Samoa: Elena, uma pioneira, dirigia um estudo bíblico com uma senhora metodista que morava em frente à casa do pastor da igreja. O estudo era dirigido numa varanda, onde podiam ser facilmente vistas pelo pastor. Um dia, durante o estudo, o pastor chegou. A estudante da Bíblia perguntou o que ele desejava. O pastor respondeu: “Estou procurando minha leitoa. Não a vejo há quase um mês.” Daí ele se virou para Elena e perguntou: “Você sabe por que minha leitoa fugiu de mim?” Pensando que ele estivesse falando de uma leitoa de verdade, Elena disse que poderia ser o caso de ele estar alimentando a leitoa todos os dias com o mesmo tipo de comida. Ela sugeriu que ele tentasse alimentá-la com algo diferente. Para a surpresa de Elena, o pastor apontou para a estudante e disse: “Ela é minha leitoa!” Daí acrescentou: “Você a roubou de mim. Precisam parar este estudo imediatamente e nunca mais fazer isso.” (Os pastores das igrejas em Samoa têm muita influência na comunidade.) A senhora começou a chorar. Elena tentou acalmá-la dizendo que a Bíblia predisse que esse tipo de coisa aconteceria com quem estudasse a Bíblia.

Elena tomou providências para mudar o dia, a hora e o local do estudo. Ela explica: “Em vez de estudar na varanda, passamos para um quartinho no fundo da casa da estudante. Ali era muito quente, mas pelo menos pudemos continuar o estudo. Fizemos isso durante dois meses. Daí, certo dia, o pastor chegou depois da oração inicial, pegando-nos de surpresa. Pensei que ele tivesse ido lá para interromper o estudo, mas ele havia mudado.”

Ele acompanhou o estudo e até fez perguntas. Depois do estudo, virou-se para a senhora e disse: “Quero lhe dizer uma coisa. Ontem a noite fomos à cidade, mas na volta nosso carro quebrou perto de um outro povoado. Um jovem casal e um outro jovem foram nos ajudar a consertar o carro. Não conseguimos consertá-lo e por isso os jovens se ofereceram para levar-nos em casa, deixando o carro quebrado na casa deles. Quando entrei no carro deles, vi algumas revistas A Sentinela e outras publicações. Comecei a pensar que talvez aquelas pessoas fossem da mesma igreja da mulher que a visita.”

Então a senhora disse a ele: “O senhor está certo. Eles são os filhos de Elena.” Ele se desculpou dizendo: “Continuem o que estão fazendo. Agora eu sei que as Testemunhas de Jeová são pessoas muito boas e amorosas. Perdoem-me pelo que eu falei aquele dia. Este tipo de treinamento ajudaria as pessoas de minha igreja a mudar de conduta.” Daquele dia em diante, em vez de estudarmos no quartinho pequeno e quente no fundo da casa, passamos a fazê-lo na varanda ventilada e na vista do pastor, que nunca mais nos incomodou.

[Foto na página 58]

Elena, em Samoa