BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • Emanuel
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
    • A principal objeção a esta identificação do segundo filho de Isaías como o Emanuel dos dias de Acaz surge à base de que a esposa de Isaías é chamada de “profetisa”, não de “donzela”, bem como pelo fato de que ela já era mãe do primogênito de Isaías, Sear-Jasube, de modo que não era “donzela”. (Is 7:3; 8:3) Deve-se notar, porém, que a palavra hebraica traduzida aqui por “donzela” não é bethu·láh, que significa, especificamente, “virgem”, mas é ʽal·máh, que tem referência mais ampla a uma jovem adulta, que poderia ser uma virgem ou uma mulher recém-casada. ʽAl·máh como substantivo comum ocorre também em outros seis textos, dos quais em mais de um se refere especificamente a donzelas virgens. — Gên 24:43 (veja o v. 16); Êx 2:8; Sal 68:25; Pr 30:19; Cân 1:3; 6:8.

      A plena e completa identificação de Emanuel, naturalmente, se encontra no cargo e na personagem do Senhor Jesus Cristo. Por conseguinte, o emprego da palavra hebraica ʽal·máh na profecia enquadraria tanto o tipo (se tal foi uma jovem esposa de Acaz ou de Isaías), como o antítipo (a desposada, mas ainda virgem Maria). No caso de Maria, não havia dúvida quanto a ela ser virgem quando ficou “grávida por espírito santo”, sendo que tanto Mateus como Lucas registram este fato histórico. (Mt 1:18-25; Lu 1:30-35) “Tudo isso aconteceu realmente para que se cumprisse o que fora falado por Jeová por intermédio do seu profeta”, observou Mateus. Era um sinal que identificava o há muito esperado Messias. Assim, em harmonia com estes fatos, o Evangelho de Mateus (citando Is 7:14) usa a palavra grega par·thé·nos, que significa “virgem”, para traduzir ʽal·máh, dizendo: “Eis que a virgem [par·thé·nos] ficará grávida e dará à luz um filho, e dar-lhe-ão o nome de Emanuel.” (Mt 1:22, 23) Isto, de forma alguma, significava tomar liberdades com o texto, ou torcê-lo. Mais de um século antes, os tradutores judeus da Septuaginta grega também usaram par·thé·nos, ao traduzirem Isaías 7:14.

      Esta identificação de Jesus Cristo como Emanuel não significava que fosse a encarnação de Deus, ‘Deus em carne’, como os proponentes do ensino da Trindade afirmam estar subentendido no significado de Emanuel, a saber: “Conosco Está Deus.” Entre os judeus era costume englobar a palavra “Deus”, e até “Jeová”, nos nomes hebraicos. Até mesmo hoje, Emanuel é o nome de muitos homens, nenhum dos quais é uma encarnação de Deus.

      Se parece haver um conflito entre as instruções do anjo a Maria (“deves dar-lhe o nome de Jesus”) e a profecia de Isaías (“ela há de chamá-lo pelo nome de Emanuel”), lembremo-nos de que o Messias também deveria ser chamado por mais outros nomes. (Lu 1:31; Is 7:14) Por exemplo, Isaías 9:6 disse a respeito deste: “Será chamado pelo nome de Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz.” Todavia, nenhum destes nomes foram dados ao primogênito de Maria como nome pessoal, quer quando ele era bebê, quer depois de ter assumido seu ministério. Antes, todos eles eram nomes-títulos proféticos pelos quais o Messias seria identificado. Jesus viveu em conformidade com o significado desses nomes, em todos os respeitos, e este é o sentido em que foram dados profeticamente, para mostrar suas qualidades e os bons ofícios que prestaria a todos aqueles que o aceitassem como Messias. O mesmo se dá com seu título Emanuel. Ele viveu em conformidade com ele e cumpriu seu significado.

      Os adoradores de Jeová sempre têm desejado que Deus esteja com eles, do seu lado, apoiando-os em seus empreendimentos, e, com frequência, Ele confirma que está, às vezes dando-lhes sinais visíveis neste sentido. (Gên 28:10-20; Êx 3:12; Jos 1:5, 9; 5:13-6:2; Sal 46:5-7; Je 1:19) Se, atualmente, a identidade pessoal de Emanuel nos dias de Acaz continua incerta, pode ser que Jeová tenha dirigido as coisas dessa forma, a fim de não desviar a atenção das gerações posteriores do Emanuel Maior, quando ele aparecesse como sinal do céu. Com a vinda de seu Filho amado à Terra, como o prometido “descendente [literalmente: semente]” messiânico (Gên 3:15) e o legítimo herdeiro do trono de Davi, Jeová supria seu sinal máximo de que não tinha abandonado a humanidade ou Seu pacto do Reino. O nome-título, Emanuel, portanto, era especialmente apropriado para Cristo, pois a sua presença era deveras um sinal do céu. E, com este mais destacado representante de Jeová entre a humanidade, Mateus, sob inspiração, podia verdadeiramente dizer: “Conosco Está Deus.”

  • Emaús
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
    • EMAÚS

      Aldeia para a qual Cléopas e outro discípulo se dirigiam quando se juntou a eles o materializado Jesus Cristo, no dia da sua ressurreição. No entanto, foi só depois de chegarem a Emaús e Jesus “se recostar com eles à mesa” que o reconheceram. Após o subsequente desaparecimento de Jesus, os dois discípulos retornaram a Jerusalém naquela mesma noite. (Lu 24:13-33) Lucas diz que a aldeia se encontrava a “sessenta estádios” (7,5 milhas romanas [11 km]) de Jerusalém.

      Todavia, a atual localização de Emaús é incerta, propondo-se pelo menos meia dúzia de lugares diferentes. O mais destacado entre estes é ʽImwas, na estrada para Tel Aviv-Yafo. Mas ʽImwas se encontra a cerca de 175 estádios (32 km) ao ONO daquela cidade, quase três vezes a distância mencionada por Lucas. Outro lugar muitas vezes proposto, Qalunyah (Mevaseret Zion), situado na estrada principal para Tel Aviv-Yafo e aceito por alguns como o Ammaous mencionado por Josefo, está a uns 35 estádios (6,5 km) de Jerusalém e assim é perto demais para se ajustar ao registro de Lucas. Alguns, portanto, preferem identificar Emaús com El-Qubeiba, numa estrada romana mais setentrional do que os outros lugares sugeridos. Ali se encontraram objetos que se crê datarem do período das Escrituras Gregas. A localidade, a uns 60 estádios (11 km) ao NO de Jerusalém, dá apoio ao conceito de que esta talvez seja a aldeia bíblica. Todavia, qualquer identificação final é atualmente impossível.

  • Embaixador
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
    • EMBAIXADOR

      No uso bíblico, um representante oficial enviado por um governante numa ocasião especial para um fim específico. Homens mais velhos, maduros, costumavam servir nesta qualidade. Assim, as palavras gregas pre·sbeú·o (‘atuar como embaixador’ [Ef 6:20]; ‘ser embaixador’ [2Co 5:20]) e pre·sbeí·a (“corpo de embaixadores” [Lu 14:32]) são ambas aparentadas com a palavra pre·sbý·te·ros, que significa “homem mais idoso; ancião”. — At 11:30; Re 4:4.

      Jesus Cristo veio como “apóstolo” ou “enviado” de Jeová Deus. Foi ele quem “lançou luz sobre a vida e a incorrupção por intermédio das boas novas”. — He 3:1; 2Ti 1:10.

      Depois de Cristo ter sido ressuscitado e ascendido aos céus, não mais estando na Terra em pessoa, seus seguidores fiéis foram designados para atuar em seu lugar, “substituindo a Cristo” como embaixadores de Deus. Paulo menciona especificamente seu cargo de embaixador. (2Co 5:18-20) Ele, como todos os seguidores ungidos de Jesus Cristo, foi enviado às nações e às pessoas alienadas de Jeová Deus, o Soberano Supremo — sendo embaixadores junto a um mundo que não estava em paz com Deus. (Jo 14:30; 15:18, 19; Tg 4:4) Paulo, como embaixador, levava uma mensagem de reconciliação com Deus mediante Cristo, e, por conseguinte, chamava a si mesmo, enquanto preso, de “embaixador em cadeias”. (Ef 6:20) Estar ele em cadeias era demonstração da atitude hostil deste mundo para com Deus e Cristo, e o governo messiânico do Reino, pois os embaixadores, desde tempos imemoriais, têm gozado de imunidade. Revelava a maior hostilidade e era a forma mais grosseira de insulto da parte das nações quando elas desrespeitavam os embaixadores enviados para representar o Reino de Deus por Cristo.

      Ao cumprir seu papel de embaixador, Paulo respeitava as leis do país, mas permanecia estritamente neutro quanto às atividades políticas e militares do mundo. Isto se harmonizava com o princípio de que os embaixadores dos governos mundanos têm de obedecer à lei, mas estão eximidos de mostrar lealdade ao país a que são enviados.

      Como o apóstolo Paulo, todos os fiéis seguidores de Cristo, ungidos, gerados pelo espírito, que possuem cidadania celeste, são “embaixadores, substituindo a Cristo”. — 2Co 5:20; Fil 3:20.

      O modo como uma pessoa recebe tais embaixadores de Deus determina como Deus lidará com ela. Jesus Cristo delineou este princípio na sua ilustração do homem que possuía um vinhedo e que primeiro enviou seus escravos e depois seu filho, como seus representantes. Os vinhateiros maltrataram brutalmente esses escravos e mataram o filho do dono. Por causa disso, o dono do vinhedo causou a destruição dos vinhateiros hostis. (Mt 21:33-41) Jesus forneceu outra ilustração, a do rei cujos escravos foram mortos quando atuavam como mensageiros, convidando pessoas para uma festa de casamento. Os que receberam os representantes do rei de tal modo foram reputados inimigos dele. (Mt 22:2-7) Jesus especificou claramente este princípio ao dizer: “Quem receber a qualquer que eu enviar, recebe também a mim. Por sua vez, quem me receber, recebe também aquele que me enviou.” — Jo 13:20; veja também Mt 23:34, 35; 25:34-46.

      Jesus usou também a obra de promoção da paz de um embaixador para ilustrar nossa necessidade individual de pedirmos termos de paz a Jeová Deus e de desistirmos de tudo para seguir as pisadas de seu Filho, a fim de obtermos o favor de Deus e a vida eterna. (Lu 14:31-33) Inversamente, ilustrou a tolice de nos associarmos com aqueles que enviam embaixadores para falar contra aquele a quem Deus confere poder régio. (Lu 19:12-14, 27) Os gibeonitas constituem bons exemplos de ação na busca jeitosa e bem-sucedida da paz. — Jos 9:3-15, 22-27.

      Enviados Pré-Cristãos. Nos tempos pré-cristãos não existia um cargo governamental oficial que correspondesse exatamente ao de embaixador dos dias atuais. Não havia nenhuma autoridade residente que representasse um governo estrangeiro. Por isso, os termos “mensageiro” (hebr.: mal·ʼákh) e “enviado” (hebr.: tsir) descrevem mais exatamente seus deveres nos tempos bíblicos. No entanto, sua categoria e condição eram, em muitos sentidos, similares às de embaixadores, e alguns destes aspectos serão considerados aqui. Tais homens eram representantes oficiais que levavam mensagens entre governos e governantes específicos.

      Diferente dos embaixadores hodiernos, os enviados ou mensageiros antigos não moravam em capitais estrangeiras, mas eram enviados somente em ocasiões especiais, para finalidades específicas. Não raro, eram pessoas categorizadas (2Rs 18:17, 18) e seu cargo era altamente respeitado. Por conseguinte, gozavam de imunidade pessoal ao visitarem outros governantes.

Publicações em Português (1950-2026)
Sair
Login
  • Português (Brasil)
  • Compartilhar
  • Preferências
  • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
  • Termos de Uso
  • Política de Privacidade
  • Configurações de Privacidade
  • JW.ORG
  • Login
Compartilhar