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  • Augusto, Destacamento de
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
    • uma “coorte” romana (a décima parte duma legião, com cerca de 400 a 600 homens). Além das legiões romanas regulares, compostas de cidadãos romanos e divididas em coortes, havia também tropas de graduação inferior, ou auxilia, constituídas de coortes recrutadas dentre súditos romanos (não dentre cidadãos). Estas eram unidades independentes de infantaria, e geralmente serviam ao longo das fronteiras do império. Ao passo que não se davam nomes distintivos às coortes das legiões romanas regulares, essas coortes auxiliares frequentemente tinham nome. Encontraram-se inscrições de Cohors I Augusta (lat.) e Speí·ra Au·goú·ste (gr.), embora não necessariamente se refiram ao destacamento aqui em consideração.

  • Aumai
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
    • AUMAI

      Primeiro filho mencionado de Jaate, nas genealogias de Judá. — 1Cr 4:1, 2.

  • Ausate
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
    • AUSATE

      [Possessão].

      O “amigo de confiança” que acompanhou Abimeleque, rei filisteu de Gerar, numa visita a Isaque, em Berseba. (Gên 26:23, 26) Esta é a primeira referência na Bíblia a um “amigo de confiança”, a posição de confiança, num círculo íntimo, de alguém consultado para conselhos ou autorizado como porta-voz. — Veja AMIGO (Amigo [Companheiro] do Rei).

  • Autodomínio
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
    • AUTODOMÍNIO

      Dominar, restringir ou controlar a própria pessoa, suas ações, sua linguagem ou seus pensamentos. (Gên 43:31; Est 5:10; Sal 119:101; Pr 10:19; Je 14:10; At 24:25) Os termos hebraico e grego que envolvem o autodomínio literalmente denotam ter domínio ou controle sobre si mesmo. O autodomínio é ‘fruto do espírito de Deus’ (Gál 5:22, 23); e Jeová, embora possua poderes ilimitados, sempre o tem exercido. Ao invés de agir de imediato contra os malfeitores, ele tem concedido tempo, para que tivessem a oportunidade de desviar-se dos seus maus caminhos, e, desta forma, obter Seu favor. — Je 18:7-10; 2Pe 3:9.

      No entanto, uma vez firmemente comprovado que aqueles a quem se concedeu tempo para o arrependimento não se aproveitariam de Sua misericórdia, Jeová corretamente deixou de refrear-se de executar Seu julgamento. Um caso em pauta envolve os desoladores de Jerusalém. Deixando de reconhecer que Jeová lhes permitira obter controle sobre Israel, a fim de disciplinar os israelitas por causa da infidelidade, estes desoladores trataram-nos sem misericórdia e levaram a disciplina além do que o julgamento de Deus requeria. (Veja Is 47:6, 7; Za 1:15.) Jeová sabia isso de antemão, e, por meio do profeta Isaías, indicou que viria o tempo em que não mais se refrearia de punir os desoladores: “Por muito tempo fiquei quieto. Fiquei calado. Continuei a exercer autodomínio. Igual à mulher que dá à luz, vou gemer, ofegar e arfar ao mesmo tempo. Devastarei montes e morros, e secarei toda a sua vegetação.” — Is 42:14, 15.

      Cristo Jesus também exerceu autodomínio. O apóstolo Pedro, quando trazia à atenção dos servos domésticos a necessidade de estarem sujeitos a seus donos, escreveu: “De fato, fostes chamados para este proceder, porque até mesmo Cristo sofreu por vós, deixando-vos um modelo para seguirdes de perto os seus passos. . . . Quando estava sendo injuriado, não injuriava em revide. Quando sofria, não ameaçava, mas encomendava-se àquele que julga justamente.” — 1Pe 2:21-23.

      Nos “últimos dias”, a falta de autodomínio seria uma das características que assinalariam os que não estariam praticando o verdadeiro cristianismo. (2Ti 3:1-7) No entanto, visto que os cristãos devem ser imitadores de Deus e de seu Filho (1Co 11:1; Ef 5:1), eles devem esforçar-se a cultivar o autodomínio em todas as coisas. (1Co 9:25) O apóstolo Pedro declarou: “Supri à vossa fé a virtude, à vossa virtude, o conhecimento, ao vosso conhecimento, o autodomínio, ao vosso autodomínio, a perseverança, à vossa perseverança, a devoção piedosa, à vossa devoção piedosa, a afeição fraternal, à vossa afeição fraternal, o amor. Pois, se estas coisas existirem em vós e transbordarem, impedirão que sejais quer inativos quer infrutíferos no que se refere ao conhecimento exato de nosso Senhor Jesus Cristo.” — 2Pe 1:5-8.

      A qualidade do autodomínio deve especialmente estar evidente entre os que servem quais superintendentes nas congregações cristãs. (Tit 1:8) Se os superintendentes hão de lidar eficazmente com problemas dentro da congregação, precisam manter o autodomínio em palavras e em ações. O apóstolo Paulo aconselhou a Timóteo: “Outrossim, recusa questões tolas e ignorantes, sabendo que produzem lutas. Mas o escravo do Senhor não precisa lutar, porém, precisa ser meigo para com todos, qualificado para ensinar, restringindo-se sob o mal, instruindo com brandura os que não estiverem favoravelmente dispostos.” — 2Ti 2:23-25.

      Deixar de exercer autodomínio em determinada situação pode manchar uma longa folha de serviço fiel e mergulhar a pessoa em todo tipo de dificuldades. O que aconteceu com o Rei Davi ilustra isto. Embora leal à verdadeira adoração e tendo amor aos princípios justos da lei de Deus (veja Sal 101), Davi cometeu adultério com Bate-Seba, e isto o levou a mandar colocar Urias, marido dela, numa posição de batalha em que a morte era quase certa. Como consequência, durante anos após isso, Davi viu-se afligido por graves dificuldades no seio da sua família. (2Sa 12:8-12) O caso dele também demonstra a sabedoria de se evitarem situações que possam levar à perda do autodomínio. Ao passo que poderia ter deixado o terraço do seu palácio, Davi evidentemente continuou a contemplar Bate-Seba enquanto esta se banhava, e, assim, veio a sentir paixão por ela. — 2Sa 11:2-4.

      Similarmente, não seria bom alguém que não tem autodomínio permanecer solteiro, quando poderia contrair um casamento honroso, e, desta forma, proteger-se contra cometer fornicação. Neste respeito, escreveu o apóstolo Paulo: “Se não tiverem autodomínio, casem-se, pois é melhor casar-se do que estar inflamado de paixão.” — 1Co 7:9, 32-38.

  • Autoridades
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
    • AUTORIDADES

      Veja AUTORIDADES SUPERIORES.

  • Autoridades superiores
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
    • AUTORIDADES SUPERIORES

      Uma expressão em Romanos 13:1, que designa autoridades governamentais humanas. Este texto tem sido traduzido de diversas maneiras: “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores, pois não há autoridade exceto por Deus; as autoridades existentes acham-se colocadas por Deus nas suas posições relativas.” (NM) “Seja todo súdito obediente às autoridades governantes, porque não há autoridade que não esteja sob o controle de Deus, e as autoridades existentes foram constituídas sob o Seu controle.” (We) “Que todos obedeçam às autoridades. Porque não existe nenhuma autoridade sem a permissão de Deus, e as que existem foram colocadas por ele.” — BLH.

      Jeová Deus, embora não as tenha originado (veja Mt 4:8, 9; 1Jo 5:19; Re 13:1, 2), permitiu que viessem à existência autoridades governamentais humanas, e estas continuam a existir pela sua permissão. Entretanto, quando ele decide fazer isso, Jeová pode remover, dirigir ou controlar tais autoridades, a fim de realizar a Sua vontade. O profeta Daniel declarou a respeito de Jeová: “Ele muda os tempos e as épocas, removendo reis e estabelecendo reis.” (Da 2:21) E Provérbios 21:1 diz: “O coração do rei é como correntes de água na mão de Jeová. Vira-o para onde quer que se agrade.” — Veja Ne 2:3-6; Est 6:1-11.

      Razões para a Sujeição Cristã. Não havendo razão alguma para os cristãos se colocarem em oposição a um arranjo que Deus tem permitido, eles têm boas razões para sujeitar-se às autoridades superiores. Os governantes, mesmo se forem pessoalmente corruptos, normalmente não punirão outros por fazerem o bem, isto é, por aderirem à lei do país. Mas aquele que se empenha em roubo, assassínio ou em outros atos contra a lei, pode esperar um julgamento adverso da autoridade governante. Alguém culpado dum assassínio deliberado, por exemplo, talvez seja executado por seu crime. Visto que Jeová Deus autorizou a pena capital para os assassinos, depois do Dilúvio (Gên 9:6), a autoridade humana, ao executar o violador da lei, estaria agindo como “ministro de Deus, vingador para expressar furor para com o que pratica o que é mau”. — Ro 13:2-4; Tit 3:1; 1Pe 2:11-17.

      A sujeição cristã às autoridades superiores não se baseia simplesmente em sua capacidade de punir os malfeitores. No caso do cristão, torna-se uma questão de consciência. Ele é submisso às autoridades humanas porque reconhece que isto está em harmonia com a vontade de Deus. (Ro 13:5; 1Pe 2:13-15) Por conseguinte, a sujeição às autoridades superiores — às autoridades políticas do mundo — jamais poderia ser absoluta. Seria impossível o cristão manter uma boa consciência e fazer a vontade divina se violasse a lei de Deus, por isso ser exigido pela autoridade política. Por este motivo, a sujeição às autoridades superiores sempre tem de ser encarada à luz da declaração dos apóstolos perante o Sinédrio judaico: “Temos de obedecer a Deus como governante antes que aos homens.” — At 5:29.

      Visto que as autoridades governamentais prestam valiosos serviços a fim de garantir a segurança, a incolumidade e o bem-estar de seus súditos, elas têm direito a impostos e tributos, em compensação por seus serviços. As autoridades governamentais podem ser chamadas de “servidores públicos de Deus”, no sentido de que proveem serviços benéficos. (Ro 13:6, 7) Às vezes, tais serviços têm ajudado diretamente os servos de Deus, como no caso em que o Rei Ciro tornou possível que os judeus voltassem a Judá e Jerusalém e reconstruíssem o templo. (2Cr 36:22, 23; Esd 1:1-4) Muitas vezes, os benefícios resultantes do exercício correto das funções das autoridades são compartilhados por todos. Estes benefícios incluem a manutenção dum sistema judiciário, ao qual as pessoas podem recorrer em busca de justiça, proteção contra criminosos e turbas ilegais, e assim por diante. — Fil 1:7; At 21:30-32; 23:12-32.

      Naturalmente, o governante que abusar da sua autoridade terá de prestar contas a Deus. Escreveu o apóstolo Paulo: “Não vos vingueis, amados, mas cedei lugar ao furor; pois está escrito: ‘A vingança é minha; eu pagarei de volta, diz Jeová.’” — Ro 12:19; Ec 5:8.

  • Auzão
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
    • AUZÃO

      [duma raiz que significa “segurar; pegar”].

      Primeiro filho mencionado de Assur, da tribo de Judá, com a sua esposa Naará. — 1Cr 4:5, 6; 2:3-5, 24.

  • Ava
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
    • AVA

      Cidade na Síria setentrional, sob controle da Assíria no oitavo século AEC. Aparentemente é a mesma que Iva. — 2Rs 17:24; 18:34; 19:13; Is 37:13; veja IVA.

  • Áven
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
    • ÁVEN

      1. Áven aparece no texto hebraico massorético em Ezequiel 30:17 e é assim vertido na versão Almeida (revista e corrigida). Muitas traduções modernas rezam aqui “Om”, a cidade do Egito chamada Heliópolis pelos gregos. As consoantes hebraicas para Áven são as mesmas que para Om, mas a pontuação vocálica é diferente. Alguns comentários sugerem que a mudança na pontuação vocálica foi um deliberado jogo de palavras para expressar desprezo pela cidade idólatra de Om, centro da adoração do sol no Egito. — Veja OM N.º 2.

      [2, 3: Prejuízo; Algo Prejudicial.]

      2. Em Oseias 10:8, Áven aparece no texto hebraico evidentemente como abreviação de Bete-Áven. — Compare isso com Os 4:15; 5:8; 10:5; veja BETE-ÁVEN N.º 2.

      3. Amós 1:5 refere-se ao “vale plano de Áven”, e esta expressão, do hebraico, é vertida por “Bicate-Áven” na NM, Al e BJ (com grafia variada). — Veja BICATE-ÁVEN.

  • Avental
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
    • AVENTAL

      A palavra grega si·mi·kín·thi·on denota algo que cinge parcialmente o corpo, uma envoltura estreita cingindo metade do corpo. (At 19:12) Parece ter sido atado em volta da cintura para cobrir parte do corpo até certo ponto abaixo da cintura. Talvez fosse usado para proteger outras vestes, possivelmente por profissionais, tais como pescadores, oleiros, carregadores de água, merceeiros, padeiros e carpinteiros. O éfode dos sacerdotes era bem diferente, sendo uma veste tipo avental, pendente dos ombros, com frente e costas. — Êx 28:6-8; veja SUMO SACERDOTE.

      A palavra grega traduzida por ‘pôr o avental’ (pe·ri·zón·ny·mai), em Lucas 17:8, significa literalmente ‘cingir-se’. — Veja Ef 6:14.

  • Aves
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
    • AVES

      1. O termo hebraico (ʽohf), derivado do verbo “voar”, aplicava-se a todas as criaturas aladas ou voadoras. (Gên 1:20-22) G. R. Driver disse que ʽohf “parece representar a batida rítmica das asas contra o ar e o deslocamento deste”. (Palestine Exploration Quarterly [Revista Trimestral sobre a Exploração da Palestina], Londres, 1955, p. 5) O termo não somente abrangia todas as aves (Gên 9:10; Le 1:14; 7:26), inclusive codornizes (Sal 78:27; compare isso com Êx 16:13) e também aves necrófagas (1Sa 17:44, 46; 2Sa 21:10), mas também podia ser aplicado aos insetos alados, que estão incluídos entre as “pululantes [hebr.: shé·rets]” criaturas aladas. — Le 11:20-23; De 14:19; veja CRIATURA PULULANTE.

      A expressão “aves cevadas” em 1 Reis 4:23, em Al e CBC, é considerada sob CUCO.

      2. As aves são vertebrados peníferos, de sangue quente, e são ovíparas, isto é, põem ovos. Há cerca de 300 referências a aves na Bíblia, sendo citadas especificamente cerca de 30 variedades diferentes. Faz-se referência ao seu voo, frequentemente ao escaparem dos seus inimigos (Sal 11:1; Pr 26:2; 27:8; Is 31:5; Os 9:11); ao empoleirar-se em árvores (Sal 104:12; Mt 13:32); à sua nidificação (Sal 84:3; Ez 31:6); a seus vários usos, especialmente de pombos e rolas novos em sacrifício (Le 1:14; 14:4-7, 49-53), e como alimento (Ne 5:18), inclusive seus ovos (Is 10:14; Lu 11:11, 12); e à provisão de Deus e seu cuidado com elas (Mt 6:26; 10:29; compare isso com Deuteronômio 22:6, 7).

      As aves estavam entre as primeiras almas vivas na terra, vindo à existência no quinto “dia” criativo, junto com as criaturas marinhas. (Gên 1:20-23) Na Bíblia, dentre os termos gerais usados para aves, a palavra hebraica mais frequente é ʽohf, que basicamente significa “criatura voadora” (Gên 1:20), podendo incluir não somente aves, mas também insetos alados. (Veja Le 11:13, 21-23.) A palavra hebraica tsip·póhr também ocorre em grande número de textos e é um termo genérico que se aplica a aves em geral. (Gên 7:14) Um terceiro termo hebraico, ʽá·yit, é aplicado exclusivamente a aves de rapina.

      Os seguintes termos são encontrados nas Escrituras Gregas: ór·ne·on, que significa simplesmente “ave” (Re 18:2); pe·tei·nón e pte·nós, que ambos significam literalmente “voador”. (Ro 1:23; 1Co 15:39; veja Int.) Em Atos 17:18, filósofos atenienses chamaram o apóstolo Paulo de “paroleiro”. A palavra grega aqui (sper·mo·ló·gos) era aplicada a uma ave que apanhava sementes, sendo figurativamente aplicada a uma pessoa que apanhava sobras por mendigar ou furtar, ou, como no caso citado, a alguém que repetia migalhas de conhecimento, um ocioso tagarela.

      Um estudo cuidadoso das aves fornece prova convincente do ensino bíblico de que elas são de criação divina. Embora tanto as aves como os répteis sejam ovíparos, os répteis são de sangue frio, sendo com frequência vagarosos, ao passo que as aves são de sangue quente e estão entre as mais ativas de todas as criaturas da terra; elas têm também uma pulsação incomumente rápida. O conceito evolucionista de que as escamas reptilianas e membros dianteiros por fim se desenvolveram em asas peníferas tanto é fantasioso como não tem base. Os fósseis de aves chamadas pelos cientistas de arqueópterix (ou: asa antiga) e arqueornite (ou: ave antiga), embora exibam dentes e uma longa cauda vertebrada, também mostram que estavam completamente cobertas de penas, tinham pés equipados para empoleirar-se, e tinham asas plenamente desenvolvidas. Não existem espécies intermediárias, com escamas transformando-se em penas, ou pés dianteiros em asas, para dar um aparente apoio à teoria da evolução. Conforme expressou o apóstolo Paulo, as aves são de “carne” diferente da de outras criaturas da terra. — 1Co 15:39.

      O salmista concitou as “aves aladas” a louvar a Jeová (Sal 148:1, 10), e as aves fazem isto por sua própria estrutura e pela sua constituição complexa. Uma única ave pode ter de 1.000 a mais de 20.000 penas. Todavia, cada pena se compõe dum eixo, ou raque, do qual partem centenas de barbas que formam uma rede interna, cada barba contendo centenas de bárbulas menores, e cada bárbula tendo centenas de barbicelas e ganchos. Uma única pena de 15 cm, da asa de um pombo, contém assim, segundo se calcula, várias centenas de milhares de bárbulas e literalmente milhões de barbicelas. Os princípios aerodinâmicos implantados na estrutura das asas e do corpo das aves ultrapassam em complexidade e eficácia os duma aeronave moderna. Os ossos ocos da ave contribuem para sua leveza, e, assim, o esqueleto dum alcatraz ou fragata, com mais de 2 m de envergadura das asas, talvez pese apenas uns 110 gramas. Certos ossos das asas de grandes aves planadoras até mesmo possuem suportes semelhantes a tirantes dentro das partes ocas, como as nervuras dentro das asas dos aviões.

      No tempo do Dilúvio, Noé introduziu na arca, para preservação, pares de aves “segundo as suas espécies”. (Gên 6:7, 20; 7:3, 23) Não existe nenhum meio seguro de se saber quantas “espécies” diferentes de aves existiam então, visto que alguns tipos de aves ficaram extintos até mesmo nos tempos recentes. No entanto, é interessante notar que a lista das aves, conforme a atual classificação científica, apresentada em The New Encyclopædia Britannica (A Nova Enciclopédia Britânica, 1985, Vol. 15, pp. 14-106), fornece um total de apenas 221 “famílias” de aves, inclusive algumas já extintas ou que só são conhecidas em forma de fósseis. Naturalmente, há milhares de variedades incluídas nestas “famílias”. — Veja ARCA N.º 1.

      Após o Dilúvio global, Noé ofereceu “criaturas voadoras limpas”, junto com animais, como sacrifício. (Gên 8:18-20) Depois disso, Deus fez a concessão de as aves serem incluídas na dieta do homem, conquanto não se comesse sangue. (Gên 9:1-4; compare isso com Le 7:26; 17:13.) A qualidade ‘limpa’ de certas aves naquele tempo, portanto, relacionava-se evidentemente com algum indício divino de aceitação como sacrifício; o registro bíblico mostra que, quanto a serem usadas qual alimento, nenhuma ave foi designada “impura” até a introdução da Lei mosaica. (Le 11:13-19, 46, 47; 20:25; De 14:11-20) Os fatores que determinavam quais as aves que eram designadas cerimonialmente “impuras” não são expressamente declarados na Bíblia. Assim, ao passo que a maioria das assim designadas eram aves de rapina ou necrófagas, nem todas elas o eram. (Veja POUPA.) Tal proibição foi levantada depois do estabelecimento do novo pacto, conforme Deus tornou evidente para Pedro mediante uma visão. — At 10:9-15.

      A identificação das aves especificamente citadas na Bíblia representa em alguns casos um problema difícil. Os lexicógrafos em geral se guiam pelo significado básico do nome, visto que este é usualmente descritivo, pelas indicações do contexto quanto aos hábitos e ao habitat da ave, e pela observação das aves conhecidas como existentes nas terras bíblicas. Em muitos casos, crê-se que os nomes sejam onomatopeicos, isto é, imitam o som produzido pela ave.

      A diversificada topografia da Palestina, desde os frescos cumes das montanhas até os fundos vales abafados, e desde os áridos desertos até as planícies marítimas, tudo junto nas proximidades do canto SE do mar Mediterrâneo, torna-a o ponto focal para uma grande variedade de tipos de aves. O monte Hermom, no N, tem o pico coberto de neve na maior parte do ano, ao passo que a região a uns 200 km ao S, ao longo do vale inferior do Jordão e perto do Mar Morto, é quente e tropical. Cada uma destas zonas contém aves peculiares do próprio meio ambiente, quer alpino, quer tropical, como se dá também com as zonas temperadas e as regiões desérticas. (Sal 102:6; 104:16, 17) Adicionalmente, a Palestina é uma das principais rotas migratórias, seguida anualmente por aves (cegonhas, rolas, codornizes, andorinhões, andorinhas, bulbuis, cucos e outras) que na primavera vão da África para o N, ou no outono setentrional da Europa e da Ásia para o S. (Cân 2:11, 12; Je 8:7) Calcula-se assim que se podem encontrar cerca de 470 variedades de aves na Palestina em algum tempo no decorrer do ano. Em vista da deterioração das florestas e da vegetação palestinas no decorrer dos séculos, é provável que, nos tempos bíblicos, a população de aves fosse ainda maior.

      Especialmente notável é o grande número de aves de rapina (hebr.: ʽá·yit) encontrado na Palestina, inclusive águias, gaviões, falcões, milhafres e abutres. Lá no tempo de Abraão, aves de rapina tentaram descer sobre o sacrifício que Abraão fez de alguns animais e aves, obrigando-o a enxotá-las até que o sol começou a pôr-se. (Gên 15:9-12; compare isso com 2Sa 21:10.) Na sua busca de alimentos, essas aves se guiam mais pela sua aguçada vista telescópica, do que pelo seu relativamente fraco sentido do olfato.

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