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  • A multiplicação dos bens do Rei
    Aproximou-se o Reino de Deus de Mil Anos
    • Capítulo 12

      A multiplicação dos bens do Rei

      1. (a) Que pergunta surge quanto aos co-herdeiros do Reino ainda entre nós? (b) Observarmos tais coisas ocorrendo com eles é evidência de que fato?

      VISTO que toda a evidência indica que o reino de Deus, de mil anos, já se aproximou, surge a seguinte pergunta: O que se esperaria dos que hão de ser juntados com o Rei milenar de Deus no governo celestial? Enquanto estão entre nós, devemos esperar observá-los quando estão sendo provados e examinados quanto a como manejam o que pertence ao Rei celestial, com quem são chamados para reinar. Como cuidam de todos os interesses que o Rei celestial tem na terra? Se observarmos uma prova e um exame dos co-herdeiros deste Reino ocorrendo entre nós, teremos forte evidência de que o Rei messiânico de Deus está governando. Ele está presente no seu trono real!

      2, 3. (a) O que vemos em desenvolvimento é cumprimento de que parábola de Jesus e parte de sua resposta a que pergunta dos apóstolos? (b) Como começa esta parábola?

      2 Este desenvolvimento interessante ocorrido sob a observação dos olhos humanos durante este século vinte foi retratado para nós numa parábola ou ilustração que Jesus Cristo incluiu na sua profecia notável que fez ao estar sentado no Monte das Oliveiras, que sobreleva Jerusalém, no dia onze do mês primaveril de nisã do ano 33 E.C. Ainda dava a sua resposta pormenorizada às perguntas feitas pelos seus apóstolos: “Quando sucederão estas coisas e qual será o sinal da tua presença [parousia, em grego] e da terminação do sistema de coisas?” (Mateus 24:3) Ele acabava de proferir aos seus apóstolos a parábola das “dez virgens” e de tirar uma lição dela, e então passou a dar-lhes outra parábola, cujo cumprimento indicaria que a sua parusia invisível havia começado e estava em progresso. Esta parábola costuma ser chamada de “parábola dos talentos”. Começa assim:

      3 “Pois é assim como quando um homem, prestes a viajar para fora, convocou escravos seus e confiou-lhes os seus bens. E a um deles deu cinco talentos, a outro dois, e a ainda outro um, a cada um segundo a sua própria capacidade, e viajou para fora.” — Mateus 25:14, 15.

      4. (a) Segundo o contexto desta parábola, o que é “assim como quando” um homem rico viaja para fora e confia valores aos seus escravos? (b) A quem representa este “homem”, e por quê?

      4 O que, porém, é “assim como quando” um homem rico confia seus bens aos seus escravos, antes de viajar para fora? Ora, são as circunstâncias relacionadas com o Reino, sobre o qual Jesus estava falando. Isto é evidente na sua parábola precedente, a das “dez virgens”, que ele introduziu com as palavras: “O reino dos céus se tornará então semelhante a dez virgens que tomaram as suas lâmpadas e saíram ao encontro do noivo.” (Mateus 25:1) É também evidente na parábola que Jesus contou depois de sua parábola a respeito dos “talentos”. (Mateus 25:31-34) Na parábola agora em consideração, o homem rico que viaja para fora, naturalmente, é o próprio Senhor Jesus Cristo. Ele fora perguntado a respeito do “sinal” de sua presença.

      5. Que parábola anterior se assemelha em alguns aspectos com a parábola dos “talentos”, mas em que diferem as duas parábolas quanto ao que querem mostrar?

      5 Esta parábola dos “talentos” parece-se em vários aspectos com uma parábola anterior, contada por Jesus, que costuma ser chamada de “a parábola das minas”. É interessante que a parábola dos “talentos” destinava-se a provar, pelo seu cumprimento em nossos dias, que a presença ou parusia real do Senhor Jesus Cristo estava em progresso, ao passo que a parábola das “minas” foi contada pelo Senhor Jesus para mostrar aos seus ouvintes que, naquele tempo, o reino messiânico ainda estava no futuro distante. Por isso, a narrativa que introduz a parábola das minas diz: “Enquanto escutavam estas coisas, contou em adição uma ilustração.” Por quê? “Porque estava perto de Jerusalém e eles estavam imaginando que o reino de Deus ia apresentar-se instantaneamente. Ele disse, portanto: ‘Certo homem de nobre estirpe viajou para um país distante, para assegurar-se poder régio e voltar. Chamando dez escravos seus, deu-lhes dez minas e disse-lhes: “Fazei negócios até eu voltar.”’” (Lucas 19:11-13) Envolvia uma longa viagem a um país distante e o retorno de lá, e isto significava um longo tempo antes de o nobre voltar com seu poder do reino.

      6. (a) O que acontecera apenas dois dias antes de Jesus contar a parábola dos “talentos” e o que não apareceu então? (b) Portanto, que pergunta surge agora?

      6 Do mesmo modo, de fato, quando o Senhor Jesus contou a sua parábola dos “talentos”, o reino messiânico de Deus ainda estava no futuro distante; não estava prestes a aparecer. Apenas dois dias antes, no domingo, 9 de nisã de 33 E.C., Jesus havia feito sua entrada triunfal em Jerusalém, montado num jumentinho, e as multidões jubilantes haviam clamado: “Bendito é aquele que vem em nome de Jeová! Bendito é o reino vindouro de nosso pai Davi! Salva, rogamos, nas maiores alturas!” Ainda assim, o Reino não se mostrou então. (Marcos 11:9, 10) Mostra-se este Reino nos nossos dias? Esta é a questão vital que nos confronta agora! Já se passou muito tempo desde que Jesus esteve aqui na carne.

      7, 8. (a) Como podemos saber quando a parábola dos “talentos” começou a cumprir-se? (b) Como é isso confirmado por Atos 1:2-5?

      7 A parábola dos “talentos”, cujo cumprimento tem que ver com a parusia ou presença de Jesus, começou a tornar-se realidade nos dias dos apóstolos, há dezenove séculos atrás. O certo “homem” da parábola, o próprio Jesus Cristo, ainda estava pessoalmente com eles até o dia de sua ascensão ao céu, dez dias antes da Festividade de Pentecostes ser celebrada em Jerusalém. A parábola inicia-se quando o homem está “prestes a viajar para fora” e convoca seus escravos, confiando-lhes seus bens. O ressuscitado Jesus só iniciou a ‘viagem para fora’, para um “país distante”, no dia em que ascendeu ao céu e desapareceu. Portanto, antes de isso acontecer, deve ter convocado os “escravos seus”, seus fiéis discípulos de então, e deve ter-lhes confiado seus bens. Por isso, também, a parábola deve ter começado entre o tempo de sua ressurreição dentre os mortos e sua ascensão à presença de seu Pai celestial. Em harmonia com isso, lemos em Atos 1:2-5:

      8 “Até o dia em que foi tomado para cima [Jesus tinha negócios a tratar com seus discípulos. Foi levado para cima] depois de ter dado mandamento, por intermédio de espírito santo, aos apóstolos que escolhera. A estes mostrou-se também vivo, por meio de muitas provas positivas, depois de ter sofrido, sendo visto por eles durante quarenta dias, e contando as coisas a respeito do reino de Deus. E, reunindo-se com eles, deu-lhes as ordens: ‘Não vos retireis de Jerusalém, mas persisti em esperar por aquilo que o Pai tem prometido, a respeito do qual ouvistes falar; porque João, deveras, batizou com água, mas vós sereis batizados em espírito santo, não muitos dias depois disso.’”

      9. (a) Na parábola dos “talentos”, como se indica o objetivo pelo qual o homem viaja para fora? (b) Na parábola correspondente das minas, qual foi o objetivo de o homem viajar para um país distante e como confirmou isso Jesus na Ceia do Senhor?

      9 O país de “fora”, para o qual o “homem” da parábola ia viajar, era o próprio céu, onde reside o Pai celestial do Senhor Jesus Cristo. Lucas 19:12 fala dele corretamente como sendo um “país distante”. Na parábola dos “talentos”, Jesus não nos fala sobre o objetivo pelo qual o “homem” viajou para fora. Indica, porém, que se destinava a obter uma “alegria” especial e realmente aumentar seus “bens” a “muitas coisas” mais. Portanto, quando o homem alcançou o objetivo de sua viagem para fora, entrou na sua “alegria” como Senhor daqueles “escravos” que deixara atrás. A parábola paralela ou correspondente das minas indica que o objetivo da viagem para fora era “assegurar-se poder régio e voltar”. A posse do reino, portanto, era sua “alegria”. Indicando que este era o objetivo de ele ir embora para o céu, Jesus disse aos seus apóstolos fiéis, depois de mostrar-lhes como celebrar anualmente a Ceia do Senhor: “Eu faço convosco um pacto, assim como meu Pai fez comigo um pacto, para um reino, a fim de que comais e bebais à minha mesa, no meu reino, e vos senteis em tronos para julgar as doze tribos de Israel.” — Lucas 22:29, 30.

      10. Na parábola, a quem representam os “escravos seus”, e como se mostrou a sua aceitação desta designação?

      10 Na parábola, os “escravos seus” eram os discípulos batizados de Jesus Cristo, que eram candidatos ao trono no “reino dos céus”. Nem mesmo os apóstolos se envergonhavam de confessar ser “escravos” do Senhor Jesus. Por exemplo, a segunda carta de Pedro inicia-se com as palavras: “Simão Pedro, escravo e apóstolo de Jesus Cristo.” (2 Pedro 1:1) Na introdução do último livro da Bíblia, Revelação ou Apocalipse, o apóstolo João diz que Jesus Cristo “enviou o seu anjo e a apresentou por intermédio dele em sinais ao seu escravo João”. (Revelação 1:1) O discípulo Judas inicia a sua carta por dizer: “Judas, escravo de Jesus Cristo, mas irmão de Tiago.” (Judas 1) O discípulo Tiago inicia sua carta com as palavras: “Tiago, escravo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que estão espalhadas.” (Tiago 1:1) O apóstolo Paulo inicia sua carta aos filipenses: “Paulo e Timóteo, escravos de Cristo Jesus, a todos os santos em união com Cristo Jesus, os quais estão em Filipos.” — Filipenses 1:1.

      CONFIAR OS “SEUS BENS”

      11. Os “bens” que Jesus, como o “homem” da parábola deixou com seus “escravos” não eram de que espécie?

      11 Os discípulos que eram candidatos ao reino celestial eram os “escravos” que Jesus Cristo, de partida, convocou antes de deixar a terra e aos quais confiou “seus bens”. (Mateus 25:14) Quais eram estes bens? Não deixou bens materiais atrás, para seus discípulos, tais como casas, terrenos, roupa e dinheiro no banco. Deixou atrás sua idosa mãe Maria, seus meios-irmãos e suas meias-irmãs, ao morrer na estaca de tortura no Calvário, e a estes se deixaram quaisquer bens físicos para os usufruírem, segundo a Lei de Moisés. E durante sua atividade na pregação e no ensino do reino de Deus, durante cerca de três anos e meio, não armazenou para si “tesouros na terra”, mas buscou primeiro o reino de seu Pai celestial. (Mateus 6:19, 20, 33; 12:46, 47; 24:3-47; Atos 1:14) Então, o que deixou atrás que pudesse confiar aos seus “escravos”?

      12, 13. (a) Então, o que deixou Jesus Cristo atrás como seus “bens”? (b) Como é este conceito confirmado pelo que Jesus disse aos seus apóstolos perto da fonte de Jacó, em Samaria?

      12 Tratava-se duma base para mais obra cristã, dum campo cultivado em que se podia realizar com bons resultados mais pregação das boas novas do reino messiânico de Deus e fazer discípulos cristãos. Foi um caminho preparado para seus discípulos “escravos”. Já no ano 30 E.C., quando atravessava a terra da Samaria e depois de ter pregado a uma mulher samaritana, junto à “fonte de Jacó”, perto de Sicar, Jesus dissera aos seus discípulos:

      13 “Eis que vos digo: Erguei os vossos olhos e observai os campos, que estão brancos para a colheita. Desde já o ceifeiro está recebendo salário e está ajuntando fruto para a vida eterna, para que o semeador e o ceifeiro se alegrem juntos. Neste respeito, de fato, é verdadeira a palavra: Um é o semeador e outro o ceifador. Eu vos mandei ceifar aquilo em que não labutastes. Outros labutaram, e vós entrastes no proveito do seu labor.” — João 4:35-38.

      14. (a) Como se comparam as carreiras públicas de João Batista e de Jesus Cristo? (b) Entre quem e de que modo deixou Jesus um campo cultivado capaz de maior produção?

      14 Durante cerca de seis meses, João Batista havia servido como precursor de Jesus e havia proclamado: “Arrependei-vos, pois o reino dos céus se tem aproximado.” Depois do encarceramento de João, no ano 30 E.C., Jesus havia prosseguido com a mesma mensagem. Durante os próximos três anos, Jesus persistira em pregar esta mensagem e em ensinar as pessoas onde quer que se oferecesse a oportunidade. A atividade pública, gratuita, de João Batista, portanto, foi bastante curta, apenas de cerca de um ano, mas a atividade pública e particular de Jesus durou três vezes tanto. Podia-se dizer que ambos haviam feito uma semeadura, Jesus prosseguindo onde João parou. Jesus começou a colher discípulos, mas não todos os que podiam ser colhidos de seu campo de atividade. (Mateus 4:12-23; 3:1-7) Além disso, por meio de sua carreira pública, que incluiu sua morte violenta e sua ressurreição dentre os mortos, Jesus havia cumprido as profecias bíblicas a respeito do prometido Messias, e isto tudo era do conhecimento público. Teve efeito sobre o povo judaico que morava no território onde Jesus Cristo se tornou a figura pública mais controvertida daqueles tempos. Isto resultou num campo cultivado para se produzir discípulos cristãos.

      15. (a) Portanto, que coisa valiosa com potencialidade deixou Jesus Cristo para seus discípulos? (b) Com quantos deixou estes “bens” no início?

      15 Jesus introduziu certo potencial no campo das pessoas em que trabalhou, poder e capacidade latentes para produzir discípulos, uma condição preparada do campo que estava pronto para reagir ou responder favoravelmente à obra futura dos discípulos de Jesus. Este campo preparado de potencialidades (possibilidades cristãs), para o cultivo e a colheita de discípulos cristãos, era o que constituía os “bens” do ressuscitado Senhor Jesus Cristo. Isto foi o que ele confiou aos seus discípulos escravos. Após a sua ressurreição dentre os mortos, ele apareceu a “mais de quinhentos irmãos de uma só vez”, mas depois, no festivo Dia de Pentecostes, houve apenas cerca de cento e vinte discípulos reunidos num sobrado em Jerusalém, os quais foram os primeiros a receber o espírito santo quando este foi derramado do céu. (1 Coríntios 15:6; Mateus 28:16-18; Atos 1:13-15) Portanto, havia pelo menos mais de cem “escravos” cristãos aos quais confiou seus “bens” antes de viajar para fora, por ascende ao seu Pai celestial.

      16. Quanto dinheiro representavam os “bens” do homem da parábola? E como distribuiu estes “bens” entre seus “escravos”?

      16 Como foi feita a distribuição de seus “bens” e em que base? Lemos: “E a um deles deu cinco talentos, a outro dois, e a ainda outro um, a cada um segundo a sua própria capacidade, e viajou para fora.” (Mateus 25:15) Assim, seus “bens” que distribuiu entre seu, escravos foram representados por oito (8) talentos de prata. Isto representava muita riqueza lá no primeiro século de nossa Era Comum, porque cada talento de prata eqüivalia a sessenta (60) minas ou aproximadamente Cr$ 6.000,00 em moeda brasileira. O escravo que recebeu um talento de prata recebeu esta quantia de dinheiro para usar; o escravo que recebeu dois talentos, recebeu duas vezes mais esta quantia de dinheiro; aquele que recebeu cinco talentos, recebeu cinco vezes mais aquela quantia. Cada escravo recebeu a quantia de dinheiro correspondente à “sua própria capacidade” de lidar com tal quantia e fazer negócios com ela. O homem rico conhecia seus escravos e as capacidades deles.

      17. (a) Que espécie de capacidades tinham os “escravos” da parábola, mas que dizer do cumprimento da parábola? (b) Quem recebeu maior responsabilidade, tanto na parábola como no cumprimento?

      17 Na parábola, as capacidades eram naturais ou eram capacidades que os escravos haviam cultivado e desenvolvido. No cumprimento da parábola dos “talentos”, a “capacidade” não é mera capacidade física ou mental, embora esta espécie de capacidade possa ser valiosa e útil. Antes, a “capacidade” representa as possibilidades espirituais que se podem encontrar no escravo cristão que é candidato ao reino celestial. O zelo, a disposição e o fervor que o escravo cristão tem contribuem para as suas possibilidades de usar a riqueza espiritual que lhe é confiada. Aquele que recebe o correspondente a cinco talentos, segundo a sua própria capacidade, naturalmente, leva maior responsabilidade. O Senhor Jesus Cristo colocou assim sobre seus escravos apostólicos a maior responsabilidade, e eles tinham de fazer uma obra pioneira em grande escala, bem como ser alicerces secundários da congregação cristã. — Revelação 21:14; Efésios 2:20-22.

      18. (a) O que representava serem apenas três os “escravos”? (b)Na parábola, os “escravos” eram todos homens, mas que dizer do cumprimento?

      18 O Senhor Jesus Cristo, naturalmente, tem mais de três “escravos” espirituais, com os quais pactuou o reino celestial. De modo que estes três “escravos” da parábola representam três classes respectivas de prospectivos herdeiros do reino celestial. Devemos lembrar-nos de que a congregação cristã, gerada pelo espírito, contém muitas mulheres crentes. No festivo Dia de Pentecostes de 33 E.C., a mãe de Jesus, Maria, foi uma de tais mulheres, e provavelmente também Maria e Marta, da cidade de Betânia, perto de Jerusalém, estavam entre as “algumas mulheres” mencionadas em Atos 1:14, que receberam o espírito santo naquele dia notável de Pentecostes. (João 11:1-45) Também, quando o evangelizador Filipe, sob a pressão da perseguição em Jerusalém, foi para o norte, a Samaria, encontrou mulheres samaritanas crentes, pois lemos: “Mas, quando acreditaram em Filipe, que estava declarando as boas novas do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo passaram a ser batizados, tanto homens como mulheres.” — Atos 8:12.

      19. (a) Na parábola, o que esperava o “homem” que os escravos fizessem com seus “bens’? (b) O que espera Jesus Cristo quanto aos “bens” que deixou entregues aos seus discípulos?

      19 Na parábola, o homem viajante esperava que seus escravos fizessem negócios com aqueles talentos durante a sua ausência e os aumentassem. Não queria que deixassem o dinheiro ocioso e improdutivo. Do mesmo modo, o Senhor Jesus Cristo, ao confiar aos seus discípulos “escravos” todos os seus bens na terra, esperou deles, de fato, ordenou-lhes que não deixassem o campo preparado e cultivado, que lhes confiou, sem mais atenção e lavoura, ao ponto de não produzir mais. Nem se devia deixar o campo nas suas proporções originais, sem ser aumentado, ampliado ou alargado. Não, mas o ausente Senhor Jesus Cristo esperava aumento, e, por conseguinte, deixar de produzir aumento resultaria em punição para aquele que não cumprisse com a sua responsabilidade.

      NEGÓCIOS COM OS “TALENTOS”

      20. O que esperava o “homem” que os escravos fizessem, tendo-lhes confiado os talentos, e que recompensa trouxe para os escravos satisfazerem tais expectativas?

      20 Os escravos da parábola, mesmo que não se lhes falasse especificamente, davam-se conta de que se esperava deles um aumento. A parábola torna isto evidente, pois lemos: “Aquele que recebera cinco talentos foi imediatamente e negociou com eles, e ganhou outros cinco. Do mesmo modo, aquele que recebera dois ganhou mais dois.” (Mateus 25:16, 17) Evidentemente, estes dois escravos não depositaram o dinheiro num banco para ganhar juros pelas operações dos banqueiros; mas eles mesmos se entregaram a negócios com perícia, discernimento e destreza. Seus esforços pessoais produziram resultados, porque seu respectivo dinheiro dobrou em quantia. Cada um usou “a sua própria capacidade”, com lealdade e devoção ao seu amo, bem como com o desejo de obter a aprovação dele.

      21, 22. Como devia ser aumentada a quantia dos “bens” de Jesus Cristo, e até que ponto? Abrangendo que região?

      21 Então, como se dobra a quantia da parte dos “bens” do Senhor Jesus Cristo, que ele confiou aos prospectivos herdeiros do Reino, no cumprimento da parábola? O Senhor Jesus disse como devia ser feito e a narrativa bíblica fornece ilustrações de como foi feito há dezenove séculos atrás. Alguns dias antes de ele ascender ao céu, o Senhor Jesus materializou-se e apareceu aos seus discípulos num lugar predeterminado em certo monte da província da Galiléia. Ali disse-lhes: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai, e do Filho, e do espírito santo, ensinando-as a observar todas as coisas que vos ordenei. E eis que estou convosco todos os dias, até à terminação do sistema de coisas.” (Mateus 28:16-20) Mas no dia em que subiu ao céu, ele foi mais específico sobre o rumo que a obra de aumentar seus “bens” devia tomar. Lemos sobre isso:

      22 “Tendo-se eles então reunido, perguntavam-lhe: ‘Senhor, é neste tempo que restabeleces o reino a Israel?’ Disse-lhes ele: ‘Não vos cabe obter conhecimento dos tempos ou das épocas que o Pai tem colocado sob a sua própria jurisdição; mas, ao chegar sobre vós o espírito santo, recebereis poder e sereis testemunhas de mim tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até à parte mais distante da terra.’” — Atos 1:6-8.

      23. (a) A que regiões havia Jesus restringido sua pregação e seu ensino, e com que resultado? (b) Então, onde encontraram os discípulos os “bens” de Cristo, para trabalhar com eles até o tempo devido de quem?

      23 Durante sua atividade terrestre como pregador e instrutor do Reino, Jesus havia restrito seus esforços a Jerusalém e às províncias da Galiléia e da Judéia (inclusive Samaria), e à Peréia, na margem oriental do rio Jordão. Naquelas regiões, Jesus havia produzido uma condição preparada e cultivada entre os judeus e os samaritanos para fazer mais discípulos. Era desta condição em tais regiões que os discípulos deviam aproveitar-se para aumentar o número dos discípulos cristãos; estes eram os “bens” que Jesus, seu Senhor, lhes confiou como “escravos”. Assim, em primeiro lugar, deviam trabalhar nas regiões preparadas até o tempo ou a época que o Pai celestial mantinha dentro da sua própria jurisdição. Tinham de fazer isso lembrando-se de que “Cristo se tornou realmente ministro do’ circuncisos em favor da veracidade de Deus, a fim de confirmar as promessas que Ele fez aos antepassados deles”. — Romanos 15:8.

      24. (a) Depois de receberam o espírito santo, como foi que os discípulos puseram a trabalhar imediatamente os “bens” de seu Senhor e com que produção? (b) Que campo para produtividade encontraram os judeus crentes ao voltarem para casa após Pentecostes?

      24 Em harmonia com isso, os discípulos “escravos” lá naquele tempo aproveitaram o patrimônio preparado e cultivado que o Senhor Jesus lhes confiou como sem “bens”, pelos quais tinha trabalhado, e eles puseram este patrimônio espiritual a trabalhar, a fim de produzir um aumento de discípulos. Fizeram isso imediatamente, logo naquele festivo Dia de Pentecostes de 33 E.C., em Jerusalém, e logo houve uma produção de cerca de três mil batizados, que se tornaram candidatos ao Reino por serem batizados com espírito santo. Todos eram pessoas circuncisas, quer judeus naturais, quer prosélitos da crença judaica. Os bens que o Senhor Jesus havia confiado aos discípulos continuaram a ser usados ainda mais, fazendo-se negócios cristãos com estes “bens”, de modo que algum tempo depois o número dos discípulos em Jerusalém havia subido a “cerca de cinco mil”. (Atos 4:4) Sem dúvida, centenas daqueles judeus e prosélitos, que deixaram Jerusalém depois da celebração de Pentecostes e voltaram para casa, nas diversas partes da terra, encontraram um campo de atividade a favor do cristianismo na sua própria vizinhança judaica, em casa.

      25. (a) Como havia Jesus já trabalhado para produzir alguns “bens” na casa dos judeus e prosélitos que assistiam às festividades em Jerusalém? (b) Como fez a perseguição com que a crença cristã se espalhasse às comunidades judaicas distantes?

      25 É possível que muitos destes judeus e prosélitos que retornaram tenham entrado em contato com Jesus Cristo e o tenham ouvido em visitas anteriores a Jerusalém, ao assistirem a todas as festividades. Sendo assim, Jesus havia até mesmo produzido uma condição preparada e cultivada no caso de tais judeus e prosélitos visitantes, e os apóstolos e condiscípulos em Jerusalém aproveitaram esta parte dos bens de Jesus e puseram tais “bens” a trabalhar. (João 12:20-29; Atos 2:5-11) Assim aconteceu que, mesmo antes de o apóstolo Paulo chegar a Roma, na Itália, já havia ali uma congregação de muitos cristãos. (Romanos 1:1-7; 15:22-24) Também, a perseguição que surgiu em Jerusalém contra os discípulos de Cristo ali resultou na difusão da crença cristã entre muitos judeus fora das províncias judaicas. Em Atos 11:19 está escrito: “Conseqüentemente, os que tinham sido espalhados pela tribulação que surgiu por causa de Estêvão foram até a Fenícia, e Chipre, e Antioquia, não falando a palavra a ninguém senão a judeus.”

      26. (a) A restrição da obra de fazer discípulos apenas ao campo judaico continuou até quando e até que acontecimento? (b) Como foi que a obra naquela região recém-aberta resultou num aumento dos “talentos” espirituais?

      26 Esta restrição do aumento dos “bens” do ausente Senhor Jesus Cristo apenas a judeus e prosélitos judaicos continuou até o outono (setentrional) do ano 36 E.C. Chegou então o tempo de aumentar o número dos discípulos cristãos em outras regiões, assim como o próprio Jesus ordenara, dizendo: “Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as”, e, “sereis testemunhas de mim . . . até à parte mais distante da terra”. (Mateus 28:19, 20; Atos 1:8) Era então o tempo devido de Deus para que estes discípulos judaicos, aos quais Jesus confiara seus “talentos” espirituais, usassem estes “bens” seus para produzir mais “talentos” espirituais. Isto começou com a ação por parte da classe dos cinco talentos, quando o apóstolo Pedro foi enviado à capital romana da Judéia, Cesaréia, para converter Cornélio ao discipulado de Jesus Cristo. (Atos 10:1 a 11:18) Por meio disso abriu-se todo o mundo gentio ou não-judeu da humanidade para fazer discípulos. Era uma região que não havia ‘pertencido’ a Jesus Cristo na terra por designação de Jeová Deus, para ele semear, colher e fazei discípulos. — Mateus 15:24.

      27. Esta abertura duma região mundial para produtividade exigiu o que, da parte dos discípulos judaicos?

      27 Esta era uma vasta região em que não havia condicionamento das pessoas pelo próprio Jesus Cristo, não havia uma situação preparada e cultivada deixada por Jesus como pioneiro, para ser usada com vantagem pelos seus discípulos, a fim de aumentarem a congregação cristã. Com o benefício, a vantagem e o ímpeto de que Jesus havia feito em prover o campo original sol cultivo, eles, como trabalhadores experientes e habilitados, podiam então lançar semente e cultivar as possibilidades do crescimento, acrescentando assim outros campos para a produção de discípulos de Jesus, o Messias. Isto exigiu esforços pioneiros da parte dele’ mesmos e exigiu coragem, esforço sincero, atenção cuidadosa e perseverança da parte deles, para que não se sofressem perdas. Não mais edificavam sobre o alicerce de outro homem, mas eles mesmos faziam todo o serviço preliminar para fazer discípulos numa região totalmente nova. Isto mostrava obediência ao seu Senhor. — Romanos 15:17-21.

      28, 29. (a) Seguindo o modelo provido pelos discípulos do primeiro século, como agiram posteriores discípulos “escravos” de Cristo segundo a sua capacidade? (b) Qual tem sido o fator mais vital envolvido em produzir um aumento?

      28 Os apóstolos e outros discípulos de Jesus Cristo no primeiro século estabeleceram o modelo quanto a como ‘fazer negócios’ com os “talentos” figurativos, que lhes foram confiados. Aumentaram o número dos talentos de seu Senhor em cem por cento. A classe dos “escravos” cristãos a que se confiaram “cinco talentos” dos “bens” do Senhor produziu mais cinco talentos. A classe dos “escravos” de Cristo que foi responsabilizada por dois talentos do que pertencia ao seu Senhor produziu mais dois talentos. Para cada classe foi proporcionalmente um aumento de cem por cento, de modo que cada um fez o que lhe foi possível, e ninguém foi melhor do que o outro. Fez tanto quanto se podia esperar dele. Cada um fez o máximo segundo a “sua própria capacidade”. Entretanto, o aumento dos bens de seu Senhor não se devia inteiramente ao uso da “capacidade” de cada “escravo”. Havia outro fator que entrava na questão, e era o fator mais essencial. O apóstolo Paulo refere-se a este fator ao falar comparativamente de seu próprio serviço e daquele do discípulo eloqüente Apolo, dizendo:

      29 “O que, então, é Apolo? Sim, o que é Paulo? Ministros por intermédio de quem vos tornastes crentes, assim como o Senhor concedeu a cada um. Eu plantei, Apolo regou, mas Deus o fazia crescer; de modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus que o faz crescer. Ora, quem planta e quem rega é um só, mas cada um receberá a sua própria recompensa, segundo o seu próprio labor. Pois somos colaboradores de Deus. Vós sois campo de Deus em lavoura, edifício de Deus.” — 1 Coríntios 3:5-9.

      30. (a) Então a quem cabe principalmente o mérito pelo aumento? (b) No primeiro século, que evidência havia do aumento na região cultivada pelos discípulos?

      30 Portanto, Deus é Aquele a quem se deve atribuir o aumento, e os “escravos” de Cristo são apenas os instrumentos que ele se agrada de usar para produzir O aumento. Ele ajuda os “escravos” a cumprir com suas responsabilidades. Equipa os “escravos” com o necessário para realizarem com bom êxito a obra de fazer discípulos de pessoas de todas as nações. Assim se aumenta a área preparada e cultivada para a produção de discípulos, que o Filho de Deus deixou aos seus discípulos ao partir, porque outras regiões desta espécie são trazidas à existência em todo o globo por meio da obediência dos “escravos” de Cristo às suas ordens e por imitarem o seu exemplo. Que evidência havia disso no primeiro século de nossa Era Comum? A seguinte: congregações de discípulos que eram herdeiros do reino dos céus surgiram fora de Jerusalém e de toda a Judéia, Galiléia e Samaria. Estabeleceram-se congregações na Ásia, na África, na Europa e nas ilhas do Mar Mediterrâneo.

      31. Como exemplo do precedente, o que indica sobre Pedro o lugar donde escreveu sua primeira carta?

      31 Tome, por exemplo, o apóstolo Pedro. Ele foi um dos quatro apóstolos que, depois de ouvir Jesus predizer a destruição do suntuoso templo em Jerusalém, lhe fizeram a pergunta: “Quando serão estas coisas e qual será o sinal quando todas estas coisas estão destinadas a chegar a uma terminação?” (Marcos 13:1-4) Pois bem, cerca de trinta anos depois, por volta de 62-64 E.C., ou vários anos antes de “estas coisas” acontecerem com o sítio e a destruição de Jerusalém, junto com seu templo, o apóstolo Pedro fazia serviço missionário fora do Império Romano. Sim, a primeira carta que escreveu a concristãos dentro do Império Romano foi escrita na cidade de Babilônia, no rio Eufrates, na Mesopotâmia, e nesta carta ele se refere à congregação cristã ali, no fim dela, dizendo: “Aquela que está em Babilônia, escolhida igual a vós, manda-vos os seus cumprimentos.” — 1 Pedro 5:13.

      32-34. (a) Aproximadamente quando e de onde escreveu Paulo a sua carta aos colossenses? (b) Como declara nela Paulo o aumento mundial dos “talentos” confiados aos discípulos?

      32 Depois houve também o apóstolo Paulo. Ele havia finalmente chegado à capital imperial de Roma, mas como prisioneiro que apelara para César, para obter um julgamento justo. De seu lugar de detenção, em Roma, escreveu à congregação cristã em Colossos, na Ásia Menor, por volta de 60-61 E.C. Isto foi quase dez anos antes ‘destas coisas’ preditas pelo Senhor Jesus Cristo, contudo, tão cedo assim antes do fim do sistema judaico de coisas, centralizado em Jerusalém, o apóstolo Paulo falou do aumento mundial dos “talentos” figurativos, que Jesus havia confiado aos seus “escravos”. Referindo-se a se terem ‘contado a eles as boas novas’, Paulo escreveu:

      33 “Ouvimos falar da vossa fé em conexão com Cristo Jesus e do amor que tendes por todos os santos, por causa da esperança que está sendo reservada para vós nos céus. Desta esperança já ouvistes falar antes, por se contar a verdade daquelas boas novas que se vos apresentaram, assim como estão dando fruto e estão aumentando em todo o mundo, do mesmo modo como se dá também entre vós, desde o dia em que ouvistes e aprendestes a conhecer a benignidade imerecida de Deus em verdade. É isso o que aprendestes de Epafras, nosso amado co-escravo, que é ministro fiel do Cristo, da nossa parte, o qual nos expôs também o vosso amor em sentido espiritual.

      34 “Deveras, a vós, os que outrora estáveis apartados e éreis inimigos, porque as vossas mentes se fixavam nas obras iníquas, ele reconciliou agora novamente, mediante o corpo carnal daquele, por intermédio da morte dele, a fim de vos apresentar santos e sem mácula, e não expostos a nenhuma acusação perante ele, desde que, naturalmente, continueis na fé, estabelecidos no alicerce e constantes, e sem serdes deslocados da esperança daquelas boas novas que ouvistes e que foram pregadas em toda a criação debaixo do céu.” — Colossenses 1:4-8, 21-23.

      35. Este testemunho do zelo dos discípulos do primeiro século foi realizado durante que período limitado de tempo, e em cumprimento de que profecia de Jesus?

      35 Quanto estas palavras inspiradas do apóstolo Paulo atestavam o zelo daqueles “escravos” do Senhor Jesus Cristo, no primeiro século, em ‘fazer negócios’ com os “talentos” que lhes havia confiado! Que consecução foi para eles num período tão curto de tempo — as boas novas “dando fruto e . . . aumentando em todo o mundo”, as boas novas já “pregadas em toda a criação debaixo do céu”! Imagine só Jesus Cristo “se manifestou uma vez para sempre, na terminação dos sistemas de coisas”, nos anos 29-33 E.C., e, no entanto, mesmo já antes de acabar a terminação do sistema judaico de coisas no ano 70 E.C. com a aniquilação de sua capital religiosa, os judeus em todo o mundo então conhecido receberam um testemunho a respeito do reino messiânico de Deus. De fato, todas as nações gentias também haviam recebido tal testemunho, num cumprimento típico da profecia de Jesus sobre o “sinal” da “terminação do sistema de coisas”, a saber: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” — Mateus 24:14; Hebreus 9:26.

      CULMINAÇÃO DO CUMPRIMENTO ATUAL DA PARÁBOLA

      36. Voltou o Senhor dos discípulos “escravos” antes ou depois da destruição de Jerusalém, e o que indicaram as palavras finais de João, em Revelação, a respeito da vinda de Cristo?

      36 Aqueles “escravos” do primeiro século, que aumentaram os preciosos “talentos” em tal alcance mundial, apesar de guerras, pestes, fomes, terremotos e perseguições, todos morreram, mas seu Senhor e Amo, que partiu, não voltou nos seus dias, nem antes, nem depois da destruição de Jerusalém pelas legiões romanas. Cerca de vinte e seis anos depois de este acontecimento horrível abalar o mundo religioso judaico, o apóstolo João teve sua prisão na ilha de Patmos iluminada por receber a Revelação divina, na qual ele apontou para o futuro e disse: “Eis que ele vem com as nuvens e todo olho o verá, e aqueles que o traspassaram.” E João encerrou a narrativa da Revelação com a oração: “‘Amém! Vem, Senhor Jesus.’ A benignidade imerecida do Senhor Jesus Cristo seja com os santos.” (Revelação 1:7; 22:20, 21) Aquela oração fervorosa pela vinda do Senhor só foi realmente respondida mais de dezoito séculos depois.

      37. (a) Contrário a que expectativa, quando voltou o Senhor Jesus Cristo? (b) A partir de então, a pregação do Reino assumiu que novo significado, e por quê?

      37 Apenas com a volta do Senhor Jesus Cristo e sua parusia ou presença viria a culminação do cumprimento da parábola dos “talentos”. Na última metade do século dezenove que passou, pensava-se que o Senhor havia voltado no ano 1874 E.C. e que havia começado naquele ano a sua presença invisível em espírito. Mas, realmente, o “sinal” de sua presença e da terminação do sistema de coisas não se apresentou durante as próximas quatro décadas. Isto só se deu no fim dos Tempos dos Gentios no ano 1914, por volta de 4/5 de outubro ou no meio do mês lunar judaico de tisri. Naquele tempo, a pregação das boas novas do vindouro reino messiânico de Deus transformou-se na pregação das boas novas do reino estabelecido de Deus. Os acontecimentos mundiais que se seguiram acumularam evidência de que, no acima mencionado ano crítico, o reino dos céus, de Deus, nasceu por meio da entronização e coroação de seu Messias, Jesus, filho de Davi, filho de Abraão. (Mateus 1:1) Havia chegado aquele que tinha o “direito legal” a ele. De fato, ele havia voltado! — Ezequiel 21:25-27.

      38. A parábola dos “talentos” foi dada como parte de que profecia, e, por isso, como se deve indicar a culminação de seu cumprimento nos nossos dias?

      38 A parábola dos “talentos” foi contada por Jesus Cristo como parte do “sinal” múltiplo para indicar a sua parusia ou presença. Portanto, culminar o cumprimento a parábola em nosso tempo deve aumentar o testemunho de que ele voltou em espírito e que estamos na sua presença. Certamente, se dissermos que a presença real do Senhor Jesus Cristo começou no fim dos Tempos dos Gentios em 1914, então devia haver fatos disponíveis para confirmar que o cumprimento da parábola atinge sua culminação em nossos dias. Quais são os fatos?

      39. O que fez o escravo com o único talento e quando começou o ajuste de contas com os escravos?

      39 Primeiro, examinamos o resultado da parábola. Por isso, prosseguimos na leitura da parábola de Jesus, conforme segue: “Mas aquele que recebera apenas um foi e cavou no chão, e escondeu o dinheiro de prata de seu amo. Depois de muito tempo voltou o amo daqueles escravos e ajustou contas com eles.” — Mateus 25:18, 19.

      40. (a) Na parábola, com que voltou o “amo daqueles escravos”? (b) Com que “poder régio” em especial tinha que ver o ano de 1914 E.C., e como?

      40 Quando o “amo daqueles escravos” voltou, voltou com aquilo que foi obter na viagem para fora. Suas próprias palavras, mais adiante, mostram que ele obteve uma “alegria” a compartilhar com seus escravos fiéis; voltou com “muitas coisas” que não tinha quando lhes confiou os oito talentos de prata. Uma parábola anterior contada por Jesus, a parábola das “dez minas”, especifica que ele voltou com “poder régio”. (Lucas 19:12-15) Os Tempos dos Gentios ou “tempos designados das nações” têm que ver com “poder régio”, especialmente o “poder régio” da família do Rei Davi de Jerusalém, poder régio da família davídica que foi derrubado por Nabucodonosor, rei de Babilônia, no ano 607 A.E.C. Aquele ano desastroso foi o tempo em que começaram a contar os 2.520 anos dos Tempos dos Gentios, até o ano 1914 E.C. De modo que o fim destes Tempos dos Gentios, por volta de 4/5 de outubro de 1914, devia logicamente presenciar a inversão da situação de há muito tempo. Portanto, não foi sem significado que 4/5 de outubro de 1914 encontrou as nações gentias em dificuldades, já por dois meses envolvidas na primeira guerra mundial da história humana.

      41. (a) Exterminou a Primeira Guerra Mundial o pequeno número dos discípulos “escravos” do Senhor Jesus Cristo então na terra? (b) O que lhes procuravam fazer as nações quanto a darem mais testemunho?

      41 Que dizer, porém, dos “escravos” cristãos do Amo celestial Jesus Cristo, aos quais confiara seus “talentos” valiosos? Até hoje há ainda um pequeno número destes “escravos” fiéis que estavam no cenário terrestre naquele tempo marcado e que discerniram das Escrituras Sagradas o significado da Primeira Guerra Mundial. Este conflito internacional, que finalmente envolveu vinte e oito nações e impérios numa guerra total não eliminou estes “escravos” leais do recém-entronizado Rei celestial Jesus Cristo. Os inimigos terrestres, que não quiseram que Jesus Cristo os governasse como Rei de toda a terra, quiseram matar estes “escravos seus”, mas não o conseguiram. De fato, tentaram tirar deles os “talentos” figurativos que tinham recebido de seu Amo e Dono celestial. Tentaram desfazer todas as boas realizações e ganhos espirituais que estes “escravos” haviam conseguido para o recém-entronizado Rei celestial. Para este fim, tentaram acabar com a influência deles junto às pessoas de todas as nações. Tentaram desesperadamente minar a base preparada e cultivada deles para mais testemunho do Reino.

      42, 43. (a) O fim da Primeira Guerra Mundial em 1918 encontrou os “escravos” do Amo celestial em que condição? (b) Segundo todas as aparências, o que acontecera aos “talentos” que lhes foram confiados?

      42 O fim da Primeira Guerra Mundial, em 11 de novembro de 1918, encontrou “escravos” do reinante Rei celestial praticamente mortos no que se refere a ter uma boa reputação com as pessoas dentro e fora da cristandade. O favor que gozavam como cristãos entre as pessoas estava praticamente morto sob a mortalha de difamação e detração por parte de pretensos patriotas nacionalistas e fanáticos de mentalidade guerreira. Houve distúrbios violentos contra eles. Ou se proscreveu a sua literatura bíblica ou eles mesmos foram proscritos. Muitos deles estavam na prisão, principalmente o presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E. U. A.), também o secretário-tesoureiro dela e mais seis associados de destaque, sob acusações falsas das quais só podiam ser eximidos depois de ter acabado a loucura da guerra.

      43 Estes “escravos” do Governante Legítimo deste globo terrestre foram aparentemente despojados de tudo. Os “talentos” dele que lhes foram confiados aparentemente foram eliminados. Seus inimigos alegraram-se de ter tirado estes “escravos” do serviço de seu Amo celestial para todo o tempo futuro, pois, parecia haver sérias dúvidas sobre a capacidade deles de começar tudo de novo.

      44. (a) Quando começou a inversão da situação, e como? (b) Que pergunta surgiu então a respeito dos “escravos” sobreviventes, e por quê?

      44 Foi só mais de quatro meses depois, após o fim da guerra, que os inimigos ficaram surpresos e espantados com a inversão que então começou. Esta se deu quando aqueles oito representantes da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados foram libertos do encarceramento na Penitenciária Federal de Atlanta (Geórgia, E. U. A.), em 25 de março de 1919, concedendo-se-lhes fiança no dia seguinte, em Brooklyn, Nova Iorque. Pouco depois, nos devidos tramites, foram declarados eximidos das acusações flagrantemente falsas. Mas, quanto valia isso para as pessoas prostradas pela guerra, que continuavam a ter um ponto de vista preconcebido e deturpado a respeito dos “escravos” de Jesus Cristo, por causa da propaganda e da febre da guerra? Isto era algo para os “escravos” tomarem em consideração. Podiam começar e prosseguir em face de tais circunstâncias ameaçadoras? Tinham a coragem e a confiança de seu Amo celestial para fazer isso? Deveras, foi um tempo de prova para estes escravos cristãos.

      45. (a) Segundo a parábola, o que estava para fazer o “amo daqueles escravos”? (b) Quanto a estarem de posse dos “talentos”, o que precisava ser feito a favor daqueles escravos cristãos?

      45 A parábola dos “talentos” retratou que quando o viajante voltasse de fora, ajustaria as contas com eles. Isto significaria um exame deles. Era bastante lógico que, em vista dos acontecimentos na primavera (setentrional) de 1919, seria o tempo devido para o celestial “amo daqueles escravos” examiná-los. Mas que contas podiam eles prestar com respeito aos seus “talentos”, confiados à classe dos escravos? Qualquer aumento que tivessem obtido antes do clímax da perseguição do tempo de guerra, em 1918, parecia ter sido eliminado. Estavam como que sem “talentos” figurativos. Então, se haviam de mostrar um aumento dos “talentos” de seu Amo, teriam de produzir este aumento no período do após-guerra e entregar-lhe no futuro tal aumento de seus bens. Teriam de receber uma nova oportunidade adicional de ‘fazer negócios’ com os preciosos “talentos” dele. E foi assim que aconteceu historicamente, por causa da consideração misericordiosa de seu Amo celestial.

      46. (a) Era tempo para dissiparem o quê? E para que precisavam reorganizar-se? (b) Visto que seu Amo celestial estava de posse do “poder régio”, para que era oportuna a situação e auspicioso o tempo?

      46 O ano de 1919 foi o tempo vital para a dissipação do temor dos homens que se havia criado entre os da classe dos escravos, durante a violência e a histeria da primeira guerra mundial e que havia feito com que os da classe dos escravos se retraíssem consideravelmente de fazer negócios como escravos responsáveis do Rei reinante, Jesus Cristo. Era então tempo para começarem a reorganizar suas fileiras quebradas e desfeitas para o maior empenho da sua vida no seu serviço prestado ao seu Amo, que então já estava de posse do poder régio. Então, mais do que nunca, seu Amo podia reivindicar de direito toda a terra como campo à sua disposição para produzir mais discípulos favorecidos com a esperança do reino celestial. Podia confiar-lhes esta situação oportuna para ‘fazerem negócios’ no seu serviço. Era um tempo oportuno para a classe ‘escrava’ de discípulos se levantar, conforme retratada pelo escravo a quem se confiaram “cinco talentos” e também para a classe retratada pelo escravo a quem se confiaram dois talentos. Fizeram isso, pois a parábola dos “talentos” não podia deixar de se cumprir, especialmente no seu clímax.

      47. Como foram fortalecidos em 1919 para não temerem, mas para se apresentarem para a obra do após-guerra?

      47 Não se perdeu tempo. Estas duas classes de “escravos” passaram a atarefar-se em 1919. Receberam forte confiança renovada dos artigos da Torre de Vigia em inglês, de 1.º e 15 de agosto de 1919, sobre o tema “Benditos os Destemidos”. Aclamaram o anúncio do congresso de oito dias a ser realizado em Cedar Point, Ohio, de 1.º a 8 de setembro de 1919. Não deixaram de assistir àquele congresso geral por medo de ficarem confrontados com uma obra do após-guerra que exigisse muita energia e coragem de sua parte, com mais perseguição.

      48. (a) Como acolheram os congressistas em Cedar Point o anúncio sobre uma nova revista como companheira da Torre de Vigia? (b) Como se usou até agora esta revista adicional?

      48 Avidamente querendo saber como Jeová queria que fizessem a obra diante deles, seis mil dos que vieram, especialmente do Canadá e dos Estados Unidos da América, assistiram diariamente às sessões deste congresso da Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia. Com surpresa, mas com forte apreço de coração, receberam o anúncio duma nova revista a ser publicada a partir de 1.º de outubro de 1919, A Idade de Ouro, como companheira da Torre de Vigia e Arauto da Presença de Cristo. Esta nova revista seria um auxiliar adicional na proclamação do estabelecido reino messiânico de Deus. Seria mais um instrumento para usarem em plantar, regar e cultivar novas regiões para a produção de mais discípulos do Senhor Jesus Cristo. Lado a lado com A Torre de Vigia (agora A Sentinela), esta nova revista (agora Despertai!) tem tido uma tiragem cada vez maior, suscitando novo interesse nas pessoas sinceras e aprontando-as para receber as coisas mais profundas da Palavra de Deus. Tem feito uma excelente obra preparatória.

      49. O que se fez com respeito às filiais da Sociedade Torre de Vigia e até que ponto se trouxeram assim mais regiões sob o cultivo?

      49 Restabeleceram-se e fortaleceram-se também as comunicações entre a sede da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados e suas organizações congêneres em todo o globo, interrompidas pela guerra mundial, e, conforme o tempo e as circunstâncias mostraram a necessidade disso, estabeleceram-se novas filiais em diversos países. Isto aumentou a região trazida sob supervisão mais detida dos “escravos” do Amo celestial Jesus Cristo e ajudou muito na intensificação da obra do cultivo de tais regiões para o recolhimento de mais discípulos de pessoas de todas as nações. Partindo das poucas filiais então existentes, o número aumentou ao atual de noventa e seis filiais. Estas supervisionam a sementeira e o cultivo realizados em duzentos e sete países e ilhas do mar.

      50. (a) Por que é que os que assistiram ao congresso de Cedar Point em 1922 se viram na situação de Isaías no templo? (b) A resposta de Isaías ao convite de Jeová suscitava que pergunta a respeito deles?

      50 Em setembro de 1922, estes escravos cristãos, candidatos ao reino celestial, foram obrigados a aperceber-se de que estavam então deveras sob o exame do Rei dos reis e Senhor dos senhores, o reinante Senhor Jesus. Em cumprimento de Malaquias 3:1, ele acompanhara a Jeová Deus na vinda ao seu templo espiritual para a obra de julgamento com respeito aos seus “escravos” gerados pelo espírito, naquele templo. Os que assistiram ao segundo congresso da Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia, em Cedar Point, Ohio, no seu quarto dia, 8 de setembro de 1922, chamado de “O Dia”, viram-se então na situação do profeta Isaías, quando teve uma visão de Jeová Deus no seu templo. Isaías sentiu a necessidade de limpeza espiritual, e recebeu misericordiosamente a necessária limpeza. Isto o colocou na situação favorável de responder ao convite de Jeová com o clamor ávido: “Eis-me aqui! Envia-me.” (Isaías 6:1-8) Portanto, a questão era: Responderiam os congressistas da A. I. E. B. de modo similar ao convite de Jeová para serviço, que então se lhes fez?

      51. No encerramento de seu discurso sobre “O Dia”, que perguntas fez o presidente da Sociedade aos congressistas, e que exortação final lhes deu?

      51 No penúltimo parágrafo de seu discurso, tratando da visão de Isaías, o presidente da Sociedade Torre de Vigia (dos E. U. A.), J. F. Rutherford, fez uma série de perguntas aos congressistas, inclusive estas últimas: “Crêem que o Senhor está agora no seu templo, julgando as nações da terra? Crêem que o Rei da glória já começou o seu reinado?” Com enorme entusiasmo, os milhares de congressistas clamaram sua resposta afirmativa. Então, o orador culminou seu discurso por dizer: “Então, voltem ao campo, ó filhos do altíssimo Deus! Ponham sua armadura! Sejam sóbrios, vigilantes, ativos, valentes. Sejam testemunhas fiéis e verdadeiras do Senhor. Avancem na luta até que fique desolado todo vestígio de Babilônia. Proclamem a mensagem em toda a parte. O mundo precisa saber que Jeová é Deus e que Jesus Cristo é Rei dos reis e Senhor dos senhores. Este é o dia de todos os dias. Eis que o Rei reina! São os seus agentes de publicidade. Portanto, anunciem, anunciem, anunciem o Rei e seu reino.” — Veja The Watch Tower (A Torre de Vigia) de 1.º de novembro de 1922, páginas 332-337.

      52. (a) O que fez a Sociedade em 1922 para aumentar a distribuição de publicações bíblicas? (b) Em 1924, que outros meios para se anunciar o Reino começaram a ser usados pela Sociedade, aumentados mais tarde com que outros meios de publicidade?

      52 Com maior zelo e esforço do que nunca antes, os “escravos” do retornado Senhor Jesus Cristo saíram para anunciá-lo como Rei reinante, pregando publicamente tanto de casa em casa como da tribuna pública. Desde 1920, haviam começado a operar sua própria gráfica em Brooklyn, Nova Iorque, e isto os habilitou a obter maiores quantidades de literatura bíblica, revistas, folhetos, tratados, livros encadernados e finalmente as próprias Bíblias, com maior economia, para usar em anunciar o Rei messiânico e seu reino. A partir de domingo, 24 de fevereiro de 1924, começaram a ser usadas estações de rádio de propriedade de pessoas jurídicas destes “escravos”, na divulgação da mensagem do Reino aos inúmeros ouvintes invisíveis nos seus receptores de rádio. Com o decorrer do tempo, passaram a usar-se dezenas de estações de rádio, quer com tempo alugado, quer gratuitamente, em diversos países, para transmitir as boas novas do Reino até os próprios confins da terra. A estes meios de publicidade acrescentaram-se, anos depois, carros sonantes com alto-falantes e vitrolas portáteis, levadas de porta em porta pelos “escravos” de Cristo, para anunciar o Reino aos moradores.

      53. Por que tiveram os leitores motivos para ficar emocionados com o artigo principal do número inglês de 1.º de março de 1925 da Torre de Vigia?

      53 Os leitores da Torre de Vigia e Arauto da Presença de Cristo ficaram emocionados ao receberem seu número inglês de 1.º de março de 1925 e lerem o artigo principal, intitulado “Nascimento da Nação”. Por quê? Porque receberam ali melhor entendimento de Revelação, capítulo doze. Seus olhos de discernimento espiritual foram abertos para ver que o nascimento simbólico do filho varão, apresentado de modo tão emocionante naquele capítulo, que por muito tempo lhes foi um mistério, representava o nascimento do reino messiânico de Deus no ano 1914, no fim dos Tempos dos Gentios. O artigo concluiu, na página 74, dizendo: “O reino do céu está aqui. O dia de livramento está à vista. Proclamem-se estas boas novas aos povos da terra. A vitória é de nosso Rei. Então, fiéis até o fim da guerra; e nos aqueceremos para sempre ao sol de seu amor, onde há plenitude de alegria e prazeres para todo o sempre.”

      54, 55. Como indicou o número dos participantes da Ceia do Senhor um aumento nos campos de atividade?

      54 A celebração anual da Cela do Senhor na próxima data, quarta-feira, 8 de abril de 1925, trouxe à luz algo animador. Em vista da obra de plantar, regar e cultivar feita até então em regiões adicionais de atividade, com novos instrumentos providos para a divulgação do Reino, o número de congregações dos discípulos com esperanças celestiais havia aumentado. O número dos membros das congregações havia aumentado. De modo que, nesta celebração da Ceia do Senhor, o número dos participantes dela indicou este aumento e a produção de discípulos de Cristo. Então, quantos participaram naquele ano? O número inglês de 1.º de setembro de 1925 da Torre de Vigia, na página 263, sob “Relatórios da Comemoração”, dizia:

      55 “Ficamos contentes de que o número dos que participam na Comemoração da morte de Cristo seja tão grande, porque manifesta tamanho interesse na verdade em toda a parte, e isto se dá como deveria. O total geral relatado até a data é de 90.434 pessoas, que é de 25.329 pessoas mais do que o relatado há um ano atrás.”

      56. O que indicou isso a respeito das transações de “negócios” dos discípulos “escravos” aos quais se confiaram os “talentos”?

      56 Deveras, os “escravos” de Cristo, a classe representada pelo escravo a quem se confiaram “cinco talentos” e a classe representada pelo escravo a quem se confiaram dois talentos, ‘faziam negócios’ com eles prontamente e logo cedo, para acrescentar outras regiões que poderiam ser frutíferas com mais discípulos de Cristo. Os fatos publicados provam que estes “escravos” foram abençoados nos seus esforços e foram recompensados com aumento. Isto os estimulou ainda mais.

      ALEGRIA

      57. (a) Por que viajou para fora o homem rico da parábola? (b) Portanto, que perguntas surgem a respeito de Jesus Cristo no cumprimento da parábola?

      57 No entanto, historicamente entra agora outro fator claro no assunto. Na parábola de Jesus, o homem que tinha oito talentos de prata e três escravos não foi viajar para fora só por prazer, como numa excursão. Tinha um motivo sério para viajar para fora; queria obter algo valioso. Conforme a parábola mostra, viajou para fora para obter certa “alegria”, junto com “muitas coisas”. Por conseguinte, tinha de viajar para longe, levando muito tempo, a fim de recorrer àquele que lhe podia dar esta “alegria” específica. Isto é subentendido na parábola de Jesus, embora a parábola dos “talentos” não o mencione explicitamente. Visto que o homem rico da parábola representa o Senhor Jesus Cristo, o homem que viajou para fora, numa longa viagem, representa o Senhor Jesus dirigir-se à única Fonte da alegria especial que visava. A quem se dirigiu, pois? Quem era esta Fonte de alegria?

      58, 59. (a) A quem se dirigiu o ressuscitado Jesus Cristo para obter esta “alegria”? (b) Para quem mais é Ele Fonte de alegria, conforme indicado em Romanos 15:13?

      58 Isto nos é indicado em Hebreus 12:2, que reza: “[Olhamos] atentamente para o Agente principal e Aperfeiçoador da nossa fé, Jesus. Pela alegria que se lhe apresentou, ele aturou uma estaca de tortura, desprezando a vergonha, e se tem assentado à direita do trono de Deus.”

      59 Sim, Jeová Deus é a Fonte desta “alegria”. A ele é que o ressuscitado Jesus Cristo foi, deixando seus discípulos fiéis aqui na terra, encarregados de seus “bens”, seus “talentos”. O Pai celestial era a Fonte da causa especial de “alegria” de Jesus. Jeová Deus é também a Fonte de alegria dos discípulos de seu Filho amado. Em harmonia com isso, um destes discípulos disse, ao escrever a concristãos em Roma: “Que o Deus que dá esperança vos encha de toda a alegria e paz pela vossa crença, para que abundeis em esperança com poder de espírito santo.” (Romanos 15:13) Deus pôde responder a esta oração correta.

      60. (a) Era oportuno dar o devido destaque a quem, já que Jesus Cristo voltará com a sua “alegria”? (b) Como se lhe deu este destaque devido com respeito ao Seu nome?

      60 No desenrolar dos acontecimentos, seria oportuno que Deus, a Fonte celestial da alegria, recebesse o devido destaque aos olhos dos “escravos” do Senhor Jesus Cristo, após a sua volta alegre, já que o reino messiânico de Deus havia nascido nos céus. Havia chegado o tempo para esta Fonte divina de alegria fazer um nome para si, e isto exigia primeiro que Seu nome pessoal fosse conhecido. Este Nome foi devidamente divulgado. Merecidamente, passou a ser usado de modo regular entre seus adoradores reverentes na terra e foi divulgado em toda a terra, assim como nunca tinha sido divulgado em qualquer tempo anterior. Ao se iniciar o ano de 1926, o primeiro número inglês da Torre de Vigia publicou o artigo principal intitulado “Quem Honrará a Jeová?”. Daí em diante, o nome divino que aparece milhares de vezes no texto hebraico original da Bíblia Sagrada foi enaltecido no seu destaque legítimo entre os “escravos” do Filho de Deus. Estes começaram a ser em primeiro lugar testemunhas Dele, sem diminuírem seu testemunho do Filho dele, Jesus Cristo. Desincumbiram-se amorosamente de sua obrigação de ser testemunhas do Único que leva o nome Jeová.

      61. (a) Por meio duma resolução em 1931, os discípulos escravos de Jesus Cristo declararam-se opostos a ser chamados por que nomes? (b) Por que nome desejavam daí em diante ser chamados?

      61 Seguiram-se cinco anos e meio de tal testemunho do Nome divino. Veio então o tempo para os “escravos” cristãos se identificarem, para se diferenciar de todos os professos cristãos da cristandade religiosa. Para este fim, os “escravos” de Jesus Cristo tomaram ação na tarde de domingo, 26 de julho de 1931, no congresso internacional realizado em Columbus, Ohio, E. U. A. As 16 horas, apresentou-se e leu-se perante os milhares de congressistas uma resolução, cujo quarto, quinto e sexto parágrafos temos o prazer de citar aqui:

      AGORA, POIS, a fim de que nossa verdadeira situação seja conhecida, e crendo que isto está em harmonia com a vontade de Deus, conforme expressa na sua Palavra, SEJA RESOLVIDO, conforme segue, a saber:

      QUE temos grande amor ao irmão Charles T. Russell pela sua obra e que reconhecemos de bom grado que o Senhor o usou e que abençoou grandemente a sua obra, mas não podemos ser coerentes com a Palavra de Deus por consentir ser chamados pelo nome de “russelitas”, que a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados [dos E. U. A.], e a Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia, e a Associação do Púlpito do Povo são apenas nomes de sociedades que nós, como grupo de pessoas cristãs, mantemos, controlamos e usamos para realizar nossa obra em obediência aos mandamentos de Deus, mas que nenhum destes nomes se prende ou aplica devidamente a nós como corpo de cristãos que seguimos as pisadas de nosso Senhor e Amo, Cristo Jesus, que somos estudantes da Bíblia, mas como corpo de cristãos constituindo uma sociedade, rejeitamos assumir ou ser chamados pelo nome de “Estudantes da Bíblia” ou por nomes similares, como meio de identificação de nossa situação correta perante o Senhor; recusamos levar ou ser chamados pelo nome de qualquer homem;

      QUE, tendo sido comprados pelo precioso sangue de Jesus Cristo, nosso Senhor e Redentor, justificados e gerados por Jeová Deus e chamados para seu reino, declaramos sem hesitação a nossa inteira lealdade e devoção a Jeová Deus e seu reino, que somos servos de Jeová Deus, mandados a fazer uma obra em seu nome, e, em obediência ao seu mandamento, a dar testemunho de Jesus Cristo e a tornar conhecido às pessoas que Jeová é o Deus Todo-poderoso e verdadeiro, portanto, alegremente adotamos e tomamos o nome dado pela boca do Senhor Deus, e desejamos ser conhecidos e chamados pelo nome, a saber, testemunhas de Jeová. — Isa. 43:10-12; 62:2; Rev. 12:17.

      62. Que convite se fez no último parágrafo da resolução?

      62 O oitavo e último parágrafo da Resolução dizia:

      Convidamos humildemente a todos os inteiramente devotados a Jeová e ao seu reino a participar na proclamação destas boas novas a outros, a fim de erguer o estandarte justo do Senhor, para que as pessoas do mundo saibam onde encontrar a verdade e a esperança de alívio; e, acima de tudo, para que se vindique e enalteça o grande e santo nome de Jeová Deus.

      63. (a) Ao todo, por quem foi adotada esta resolução sobre o Novo Nome? (b) Que publicidade se deu depois a essa resolução, como aviso para o mundo?

      63 Esta resolução foi adotada entusiasticamente não só pelos reunidos em congresso em Columbus, Ohio, mas também mais tarde pelas congregações dos “escravos” de Jesus Cristo em todo o globo. Adotaram assim voluntariamente o nome “testemunhas de Jeová”. Esta Resolução sobre o nome foi também publicada no folheto lançado no congresso, intitulado “O Reino, a Esperança do Mundo”. Este título foi também o tema do discurso público do presidente da Sociedade, J. F. Rutherford, tanto perante a assistência visível do congresso, bem como perante a assistência invisível que o escutou por meio duma vasta rede radiofônica, a partir do meio-dia. Depois, este folheto contendo tanto o discurso público como a resolução foi levado diretamente por portadores pessoais às mãos dos clérigos religiosos, católicos e protestantes, e mais tarde às mãos de destacados políticos e profissionais liberais. Houve também uma distribuição mais ampla entre o povo em geral. Foi assim que se avisou todo o mundo de que estes adoradores do Deus Altíssimo, justificados e gerados pelo espírito, andariam no nome de seu Deus e reconheceriam apenas o nome de testemunhas de Jeová. — Miquéias 4:5.

      64. Por que se reconhecem como testemunhas cristãs de Jeová?

      64 Visto que houve também testemunhas do único Deus vivente e verdadeiro antes da primeira vinda do Senhor Jesus Cristo, reconhecem-se como sendo testemunhas cristãs de Jeová. — Isaías 43:10-12; 44:8; Hebreus 11:1 a 12:1. Veja também The Watch Tower de 15 de setembro de 1931, páginas 278, 279.

  • Ajuste de contas com os escravos atuais
    Aproximou-se o Reino de Deus de Mil Anos
    • Capítulo 13

      Ajuste de contas com os escravos atuais

      1, 2. (a) O que deu aos do restante dos “escravos” de Cristo levarem o nome divino, e quem era a fonte disso? (b) Que menção se faz desta alegria na parábola dos “talentos”?

      LEVAREM o nome divino a partir do ano de 1931 deu nova alegria aos do restante dos “escravos” do Senhor Jesus Cristo ainda na terra. Sua alegria procedeu da mesma fonte da qual seu Senhor e Dono obteve a alegria dele, a saber, de Jeová Deus. O Senhor Jesus Cristo referiu-se a esta alegria sua quando ajustou as contas com seus escravos, no cumprimento da parábola dos “talentos”. Observamos isso em Mateus 25:20-23, onde lemos:

      2 “Apresentou-se então o que recebera cinco talentos e trouxe cinco talentos adicionais, dizendo: ‘Amo, confiaste-me cinco talentos; eis que ganhei mais cinco talentos.’ Seu amo disse-lhe: ‘Muito bem, escravo bom e fiel! Foste fiel em poucas coisas. Designar-te-ei sobre muitas coisas. Entra na alegria do teu amo.’ A seguir, apresentou-se aquele que recebera dois talentos e disse: ‘Amo, confiaste-me dois talentos; eis que ganhei mais dois talentos.’ Seu amo disse-lhe: ‘Muito bem, escravo bom e fiel! Foste fiel em poucas coisas. Designar-te-ei sobre muitas coisas. Entra na alegria do teu amo.’”

      3, 4. (a) São os três “escravos” representativos de pessoas, ou de que? (b) Como argumenta o ajuste de contas com o que é representado pelos “escravos” no cumprimento da parábola, a favor do significado correto de parusia?

      3 Este ajuste de contas com os escravos certamente exigiu tempo e atenção. Por isso, representa um período de presença ou parusia da parte do Amo celestial, Jesus Cristo, em cumprimento da parábola, nos seus aspectos finais. (Mateus 24:3) Não nos esqueçamos de que os três escravos na parábola representavam classes e que estas classes são compostas de pessoas. Requer mais tempo e atenção lidar com uma classe ou um grupo do que com uma única pessoa. No caso duma classe ou dum grupo, é preciso tratar com cada membro dele. O apóstolo Paulo escreveu em Romanos 14:9, 10:

      4 “Pois, para este fim morreu Cristo e passou a vive novamente, para que fosse Senhor tanto sobre morto’ como sobre viventes. . . . Porque nós todos ficaremos postados diante da cadeira de juiz de Deus.”

      5. (a) Em lugar de quem julga Jesus Cristo ao julgar os vivos e os mortos? (b) O que precisavam fazer com respeito a recompensa os das classes representadas pelos “escravos” que morreram antes da parusia de Cristo?

      5 No cumprimento da parábola dos “talentos”, o Senhor Jesus Cristo julga em lugar de Jeová Deus. Nem todos os seus “escravos” aos quais confiou “talentos” estão vivos na carne aqui na terra, neste século vinte. Por exemplo, os do primeiro século, durante os dias dos doze apóstolos, até João, quem recebeu a Revelação (Apocalipse), morreram há muito tempo atrás, adormecendo na morte e aguardando a parusia de seu Senhor e Dono celestial quando receberiam a recompensa dele, como justo Juiz. Assim como o apóstolo Paulo, pouco antes de seu martírio, escreveu a Timóteo, seu companheiro missionário: “Tenho travado a luta excelente, tenho corrido até o fim da carreira, tenho observado a fé. Doravante me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, o justo juiz, me dará como recompensa naquele dia, contudo, não somente a mim, mas também a todos os que amaram a sua manifestação.” (2 Timóteo 4:7, 8) Sim, de fato, o apóstolo Paulo aguardava ‘aquele dia’, o dia da parusia do Senhor, para ter a ressurreição dentre os mortos e receber o prêmio da vida celestial, imortal. Todos os que morreram antes de sua parusia tinham de esperar.

      6. Quando foram ressuscitados os “escravos” que dormiam na morte e a quem têm estes precedência quando à ressurreição?

      6 Durante a parusia invisível dele no espírito, todos aqueles “escravos” fiéis que dormiam na morte foram acordados, no tempo em que começou o julgamento, para a vida celestial no domínio espiritual. De modo que a recompensa dos “escravos” vivos não teve precedência à recompensa dos “escravos” fiéis, adormecidos. Isto não é mera imaginação nossa; pois o apóstolo Paulo escreveu à congregação cristã em Tessalônica e disse: “Pois, se a nossa fé é que Jesus morreu e foi levantado de novo, então, também Deus trará com ele os que adormeceram [na morte] por intermédio de Jesus. Pois, nós vos dizemos pela palavra de Jeová o seguinte: que nós, os viventes, que sobrevivermos até a presença do Senhor, de modo algum precederemos os que adormeceram [na morte]; porque o próprio Senhor descerá do céu com uma chamada dominante, com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus, e os que estão mortos em união com Cristo se levantarão primeiro. Depois nós, os viventes, que sobrevivermos, seremos juntamente com eles arrebatados em nuvens, para encontrar o Senhor no ar; e assim estaremos sempre com o Senhor.” — 1 Tessalonicenses 4:14-17.

      7. Que espécie de ressurreição receberam os que dormiam?

      7 Isto significa que, durante a parusia do Senhor, na ocasião de começar o julgamento, houve uma ressurreição invisível dos fiéis “escravos” adormecidos para a vida celestial no espírito. Naturalmente, isto não foi visível aos olhos carnais dos “escravos” sobreviventes ainda na terra, assim como foi também invisível para as pessoas mundanas que não eram “escravos” do Senhor Jesus, invisivelmente presente.

      8, 9. (a) O que mostra a evidência quanto a se o encontro dos “escravos” do Senhor no ar significa a elevação de corpos físicos na atmosfera? (b) O que influi neste assunto, conforme salientado em 1 Coríntios 15:50-54?

      8 O encontro dos “escravos” ressuscitados com o “Senhor no ar” também foi invisível a todos os olhos carnais na terra, de modo que os homens na terra não sabiam de sua ocorrência, exceto pela fé na Palavra de Deus e pelos indícios dos tempos. Os “escravos” que dormiam na morte foram todos ressuscitados juntos, ao mesmo tempo, “para encontrar o Senhor no ar”. No entanto, os “escravos” na terra, que sobreviveram até o tempo do julgamento ou do ajuste de contas começar, não foram arrebatados literalmente nos seus corpos físicos, visíveis, para a atmosfera da terra, a fim de se encontrar com um Senhor visível no ar, porque a história moderna não registra tal acontecimento. Membros deste grupo sobrevivente de “escravos” têm morrido de vez em quando durante os já mais de cinqüenta anos que decorreram desde então, mas, segundo a promessa bíblica, tiveram uma ressurreição instantânea à vida no espírito, nos céus invisíveis. Visto que a parusia do Senhor já havia começado, não precisavam dormir na morte à espera de sua chegada. A eles se aplica o que Paulo disse:

      9 “Carne e sangue não podem herdar o reino de Deus, nem pode a corrução herdar a incorrução. Eis que eu vos digo um segredo sagrado: Nem todos adormeceremos [na morte], mas todos seremos mudados, num momento, num piscar de olhos, durante a última trombeta. Pois a trombeta soará, e os mortos serão levanta dos incorrutíveis, e nós seremos mudados. Pois isto que é corrutível tem de revestir-se de incorrução e isto que é mortal tem de revestir-se de imortalidade. Mas quando [isto que é corrutível se revestir de incorrução] isto que é mortal se revestir de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: ‘A morte foi tragada para sempre.’” — 1 Coríntios 15:50-54; Isaías 25:8.

      10. De que modo são estes “escravos” chamados de “felizes” em Revelação 14:13?

      10 Aos escravos ungidos que sobreviveram na terra até e durante a parusia ou presença do Senhor, e que morreram depois em união fiel com o Senhor, aplica-se a promessa de Revelação 14:13: “Felizes os mortos que morrem em união com o Senhor, deste tempo em diante. Sim, diz o espírito, descansem eles dos seus labores, porque as coisas que fizeram os acompanham.” São “felizes” porque ao morrerem na carne passam por uma transformação instantânea de corrução para incorrução, de mortalidade para imortalidade, de humano para espírito, de modo que, sem dormirem na morte cessam seus labores terrenos e entram logo na obra celestial com seu Senhor, de quem são co-herdeiros.

      11. Quem foi este R. J. Martin, usado como exemplo para o precedente?

      11 Por exemplo, tome o caso de Robert J. Martin. Ele foi um dos oito homens cristãos, consagrados, que incluíam o presidente da Sociedade, J. F. Rutherford, os quais sofreram cerca de nove meses de encarceramento injusto na penitenciária federal de Atlanta, Geórgia, E. U. A., de 5 de julho de 1918 a 25 de março de 1919. Quando este “escravo” foi liberto sob fiança, em Brooklyn, Nova Iorque, na quarta-feira, 26 de março de 1919, praticamente não tinha nada no que se referia a “talentos” de seu Senhor celestial. A Primeira Guerra Mundial com sua perseguição dos “escravos” do Senhor já havia passado mais de quatro meses antes, e R. J. Martin praticamente tinha de começar de novo. Ainda estava em união fiel com o Senhor Jesus e tinha prazer em aceitar “talentos”, com os quais podia ‘fazer negócios’ para seu Senhor celestial, a fim de ampliar o campo que seria fértil na produção de discípulos do Senhor Jesus Cristo. No ano que se seguiu à sua libertação da prisão ele foi feito gerente da gráfica recém-estabelecida em Brooklyn para a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados. Em 1.º de novembro de 1926, foi constituído um dos diretores desta Sociedade, cargo que ocupou até o seu fim terrestre.

      12. Quando faleceu Martin e que comentário fez sobre isso A Torre de Vigia?

      12 Passaram-se assim os anos, durante os quais R. J. Martin fielmente fez negócios para aumentar os “talentos” que lhe foram confiados no campo de fazer discípulos. Morreu no seu cargo em 23 de setembro de 1932, à idade de cinqüenta e quatro anos. (Nasceu em 30 de março de 1878.) Seu falecimento, “em união com a Senhor”, foi anunciado no número inglês de 1.º de outubro de 1932 da Torre de Vigia e Arauto da Presença de Cristo, página 304, onde se dizia em parte:

      Foi pouco depois da meia-noite ou do começo da manhã de 23 de setembro de 1932, que Robert J. Martin, soldado na organização de Jeová, desarmou sua tenda terrena e partiu pacificamente. Esta testemunha boa e fiel terminou sua carreira na terra. Há todo motivo para se crer que passou imediatamente para o reino e está agora para sempre com o Senhor, na organização capital de Jeová.

      . . . Os companheiros fiéis do irmão Martin tem a esperança de que eles também vejam o Senhor em toda a sua glória e beleza, e que participem depois para sempre no cumprimento dos propósitos de Jeová. A devoção do irmão Martin à causa de Jeová é uma inspiração para os do restante que continuam a levar a batalha até o portão. . . .

      13. Quando faleceu o co-prisioneiro de Martin, Rutherford, e o que assinalou historicamente o seu falecimento?

      13 Seu companheiro de prisão, J. F. Rutherford, terminou a sua carreira terrestre à idade de setenta e dois anos, enquanto ainda presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E. U. A.), na quinta-feira, 8 de janeiro de 1942. Seu falecimento foi anunciado sob o título “Testemunha Fiel”, na página 45 do número inglês de 1.º de fevereiro de 1942 da Sentinela Anunciando o Reino de Jeová. A história de mais de trinta anos desde então mostra que sua morte assinalou o fim duma época nas atividades modernas das testemunhas cristãs de Jeová.

      14. (a) O que se pode biblicamente crer a respeito destes dois “escravos” quanto à sua recompensa por negociarem com os “talentos” de Cristo? (b) Será que os “escravos” ainda vivos na terra entraram numa “alegria”? E que dizer do assunto da regência?

      14 Certamente, a carreira dos “escravos” cristãos, tais como os dois mencionados, indica que ‘fizeram negócios’ com os “talentos” do Senhor que lhes foram confiados, e que assim aumentaram o campo terreno de operação para a produção de mais discípulos de Cristo. Há motivos bíblicos para se crer que, ao comparecerem perante a cadeira de juiz de seu Senhor Jesus Cristo, ouviram as suas palavras de elogio: “Muito bem, escravo bom e fiel! Foste fiel em poucas coisas. Designar-te-ei sobre muitas coisas. Entra na alegria do teu amo.” (Mateus 25:21, 23) Mas agora, muitos anos depois, ainda há um pequeno restante destes “escravos” cristãos, leais, na terra, que procuram amorosamente aumentar os “talentos” de seu Amo celestial. Esperam no tempo devido terminar sua carreira terrestre e comparecer perante a cadeira celestial de julgamento de Jesus Cristo e felizes ouvir estas mesmas palavras de elogio. Mesmo agora, ainda na terra, porém, ao ponto em que aumentam os “talentos” de seu Dono celestial, já entraram em boa medida na alegria de seu Amo. Entretanto, não entraram na posse de alguma regência, mas apenas aguardam participar no seu reinado milenar no céu.

      O “ESCRAVO INÍQUO E INDOLENTE”

      15, 16. (a) De que modo deixou de usar sua “capacidade” o escravo com um talento, e com que conseqüências? (b) Que desculpa apresentou por devolver apenas aquilo que recebeu?

      15 Estamos agora interessados em saber o que aconteceu ao escravo da parábola de Jesus, que recebeu apenas um talento e a respeito de quem se disse: “Mas aquele que recebera apenas um foi e cavou no chão, e escondeu o dinheiro de prata de seu amo.” (Mateus 25:15, 18) Não se esforçando, nem mostrando coragem para ‘fazer negócios’, assim como fizeram o escravo com os cinco talentos e o escravo com os dois talentos não se podia esperar que este terceiro escravo aumentasse o talento de prata de seu amo. Possuía a “capacidade” proporcional para manejar aquele um talento de prata e produzir um aumento com ele, mas ele deixou de mostrar sua capacidade. Na vinda e durante a presença ou parusia de seu amo, não teria nenhum aumento para mostrar, ao se ajustarem as contas. Portanto, que desculpa teria para não apresentar nenhum aumento ao seu amo? Na parábola, Jesus nos diz:

      16 “Por fim, apresentou-se aquele que recebera um talento e disse: ‘Amo, eu sabia que és homem exigente, ceifando onde não semeaste e ajuntando onde não joeiraste. Por isso fiquei com medo, e fui e escondi no chão o teu talento. Aqui tens o que é teu.’” — Mateus 25:24, 25.

      17. (a) Aprovava este escravo que seu amo fosse semelhante ao fazendeiro que descreveu? (b) Por que achava o escravo que seu amo não tinha direito de se queixar por não receber aumento?

      17 Este escravo sabia que se esperava dele um aumento. Mas faltou-lhe a coragem de assumir o risco por ‘fazer negócios’ com o talento de prata de seu amo. Não tinha amor ao seu amo, para agir apesar de seus temores, e assumir o risco e fazer o empenho de aumentar os “bens” de seu amo. Comparou o seu amo a um fazendeiro, que não só obtém safras de sua própria terra, mas também colhe produtos de terras que não são suas e que não cultivou, colhendo cereais que não havia joeirado. O escravo não aprovava que seu amo produzisse aumentos desta maneira. Pelo menos, acusou seu amo de produzir aumento de tal maneira. Assim coerente com a sua crença e atitude professa, devolveu apenas o único talento de prata que seu amo lhe confiara. Assim, conforme ele pensava, visto que seu amo não sofrera nenhuma perda, por que se devia queixar? Recebia de volta o que era seu. O escravo não reconhecia que o dinheiro era para circular e para ser usado de modo lucrativo.

      18. O amo respondeu ao escravo segundo que raciocínio, e por isso, por que apelidou ele o escravo desta maneira?

      18 O amo do escravo respondeu-lhe segundo o seu próprio argumento, pois lemos: “Em resposta, seu amo disse-lhe: ‘Escravo iníquo e indolente, sabias, não é verdade, que ceifo onde não semeei e ajunto onde não joeirei? Pois bem, devias ter depositado meu dinheiro de prata junto aos banqueiros, e, na minha chegada [literalmente: e tendo chegado], eu estaria recebendo o meu com juros.’” — Mateus 25:26, 27.

      19. Por que merecia o escravo ser chamado de “iníquo”, e de que “maneira fácil” poderia ter satisfeito os requisitos de seu amo?

      19 Este escravo inútil era “iníquo”, visto que deixar ele de produzir aumento para seu amo era deliberado e proposital. Não estava interessado no aumento dos bens de seu amo. Não que não soubesse que seu amo exigia um aumento. Sabia disso e podia ter adotado o modo fácil de depositar o talento de prata junto aos banqueiros, para que estes fizessem investimentos com ele e produzissem lucros, pagando assim juros sobre o dinheiro depositado junto a eles. Assim, o amo do escravo, ao voltar, não só teria recebido de volta o talento de prata, mas também os juros pagos sobre o depósito de dinheiro junto aos banqueiros. Ele não só não imitou o escravo com os cinco talentos e o escravo com os dois talentos, mas tampouco cooperou com eles. Embora devolvesse o talento de prata original que se lhe confiou, realmente causou uma perda ao seu amo. Causar ele deliberadamente tal perda ao seu amo o tornou “iníquo”

      20. Em que sentido era “indolente” aquele escravo, com que resultado para ele?

      20 O escravo inútil era também “indolente”. Era preguiçoso, não querendo ‘fazer negócios’ com prontidão, assim como os outros escravos fizeram. Tinha a capacidade de trabalhar proveitosamente, senão o seu amo não lhe teria confiado pelo menos um talento. Receber ele um talento o tornou o menos responsável de todos os três escravos, mas esta quantia menor de dinheiro não estava acima de “sua própria capacidade” de cuidar. Contudo, em vez de aplicar sua capacidade de modo proveitoso, cavou no chão, escondeu o talento do amo e o tornou improdutivo. Era tão indolente, que até mesmo avaliar ele seu amo como “homem exigente” não impeliu a trabalhar com o talento precioso durante longa ausência de seu amo. O escravo tinha bastantes oportunidades. Deixar de produzir aumento resultou em desastre para ele.

      21. Qual é o equivalente do escravo no clímax hodierno do cumprimento da parábola?

      21 Este “escravo iníquo e indolente” tem um equivalente moderno no cumprimento da parábola, no seu clímax nos nossos dias. Assim como no caso dos dois co-escravos, o escravo improdutivo também representa uma classe ou um grupo de escravos cristãos que realmente estão no serviço do Amo celestial, o Senhor Jesus Cristo, ou que estão comprometidos a estar no serviço dele. Esta classe inútil apareceu após o ajuste de contas ter começado naquele primeiro ano do após-guerra de 1919 E.C.

      22. Quem mais afirmava estar no serviço do Amo celestial, mas como negligenciaram os “bens” dele depois do fim da Primeira Guerra Mundial?

      22 Naturalmente, os membros sectários das igrejas da cristandade professavam estar no serviço do Senhor celestial, Jesus Cristo. Pois bem, foram cultivar o campo aberto diante deles no fim da Primeira Guerra Mundial em 11 de novembro de 1918, e passaram a produzir discípulos para o Rei reinante Jesus Cristo então na sua parusia? Não; adotaram um proceder transigente com os políticos e militaristas deste mundo. Negligenciaram os “bens” do Reino, do Rei, cujo domínio principesco deve aumentar sem fim. Voltaram seu interesse e sua atenção para a proposta Liga das Nações, que o Conselho Federal das Igrejas de Cristo na América chamou de “expressão política do Reino de Deus na terra”. (Isaías 9:6, 7) Tentaram aumentar o número dos apoiadores e adoradores daquela organização internacional em prol de paz e segurança mundiais, feita pelo homem. Atualmente, as seitas e denominações religiosas da cristandade advogam a organização sucessora dela, as Nações Unidas.

      23. Qual foi o resultado de não cultivarem o campo do mundo em benefício do reino messiânico de Deus?

      23 No ajuste de contas durante este tempo de exame por parte do Senhor Jesus Cristo, tais professos “escravos” na cristandade não lhe podem apresentar nenhum aumento de seus bens. Não cultivaram o campo mundial em benefício do reino messiânico de Deus, porque lhe voltaram as costas e deixaram o povo na ignorância a respeito do reino messiânico estabelecido de Jeová.

      24. Como se ajustam os descritos no parágrafo três da resolução “Novo Nome” ao quadro do “escravo . . . indolente”?

      24 No entanto, mesmo entre os que estavam em contato com os “escravos” fiéis do retornado e reinante Rei Jesus Cristo apareceu uma classe de cristãos ungidos que se enquadrava na representação do “escravo iníquo e indolente”. Evidentemente, esta é a classe mencionada no terceiro parágrafo da Resolução intitulada “Um Novo Nome”, adotada na tarde de domingo, 26 de julho de 1931, no congresso internacional realizado em Columbus, Ohio, E. U. A., sob os auspícios da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados. Citamos aqui este parágrafo:

      CONSIDERANDO que pouco depois da morte de Charles T. Russell surgiu uma divisão entre os associados com ele em tal obra, resultando em que certo número de tais se retirassem da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados [dos E. U. A.], os quais, desde então, têm recusado cooperar com dita Sociedade e sua obra e se têm negado a concordar com a verdade conforme publicada pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados na Torre de Vigia e em outras publicações recentes das ditas sociedades acima mencionadas, tendo-se oposto e agora se opondo à obra de dita Sociedade na proclamação da mensagem atual do reino de Deus e do dia da vingança de nosso Deus contra todas as partes da organização de Satanás, e estes opositores se têm agrupado em diversas e numerosas associações e têm adotado e agora levam nomes tais como, a saber: “Estudantes da Bíblia”, “Estudantes Associados da Bíblia”, “Russelitas ensinando a verdade conforme exposta pelo Pastor Russell”, “Resistentes” e outros nomes similares, todos os quais tendem a causar confusão e mal-entendidos . . .”

      25. Por conseguinte, os que se acabam de mencionar não compartilharam em que experiência e realizações dos que levam o “novo nome”?

      25 Efetivamente, estes não-cooperativos e até mesmo opositores, mencionados acima, não adotaram este “novo nome”, testemunhas de Jeová, nem se tornaram conhecidos como testemunhas cristãs de Jeová. Tampouco compartilharam dos terríveis sofrimentos que os portadores do “novo nome” tiveram de suportar desde então, nem na obra de anunciar o reino estabelecido de Jeová nas mãos de seu Messias, em todas as partes da terra. Por estes motivos, não compartilharam na expansão maravilhosa do campo para se cultivar e produzir discípulos de Cristo, incluindo atualmente 207 terras e ilhas ou grupos de ilhas, e exigindo a publicação da mensagem do Reino em mais de 160 idiomas. Apesar da ferrenha perseguição em vários países, este cultivo do campo (que é o mundo da humanidade) para se produzir discípulos adicionais de Cristo prossegue até o seu cúlmino! Atualmente é realizado sob a supervisão das noventa e seis organizações filiais da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia.

      26. Que evidência há de que os do restante dos “escravos” ungidos tiveram a bênção do Céu no uso dos “talentos” do Amo no cultivo do campo do mundo?

      26 É evidente, pois, que este aumento dos “bens” da Rei messiânico, de seus “talentos”, tem a aprovação e a bênção do Deus Altíssimo Jeová e de seu Filho Jesus Cristo. Os “escravos” ungidos, empenhados em usar os “talentos” do Rei, acham esta responsabilidade alegre e esforçam-se a se habilitar como “escravo bom e fiel”, do ponto de vista de seu Amo celestial. Não querem que alguém da classe do “escravo iníquo e indolente” se associe com eles. Antes, procuram ajudar a todos os que satisfazem as especificações bíblicas a se associarem com eles, para se tornarem ministros produtivos da Palavra de Deus. Em evidência da bênção divina sobre os seus empenhos amorosos, durante o ano de serviço de 1973, houve 193.990 dos ensinados que foram batizados em água como discípulos do Senhor Jesus Cristo. Durante os últimos cinco anos de serviço 1969-1973, mais de três quartos de um milhão, realmente 792.019, foram assim batizados em países em todo o globo. De modo que os do restante dos “escravos” ungidos, que aumentam os “bens” do Senhor, não acreditam que ele esteja colhendo indevidamente a que ele mesmo não tenha semeado, quando estava na terra.

      TIRADO O “UM TALENTO” NÃO USADO

      27. Qual foi a decisão do amo a respeito do escravo inútil?

      27 Na parábola, o que decidiu o amo a respeito do escravo que deixou de apresentar “com juros” a este amo o que lhe pertencia? “Portanto”, disse o amo indignado a respeito do “escravo iníquo e indolente”, que se mostrou inútil, “tirai-lhe o talento e dai-o àquele que tem dez talentos. Pois a todo aquele que tem, mais será dado, e ele terá abundância; mas, quanto àquele que não tem, até mesmo o que tem lhe será tirado. E lançai o escravo imprestável na escuridão lá fora. Ali é onde haverá o [seu] choro e o ranger de [seus] dentes”. — Mateus 25:28-30.

      28. Que considerações mostradas para com os escravos proveitosos foram negadas a este escravo, e o que significava para ele ser lançado na escuridão lá fora?

      28 Este escravo não é convidado a entrar na alegria de seu amo. Não é designado para governar muitas coisas por ter sido achado fiel sobre poucas. Ele não é chamado “escravo bom e fiel”, mas é chamado “escravo imprestável.” Não é retido no serviço e na casa do amo como escravo, mas é lançado fora da casa, “na escuridão lá fora”. Evidentemente, o retomado amo ajustou as contas com seus escravos à noite, e por isso havia “escuridão lá fora”, na qual o escravo podia ser lançado. Em vez de encontrar lá fora a alegria de seu amo, ele choraria e rangeria os dentes por causa das condições nas quais é lançado.

      29. Por que fornece isso uma lição solene para os “escravos” ungidos, atualmente fiéis, na situação tenebrosa do mundo?

      29 Isto apresenta uma lição solene para o restante dos “escravos” ungidos da atualidade. Eles precisam continuar a trabalhar pelo aumento dos “bens” de seu Amo celestial. Senão, a série de valores que lhes foi confiada pelo seu amo lhes será tirada. Também, serão lançados na “escuridão lá fora”, para se juntar ali à classe do “escravo iníquo e indolente”. Desde o fim dos Tempos dos Gentios no ano 1914, tem sido noite para o mundo da humanidade fora da casa iluminada do Amo celestial, Jesus Cristo, estando até mesmo a cristandade envolvida em tal escuridão noturna. Mas esta escuridão enegrecerá intensamente ao chegar o tempo, segundo a cronometria de Deus, para irromper repentinamente a “grande tribulação” nesta geração da humanidade. (Mateus 24:21, 22; Lucas 21:34-36) A classe do “escravo iníquo e indolente” será lançada nesta escuridão mortífera, para ali chorar e ranger os dentes com os hipócritas religiosos, até perecerem.

      30. Como se tira aquele “um talento” da classe do ‘escravo indolente’, a quem é dado e por quê?

      30 Neste tempo da parusia do Amo, quando ele ajusta as contas com seus “escravos”, quer com os que morrem individualmente, quer com as respectivas classe’ de escravos ainda na terra, uma coisa se torna evidente. Os da classe do “escravo iníquo e indolente” não fazem negócios com seu “um talento” e não lhe produzem juros sobre seu “dinheiro” Por conseguinte, ele já tirou aquele “um talento” desta classe infiel, que sobrevive até agora como classe. Não os deixa ter qualquer designação da parte dele quanto a território a ser cultivado e tornado produtivo de discípulos adicionais de Cristo. Não são mais tratados como escravos Dele; não os reconhece nem aceita suas atividades religiosas. Não os deixa compartilhar a luz alegre de sua casa Seu “um talento” lhes é tirado e seu campo designado de potencial para fazer discípulos é dado aos da classe do “escravo bom e fiel”, que aumentou ou está aumentando os “bens” do Rei a “dez talentos”, usando da maior capacidade no campo de fazer discípulos. — Mateus 28:19, 20; Salmo 2:8.

      31. (a) Que regra de proceder, da parte do Amo, é assim exemplificada? (b) O que não possuía adicionalmente a classe do ‘escravo indolente’, além da “capacidade”, e, por isso, o que se lhe fez?

      31 Assim se exemplifica hoje o princípio divino ou a regra de procedimento de que “a todo aquele que tem, mais será dado, e ele terá abundância; mas, quanto àquele que não tem, até mesmo o que tem lhe será tirado”. (Mateus 25:29) Na parábola, o “escravo iníquo e indolente” tinha “um talento”, mas não tinha o que devia ser estimulado e manifestado pela posse deste “um talento”. Este algo a mais devia ser o zelo leal pelo seu amo, o apreço do que se lhe confiou a crença de que seu amo merece ter um aumento do “um talento”, que tinha poder operacional, poder de lucrar. Deixar ele de apresentar um aumento ao se ajustarem as contas atesta de modo eloqüente, em adição às suas próprias desculpas, que ele não tinha aquele algo a mais da sua parte. Portanto, o “um talento” lhe foi tirado por ser “escravo imprestável”. Havia desapontado a confiança que seu amo depositara nele. Foi despedido do serviço de seu amo e afastado de sua casa.

      32. O que é aquele adicional que os da classe do ‘escravo indolente’ não têm desde 1919, e, assim, o que lhes é tirado?

      32 O mesmo princípio é aplicado à hodierna classe do “escravo iníquo e indolente”. Aos desta classe foi confiado o que corresponde a “um talento”. Este procedia de seu Amo celestial, especialmente a partir do primeiro ano de após-guerra de 1919. Mas, tinham de ter algo da sua própria parte para complementar ou para acompanhar apropriadamente aquele “um talento”. Esta coisa complementar que sua posse do “um talento” devia ter estimulado neles era o zelo e a devoção para com o reino messiânico de Jeová, a crença em que seu Amo celestial merecia receber um aumento no campo da produção de discípulos, o motivo corajoso e amoroso de ter a maior participação possível na proclamação do estabelecido reino messiânico de Deus e em fazer discípulos de pessoas de todas as nações, não apenas da nação judaica, à qual Jesus Cristo, na terra, restringiu seu ministério público e particular. Visto que não possuem o que eles mesmos deviam aplicar no uso do “um talento” do Amo, este “talento” lhes é tirado, conforme indicam os fatos atuais.

      33. (a) Portanto, as custas de quem recebem os da classe do “escravo bom e fiel” uma “abundância”? (b) Que alegria têm e que regência aguardam?

      33 Por outro lado, as classes do “escravo bom e fiel” têm aquilo que deve complementar confiarem-se-lhes os “talentos” de seu Amo celestial. Fiel ao quadro da parábola, dá-se-lhes mais, às custas da classe do “escravo iníquo e indolente”, e acrescentam-se-lhes oportunidades e privilégios, como “escravos” responsáveis, fidedignos e rendosos. Em conseqüência, tem deveras uma “abundância” no campo aumentado de fazer discípulos. Ao alegrarem o coração de seu Amo, sua própria alegria transborda e eles tem um antegosto da alegria que seu Amo sente no seu já estabelecido reino. Esta alegria fortalece-os a prosseguirem no serviço dele até o fim de sua carreira terrestre. E quando isto acontecer, esperam, pela ressurreição dentre os mortos, entrar na plenitude de sua alegria e serem feitos governantes sobre muitas coisas no seu reino milenar. Conhecerão então plenamente a felicidade dos “escravos” que tem parte na “primeira ressurreição”. — Revelação 20:6.

      34. O cumprimento observável destas partes culminantes da parábola de Jesus prova que esta em progresso o que? E por quê?

      34 É desta maneira já mencionada que a parte culminante da parábola dos “talentos” se tem desenrolado desde o ano de 1919 E.C. Isto pôde ser observado por pessoas e nações em toda a terra habitada. Especial. mente os da classe do “escravo bom e fiel” se apercebem disso. Tudo isso prova que a parusia ou presença invisível do Rei Jesus Cristo já está em andamento desde o fim dos Tempos dos Gentios em 1914. Portanto, faz parte do grande “sinal” da “presença” de Cristo e da “terminação do sistema de coisas”, sendo a parábola dos “talentos” uma parte da profecia pormenorizada dele a respeito deste “sinal”. — Mateus 24:3.

      35. Por que desejamos prosseguir na consideração da profecia de Cristo, a fim de provar que fato?

      35 No entanto, o “sinal” da presença invisível de Cristo em espírito envolve mais do que as parábolas das “dez virgens” e dos “talentos” já consideradas. Mais uma parábola constitui uma parte importante de sua profecia sobre o “sinal”, e o cumprimento dela em nosso tempo espantoso aumenta a prova de que a presença, ou parusia, do Senhor Jesus Cristo prossegue ainda para outras coisas maravilhosas. Vamos continuar a considerar a grande profecia de nosso Senhor?

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