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A busca de céus mais segurosDespertai! — 2002 | 8 de dezembro
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A busca de céus mais seguros
POUCAS semanas antes de 11 de setembro, Alex achava que estava para vencer o medo de voar. Quando o avião de passageiros em que ele estava decolou num vôo de Atenas para Boston, esse gerente de relações públicas, de 42 anos, começou a ter uma leve crise de pânico — seu coração batia mais rápido e ele suava nas palmas das mãos e na testa.
Mas ele sabia o que tinha de fazer. O terapeuta que procurava ajudá-lo a vencer seu medo de voar havia lhe dito que respirasse fundo, visualizasse cenários agradáveis e segurasse com força o braço do assento, aliviando a pressão quatro vezes por minuto. Quando parecia que a turbulência e os ruídos assustadores ficariam insuportáveis, Alex procurou imaginar que estava à beira de um lago tranqüilo. “Eu achava que estava melhorando muito”, disse ele.
Milhões de passageiros já tiveram medo de voar. Em anos recentes, muitos fizeram cursos para perder esse medo, muitas vezes persuadidos por familiares, empregadores e companhias aéreas — todos interessados em que eles continuem a voar. Para a maioria dos passageiros o curso foi proveitoso; muitas clínicas alardeavam sucesso em 90% dos casos.
Mas o 11 de setembro mudou tudo isso. Alex abandonou o curso imediatamente. E, desapontando seu empregador, abandonou também os planos de voar para se encontrar com um prospectivo cliente importante. “Meu medo de voar combinado com ataques terroristas”, disse Alex, “era demais para mim. A terapia não me preparou para isso”.
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A busca de céus mais segurosDespertai! — 2002 | 8 de dezembro
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[Quadro/Foto na página 5]
Fatos sobre viagens aéreas
Segundo estimativas, 1 em cada 5 passageiros tem medo de voar. Mas nem todas essas pessoas acham que voar seja inseguro. Muitas vezes, essas ansiedades resultam de outras fobias, como medo de altura ou de áreas apinhadas de gente.
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