Admite-se que a doutrina do resgate pode dar origem a perguntas difíceis. (2 Pedro 3:16) Mas, em vez de buscarem nas Escrituras as respostas, os teólogos lançam mão de sabedoria e lógica humana. (1 Coríntios 1:19, 20; 2:13) Atrevem-se a rejeitar quaisquer trechos da Bíblia que não se ajustem a suas crenças infundadas — ou teorias. (2 Timóteo 3:16)

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UMA AMOSTRA DE TEORIAS SOBRE A REDENÇÃO

◻ TEORIA REITORAL, OU DE GOVERNO: O teólogo holandês Hugo Grotius elaborou-a no século 17 para refutar as teorias dos Socinianos. Grotius encarava a morte de Cristo “como um tipo de transação jurídica, em que Deus faz o papel de Reitor ou Governador, e o homem, de réu”. — Encyclopedia of Religion e Ethics, de Hastings.

◻ TEORIA DA EXPIAÇÃO VITAL: Proposta em 1946 pelo teólogo protestante Clarence H. Hewitt. Ele achava que a obra de Cristo não paga penalidades legais, mas ‘liberta-nos da dominação da lei do pecado e da morte e induz ao arrependimento e ao pesar piedoso, dessa forma levando-nos a ter, perante Deus, uma condição em que é possível obter perdão.

◻ REDENÇÃO PELA COMUNHÃO CRISTÃ: O teólogo católico-romano Boniface A. Willems (1970) equipara a “redenção” a “desviar-nos do nosso egoísmo e abrir plenamente o coração uns aos outros”. Ele acrescenta: “A noção cristã de sofrimento substitutivo ou vicarial é aquela na qual a pessoa reconhece que está ligada em solidariedade com a raça humana assolada pelo pecado. . .. A Igreja é, pois, a comunhão daqueles que estão prontos para viver em serviço especial no interesse dos outros.”

◻ TEORIA DO BODE EXPIATÓRIO: Proposta pelo teólogo católico Raymund Schwager, em 1978. Ele rejeitou o conceito de que Deus iria “exigir olho por olho”. Ele encara o sacrifício de Cristo como um tipo de catarse (purificação) que permite que a sociedade humana dê vazão — e daí se livre — de suas inatas tendências violentas.

◻ REDENÇÃO SÓCIO-POLÍTICA: O teólogo batista Thorwald Lorenzen escreveu, em 1985: “Deus não visa apenas o perdão em sentido religioso para o pecador, mas também liberação política para os pobres e oprimidos. . . . A morte de Jesus, portanto, revela um Deus que está preocupado com a cura de todas as dimensões da vida humana.”