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  • g99 22/4 pp. 13-15
  • Por que sou tão obcecada com meu peso?

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  • Por que sou tão obcecada com meu peso?
  • Despertai! — 1999
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Despertai! — 1999
g99 22/4 pp. 13-15

Os Jovens Perguntam . . .

Por que sou tão obcecada com meu peso?

“Há uma batalha incontrolável na minha cabeça. Parte de mim quer comer, mas a outra resiste, com medo de engordar.” — Jaimee.

QUAL é o seu maior medo? Muitas garotas responderiam sem pestanejar: engordar. Uma pesquisa revelou que as jovens de hoje têm mais medo de ganhar uns quilinhos do que de uma guerra nuclear, de câncer ou até de perder os pais!

Esse medo às vezes começa surpreendentemente cedo. Mesmo antes da adolescência, observa a Dra. Catherine Steiner-Adair, muitas meninas se reúnem para falar sobre gordura — ocasiões em que compartilham seu desdém pela sua aparência. Pelo visto, a questão não se resume a conversas. Numa pesquisa com 2.379 meninas, 40% estavam realmente tentando emagrecer. E a faixa etária das pesquisadas era de apenas nove e dez anos!

Com o tempo, muitas dessas jovens caem na armadilha das dietas da moda. Pior ainda, algumas acabam como a jovem Jenna, de 20 anos. Com 1,60 metro de altura, pesa meros 40 quilos. “Simplesmente não sinto vontade de comer”, diz ela. “Minha grande preocupação é não recuperar num mês os quilos que só perdi depois de três anos tentando emagrecer.”

É possível que você compreenda os sentimentos de Jenna. Talvez também esteja querendo emagrecer para ter uma aparência melhor. E não há nada de mais em se preocupar com a aparência. Para Jenna, porém, a vontade de emagrecer quase lhe custou a vida. Como?

Morrer de fome

Jenna luta contra um perigoso distúrbio alimentar chamado anorexia nervosa. Jaimee, citada no início, também está na mesma situação. Durante algum tempo, elas estavam literalmente morrendo de fome, e não são as únicas. Estima-se que 1 em cada 100 garotas sofra de anorexia. Isso significa que milhões de mulheres jovens padecem desse mal — talvez até mesmo alguém que você conheça.a

A anorexia pode surgir de forma bastante inocente. Uma mocinha começa uma dieta aparentemente inofensiva, só para perder uns quilinhos. Quando atinge sua meta, ela ainda não se sente satisfeita. “Ainda estou gorda!”, diz olhando com reprovação para o espelho. Aí decide perder só mais uns quilos. Daí, só mais alguns. E mais alguns. Forma-se um padrão, e estão plantadas as sementes da anorexia.

Naturalmente, nem todas as garotas que fazem regime são anoréxicas. Algumas têm razões legítimas para se preocupar com seu peso e, para elas, perder alguns quilos pode ser uma questão de saúde. Muitas, porém, têm um conceito distorcido de seu corpo. A revista americana FDA Consumer compara esse conceito a olhar-se na casa dos espelhos de um parque de diversões. “Você se vê mais gorda do que é”, diz a revista.

A anoréxica sente um medo mórbido de engordar — mesmo que já esteja magra como um palito. Talvez exercite-se compulsivamente para não engordar e se pese várias vezes por dia para ter certeza de que não está “regredindo”. Nas refeições, come porções minúsculas, ou talvez nem mesmo coma. “Todos os dias eu levava para a escola o lanche que minha mãe preparava, e quase sempre eu o jogava fora”, diz Heather. “Em pouco tempo fiquei tão acostumada a não comer que, mesmo que quisesse, não conseguia. Não sentia fome.”

De início, as anoréxicas como Heather sentem-se maravilhadas de ver os quilos sumirem. Mas a falta de nutrientes por fim cobra seu preço. A anoréxica fica sonolenta e letárgica. Começa a ter problemas na escola. Sua menstruação talvez cesse.b Com o tempo, seus batimentos cardíacos e sua pressão sanguínea se tornam perigosamente baixos. Ainda assim, a anoréxica não vê o perigo. Aliás, o único perigo que consegue ver é o de recuperar o peso perdido — mesmo que sejam apenas alguns gramas.

A anorexia não é o único distúrbio alimentar, nem o mais comum. A bulimia nervosa é um flagelo que atinge três vezes mais garotas do que a anorexia. Há também a compulsão de comer, estreitamente relacionada com a bulimia. Vejamos mais detalhes sobre essas moléstias.

Flagelo secreto

“Uma amiga recentemente me confessou que pega comida quando ninguém está vendo e come escondida. Daí, força o vômito. Ela me disse que já faz isso há dois anos.” Com essas palavras, uma jovem, escrevendo para a coluna de aconselhamento de uma revista, descreve sintomas típicos do distúrbio alimentar conhecido como bulimia.

A bulímica ingere grandes quantidades de comida num espaço curto de tempo. Depois livra-se do alimento que comeu, em geral por meio de vômito induzido.c Admitidamente, a idéia de esvaziar o estômago dessa maneira soa repugnante. Todavia, a assistente social Nancy J. Kolodny escreve: “Quanto mais a pessoa come e purga, tanto mais fácil fica para ela. Seus sentimentos iniciais de repulsa, ou mesmo de medo, são logo substituídos pela compulsão de repetir esses procedimentos bulímicos.”

A anorexia e a bulimia têm sido chamadas de “lados opostos da mesma moeda”. Embora os sintomas sejam diferentes, ambos os distúrbios têm como combustível a obsessão com alimentos.d Ao contrário da anorexia, porém, a bulimia é bem mais fácil de esconder. Afinal, a ingestão de grandes quantidades de comida impede a pessoa de emagrecer, e a purgação evita que ela engorde. Assim, é provável que a portadora de bulimia não seja nem obesa nem magra e, em público, seus hábitos alimentares talvez pareçam normais. “Durante nove anos”, diz Lindsey, “eu comia e vomitava até quatro ou cinco vezes por dia. . . . Ninguém sabia que eu sofria de bulimia porque eu escondia isso muito bem atrás de uma fachada de competência, felicidade e peso dentro da média”.

A situação é um tanto diferente no caso de quem come compulsivamente. Como a bulímica, ela ingere grandes quantidades de comida de uma só vez. The New Teenage Body Book (Novo Manual do Corpo do Adolescente) comenta: “Visto que este comportamento ocorre sem purgação, o peso do comedor compulsivo pode variar de ligeiramente a muito acima do peso (obeso).”

Perigos para a saúde

Todos os três distúrbios podem representar uma grave ameaça à saúde. A anorexia pode causar desnutrição severa, e em muitos casos — alguns estimam em até 15% — pode ser fatal. Comer em excesso, seguido ou não de purgação, é perigoso para a saúde. Com o tempo, a obesidade pode causar graves doenças cardiovasculares, diabetes e até algumas formas de câncer. O vômito induzido pode lesar o esôfago, e o abuso de laxantes e diuréticos, em casos extremos, pode levar a uma parada cardíaca.

Contudo, há ainda outro aspecto dos distúrbios alimentares que precisa ser considerado. Os que sofrem de anorexia, bulimia e compulsão de comer em geral são pessoas infelizes. Tendem a ter baixa auto-estima e são mais propensas a sofrer de ansiedade e depressão. Precisam obviamente de ajuda. Mas como os que sofrem de um distúrbio alimentar podem ser ajudados a livrar-se da obsessão pelo peso? Essa pergunta será respondida num futuro artigo desta série.

[Nota(s) de rodapé]

a A anorexia também atinge homens. Mas, como a vasta maioria dos anoréxicos são moças, usamos o gênero feminino ao nos referir aos portadores de anorexia.

b Clinicamente, uma moça é considerada anoréxica quando seu peso cai 15% abaixo do normal e ela não menstrua por três meses ou mais.

c Outros métodos de purgação incluem o uso de laxantes ou diuréticos.

d Algumas alternam o comportamento alimentar entre anorexia e bulimia.

[Quadro na página 14]

Conceito distorcido do corpo

A maioria das garotas que se preocupam com o seu peso não tem motivos para isso. Em certo estudo, 58% das garotas entre 5 e 17 anos achavam que estavam acima do peso, quando, na verdade, só 17% estavam. Em outro estudo, 45% das mulheres que estavam abaixo do peso se achavam gordas! Uma pesquisa no Canadá constatou que 70% das mulheres do país preocupam-se com seu peso, e 40% tinham problemas com dietas de efeito sanfona — uma sucessão de perda e recuperação de peso.

Está claro, portanto, que um conceito distorcido do corpo pode levar algumas garotas a se preocupar demais com um problema que na verdade não existe. “Tenho uma amiga que toma doses enormes de remédio para emagrecer e conheço algumas garotas que sofrem de anorexia”, diz Kristin, de 16 anos. E acrescenta: “Elas não são gordas nem na imaginação.”

É com boa razão que a revista FDA Consumer recomenda: “Em vez de fazer regime porque ‘todo mundo’ está fazendo, ou porque você não é tão magra como gostaria, consulte primeiro um médico ou um nutricionista para saber se está mesmo pesada ou muito gorda para sua idade e altura.”

[Foto na página 15]

Muitas mulheres se preocupam com seu peso sem motivos

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