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“Fui lá só para pegar minhas cartas”Despertai! — 2011 | junho
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Veja o caso de Hafeni.
Hafeni nasceu em Zâmbia e cresceu em campos de refugiados em países vizinhos. Ele conta: “Eu ficava muito indignado com o tratamento cruel e injusto que minha família e outras pessoas recebiam.” Por isso, ele se tornou membro do mesmo grupo militante que seus pais.
Ao relembrar aqueles tempos, Hafeni continua: “A parte mais triste dessa história é o desgaste emocional que as pessoas sofrem ao viver como refugiados. Crianças eram tiradas de suas mães, pais e irmãos. As mais velhas iam para a guerra, e muitas nunca voltaram. Nunca vi meu pai, nem sequer uma foto dele. A única coisa que sei é que ele morreu lutando. Minhas cicatrizes emocionais ainda permanecem.”
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Por que alguns recorrem à violênciaDespertai! — 2011 | junho
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Por exemplo, Hafeni, mencionado no artigo anterior, disse: “Nosso país foi tirado de nós injustamente. Assim como os animais lutam por seu território, pareceu certo lutar por nossa terra e nossos direitos.”
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Por que alguns recorrem à violênciaDespertai! — 2011 | junho
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Hafeni disse: “Durante o tempo que passamos em campos de refugiados havia comícios que nos ensinavam que os brancos estavam sempre procurando meios de dominar os negros.” Como isso afetou Hafeni?
Ele disse: “Percebi que meu ódio pelos brancos só aumentava. Desconfiava de todos eles. Depois de um tempo, eu não aguentava mais e achava que nossa geração devia agir.”
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É possível um mundo sem terrorismo?Despertai! — 2011 | junho
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Um livro que pode mudar corações
Durante a década de 90, Hafeni começou a analisar suas crenças religiosas e adquiriu uma Bíblia. “Comecei examinando os Evangelhos [os livros bíblicos de Mateus, Marcos, Lucas e João], que falam sobre a vida de Jesus”, conta ele. “Durante a leitura, logo me senti atraído à personalidade de Jesus e seu modo bondoso e imparcial de lidar com as pessoas. Isso tocou meu coração.”
Hafeni disse que, mais adiante em sua leitura, uma passagem da Bíblia que tocou seu coração foi Atos 10:34 e 35. Esse texto diz: “Deus não é parcial, mas, em cada nação, o homem que o teme e que faz a justiça lhe é aceitável.”
Hafeni disse: “Concluí que os culpados pelo preconceito entre tribos, nações e raças são as próprias pessoas. Com o tempo, percebi que a mensagem da Bíblia pode mudar o modo de pensar das pessoas e que a coisa mais importante na vida é ter um bom relacionamento com Deus. Isso é mais importante do que lutar a favor de determinada tribo, raça ou cor.”
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É possível um mundo sem terrorismo?Despertai! — 2011 | junho
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Uma fraternidade baseada no amor
Quando Hafeni começou a assistir às reuniões das Testemunhas de Jeová, ficou muito comovido com a harmonia racial que viu ali. Ele disse: “Sentar ao lado de pessoas brancas foi muito emocionante. Nunca pensei que um dia chamaria um branco de irmão. Isso fortaleceu minha convicção de que as Testemunhas de Jeová são a religião verdadeira, pois, apesar das diferenças raciais, havia entre elas a união e o amor que eu tanto desejava.”
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É possível um mundo sem terrorismo?Despertai! — 2011 | junho
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Conforme descrito no primeiro artigo, Andre quase morreu numa explosão que tirou a vida de vários amigos seus. A bomba havia sido colocada por um grupo militante. Algum tempo depois, ele aprendeu e aplicou o conselho da Bíblia de ‘perdoar liberalmente’. (Colossenses 3:13) Mais tarde, Hafeni, que anos após o atentado se tornou membro daquele mesmo grupo militante, também aprendeu os princípios da Bíblia e abandonou a violência. (Salmo 11:5) Hoje, os dois são Testemunhas de Jeová e trabalham juntos num escritório de tradução das Testemunhas de Jeová num país da África.
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É possível um mundo sem terrorismo?Despertai! — 2011 | junho
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[Destaque na página 7]
Hafeni e Joseba descobriram por experiência própria que os ensinamentos da Bíblia podem ter uma influência muito forte na vida das pessoas
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É possível um mundo sem terrorismo?Despertai! — 2011 | junho
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[Foto na página 8]
Colocar em prática princípios bíblicos ajudou Hafeni e Andre a terem genuíno amor um pelo outro
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