente continuará a ser impelida por uma pergunta intrigante que há séculos atiça a curiosidade humana: Existe vida inteligente em algum lugar lá fora no vasto Universo? Por muito tempo, astrônomos e escritores especulavam sobre se havia ou não vida no planeta vermelho, Marte. O que revelaram sobre isso os recentes vôos espaciais?

      A série de sondas espaciais Mariner, nos anos 60 e 70, enviaram fotos de Marte. Daí, em 1976, as naves Viking 1 e 2 pousaram em Marte e, inacreditavelmente, enviaram informações sobre a rocha e o solo. Como se conseguiu isto? Através de um laboratório químico e biológico automático na nave. Uma amostra de solo foi apanhada por um braço mecânico, levada para dentro da nave e analisada pelo laboratório robotizado. Havia algum tipo de vida ali, ou alguma esperança neste sentido? O que revelaram as fotos e as análises?

      O escritor sobre ciência espacial, Bruce Murray, explica: “Nenhum arbusto, nenhuma erva, nenhuma pegada ou qualquer outra indicação de vida atenuou a esterilidade desse terreno geologicamente fascinante. . . . Apesar da mais cuidadosa procura em amostras de solo . . . , nem uma única molécula orgânica foi detectada . . . O solo de Marte é muito mais estéril do que qualquer lugar na Terra. . . . Marte mui provavelmente tem estado sem vida pelo menos nos últimos bilhões de anos.”

      Murray chegou a uma conclusão, à base de toda a evidência produzida pela exploração planetária: “Com certeza estamos sozinhos neste Sistema Solar. A Terra, a única a exibir uma superfície aquosa, é o oásis da vida. Não temos distantes primos microbiais em Marte e plausivelmente em nenhuma outra parte deste Sistema Solar.”

      Qual É o Aspecto de Vênus?

      Vênus, embora seja mais ou menos do tamanho da Terra, é um planeta proibitivo para seres humanos. O astrônomo Carl Sagan chama-o de “local totalmente tempestuoso”. Suas nuvens superiores contêm ácido sulfúrico, e sua atmosfera se compõe primariamente de dióxido de carbono. A pressão atmosférica na superfície é 90 vezes maior do que na Terra; isto equivale ao peso da água a um quilômetro de profundidade.

      De que outras maneiras Vênus difere da Terra? Carl Sagan, em seu livro Cosmos, diz que Vênus gira “de modo retrógrado, na direção oposta a todos os outros planetas no sistema solar interior. Como conseqüência, o Sol surge no oeste e se põe no leste, levando 118 dias terrestres entre um amanhecer e o outro”. As temperaturas de superfície são em torno de 480 graus centígrados ou, como diz Sagan, “mais quente que qualquer forno doméstico”. Desde 1962, Vênus tem sido explorado por uma variedade de sondas Mariner e Pioneer-Vênus, bem como por numerosas naves soviéticas Venera.

      Para mapeamento, porém, os melhores resultados têm vindo da sonda espacial Magellan, o mapeador de radar de Vênus manipulado pelo Laboratório de Propulsão a Jato da NASA. Foi lançado do ônibus espacial Atlantis, em 4 de maio de 1989. Essa notável nave, Magellan, levou um ano e três meses para chegar a Vênus, onde agora orbita o planeta a cada três horas e 15 minutos, tirando suas imagens de radar e retransmitindo-as à Terra. Stuart J. Goldman, diz na revista Sky & Telescope: “Chamar o produto da missão da espaçonave Magellan de fenomenal é atenuar crassamente a verdade. . . . Esse vistoriador robotizado mapeou 84 por cento de um inteiro planeta em detalhes do tamanho equivalente a um estádio de futebol durante seus primeiros 8 meses em órbita. . . . A quantidade de informações que Magellan transmite para ansiosos cientistas tem sido sem precedentes. No começo de 1992 essa espaçonave já havia enviado 2,8 trilhões de bits de informação. Isto representa três vezes o total geral de informações em forma de imagem já enviado por anteriores naves planetárias.”

      Trata-se de um caso em que a operação conjunta de uma nave tripulada e um robô tem produzido resultados inacreditáveis. O benefício? Maior conhecimento de nosso sistema solar. E tudo isto a um custo relativamente baixo, visto que o Magellan até certo ponto tem sido um projeto feito com peças sobressalentes, com muitas peças que sobraram das sondas Voyager, Galileo e Mariner.

      A NASA e os Satélites Espiões

      A busca de conhecimento científico não tem sido a única motivação da exploração espacial. Outra força impelente tem sido o desejo de conseguir superioridade militar sobre qualquer inimigo em potencial. Ao longo dos anos, os programas espaciais têm sido usados tanto pelos Estados Unidos como pela ex-União Soviética como instrumento para expandir a sua capacidade de espionagem. Bruce Murray diz em seu livro Journey Into Space (Jornada ao Espaço): “A órbita da Terra foi desde o início um palco para reconhecimento e outras atividades militares, um domínio de mortiferamente séria rivalidade estratégica entre os Estados Unidos e a União Soviética.”

      Joseph J. Trento informa em seu livro Prescription for Disaster (Receita Para o Desastre) que “em 1971 a CIA e a Força Aérea [dos EUA] começaram a projetar a série Keyhole ou KH de satélites espiões. Em 19 de dezembro de 1976 foi lançado o primeiro Keyhole”. Esses satélites fotográficos podiam permanecer em órbita por dois anos e enviar informações à Terra por meio de transmissão digital. Quão eficazes eram? Trento continua: “Sua nitidez era tão superior que se podia ler claramente o número das placas de carros estacionados. Além disso, os satélites foram usados para fotografar espaçonaves soviéticas em órbita e bombardeiros estratégicos em vôo.”

      Os Complicados Ônibus Espaciais

      Em anos recentes, o mundo tem-se emocionado em ver naves orbitadoras tripuladas serem lançadas ao espaço. Tem idéia da complexidade de toda essa operação? Quantas coisas podem sair errado e levar ao desastre? Por exemplo, os engenheiros têm-se debatido com problemas do tipo como manter frios os motores da nave no momento do disparo para evitar que se derretam com o seu próprio calor. “Nos primeiros anos de teste, um motor após outro se fundiu e explodiu”, escreve Trento. Há também a necessidade de que a ignição dos dois foguetes propulsores de combustível sólido ocorra de modo absolutamente simultâneo, para que o inteiro complexo não rodopie para a destruição. Esses fatores certamente ajudaram a aumentar os custos.

      O primeiro lançamento bem-sucedido foi em 12 de abril de 1981. Com a tripulação de dois homens, John Young e Robert Crippen, acomodada em seus assentos com cintos de segurança, cada um dos três motores do ônibus espacial produziu um empuxo de 170.000 quilos. Segundo Trento, alguns dos cientistas se perguntavam: “Seria esta uma vitória ou será que o sonho se desfaria nos pântanos da Flórida? Se a ignição das unidades de combustíveis sólidos não ocorresse simultaneamente, sem a diferença de um segundo sequer, haveria um grande incêndio na plataforma 39A. . . . [Na contagem regressiva] zero os combustíveis sólidos se inflamaram. Fumaça branca cobriu o horizonte e os encaixes de segurança se soltaram. A tripulação podia ouvir o rugido. Sentiram a oscilação do veículo e o surto de energia.” Foram bem-sucedidos. “Pela primeira vez na História dos EUA, americanos haviam subido a bordo de um sistema de foguetes não testado e voaram nele. . . . O mais sofisticado veículo já construído funcionou.” Surgia uma nova geração de Colombos. Mas não sem perigos — nem sem preço. A tragédia com a Challenger, em 1986, que resultou na perda de sete astronautas, é testemunha disso.

      Naquele primeiro vôo bem-sucedido, fotografias em cores mostraram que na parte inferior da nave havia falhas no revestimento de pastilhas resistentes ao calor, vitais para a reentrada na atmosfera a temperaturas de 1.100 graus centígrados. Os cientistas tinham de dar uma olhada mais de perto, para avaliar o dano. Nenhuma câmara localizada na Terra seria suficientemente poderosa para dar um quadro claro da barriga avariada da Columbia. Assim, qual foi a solução? O satélite espião KH-11 estava em órbita acima da nave. Foi decidido virar a nave de cabeça para baixo em relação à Terra, para que a sua barriga ficasse de frente para o satélite. Os resultados enviados à Terra garantiram à equipe da NASA que não havia grandes áreas sem pastilhas. A missão não corria risco.

      Programa dos Ônibus Espaciais — Para a Guerra ou Para a Paz?

      A história da NASA é marcada por constantes embates entre os que viam a agência como meio de exploração pacífica do espaço e os que a viam principalmente como oportunidade de levar vantagem sobre os soviéticos na Guerra Fria. Em 1982, esse conflito de interesses foi resumido por Harold C. Hollenbeck, membro da Câmara dos Deputados dos EUA, quando disse à Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara: “A tragédia é que o povo americano não está ciente da politização e militarização da agência espacial civil. . . . Foi uma equipe liderada por civis que nos colocou na Lua . . . De minha parte, não desejo um programa espacial a peso de ouro como parte de algum tipo de Guerra nas Estrelas do Pentágono. . . . Só espero que a próxima geração de americanos não venha a encarar a nós, que hoje aqui estamos, como os líderes que permaneceram sentados em silêncio enquanto a América transformava um nobre empreendimento numa máquina de guerra interestelar.”

      Ele prosseguiu com uma observação que resumiu a trapalhada que o homem estava fazendo de seu futuro: “Fomos ao espaço como nova fronteira e agora arrastamos o ódio e a amargura da Terra para o céu, como se fosse um direito do homem fazer guerra em todo lugar.” O alto comércio e interesses políticos e militares tentavam tomar conta da NASA. Bilhões de dólares e milhares de empregos (e votos) estavam ligados com o futuro dela.

      A pergunta lógica agora é: Quais são alguns dos benefícios da exploração espacial para a humanidade, e o que reserva o futuro?

      [Nota(s) de rodapé]

      a Uma fracassada invasão de Cuba, em 17 de abril de 1961.

      [Fotos nas páginas 8, 9]

      1. O jipe lunar da Apolo

      2. Módulo lunar com o astronauta Edwin E. Aldrin Jr., (20 de julho de 1969)

      3. Edifício de Montagem de Veículos, possivelmente a maior construção, em uma única unidade, do mundo.

      4. Ônibus espacial no transportador a caminho da plataforma de lançamento

      5. Satélite em vias de ser lançado

      6. A nave “Challenger”, vendo-se o braço robotizado.

      7. A primeira mulher no espaço: Valentina Tereshkova

      8. O primeiro homem no espaço: Yuri A. Gagarin

      9. Braços robotizados recolhendo amostras em Marte.

      [Crédito]

      Fotos 1-6: NASA; 7, 8: Tass/Sovfoto; 9: NASA/JPL

  • Exploração espacial — o que reserva o futuro?
    Despertai! — 1992 | 8 de setembro
    • Exploração espacial — o que reserva o futuro?

      COM o colapso do império soviético comunista, cessou grande parte da competição na corrida espacial. Alguns cientistas já não têm a motivação original — alguém a quem superar. Em vez de competirem, os cientistas espaciais russos e americanos falam em cooperar, em partilhar conhecimentos e habilidades. Mas ainda há objetivos a alcançar e perguntas a responder. Uma pergunta que muitos fazem é: quais são os benefícios que a humanidade deriva de todo esse tremendo esforço e gastos com o fim de explorar o espaço?

      Uma publicação da NASA diz que, durante as últimas três décadas, “realizaram-se mais de 300 lançamentos [de naves não-tripuladas] em prol de programas que iam desde a exploração do sistema solar até o melhoramento da previsão do tempo, as comunicações globais e os estudos dos recursos da Terra”. Têm os resultados justificado as enormes somas aplicadas nesses programas? A NASA assegura que eles “têm mais do que restituído o investimento da nação em tempo, dinheiro e talento técnico”. A NASA dá ainda outra justificativa para os gastos: “Cerca de 130.000 americanos têm emprego por causa do programa espacial que faz pesquisas para aperfeiçoar ou produzir tecidos e tintas resistentes ao fogo, rádios e TVs menores e mais duráveis, plásticos mais resistentes, adesivos mais fortes, sistemas eletrônicos de monitoração de pacientes hospitalizados, tecnologia de computadores, e em outras áreas de pesquisa.”

      Outro benefício do programa espacial é o mapeamento mais pormenorizado da superfície terrestre, e mesmo abaixo da superfície. O vôo do segundo ônibus espacial incluía uma experiência “que usava um gravador óptico relativamente primitivo”. “Supunha-se que seria um simples levantamento geológico com radar de formação de imagens topográficas.” (Prescription for Disaster [Receita Para o Desastre], de J. J. Trento) Mas houve um resultado inesperado. “Quando a nave retornou e as imagens . . . foram reveladas, estradas e ruas duma antiga cidade sepultada pelas areias do Saara vieram à luz. Descobriu-se uma civilização perdida.” Ademais, há outro benefício que afeta a todos nós.

      Qual Será o Tempo?

      A previsão diária do tempo, com mapas e ilustrações visuais, é algo que agora a maioria dos que têm TV considera corriqueiro. No entanto, quanta diferença isto faz ao planejarmos as atividades para cada dia! Comumente, fica-se sabendo se haverá tempestade, ou se choverá ou nevará, várias horas antes — graças aos satélites meteorológicos em órbita da Terra.

      Nos últimos 30 anos, os satélites meteorológicos têm transmitido informações sobre o tempo na Terra. Uma publicação da NASA diz: “Além de tornarem possível que entendamos melhor nosso meio ambiente, os satélites também ajudam a proteger-nos dos perigos do tempo.” Comenta ainda que, em 1969, um furacão assolou a costa do golfo de Mississípi, causando danos materiais de 1,4 bilhão de dólares. “Todavia, graças à previsão do tempo por satélite, apenas 256 pessoas morreram, e a maioria poderia ter sido poupada se tivesse acatado os avisos antecipados de evacuar a área.” Esses benefícios certamente poderiam estender-se a outras partes da Terra que sofrem regularmente devido aos mortíferos efeitos de monções e tempestades.

      Os cientistas espaciais não se interessam apenas em benefícios secundários para os habitantes da Terra. Seus alvos vão bem mais além. Portanto, o que reserva o futuro para a exploração espacial?

      O Desafio da Estação Espacial

      O que muitos cientistas espaciais consideram uma necessidade vital é que exista uma estação espacial autêntica e operante. A NASA calcula que serão necessários 30 bilhões de dólares até o ano 2000 para a estação espacial Freedom em construção. Visto que faz alguns anos que essa estação está em projeto, 9 bilhões de dólares já foram gastos, segundo uma fonte da NASA. Mas como poderão os técnicos colocar a estação espacial em órbita? Calcula-se que o ônibus espacial americano teria de fazer pelo menos 17 vôos tripulados para colocar a Freedom, peça por peça, no espaço. Isto significa uma operação caríssima e demorada. Que solução haveria?

      Alguns têm sugerido que os russos e os americanos juntem forças e usem os poderosos foguetes russos Energia para colocar a Freedom no espaço. O Energia, chamado pelo escritor Serge Schmemann, do jornal New York Times, de “arranha-céu voador de 20 andares”, poderia ajudar a acelerar o projeto americano da estação espacial. Os russos precisam de dólares americanos, e esta seria sua oportunidade de praticar, de modo astuto, um pouco de capitalismo. A revista U.S.News & World Report comentou: “Seis Energias não-tripulados poderiam erguer a inteira estação espacial, a baixo custo e sem pôr vidas humanas em risco.”

      Naturalmente, os Estados Unidos e a Rússia não são as únicas nações envolvidas na exploração espacial. Entre outras iniciativas, a Agência Espacial Européia, mediante a companhia francesa Arianespace, produz foguetes não-reutilizáveis para lançamentos de satélites comerciais. O Japão também procura alcançar as estrelas e, “por volta da virada do século, planeja tornar-se a primeira nação asiática a estabelecer a presença humana permanente no espaço”, segundo informações recentes publicadas na revista Asiaweek. O primeiro astronauta japonês oficial, Mamoru Mohri, está escalado para uma missão de sete dias que partirá de Cabo Canaveral, na Flórida, EUA, em 1992. O mesmo relatório diz que “a missão é um importante prelúdio para os planos do Japão de contribuir para a estação espacial Freedom [dos EUA]”. Este projeto terá também a cooperação de cientistas espaciais da Europa e do Canadá.

      Povoar Planetas

      Ainda outra ambição estimula a imaginação de muitos — o desejo de povoar e explorar outros planetas. George Henry Elias, em seu livro Breakout Into Space — Mission for a Generation (Fuga Para o Espaço — Missão Para Uma Geração), escreve: “A criação duma civilização interplanetária é essencial para a sobrevivência da nossa espécie. . . . Nós, humanos, ocupamos agora um planeta inteiro, e já é hora de nos mudarmos para um ambiente maior. Um sistema solar vazio nos aguarda.” Marte é o primeiro planeta de suas cogitações.

      Uma pessoa que acha decididamente que o homem deve ir para Marte é Michael Collins, ex-astronauta que pilotou a Gemini 10, em 1966, e também o módulo de comando da Apolo 11, que levou o homem à Lua. Em seu livro Mission to Mars (Missão a Marte), ele diz: “Marte parece amistoso, acessível e até habitável.”

      Bruce Murray, há muito administrador do Laboratório de Propulsão a Jato, de Pasadena, advoga fortemente uma aventura conjunta entre Estados Unidos e Rússia para Marte. Como co-fundador da Sociedade Planetária, recentemente tem incentivado o empreendimento “Rumo a Marte . . . Juntos”. Diz ele: “Marte é o planeta do futuro. Será um campo de atividades para os membros aventurosos de gerações futuras.”

      Marshall Brement, ex-embaixador dos Estados Unidos na Islândia, escreve: “Os dois países podem ensinar muito um ao outro neste campo [do espaço]. O programa espacial soviético, tripulado, é o melhor; os cosmonautas soviéticos detêm todos os recordes de tempo em órbita. . . . Acordos feitos pelas duas nações para juntas estabelecerem uma estação na Lua, para circunavegarem Vênus e para pousarem em Marte poderiam ter grande valor científico.”

      A Sociedade Planetária, que inclui como fundador o astrônomo Carl Sagan, da Universidade de Cornell, publicou “A Declaração de Marte”, que dizia: “Marte é o vizinho do mundo, o planeta mais próximo no qual exploradores humanos poderiam pousar em segurança. . . . Marte é um celeiro de informações científicas — importantes em si mesmas, mas também por causa da luz que talvez lancem sobre as origens da vida e como salvaguardar o meio ambiente da Terra.” Os cientistas ficam intrigados com o mistério da origem da vida. A resposta simples da Bíblia não os satisfaz: “Digno és, Jeová, sim, nosso Deus, de receber a glória, e a honra, e o poder, porque criaste todas as coisas e porque elas existiram e foram criadas por tua vontade.” — Revelação (Apocalipse) 4:11; Romanos 3:3, 4.

      Problemas a Enfrentar

      No entanto, Murray, junto com outros cientistas, reconhece alguns dos problemas desses vôos interplanetários de longa distância. Por exemplo, os astro/cosmonautas levariam cerca de um ano de vôo interplanetário para chegar a Marte. Assim, uma viagem de ida e volta levaria pelo menos dois anos, sem incluir o tempo gasto em Marte. Os efeitos da falta de gravidade não são plenamente entendidos. Uma publicação da NASA diz: “Entre estes estão lixiviação de certos minerais dos ossos; atrofia dos músculos quando não exercitados; e síndrome de adaptação espacial, uma forma de enjôo de viagem manifestado apenas em vôos espaciais.”

      Até agora, nenhum humano experimentou a falta de gravidade por um período tão longo. No entanto, os cosmonautas russos estão chegando lá. Em 25 de março de 1992, depois de dez meses no espaço, na estação espacial russa MIR, Sergei Krikalev, de 33 anos, retornou à Terra. Ele estava um pouco tonto ao ser retirado da cápsula de retorno, mas mostrou que o homem pode sobreviver a longos períodos na falta de gravidade. E a falta de gravidade não é o único problema que os astro/cosmonautas têm de enfrentar, como os russos já descobriram.

      Ao se colocar um grupo de pessoas num lugar fechado por um período prolongado, com o tempo surgem problemas de personalidade e psicológicos. O livro Outbound da editora Time-Life, na série Voyage Through the Universe (Viagem Pelo Universo), diz: “Os níveis de irritabilidade tendem a aumentar semana após semana numa missão. Durante as missões [soviéticas] Salyut, os controladores da missão na Terra notaram que os cosmonautas foram ficando cada vez mais irascíveis diante do que consideravam perguntas tolas. . . . Durante a missão prolongada de Grechko e Romanenko, em 1977, os controladores também estabeleceram um ‘grupo de apoio psicológico’ para controlar a saúde mental dos cosmonautas.” Grechko disse: “A competição entre a tripulação é uma das coisas mais prejudiciais, especialmente se cada um passa a tentar provar que é o melhor.” Ele acrescentou que, no espaço, “não há fugas psicológicas. É muito mais perigoso lá”.

      Assim, qualquer viagem interplanetária de longa duração será um delicado ato de equilíbrio, considerando-se todos os fatores científicos, mecânicos e psicológicos envolvidos. Suportar uns aos outros não é fácil para as pessoas aqui na Terra; quanto mais nos limites duma espaçonave! — Veja Colossenses 3:12-14.

      Chegará o Homem Algum Dia aos Planetas?

      A famosa série de filmes americanos Jornada nas Estrelas aguçou o apetite de milhões de pessoas pelas viagens espaciais. Quais são as perspectivas futuras para a exploração tripulada de outros planetas? Duas perspectivas devem ser consideradas — a humana e a divina. Afinal, a Bíblia diz que Jeová é “Aquele que fez o céu e a terra. Quanto aos céus, os céus pertencem a Jeová, mas a terra ele deu aos filhos dos homens”. — Salmo 115:15, 16; Gênesis 1:1.

      Já vimos que muitos cientistas estão otimistas quanto à capacidade dos humanos de chegar a Marte e estabelecer-se lá. A curiosidade humana e o anseio de conhecimento sem dúvida continuarão a impelir homens e mulheres a expandir as fronteiras das descobertas. Um dos objetivos do Telescópio Espacial Hubble, segundo um boletim de informações da NASA, é “procurar outros mundos, outras galáxias e até as origens do próprio Universo”. A NASA também declara: “As perspectivas para atividades espaciais no século 21 são empolgantes e desafiadoras. Podemos visionar consecuções importantes, como indústrias que funcionarão em órbita, bases lunares e expedições tripuladas a Marte. Agora que a fronteira espacial foi atravessada, não há retorno.”

      O que se pode dizer do ponto de vista bíblico? É verdade que o homem recebeu de Deus a ordem de ‘multiplicar-se e encher a Terra’. (Gênesis 1:28) Ao mesmo tempo, ele recebeu inteligência e o desejo insaciável de saber mais sobre o seu ambiente, incluindo a biosfera, a estratosfera e além disso. Esse ambiente inclui nosso minúsculo sistema solar e as estrelas mais além. Assim, o Rei Davi foi inspirado a escrever há uns três mil anos: “Quando vejo os teus céus, trabalhos dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste, que é o homem mortal para que te lembres dele, e o filho do homem terreno para que tomes conta dele?” — Salmo 8:3, 4.

      O telescópio Hubble transmitiu recentemente uma imagem da galáxia gigante M87. Foi descrita como uma bolha de luz constituída de dois trilhões de estrelas! Pode imaginar essa quantidade de estrelas? A que distância fica a M87? A cinqüenta e dois milhões de anos-luz da Terra — “relativamente próxima, na escala intergaláctica de distância!” Sejamos francos: o homem e a Terra são infinitamente pequenos, comparados com a inimaginável vastidão do espaço universal! O que Jeová está fazendo e ainda fará em todo esse espaço infinito está além de nossa compreensão atual. Apesar das ambições humanas pela exploração espacial, suscitou-se em nosso planeta uma questão que primeiro tem de ser resolvida pela intervenção de Deus. — Revelação (Apocalipse) 16:14-16.

      Questão a Ser Resolvida

      A questão é a escolha entre o governo de Deus e o governo de Satanás. É por isso que as Testemunhas de Jeová proclamam no mundo todo que Deus em breve agirá para livrar a Terra da iniqüidade, da corrupção, do assassínio, da violência e da guerra. — Marcos 13:10; 2 Coríntios 4:4.

      Os astronautas que já observaram a Terra a centenas de quilômetros no espaço maravilharam-se diante da beleza dessa jóia planetária. Vista lá de cima, a Terra não mostra fronteiras políticas que dividem e separam. É simplesmente um lar indiviso, belo e global para a família humana. No entanto, o mundo aqui está cheio de ganância, inveja, mentiras, exploração, injustiça, terror, medo, crimes e violência. O que precisa a humanidade para cair em si?

      A Bíblia mostra que Jeová Deus, o Criador e Proprietário da Terra, em breve agirá contra os indisciplinados e ingovernáveis inquilinos deste planeta. Apenas os genuinamente mansos sobreviverão para herdar a Terra. Só então saberemos que outros propósitos Deus tem em mente para a obediente família humana. — Salmo 37:11, 29; Revelação 11:18; 16:14-16.

      [Quadro na página 14]

      Resgate de Satélite

      A NASA teve êxito em realizar uma manobra brilhante em maio deste ano quando três astronautas do ônibus espacial Endeavor manipularam um satélite de comunicações desgovernado, de 4.080 quilogramas, durante um passeio espacial. Eles o levaram para o compartimento de carga, onde lhe foi acoplado um novo foguete propulsor. O satélite foi então lançado numa órbita alta antes de ser trazido de volta para sua posição de operação, a 35.900 quilômetros da Terra.

      [Fotos na página 15]

      1. Desenho artístico da planejada estação espacial “Freedom”; 2. A falta de gravidade é um problema para viajantes interplanetários; 3. A Terra vista da Lua; 4. Vênus; 5. Marte

      [Crédito]

      Fotos 1-4: NASA; 5: NASA/JPL

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