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    Revelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo!
    • Capítulo 14

      A magnificência do trono celestial de Jeová

      Visão 2 — Revelação 4:1–5:14

      Assunto: Espantosos acontecimentos perante o trono de julgamento de Deus

      Tempo do cumprimento: Esta visão destaca eventos que ocorrem desde 1914 até o fim do Milênio e mais além, quando toda criatura que está no céu e na Terra louvará a Jeová. — Revelação 5:13

      1. Por que devemos estar vivamente interessados nas visões relatadas a nós por João?

      JOÃO passa a relatar para nós outras visões emocionantes. Por inspiração ele ainda se encontra no dia do Senhor. Portanto, o que ele descreve tem um profundo significado para nós, os que realmente vivemos neste dia. Por meio dessas visões, Jeová ergue o véu de invisibilidade que encobre realidades celestiais e nos apresenta o seu próprio conceito sobre os seus julgamentos a serem executados na Terra. Além disso, quer tenhamos esperança celestial, quer esperança terrestre, essas revelações nos ajudam a ver que lugar ocupamos no propósito de Jeová. Todos nós, portanto, devemos continuar a estar vivamente interessados na expressão de João: “Feliz é quem lê em voz alta, e os que ouvem as palavras desta profecia e observam as coisas escritas nela.” — Revelação 1:3.

      2. Que experiência João tem agora?

      2 O que João vê a seguir ultrapassa tudo o que se possa apresentar em vídeo ao homem da atualidade! Ele escreve: “Depois destas coisas vi, e eis uma porta aberta no céu, e a primeira voz que ouvi era como a duma trombeta, falando comigo e dizendo: ‘Sobe para cá e eu te mostrarei as coisas que têm de ocorrer.’” (Revelação 4:1) Em visão, João penetra nos céus invisíveis da presença de Jeová, enaltecido muito acima do espaço sideral físico explorado por astronautas humanos, e mesmo muito acima das galáxias do Universo material. Como que entrando por uma porta aberta, João é convidado a deliciar os olhos com um panorama deslumbrante dos derradeiros céus espirituais, onde o próprio Jeová está entronizado. (Salmo 11:4; Isaías 66:1) Que privilégio!

      3. O que a voz “como a duma trombeta” faz lembrar, e quem indubitavelmente é a Fonte dela?

      3 A Bíblia não identifica esta “primeira voz”. Igual à forte voz de Jesus, ouvida anteriormente, ela tem um tom impressionante, igual a uma trombeta. (Revelação 1:10, 11) Isso faz lembrar o toque penetrante de buzina que marcava a presença de Jeová no monte Sinai. (Êxodo 19:18-20) Sem dúvida, Jeová é a majestosa Fonte da convocação. (Revelação 1:1) Ele abriu a porta para que João, em visão, pudesse entrar no lugar mais santo em todo o vasto domínio da soberania de Jeová.

      A Resplandecente Presença de Jeová

      4. (a) Que significado tem a visão de João para os cristãos ungidos? (b) Que significado tem a visão para aqueles que esperam viver para sempre na Terra?

      4 O que João vê ali? Escute, à medida que ele compartilha conosco a sua grandiosa experiência: “Depois destas coisas vim a estar imediatamente no poder do espírito: e eis que havia um trono na sua posição no céu, e havia alguém sentado no trono.” (Revelação 4:2) Num instante, João é espiritualmente transportado pela força ativa de Deus até o próprio trono de Jeová. Quão emocionante para João! Ele obtém ali uma ofuscante previsão dos próprios céus em que ele e outros cristãos ungidos têm à sua espera “uma herança incorruptível, e imaculada, e imarcescível”. (1 Pedro 1:3-5; Filipenses 3:20) Para aqueles que esperam viver para sempre na Terra, a visão de João também tem um profundo significado. Ajuda-os a compreender a glória da presença de Jeová e da estrutura governante, celestial, usada por Jeová para julgar as nações e depois governar as vidas humanas na Terra. Jeová, de fato, é o Deus de excelente organização!

      5. Que realidade João vê, simbolizada pela tampa da arca do pacto?

      5 Grande parte do que João observa ali no céu é parecido a particularidades do tabernáculo no ermo. Este fora construído uns 1.600 anos antes, como santuário da verdadeira adoração para os israelitas. No Santíssimo daquele tabernáculo havia a arca do pacto, e era de cima da tampa de ouro maciço dessa Arca que o próprio Jeová falava. (Êxodo 25:17-22; Hebreus 9:5) Portanto, a tampa da Arca servia de símbolo do trono de Jeová. João vê agora a realidade daquela representação simbólica: o próprio Soberano Senhor Jeová está sentado em esplendorosa grandiosidade no seu sublime trono celestial!

      6. Que impressão de Jeová nos fornece João, e por que é apropriada?

      6 Diferentemente dos anteriores profetas que tiveram visões do trono de Jeová, João não descreve em pormenores o Santo que o ocupa. (Ezequiel 1:26, 27; Daniel 7:9, 10) Mas João nos dá a sua impressão do Entronizado, nas seguintes palavras: “E o sentado é, em aparência, semelhante à pedra de jaspe e a uma pedra preciosa de cor vermelha, e ao redor do trono há um arco-íris, em aparência semelhante à esmeralda.” (Revelação 4:3) Que incomparável magnificência! João percebe uma serena beleza cintilante, como a de pedras preciosas, lustrosas e brilhantes. Como isto concorda apropriadamente com a descrição que o discípulo Tiago fez de Jeová, qual “Pai das luzes celestiais”! (Tiago 1:17) Pouco depois de escrever Revelação, o próprio João declarou: “Deus é luz e não há nenhuma escuridão em união com ele.” (1 João 1:5) Que Personagem magnificamente glorioso Jeová realmente é!

      7. O que podemos aprender do fato de que há um arco-íris ao redor do trono de Jeová?

      7 Note que João vê ao redor do trono um arco-íris da cor verde-esmeralda. A palavra grega traduzida aqui por arco-íris (ír·is) sugere uma forma inteiramente circular. O arco-íris é na Bíblia mencionado pela primeira vez em conexão com os dias de Noé. Depois de terem baixado as águas do Dilúvio, Jeová fez aparecer na nuvem um arco-íris, e explicou o que simbolizava nas seguintes palavras: “Dou deveras o meu arco-íris na nuvem, e ele terá de servir de sinal do pacto entre mim e a terra. E hei de lembrar-me do meu pacto entre mim e vós, e toda alma vivente dentre toda a carne; e as águas não se tornarão mais um dilúvio para arruinar toda a carne.” (Gênesis 9:13, 15) Então, de que lembraria a visão celestial a João? O arco-íris que viu deve ter-lhe lembrado a necessidade duma relação pacífica com Jeová, assim como é hoje usufruída pelos da classe de João. Também o impressionariam a serenidade e a paz da presença de Jeová, serenidade que se estenderá a todos os humanos obedientes, quando Jeová estender sua tenda sobre a humanidade na sociedade da nova terra. — Salmo 119:165; Filipenses 4:7; Revelação 21:1-4.

      A Identificação dos 24 Anciãos

      8. A quem João vê ao redor do trono, e a quem representam estes?

      8 João sabia que foram designados sacerdotes para servir no antigo tabernáculo. Portanto, o que ele descreve a seguir pode tê-lo deixado surpreso: “E ao redor do trono há vinte e quatro tronos, e nestes tronos vi sentados vinte e quatro anciãos, trajados de roupas exteriores brancas, e nas suas cabeças coroas de ouro.” (Revelação 4:4) Sim, em vez de sacerdotes há 24 anciãos, entronizados e coroados como reis. Quem são esses anciãos? São os próprios ungidos da congregação cristã, já ressuscitados e ocupando a posição celestial que Jeová lhes prometera. Como sabemos isso?

      9, 10. Como sabemos que os 24 anciãos representam a congregação ungida, cristã, na sua gloriosa posição celestial?

      9 Em primeiro lugar, eles usam coroas. A Bíblia fala dos cristãos ungidos como recebendo ‘uma coroa incorruptível’ e como obtendo vida infindável — imortalidade. (1 Coríntios 9:25; 15:53, 54) Mas, visto que esses 24 anciãos estão sentados em tronos, as coroas de ouro, neste contexto, representam autoridade régia. (Compare isso com Revelação 6:2; 14:14.) Isto dá apoio à conclusão de que os 24 anciãos retratam os seguidores ungidos dos passos de Jesus, na posição celestial deles, porque Jesus fez com eles um pacto, para se sentarem em tronos no Reino dele. (Lucas 22:28-30) Somente Jesus e esses 24 anciãos — nem mesmo os anjos — são descritos como governando no céu na presença de Jeová.

      10 Isso se harmoniza com a promessa feita por Jesus à congregação laodicense: “Àquele que vencer, concederei assentar-se comigo no meu trono.” (Revelação 3:21) Mas a tarefa celestial dos 24 anciãos não se limita à administração governamental. Na introdução do livro de Revelação, João disse a respeito de Jesus: “Ele fez de nós um reino, sacerdotes para seu Deus e Pai.” (Revelação 1:5, 6) Eles são tanto reis como sacerdotes. “Serão sacerdotes de Deus e do Cristo, e reinarão com ele durante os mil anos.” — Revelação 20:6.

      11. Por que é apropriado que o número de anciãos seja 24, e o que indica esse número?

      11 O que há de significativo no número 24, visto que João vê 24 anciãos ao redor do trono? Estes, em muitos sentidos, foram prefigurados pelos sacerdotes fiéis do antigo Israel. O apóstolo Pedro escreveu a cristãos ungidos: “Vós sois ‘raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo para propriedade especial’.” (1 Pedro 2:9) É interessante notar que o antigo sacerdócio judaico passou a ficar dividido em 24 turmas. Cada turma tinha as suas respectivas semanas no ano para servir perante Jeová, de modo que se prestava serviço sagrado sem interrupção. (1 Crônicas 24:5-19) Portanto, é apropriado que na visão de João a respeito do sacerdócio celestial se descrevam 24 anciãos, porque esse sacerdócio serve a Jeová continuamente, sem cessar. Quando o grupo estiver completo, haverá 24 turmas, cada uma com 6.000 vencedores, porque Revelação 14:1-4 nos informa que 144.000 (24 x 6.000) são “comprados dentre a humanidade” para ficar em pé no Monte Sião celestial, junto com o Cordeiro, Jesus Cristo. Visto que o número 12 indica uma organização equilibrada em sentido divino, o número 24 dobra — ou reforça — esse arranjo.

      Relâmpagos, Vozes e Trovões

      12. O que João vê e ouve a seguir, e de que fazem lembrar os “relâmpagos, e vozes, e trovões”?

      12 O que João vê e ouve a seguir? “E do trono procedem relâmpagos, e vozes, e trovões.” (Revelação 4:5a) Como isso faz lembrar outras manifestações espantosas do poder celestial de Jeová! Por exemplo, quando Jeová “desceu” sobre o monte Sinai, Moisés relatou: “No terceiro dia, quando amanheceu, sucedeu que começou a haver trovões e relâmpagos, e uma pesada nuvem sobre o monte e um som muito forte de buzina. . . . Quando o som da buzina ficou cada vez mais alto, Moisés começou a falar e o verdadeiro Deus começou a responder-lhe com uma voz.” — Êxodo 19:16-19.

      13. O que é retratado pelos relâmpagos procedentes do trono de Jeová?

      13 Durante o dia do Senhor, Jeová manifesta seu poder e sua presença de maneira sublime. Não, não por relâmpagos literais, porque João vê sinais. Então, o que representam os relâmpagos? Ora, relâmpagos podem iluminar, mas podem também matar. Portanto, esses relâmpagos procedentes do trono de Jeová representam muito bem os lampejos de esclarecimentos que ele tem concedido continuamente ao seu povo e, o que é ainda mais significativo, suas ardentes mensagens de julgamento. — Compare isso com o Salmo 18:14; 144:5, 6; Mateus 4:14-17; 24:27.

      14. Como vozes ressoam hoje?

      14 Que dizer das vozes? Durante a descida de Jeová sobre o monte Sinai, uma voz falou a Moisés. (Êxodo 19:19) Vozes do céu emitiram muitas das ordens e das proclamações no livro de Revelação. (Revelação 4:1; 10:4, 8; 11:12; 12:10; 14:13; 16:1, 17; 18:4; 19:5; 21:3) Hoje, Jeová também emite ordens e proclamações ao seu povo, iluminando-lhes o entendimento de profecias e princípios bíblicos. Informações esclarecedoras muitas vezes foram reveladas em congressos internacionais, e essas verdades bíblicas, por sua vez, foram divulgadas mundialmente. O apóstolo Paulo disse a respeito de pregadores fiéis das boas novas: “Ora, de fato, ‘o som deles saiu por toda a terra, e as suas pronunciações, até às extremidades da terra habitada’.” — Romanos 10:18.

      15. Que trovões têm procedido do trono durante esta parte do dia do Senhor?

      15 O trovão costuma seguir o relâmpago. Davi referiu-se ao trovão literal como “a voz de Jeová”. (Salmo 29:3, 4) Quando Jeová lutou por Davi contra os inimigos deste, dizia-se que o trovão provinha Dele. (2 Samuel 22:14; Salmo 18:13) Eliú disse a Jó que a voz de Jeová soa como um trovão quando Ele faz “grandes coisas que não podemos saber”. (Jó 37:4, 5) Durante esta parte do dia do Senhor, Jeová tem ‘trovejado’, avisando a respeito dos grandes atos que realizará contra os seus inimigos. Esses trovões simbólicos têm ecoado e retumbado pela Terra inteira. Feliz é você se tem prestado atenção a essas proclamações trovejantes e se faz uso sábio da sua língua para aumentar seu volume! — Isaías 50:4, 5; 61:1, 2.

      Lâmpadas de Fogo e um Mar Vítreo

      16. O que as “sete lâmpadas de fogo” indicam?

      16 O que mais João vê? O seguinte: “E há sete lâmpadas de fogo acesas diante do trono, e estas significam os sete espíritos de Deus. E diante do trono há como que um mar vítreo, semelhante a cristal.” (Revelação 4:5b, 6a) O próprio João nos explica o significado das sete lâmpadas: “Estas significam os sete espíritos de Deus.” O número sete simboliza inteireza divina; de modo que as sete lâmpadas devem representar a inteireza da força esclarecedora do espírito santo. Quão gratos são hoje os da classe de João de que foram incumbidos desse esclarecimento, junto com a responsabilidade de transmiti-lo aos povos espiritualmente famintos da Terra! Quanto nos alegramos de que todo ano centenas de milhões de exemplares da revista A Sentinela continuam a irradiar esta luz em cerca de 150 línguas! — Salmo 43:3.

      17. O que o “mar vítreo, semelhante a cristal”, simboliza?

      17 João vê também “um mar vítreo, semelhante a cristal”. O que simbolizaria isso com respeito aos convidados à corte celestial de Jeová? Paulo falou sobre a maneira de Jesus santificar a congregação, “purificando-a com o banho de água por meio da palavra”. (Efésios 5:26) Antes de morrer, Jesus dissera aos seus discípulos: “Vós já estais limpos, por causa da palavra que vos falei.” (João 15:3) Portanto, esse mar vítreo, semelhante a cristal, deve representar a purificadora Palavra registrada de Deus. Os do sacerdócio real, que entram na presença de Jeová, têm de ter sido cabalmente purificados por meio da Palavra dele.

      Eis — “Quatro Criaturas Viventes”!

      18. O que João vê no meio e em volta do trono?

      18 João observa a seguir outra particularidade. Ele escreve: “E no meio do trono e em volta do trono há quatro criaturas viventes, cheias de olhos na frente e atrás.” — Revelação 4:6b.

      19. O que é representado pelas quatro criaturas viventes, e como sabemos isso?

      19 O que essas criaturas representam? Uma visão contada por outro profeta, Ezequiel, ajuda-nos a obter a resposta. Ezequiel viu Jeová entronizado num carro celestial, o qual estava acompanhado por criaturas viventes que tinham características similares às descritas por João. (Ezequiel 1:5-11, 22-28) Mais tarde, Ezequiel viu novamente esse carro-trono acompanhado pelas criaturas viventes. Esta vez, porém, ele chamou as criaturas viventes de querubins. (Ezequiel 10:9-15) As quatro criaturas viventes que João vê devem representar os muitos querubins de Deus — criaturas de elevada categoria na Sua organização espiritual. João não acharia incomum ver querubins posicionados tão perto da pessoa de Jeová, visto que no antigo arranjo do tabernáculo havia dois querubins de ouro representados sobre a tampa da arca do pacto, que representava o trono de Jeová. De entre esses querubins, a voz de Jeová emitia mandamentos à nação. — Êxodo 25:22; Salmo 80:1.

      20. Como se pode dizer que as quatro criaturas viventes estão “no meio do trono e em volta do trono”?

      20 Essas quatro criaturas viventes se encontram “no meio do trono e em volta do trono”. Exatamente o que significa isso? Pode significar que sua posição em volta do trono era tal que no meio de cada lado havia uma delas. Neste respeito, os tradutores da Bíblia na Linguagem de Hoje parafrasearam a expressão grega original do seguinte modo: “em volta do trono, em cada um dos seus lados”. Alternativamente, a expressão poderia significar que as quatro criaturas viventes se encontram na posição central no céu onde está o trono. É provável que esse seja o motivo de a edição em inglês de A Bíblia de Jerusalém verter esta frase: ‘no centro, agrupadas ao redor do próprio trono’. O importante é a proximidade dos querubins do trono de Jeová, comparável à dos querubins que Ezequiel viu em cada canto do carro organizacional de Jeová. (Ezequiel 1:15-22) Tudo isso harmoniza-se com as palavras do Salmo 99:1: “O próprio Jeová se tornou rei. . . . Ele está sentado sobre os querubins.”

      21, 22. (a) Como João descreve as quatro criaturas viventes? (b) O que representa a aparência de cada uma das quatro criaturas viventes?

      21 João prossegue: “E a primeira criatura vivente é semelhante a um leão, e a segunda criatura vivente é semelhante a um novilho, e a terceira criatura vivente tem rosto semelhante ao de homem, e a quarta criatura vivente é semelhante a uma águia voando.” (Revelação 4:7) Por que essas quatro criaturas viventes têm um aspecto tão diferente umas das outras? Essas criaturas viventes distintivas evidentemente destacam qualidades piedosas específicas. Primeiro, há o leão. O leão é usado na Bíblia como símbolo de coragem, especialmente no empenho pela justiça e pelo juízo. (2 Samuel 17:10; Provérbios 28:1) De modo que o leão representa bem a qualidade piedosa de justiça corajosa. (Deuteronômio 32:4; Salmo 89:14) A segunda criatura vivente parece-se a um novilho. De que qualidade o faz lembrar o novilho, ou touro novo? Para os israelitas, o touro era um bem valioso por causa da sua força. (Provérbios 14:4; veja também Jó 39:9-11.) O novilho, portanto, representa poder, energia dinâmica, conforme suprida por Jeová. — Salmo 62:11; Isaías 40:26.

      22 A terceira criatura vivente tem rosto semelhante ao de homem. Isso deve representar amor divino, visto que, na Terra, só o homem foi criado à imagem de Deus, com a qualidade superlativa do amor. (Gênesis 1:26-28; Mateus 22:36-40; 1 João 4:8, 16) Sem dúvida, os querubins demonstram essa qualidade ao servirem ao redor do trono de Jeová. Que dizer, então, da quarta criatura vivente? Esta tem a aparência de uma águia voando. O próprio Jeová traz à atenção a extraordinária visão da águia: “Seus olhos olham para longe.” (Jó 39:29) De modo que a águia simboliza bem a sabedoria previdente. Jeová é a Fonte da sabedoria. Seus querubins exercem sabedoria divina ao obedecerem às ordens dele. — Provérbios 2:6; Tiago 3:17.

      Ressoam os Louvores a Jeová

      23. O que simboliza estarem as quatro criaturas viventes “cheias de olhos”, e o que é enfatizado por terem três pares de asas?

      23 João prossegue com a sua descrição: “E quanto às quatro criaturas viventes, cada uma delas, respectivamente, tem seis asas; ao redor e por baixo estão cheias de olhos. E elas não têm descanso, dia e noite, ao dizerem: ‘Santo, santo, santo é Jeová Deus, o Todo-poderoso, que era, e que é, e que vem.’” (Revelação 4:8) Estarem cheias de olhos sugere visão plena e perspicaz. As quatro criaturas viventes usam-na incessantemente, pois não têm necessidade de dormir. Elas imitam Aquele sobre quem se escreveu: “Quanto a Jeová, seus olhos percorrem toda a terra, para mostrar a sua força a favor daqueles cujo coração é pleno para com ele.” (2 Crônicas 16:9) Com tão grande número de olhos, os querubins podem olhar em toda a parte. Nada escapa da sua atenção. Estão assim bem equipados para servir a Deus na Sua obra de julgamento. A respeito dele se diz: “Os olhos de Jeová estão em todo lugar, vigiando os maus e os bons.” (Provérbios 15:3) E por terem três pares de asas — o número três sendo usado na Bíblia para dar ênfase —, os querubins podem locomover-se com a velocidade dum relâmpago para proclamar os julgamentos de Jeová e executá-los.

      24. Como os querubins louvam a Jeová, e com que significância?

      24 Escute! O cântico de louvor que os querubins entoam para Jeová é melodioso, emocionante: “Santo, santo, santo é Jeová Deus, o Todo-poderoso, que era, e que é, e que vem.” Novamente, o número três indica intensidade. Os querubins afirmam fortemente a santidade de Jeová Deus. Ele é a Fonte e o derradeiro Padrão de santidade. Ele é também o “Rei da eternidade”, sempre “o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último, o princípio e o fim”. (1 Timóteo 1:17; Revelação 22:13) Os querubins não descansam ao proclamarem as qualidades inigualáveis de Jeová perante toda a criação.

      25. Como as quatro criaturas viventes e os 24 anciãos se unem em adorar a Jeová?

      25 O céu dos céus ressoa com os louvores a Jeová! A descrição de João prossegue: “E sempre que as criaturas viventes dão glória, e honra, e agradecimento ao Que está sentado no trono, Aquele que vive para todo o sempre, os vinte e quatro anciãos prostram-se diante Daquele que está sentado no trono e adoram Aquele que vive para todo o sempre, e lançam as suas coroas diante do trono, dizendo: ‘Digno és, Jeová, sim, nosso Deus, de receber a glória, e a honra, e o poder, porque criaste todas as coisas e porque elas existiram e foram criadas por tua vontade.’” (Revelação 4:9-11) Em todas as Escrituras esta é uma das declarações mais grandiosas de homenagem a Jeová, nosso Deus e Soberano Senhor!

      26. Por que os 24 anciãos lançam as suas coroas diante de Jeová?

      26 Os 24 anciãos mostram ter a mesma atitude mental demonstrada por Jesus, até mesmo lançando as suas coroas diante de Jeová. Nem lhes vem à ideia exaltarem a si mesmos na presença de Deus. Reconhecem humildemente que o único objetivo de seu reinado é dar honra e glória a ele, assim como Jesus sempre faz. (Filipenses 2:5, 6, 9-11) Em submissão, reconhecem sua própria inferioridade e confessam que seu governo é dependente da soberania de Jeová. Estão assim de coração em harmonia com os querubins e os demais da criação fiel em dar louvor e glória ao Deus que criou todas as coisas. — Salmo 150:1-6.

      27, 28. (a) Como a descrição que João fez desta visão deve nos afetar? (b) Que perguntas surgem quanto ao que João vê e ouve a seguir?

      27 Quem não se comove com a leitura do relato de João sobre esta visão? Ela é esplendorosa, grandiosa! Mas, então, como não deve ser a realidade? A própria majestade de Jeová deve animar a todos os de coração apreciativo a se juntar às quatro criaturas viventes e aos 24 anciãos em louvá-Lo, tanto em oração como por publicamente proclamar Seu nome. Este é o Deus de quem os cristãos hoje têm o privilégio de ser testemunhas. (Isaías 43:10) Lembre-se de que a visão de João se aplica ao dia do Senhor, em que nos encontramos agora. Os “sete espíritos” estão sempre disponíveis para guiar-nos e orientar-nos. (Gálatas 5:16-18) A Palavra de Deus está hoje disponível para nos ajudar a ser santos em servir a um Deus santo. (1 Pedro 1:14-16) Certamente, sentimo-nos felizes de ler em voz alta as palavras desta profecia. (Revelação 1:3) Que induzimento elas proveem para sermos fiéis a Jeová e para não deixar que o mundo nos desvie de ativamente cantarmos os Seus louvores! — 1 João 2:15-17.

      28 Até agora, João descreveu o que ele vê quando é convidado a entrar no céu pela porta aberta. Mais notavelmente ele relata que Jeová, em toda a magnificência da Sua majestade e dignidade, está sentado no Seu trono celestial. Está cercado pela mais poderosa organização de todas — radiante em esplendor e lealdade. A Corte divina está em sessão. (Daniel 7:9, 10, 18) O cenário está pronto para um acontecimento extraordinário. Qual é, e como afeta a nós, hoje? Vejamos o desenrolar da cena!

  • A magnificência do trono celestial de Jeová
    Revelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo!
    • [Foto de página inteira na página 75]

      [Foto de página inteira na página 78]

  • “Quem é digno de abrir o rolo?”
    Revelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo!
    • Capítulo 15

      “Quem é digno de abrir o rolo?”

      1. O que acontece agora na visão de João?

      SUBLIME! ESPANTOSA! Assim é a emocionante visão do trono de Jeová no seu cenário de lâmpadas de fogo, de querubins, de 24 anciãos e do mar vítreo. Mas, João, o que você vê a seguir? João fixa a atenção no próprio centro desta cena celestial, dizendo-nos: “E eu vi na mão direita Daquele que estava sentado no trono um rolo escrito por dentro e pelo reverso, bem selado com sete selos. E eu vi um forte anjo proclamar com voz alta: ‘Quem é digno de abrir o rolo e de soltar os seus selos?’ Mas não havia ninguém, nem no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, que pudesse abrir o rolo ou olhar dentro dele. E eu passei a chorar muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o rolo ou de olhar dentro dele.” — Revelação 5:1-4.

      2, 3. (a) Por que João anseia que se encontre alguém para abrir o rolo, mas que perspectiva disso parece haver? (b) O que o povo ungido de Deus tem aguardado ansiosamente em nosso tempo?

      2 O próprio Jeová, Soberano Senhor de toda a criação, oferece este rolo. Deve estar cheio de informações vitais, porque contém escrita na frente e no verso. Isso suscita nossa curiosidade. O que contém o rolo? Lembramo-nos do convite de Jeová a João: “Sobe para cá e eu te mostrarei as coisas que têm de ocorrer.” (Revelação 4:1) Aguardamos com emocionante expectativa saber dessas coisas. Mas eis que o rolo está firmemente fechado, selado com sete selos!

      3 O forte anjo achará alguém digno de abrir o rolo? Segundo a Tradução Interlinear do Reino (grego/inglês), o rolo está “na mão direita” de Jeová. Isto sugere que ele o oferece sobre a sua palma da mão aberta. Mas parece que ninguém no céu ou na Terra é digno de aceitar e abrir esse rolo. Nem mesmo debaixo da terra, entre os servos fiéis de Deus que já faleceram, há alguém qualificado para esta elevada honra. Não é de admirar que João fique visivelmente perturbado! Talvez, no fim, não fique conhecendo “as coisas que têm de ocorrer”. Também nos nossos dias, os do povo ungido de Deus têm aguardado ansiosamente que Jeová envie sua luz e verdade sobre Revelação. Isto ele iria fazer progressivamente no tempo designado para o cumprimento da profecia, a fim de guiar seu povo no caminho duma “grandiosa salvação”. — Salmo 43:3, 5.

      O Digno

      4. (a) Quem é descoberto como digno de abrir o rolo e seus selos? (b) Em que recompensa e privilégio os da classe de João e seus companheiros participam agora?

      4 Sim, há alguém apto para abrir o rolo! João relata: “Mas um dos anciãos diz-me: ‘Para de chorar. Eis que o Leão que é da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu de modo a abrir o rolo e os seus sete selos.’” (Revelação 5:5) Portanto, João, enxugue as lágrimas! Os da classe de João e seus companheiros leais do tempo atual também suportaram décadas de severas provações enquanto aguardavam pacientemente esclarecimento. Que recompensa consoladora temos agora por entender a visão, e que privilégio é participar no seu cumprimento por proclamar a sua mensagem a outros!

      5. (a) Que profecia foi proferida a respeito de Judá, e onde os descendentes de Judá governaram? (b) Quem é Siló?

      5 Ah! “o Leão que é da tribo de Judá”! João conhece a profecia que Jacó, ancestral da raça judaica, proferiu a respeito do seu quarto filho, Judá: “Judá é um leãozinho. Subirás certamente da presa, filho meu. Abaixa-se, espicha-se como o leão, e como a um leão, quem se atreve a acordá-lo? O cetro não se afastará de Judá, nem o bastão de comandante de entre os seus pés, até que venha Siló; e a ele pertencerá a obediência dos povos.” (Gênesis 49:9, 10) A linhagem real do povo de Deus descendia de Judá. Começando com Davi, todos os reis que governaram em Jerusalém até que os babilônios destruíram essa cidade eram descendentes de Judá. Mas nenhum deles era o Siló profetizado por Jacó. Siló significa “Aquele de Quem É [o Direito]”. Em sentido profético, este nome apontava para Jesus, aquele a quem pertence agora permanentemente o Reino davídico. — Ezequiel 21:25-27; Lucas 1:32, 33; Revelação 19:16.

      6. Em que sentido Jesus era “um renovo” de Jessé e também “a raiz de Davi”?

      6 João reconhece prontamente a referência à “raiz de Davi”. O prometido Messias é profeticamente chamado tanto de ‘renovo saído do toco de Jessé [pai do Rei Davi] . . . um rebentão’, como de “a raiz de Jessé posta de pé qual sinal de aviso para os povos”. (Isaías 11:1, 10) Jesus era um renovo de Jessé, tendo nascido na linhagem real de Davi, filho de Jessé. Além disso, como raiz de Jessé, foi Ele quem fez a dinastia davídica brotar de novo, dando-lhe para sempre vida e sustento. — 2 Samuel 7:16.

      7. O que torna Jesus digno de tomar o rolo da mão Daquele sentado no trono?

      7 Jesus é preeminentemente aquele que, como humano perfeito, serviu a Jeová com integridade e sob provações excruciantes. Proveu a resposta completa ao desafio de Satanás. (Provérbios 27:11) Por isso podia dizer na noite antes da sua morte sacrificial: “Eu venci o mundo.” (João 16:33) Por esse motivo, Jeová confiou ao ressuscitado Jesus “toda a autoridade no céu e na terra”. Somente ele dentre todos os servos de Deus está qualificado para receber o rolo, visando a divulgação de sua momentosa mensagem. — Mateus 28:18.

      8. (a) No que se refere ao Reino, o que mostra que Jesus é digno? (b) Por que é apropriado que um dos 24 anciãos revele a João quem é digno de abrir o rolo?

      8 É deveras apropriado que Jesus abra o rolo. Desde 1914, ele está entronizado como Rei do Reino messiânico de Deus, e esse rolo revela muito sobre o Reino e o que realizará. Jesus deu fielmente testemunho da verdade do Reino enquanto estava aqui na Terra. (João 18:36, 37) Ele ensinou os seus seguidores a orar pela vinda do Reino. (Mateus 6:9, 10) Iniciou a pregação das boas novas do Reino no começo da era cristã e profetizou a culminação desta obra de pregação durante o tempo do fim. (Mateus 4:23; Marcos 13:10) É igualmente apropriado que um dos 24 anciãos revele a João que é Jesus quem abrirá os selos. Por quê? Porque esses anciãos estão sentados em tronos e usam coroa, por serem co-herdeiros de Cristo no seu Reino. — Romanos 8:17; Revelação 4:4.

      ‘O Cordeiro Que Fora Morto’

      9. Em vez de ver um leão, o que João vê em pé “no meio do trono”, e como o descreve?

      9 João olha para ver este “Leão que é da tribo de Judá”. Mas fica surpreso! Aparece uma figura simbólica completamente diferente: “E eu vi no meio do trono e das quatro criaturas viventes, e no meio dos anciãos, um cordeiro em pé, como se tivesse sido morto, tendo sete chifres e sete olhos, olhos que significam os sete espíritos de Deus, os quais têm sido enviados à terra inteira.” — Revelação 5:6.

      10. Quem é o “cordeiro” que João viu, e por que é apropriado esse termo?

      10 Bem no centro, ao lado do trono, dentro dos círculos formados pelas quatro criaturas viventes e pelos 24 anciãos, há um cordeiro! João, sem dúvida, identifica logo esse cordeiro com “o Leão que é da tribo de Judá” e com “a raiz de Davi”. Ele sabe que, mais de 60 anos antes, João, o Batizador, apresentara Jesus a judeus espectadores como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. (João 1:29) Jesus, durante toda a sua vida na Terra, permaneceu sem mancha do mundo — igual a um cordeiro imaculado — para poder assim oferecer sua vida inculpe como sacrifício em prol da humanidade. — 1 Coríntios 5:7; Hebreus 7:26.

      11. Por que não é indignidade para o glorificado Jesus ser representado qual ‘cordeiro, como se tivesse sido morto’?

      11 É de algum modo uma depreciação ou indignidade representar o glorificado Jesus qual ‘cordeiro, como se tivesse sido morto’? De modo algum! Ter Jesus permanecido fiel até a morte foi uma enorme derrota para Satanás e um grande triunfo para Jeová Deus. Ser Jesus apresentado desta maneira retrata vividamente sua vitória sobre o mundo de Satanás, e lembra o profundo amor que Jeová e Jesus têm à humanidade. (João 3:16; 15:13; veja Colossenses 2:15.) Jesus é assim indicado como o prometido Descendente, notavelmente habilitado para abrir o rolo. — Gênesis 3:15.

      12. O que os sete chifres do Cordeiro representam?

      12 O que mais aumenta nosso apreço por este “cordeiro”? Ele tem sete chifres. Chifres, na Bíblia, muitas vezes são símbolo de poder ou de autoridade, e o número sete indicaria inteireza. (Veja 1 Samuel 2:1, 10; Salmo 112:9; 148:14.) Portanto, os sete chifres do Cordeiro representam a plenitude de poder que Jeová confiou a Jesus. Este está “muito acima de todo governo, e autoridade, e poder, e senhorio, e todo nome dado, não só neste sistema de coisas, mas também no que há de vir”. (Efésios 1:20-23; 1 Pedro 3:22) Jesus exerce poder, poder governamental, especialmente desde 1914, quando Jeová o entronizou como Rei celestial. — Salmo 2:6.

      13. (a) O que os sete olhos do Cordeiro representam? (b) O que o Cordeiro passa a fazer?

      13 Além disso, Jesus, em sua inteireza, está cheio de espírito santo, conforme representado pelos sete olhos do Cordeiro, olhos que “significam os sete espíritos de Deus”. Jesus é o canal pelo qual a plenitude da força ativa de Jeová flui para os Seus servos terrestres. (Tito 3:6) Evidentemente, é por meio deste mesmo espírito que ele observa desde o céu o que está acontecendo aqui na Terra. Igual ao seu Pai, Jesus tem discernimento perfeito. Nada deixa de ser observado por ele. (Veja Salmo 11:4; Zacarias 4:10.) É evidente que este Filho — o mantenedor de integridade que venceu o mundo; o Leão da tribo de Judá; a raiz de Davi; aquele que ofereceu sua vida pela humanidade; aquele que tem autoridade total, plenitude de espírito santo e discernimento perfeito da parte de Jeová Deus —, sim, este é notavelmente digno de tomar o rolo da mão de Jeová. Hesita ele em aceitar esta comissão de serviço na eminente organização de Jeová? Não! Antes, “ele foi e o tirou [i.e., o rolo] imediatamente da mão direita Daquele sentado no trono”. (Revelação 5:7) Que belo exemplo de obediência voluntária!

      Cânticos de Louvor

      14. (a) Como as quatro criaturas viventes e os 24 anciãos reagem a Jesus tomar o rolo? (b) Como a informação que João recebe sobre os 24 anciãos confirma a identidade e a posição deles?

      14 Como reagem os outros que estão diante do trono de Jeová? “E, ao tomar o rolo, as quatro criaturas viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, cada um deles tendo uma harpa e tigelas de ouro cheias de incenso, e o incenso significa as orações dos santos.” (Revelação 5:8) Iguais às querubínicas quatro criaturas viventes diante do trono de Deus, os 24 anciãos se curvam diante de Jesus em reconhecimento da autoridade dele. Mas só estes anciãos têm harpas e tigelas de incenso.a E apenas eles cantam agora um novo cântico. (Revelação 5:9) Parecem-se assim aos 144.000 do santo “Israel de Deus”, que também têm harpas e cantam um novo cântico. (Gálatas 6:16; Colossenses 1:12; Revelação 7:3-8; 14:1-4) Além disso, a visão mostra que os 24 anciãos cumprem uma função sacerdotal, celestial, retratada, no antigo Israel, pela função dos sacerdotes, os quais no tabernáculo queimavam incenso para Jeová — função que, na Terra, terminou quando Deus tirou do caminho a Lei mosaica, pregando-a na estaca de tortura de Jesus. (Colossenses 2:14) Que conclusão tiramos de tudo isso? Que aqui se vê os vencedores ungidos na sua derradeira designação como ‘sacerdotes de Deus e do Cristo, reinando com ele durante os mil anos’. — Revelação 20:6.

      15. (a) Em Israel, somente quem tinha o privilégio de entrar no Santíssimo do tabernáculo? (b) Por que era uma questão de vida ou morte que o sumo sacerdote queimasse incenso antes de entrar no Santíssimo?

      15 No antigo Israel, a entrada no Santíssimo, perante a presença simbólica de Jeová, ficava limitada ao sumo sacerdote. Levar incenso era para ele uma questão de vida ou morte. A lei de Jeová dizia: “[Arão] tem de tomar o porta-lume cheio de brasas de fogo de cima do altar perante Jeová e as concavidades de ambas as suas mãos cheias de incenso perfumado, miúdo, e tem de trazê-los para dentro da cortina. Também tem de pôr o incenso sobre o fogo perante Jeová, e a nuvem de incenso tem de estender-se por cima da tampa da Arca, a qual está sobre o Testemunho, para que não morra.” (Levítico 16:12, 13) Era impossível o sumo sacerdote ser bem-sucedido em entrar no Santíssimo sem queimar incenso.

      16. (a) No sistema de coisas cristão, quem entra no Santíssimo antitípico? (b) Por que os cristãos ungidos têm de ‘queimar incenso’?

      16 No sistema de coisas cristão, não somente o antitípico Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, mas também cada um dos 144.000 subsacerdotes, por fim, chega a entrar no antitípico Santíssimo, o lugar da presença de Jeová no céu. (Hebreus 10:19-23) A entrada neste Santíssimo é impossível para esses sacerdotes, conforme representado aqui pelos 24 anciãos, a menos que ‘queimem incenso’, isto é, ofereçam constantemente orações e súplicas a Jeová. — Hebreus 5:7; Judas 20, 21; veja Salmo 141:2.

      Um Novo Cântico

      17. (a) Que novo cântico os 24 anciãos cantam? (b) Como se costuma usar a expressão “novo cântico” na Bíblia?

      17 Ressoa agora um melodioso novo cântico. É cantado para o Cordeiro pelos seus associados sacerdotais, os 24 anciãos: “E cantam um novo cântico, dizendo: ‘Digno és de tomar o rolo e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste pessoas para Deus, dentre toda tribo, e língua, e povo, e nação.’” (Revelação 5:9) A expressão “novo cântico” ocorre diversas vezes na Bíblia e costuma referir-se a louvar a Jeová por algum poderoso ato de libertação. (Salmo 96:1; 98:1; 144:9) O cântico, assim, é novo porque o cantor pode agora proclamar obras maravilhosas adicionais de Jeová e expressar renovado apreço pelo Seu glorioso nome.

      18. Por causa de que os 24 anciãos louvam a Jesus com o seu novo cântico?

      18 Aqui, porém, os 24 anciãos cantam um novo cântico diante de Jesus, em vez de diante de Jeová. Mas o princípio é o mesmo. Louvam a Jesus pelas coisas novas que ele, como Filho de Deus, fizera a seu favor. Por meio do seu sangue, ele havia mediado o novo pacto e assim tornado possível a formação duma nova nação como propriedade especial de Jeová. (Romanos 2:28, 29; 1 Coríntios 11:25; Hebreus 7:18-25) Os membros desta nova nação espiritual procederam de muitas nações carnais, mas Jesus os uniu em uma só congregação, como uma só nação. — Isaías 26:2; 1 Pedro 2:9, 10.

      19. (a) Que bênção o Israel carnal deixou de obter por causa da sua infidelidade? (b) Que bênção a nova nação de Jeová há de usufruir?

      19 Quando Jeová constituiu os israelitas em uma nação, lá nos dias de Moisés, fez com eles um pacto e prometeu que, se permanecessem fiéis a esse pacto, eles se tornariam um reino de sacerdotes perante Ele. (Êxodo 19:5, 6) Os israelitas não permaneceram fiéis e nunca obtiveram o cumprimento dessa promessa. Por outro lado, a nova nação, constituída em virtude do novo pacto mediado por Jesus, tem permanecido fiel. Por isso, os membros dela hão de governar a Terra como reis e também hão de servir quais sacerdotes, ajudando os de coração reto dentre a humanidade a serem reconciliados com Jeová. (Colossenses 1:20) É assim como o novo cântico o expressa: “E fizeste deles um reino e sacerdotes para o nosso Deus, e hão de reinar sobre a terra.” (Revelação 5:10) Quanta alegria dá a esses 24 anciãos cantar esse novo cântico de louvor ao glorificado Jesus!

      Coro Celestial

      20. Que cântico de louvor ao Cordeiro ressoa agora?

      20 Como reagem a esse novo cântico os outros da vasta hoste celestial da organização de Jeová? João se emociona ao notar sua concordância de coração: “E eu vi, e ouvi uma voz de muitos anjos em volta do trono, e das criaturas viventes, e dos anciãos, e o número deles era miríades de miríades e milhares de milhares, dizendo com voz alta: ‘O Cordeiro que foi morto é digno de receber o poder, e as riquezas, e a sabedoria, e a força, e a honra, e a glória, e a bênção.’” (Revelação 5:11, 12) Que impressionante cântico de louvor!

      21. Será que louvar o Cordeiro detrai da soberania ou da posição de Jeová? Explique isso.

      21 Significa isso que Jesus de algum modo substitui agora a Jeová Deus, e que toda a criação se volta para louvar a ele, em vez de a seu Pai? Longe disso! Antes, esse cântico de louvor está em harmonia com o que o apóstolo Paulo escreveu: “Deus o enalteceu [i.e., a Jesus] a uma posição superior e lhe deu bondosamente o nome que está acima de todo outro nome, a fim de que, no nome de Jesus, se dobre todo joelho dos no céu, e dos na terra, e dos debaixo do chão, e toda língua reconheça abertamente que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus, o Pai.” (Filipenses 2:9-11) Jesus é aqui exaltado por causa da sua participação em solucionar a questão básica perante toda a criação — a vindicação da legítima soberania de Jeová. De fato, quanta glória isso tem dado ao seu Pai!

      Um Avolumante Hino

      22. Em que hino participam vozes do domínio terrestre?

      22 Na cena descrita por João, as hostes celestiais aclamam melodiosamente a Jesus em reconhecimento da fidelidade e da autoridade celestial dele. Nisso juntam-se a elas vozes do domínio terrestre, ao passo que também estas participam em louvar tanto o Pai como o Filho. Assim como as consecuções de um filho humano podem dar muito crédito aos pais, assim o proceder leal de Jesus resulta, entre toda a criação, na “glória de Deus, o Pai”. João prossegue, portanto, a relatar: “E toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e todas as coisas neles, eu ouvi dizer: ‘Ao que está sentado no trono e ao Cordeiro seja a bênção, e a honra, e a glória, e o poderio para todo o sempre.’” — Revelação 5:13.

      23, 24. (a) O que indica quando este hino começaria no céu, e quando na Terra? (b) Como o hino aumenta em volume com o passar dos anos?

      23 Quando é entoado este magnífico hino? Isso começou logo cedo no dia do Senhor. Depois que Satanás e seus demônios foram expulsos dos céus, ‘toda criatura no céu’ podia unir-se nesse cântico de louvor. E, conforme mostra o registro, desde 1919 uma crescente multidão na Terra une suas vozes em louvor a Jeová, aumentando de uns poucos milhares para bem mais de seis milhões em 2005.b Depois de ter sido destruído o sistema terrestre de Satanás, “toda criatura . . . na terra” cantará louvores a Jeová e ao Filho dele. No próprio tempo devido de Jeová, começará a ressurreição de incontáveis milhões de mortos, e então “toda criatura . . . debaixo da terra”, que estiver na memória de Deus, terá a oportunidade de participar em cantar o hino.

      24 Milhões de humanos, “desde a extremidade da terra . . . [do] mar . . . [das] ilhas”, já estão entoando um novo cântico em associação com a organização global de Jeová. (Isaías 42:10; Salmo 150:1-6) Este alegre louvor atingirá seu auge no fim do Milênio, quando a humanidade tiver sido soerguida à perfeição. Aquela antiga serpente, o arquienganador, o próprio Satanás, será depois destruído no cumprimento completo de Gênesis 3:15, e, num clímax triunfante, toda a criação vivente, espiritual e humana, cantará em uníssono: “Ao que está sentado no trono e ao Cordeiro seja a bênção, e a honra, e a glória, e o poderio para todo o sempre.” Não haverá nenhuma voz discordante em todo o Universo.

      25. (a) A que nos induz a leitura do relato de João sobre este hino universal? (b) Que esplêndido exemplo as quatro criaturas viventes e os 24 anciãos nos apresentam no término desta visão?

      25 Quão alegre será esta ocasião! Aquilo que João descreve aqui certamente faz nosso coração encher-se de felicidade e estimula-nos a nos juntar à hoste celestial em cantar de coração louvores a Jeová Deus e a Jesus Cristo. Não estamos mais do que nunca decididos a perseverar em obras corretas? Então, se perseverarmos, poderemos esperar que, com a ajuda de Jeová, estaremos individualmente presentes naquele clímax feliz, acrescentando nossa voz àquele coro universal de louvor. As quatro querubínicas criaturas viventes e os cristãos ungidos, ressuscitados, certamente estão de pleno acordo, porque a visão termina com as palavras: “E as quatro criaturas viventes diziam: ‘Amém!’ e os anciãos prostraram-se e adoraram.” — Revelação 5:14.

      26. Em que devemos ter fé, e o que o Cordeiro se prepara para fazer?

      26 Prezado leitor, tenha fé no sacrifício do Cordeiro — o “digno” — e seja abençoado nos seus esforços humildes de adorar e servir a Jeová — ‘Aquele que está sentado no trono’. Deixe que os da classe de João o ajudem hoje, ao passo que lhe proveem a necessária “medida de mantimentos [espirituais] no tempo devido”. (Lucas 12:42) Mas eis que o Cordeiro se prepara para abrir os sete selos. Que emocionantes revelações nos aguardam agora?

      [Nota(s) de rodapé]

      a Em sentido gramatical, a expressão “cada um deles tendo uma harpa e tigelas de ouro cheias de incenso” poderia referir-se tanto aos anciãos como às quatro criaturas viventes. O contexto, porém, torna claro que a expressão se refere apenas aos 24 anciãos.

      b Veja a tabela na página 64.

  • “Quem é digno de abrir o rolo?”
    Revelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo!
    • [Foto de página inteira na página 86]

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