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ArãoEstudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
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É digno de nota que, em cada um dos seus três desvios, Arão não aparece como o principal iniciador da ação errada, mas, antes, parece ter permitido que a pressão das circunstâncias ou a influência de outros o desviasse dum proceder de retidão. Especialmente na sua primeira transgressão, poderia ter aplicado o princípio subentendido na ordem: “Não deves acompanhar a multidão para maus objetivos.” (Êx 23:2)
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ArãoEstudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
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Apesar de sua posição privilegiada, Arão tinha suas falhas. Durante a primeira permanência de Moisés no monte Sinai, por 40 dias, “o povo se congregou em volta de Arão e lhe disse: ‘Levanta-te, faze para nós um deus que vá adiante de nós, pois quanto a este Moisés, o homem que nos fez subir da terra do Egito, certamente não sabemos o que lhe aconteceu’”. (Êx 32:1) Arão anuiu e cooperou com eles em fazer a estátua dum bezerro de ouro. (Êx 32:2-6) Mais tarde, quando confrontado por Moisés, deu uma desculpa fraca. (Êx 32:22-24) No entanto, Jeová não o apontou como o principal malfeitor, mas disse a Moisés: “Portanto, deixa-me agora, para que a minha ira se acenda contra eles e eu os extermine.” (Êx 32:10) Moisés fez um apelo a Jeová a favor do povo e, especificamente, a favor de Arão. Daí, ele provocou uma manifestação sobre o assunto, por clamar: “Quem está do lado de Jeová? A mim!” (Êx 32:11, 26; De 9:20) Todos os filhos de Levi responderam positivamente, e isto sem dúvida incluiu Arão. Três mil idólatras, provavelmente os principais instigadores, foram mortos por eles. (Êx 32:28) Todavia, Moisés mais tarde lembrou aos remanescentes do povo que eles também tinham culpa. (Êx 32:30) Então Arão não foi o único a obter a misericórdia de Deus. Suas ações subsequentes indicam que ele não concordara de coração com o movimento idólatra, mas simplesmente cedera à pressão dos rebeldes. (Êx 32:35) Jeová mostrou que Arão tinha recebido Seu perdão por manter válida a designação de Arão como sumo sacerdote. — Êx 40:12, 13.
Depois de ter lealmente apoiado seu irmão mais moço em muitas experiências difíceis, e de ter sido recentemente empossado como sumo sacerdote por Moisés como representante de Deus, Arão juntou-se tolamente a sua irmã, Miriã, em criticar Moisés por seu casamento com uma cusita, e em desafiar a relação e a posição ímpares de Moisés com Jeová Deus, dizendo: “É somente por meio de Moisés que Jeová falou? Não falou também por meio de nós?” (Núm 12:1, 2) Jeová agiu prontamente, trouxe os três diante de si, em frente da tenda de reunião, e puniu severamente Arão e Miriã por desrespeitarem a designação de Deus. O fato de que apenas Miriã foi afligida de lepra pode apontá-la como instigadora dessa ação, e pode indicar que Arão de novo mostrara fraqueza por se deixar induzir a juntar-se a ela. Não obstante, se Arão tivesse sido similarmente afligido de lepra, isso teria invalidado sua designação como sumo sacerdote, segundo a lei de Deus. (Le 21:21-23) Sua correta atitude de coração se manifestou por sua imediata confissão e pedido de desculpas pela tolice de seu ato, e por sua súplica desesperada em prol da intercessão de Moisés em favor da leprosa Miriã. — Núm 12:10-13.
Arão de novo teve parte na responsabilidade pelo erro quando ele, junto com Moisés, deixou de santificar e honrar a Deus perante a congregação no incidente que envolvia prover água em Meribá, em Cades. Por tal ação, Deus decretou que nenhum dos dois teria o privilégio de levar a nação para a Terra da Promessa. — Núm 20:9-13.
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