Dedicou-se Aceitàvelmente a Deus?
TODOS os anos, um grande número de pessoas humildes em todo o mundo aprende sôbre os maravilhosos propósitos de Deus e seus requisitos justos. Elas vêem a necessidade de servir a êste grande Deus, Jeová, e então lhe dedicam a vida, simbolizando-o pelo batismo ou imersão em água. (Mat. 28:19, 20) Dêste modo, centenas de milhares de pessoas de tôdas as rodas da vida se tornam servos dedicados de Jeová Deus.
Todavia, às vêzes surgem perguntas na mente de alguns dêstes servos dedicados de Deus referentes à validez da dedicação dêles e do batismo. Entendendo agora tanto mais sôbre os propósitos de Deus, alguns imaginam se a dedicação de há anos atrás seja própria ou não. Perguntam: Dediquei-me aceitàvelmente a Deus? Como posso saber se foi válida? Quanto precisava saber naquela ocasião? Não me lembrando da ocasião exata em que me dirigi em oração a Deus e me dediquei, devo batizar-me de nôvo? O que fazer, sendo que as perguntas feitas atualmente aos candidatos ao batismo não eram feitas nos anos de meu batismo? Significa isto que eu preciso batizar-me de nôvo?
INFORMADOS CORRETAMENTE
Os que com o passar dos anos se submeteram ao batismo em água pelas testemunhas de Jeová não têm motivos para pensar que não entendiam o que estavam fazendo na ocasião em que se batizaram ou que não estavam informados acêrca do que estavam para fazer antes de serem imersos em água.
Nas assembléias gerais e nas congregações, sempre foi a norma da Sociedade Tôrre de Vigia proferir um discurso sôbre batismo a tôdas as pessoas interessadas antes da realização do batismo. Todos os oradores designados pela Sociedade Tôrre de Vigia ou pelas congregações locais dão nos seus sermões uma explicação sobre o batismo e sua importância, segundo o que já foi publicado nos livros e nas revistas da Sociedade Tôrre de Vigia até o tempo em questão. Além disso, os interessados podem ter lido tais artigos antes do batismo.
Só porque alguém não se lembra clara e distintamente dos seus pensamentos exatos na ocasião do seu batismo em água não significa que êle não soubesse o que significa o batismo. Um lapso de memória nada prova. Não significa que êle não soubesse o que estava para fazer por simbolizar a sua dedicação.
O que o batismo em água simboliza sempre foi claramente entendido e explicado pelas testemunhas de Jeová, embora tenha havido uma mudança na terminologia. Outrora, o que agora chamamos de “dedicação” era chamado de “consagração”. Foi chamado consagração, por exemplo, no livro de Charles Taze Russel, intitulado “A Nova Criação”, sendo explicado nesse livro o significado do batismo em água, especialmente com referência aos que constituem o corpo simbólico de Cristo, os que têm a esperança da vida celestial. No tempo devido, porém, na Sentinela de 15 de maio de 1952, em inglês, foram publicados dois artigos sôbre êste assunto. O artigo principal intitulava-se “Dedicação a Deus e Consagração” e o segundo intitulava-se “Dedicação Para a Vida no Nôvo Mundo” (êste foi publicado em português na Sentinela de setembro de 1952). Êstes artigos mostraram que a outrora chamada “consagração” seria mais apropriadamente chamada “dedicação”. Desde então o têrmo “dedicação” vem sendo empregado.
O entendimento sôbre o significado simbólico do batismo em água tinha sido ampliado antes de 1952 para incluir os da classe das “outras ovelhas”, os que têm esperança de viver para sempre numa terra paradisíaca, bem como os do corpo ungido de Cristo. Segundo declarado na página 677 do livro ‘Caiu a Grande Babilônia!’ Domina o Reino de Deus!”, “o restante ungido indicou claramente desde 1934 em diante que as ‘outras ovelhas’ devem dedicar-se plenamente a Deus e simbolizar tal dedicação pelo batismo, tornando-se então contestemunhas de Jeová com o restante. — Veja-se A Tôrre de Vigia e Arauto da Presença de Cristo, de 15 de agosto de 1934, páginas 249, 250, parágrafos 31-34, em inglês”. Assim, o batismo em água foi ampliado para incluir a classe das “outras ovelhas”. O seu significado simbólico também continuou a ser entendido corretamente.
A Sociedade Tôrre de Vigia, em tôdas as suas publicações, continuou a ter o cuidado de não deixar as pessoas interessadas na ignorância do fato de que o batismo em água simbolizava a consagração ou, como melhor entendido agora, a dedicação. No seu breve relato sôbre a assembléia geral realizada em Washington, de 31 de maio a 3 de junho de 1935, a edição da Sentinela inglêsa de 1.° de julho de 1935, disse na página 194: “Cêrca de vinte mil pessoas interessadas estavam presentes, entre as quais havia grande número de jonadabes [os que têm esperança terrestre], que simbolizaram a consagração pela imersão em água.” No ano seguinte, ou em 1936, foi publicado o livro Riquezas, que declarou na página 139 sob o título “Batismo”: “É necessário que os jonadabitas ou pessoas de boa vontade para com Deus sejam batizadas ou imersas em água atualmente? Êsse ato é de obediência, e é justo e necessário da parte daqueles que se consagram . . . É confissão exterior de que a pessoa que vai ser batizada em água já concordou em cumprir a vontade de Deus.”
Em 1939 publicou-se o livro Salvação, e nas páginas 239, 240, 241 e 242, sob o título “Batismo”, êle diz: “O batismo ou imersão em água é um símbolo exterior testificante de que a pessoa assim imersa deixou a sua vontade egoística para fazer a vontade de Deus. . . . Portanto o batismo testifica, simbólica e exteriormente o acordo para fazer a vontade de Deus. . . . O batismo é exigido por ser acto de obediência; e exige-se que todos os que agradam a Deus sejam obedientes.”
No relato da edição inglêsa de A Sentinela de 15 de setembro de 1941, sôbre a assembléia das testemunhas de Jeová, realizada em São Luís, Misúri, em 1941, diz-se na página 287: “Nunca, desde o Pentecostes de 33 E. C., houve tão grande número de batizados, de uma só vez e num só lugar, em símbolo da consagração dêles a Jeová, mediante Cristo Jesus, para fazer a vontade divina. Levou duas horas para a realização dêste ato de fé e obediência, tão grande era o número dos que se apresentavam.” No discurso sôbre batismo a todos os candidatos, o orador da ocasião frisou que o batismo em água simbolizava a consagração ou, como sabemos ser agora, a dedicação. 3.903 foram imersos.
Assim, pois, através dos anos, vem frisando-se contìnuamente o fato de que o batismo em água simboliza a decisão que se faz de se devotar dali em diante e para sempre a Jeová Deus, mediante Jesus Cristo. Por conseguinte, pode-se ver que bem desde o início o significado da dedicação e do batismo em água foi claramente entendido e apresentado a todos os que desejam servir a Deus corretamente. A mudança de terminologia, de “consagração” para “dedicação”, não influiu de modo algum sôbre o que significa nem sôbre o que se entendia ser o voto ou promessa feita para fazer a vontade de Deus.
PERGUNTAS NO DISCURSO SÔBRE BATISMO
Pode ser que em algumas ocasiões batismais nos anos passados não eram feitas perguntas que pudessem ser respondidas audìvelmente pelos candidatos ao batismo, sendo perguntas relativas à fé, obediência e dedicação dêles.a Todavia, a falta de fazer o orador tais perguntas no batismo e de responderem os candidatos ao batismo a estas perguntas de modo audível e afirmativamente, não enfraquece a validez do batismo realizado em tal ocasião. O elemento decisivo na questão é que o orador apresentou corretamente o significado do batismo em água às pessoas interessadas e elas entenderam a questão, sendo que por isso foram ao local de imersão, trocaram de roupa e permitiram ser mergulhadas sob as águas.
Não há motivos para alguém pensar que por não conseguir lembrar-se do que se passou há alguns ou há muitos anos êle não sabia o que estava fazendo na ocasião do seu batismo. Tôdas as suas ações indicam que êle entendeu e se submeteu conscientemente ao batismo em símbolo da dedicação feita decisivamente a Jeová Deus, mediante a fé no Senhor Jesus Cristo.
Na edição de 1.° de outubro de 1942, A Sentinela, nas páginas 300 a 302 trouxe em inglês um artigo intitulado “Batismo”, que conclui com a seguinte declaração: “Antes de prosseguir com o seu batismo é próprio primeiramente que responda com afirmação às seguintes perguntas, para mostrar que está agindo com entendimento bíblico e que está em condições de se batizar como servo devotado do Senhor, plenamente responsável perante Êle: (1) Crê em Jeová Deus, o Pai, que a ‘salvação pertence a Jeová’, e que Cristo Jesus é o seu Filho, em cujo sangue são lavados os seus pecados e por meio de quem a salvação vem de Deus? (2) Portanto, confessou os seus pecados a Deus e pediu-lhe a purificação mediante Cristo Jesus e, então, desviou-se do pecado e do mundo, consagrando-se sem reserva a Deus para fazer a sua vontade? A resposta sendo Sim, é testemunho de que merece e está em posição para batismo em água em obediência à vontade de Deus.”
Na edição inglêsa seguinte da revista A Sentinela, de 15 de outubro de 1942, no assunto sôbre a assembléia das testemunhas de Jeová em Clevelândia, Oaio, de 18 a 20 de setembro de 1942, diz-se na página 319, referente ao domingo de 20 de setembro: “Iniciou-se o dia às 8 horas com um discurso sôbre ‘Batismo’ e 459 se apresentaram para a imersão em água, em símbolo da completa consagração dêles ao Senhor; foi um prazer ver tantos jovens ‘lembrando-se do Criador dêles nos dias da mocidade’. Êstes, imediatamente após o batismo, uniram-se aos seus outros companheiros nas atividades de campo.”
As perguntas a ser feitas aos candidatos ao batismo antes de aceitá-los para o batismo em água foram publicadas em forma revisada nas edições de fevereiro a abril da Sentinela de 1946, depois do artigo principal: “Batismo — Por Quê?”, isto é, na página 54, sob o título: “Perguntas”. As perguntas ali impressas são substancialmente as mesmas que são feitas aos candidatos ao batismo hoje em dia, sendo que se espera que respondam a elas afirmativamente e de modo audível, antes de serem aceitos para a imersão.
Todavia, serem omitidas no passado em algum discurso sôbre o batismo estas perguntas que devem ser respondidas audìvelmente, não significa, que a informação apresentada não tenha informado acuradamente às pessoas interessadas o que elas estavam fazendo. As publicações da Sociedade Torre de Vigia há muito têm esclarecido a questão e os representantes da Sociedade que proferem o discurso sobre o batismo têm pleno entendimento sôbre o que está envolvido e o tornam claro aos seus ouvintes.
ORAÇÃO EM PARTICULAR
Alguns dizem que não se lembram de orar especìficamente em particular por ocasião da dedicação dêles a Deus e ficam imaginando se isto não invalida o batismo.
Deve-se lembrar que nem tôdas as orações feitas a Jeová Deus precisam ser de joelhos e no isolamento do próprio quarto, em casa. Orações a Jeová podem ser feitas do coração silencioso e sem ser observadas, mesmo quando alguém vai andando pela rua ou mesmo estando parado na presença de outros, como se deu no caso de Neemias, que era copeiro do rei e estava na sua presença, quando orou. (Nee. 2:3-5) Conseqüentemente, só porque alguém não consiga lembrar-se de um momento específico em que tomou a decisão de dali em diante e para sempre ser de Jeová Deus, e que isto tenha sido em oração particular específica, não significa que êle não tenha feito uma dedicação direta de si mesmo ao Altíssimo Deus antes de ser imerso em água.
Sem dúvida, antes de uma pessoa ser imersa em água, em símbolo de sua dedicação, ela tem de tomar a decisão de se submeter à imersão. O próprio motivo de tomar tal decisão seria um entendimento do que simboliza o batismo em água e das obrigações sob as quais se coloca dali em diante por causa de tomar a decisão de ser imersa. Ninguém entra cegamente na água para ser imerso pelas testemunhas de Jeová só porque acontece de estar entre um grupo de candidatos, fazendo mover os pés junto com o grupo para dentro d’água e para as mãos do imersor.
Até mesmo quando a pessoa está trocando de roupa e preparando-se para entrar na água e ser imersa, ela manifesta a si mesma e a todos os observadores que tomou a decisão de estar dedicada dali em diante e para sempre a Jeová Deus, mediante Jesus Cristo. Tal decisão é algo solene, evidentemente, é feita em atitude de prece, tendo a pessoa seus pensamentos em Deus, que pode ler o coração. Portanto, quer alguém tenha tomado a decisão da dedicação muito antes do batismo em água, quer ela tenha sido tomada durante ou depois do discurso sôbre batismo, permanece o fato incontrovertível de que êle se dedicou de coração na presença do Deus Altíssimo, e esta é a coisa de primária importância.
No dia de Pentecostes, quando o apóstolo Pedro disse aos judeus, cujo coração se lhes tinha compungido pelas palavras que êle lhes tinha pregado, o que deviam fazer, êles seguiram o conselho dêle, arrependeram-se e foram batizados naquele dia. (Atos 2:37-41) Êles tinham pouco tempo até o batismo em água para tomarem a decisão de seguir as pisadas do Senhor Jesus. Tal decisão não foi tomada de joelhos nem em oração no isolamento dos seus lares, que estavam espalhados por tôdas as partes do Império Romano, e até mesmo fora dêle. Tomaram a decisão pouco antes do batismo ao qual Pedro os encorajou a se submeter. Fizeram, evidentemente, a sua decisão de pé, na presença dos apóstolos, sôbre os quais se havia derramado naquele dia o espírito santo.
Então, a atitude física de alguém, ou sua localização na hora de tomar a decisão da dedicação, quer seja tomada numa ainda vívida oração específica, não determina a validez do voto de dedicação feita desta maneira. A coisa essencial é que se entenda a dedicação feita ao Deus Altíssimo, mediante seu Filho Jesus Cristo, nosso Salvador.
VIVER SEGUNDO A DEDICAÇÃO
Quando alguém se dedica a Jeová Deus, êle vota ou promete solenemente fazer para sempre a vontade de Deus. No batismo, então, êle simboliza êste voto ou promete continuar progredindo na vereda cristã. A responsabilidade de continuar nesta vereda da vida é de cada um dos que dedicam a vida a Deus. Êle precisa viver segundo a dedicação por fazer o que Deus especifica em sua Palavra. “Oferece a Deus sacrifício de ações de graça, e cumpre os teus votos para com o Altíssimo.” — Sal. 50:14, ALA.
Entretanto, se uma pessoa não viver segundo a sua dedicação, isto não significa que a sua dedicação não valeu. O que significa realmente é que ela simplesmente não está vivendo segundo a dedicação! Significa falha em cumprir seus votos, sua promessa, e não falha de fazer a dedicação correta e do batismo. Quão sério é isto pode ser observado na Palavra de Deus: “Sempre que votares um voto a Deus, não hesites em pagá-lo, pois não há prazer nos estúpidos. O que votas, paga-o.” — Ecl. 5:4.
Assim, se alguém se tiver desviado da fé até certo ponto, ou talvez tenha cometido um pecado sério depois de ser batizado, isto não pode ser tomado como indicação de que seu batismo não deve ter valido e, portanto, êle deve batizar-se de nôvo. Em tudo isto não foram a sua dedicação e batismo que estavam em falta. O caso é a falha dêle em viver segundo sua promessa de fazer a vontade de Deus.
Se alguém se vir hoje em dia a praticar algo mau ou se praticara maldade algum tempo depois de sua dedicação, êle não deve olhar logo para um nôvo batismo para corrigir a situação. O modo de alguém se corrigir perante Jeová é confessar seu êrro a Jeová em oração e também à comissão judicial da congregação, que em prece e bìblicamente cuidará do caso. (1 João 1:9; Tia. 5:16) Seja qual fôr a correção administrada, ela operará para o bem do que confessou o seu êrro, e mesmo para o bem de tôda a congregação.
Entretanto, o caso é diferente quando alguém estava cometendo êrro grave por ocasião de sua “dedicação” e do seu batismo, e até depois. Estando alguém pecando habitualmente, praticando êrro grave naquele tempo, mesmo que cesse algum tempo depois do seu batismo e progrida no serviço de Jeová, êle estava em condição impura perante Deus por ocasião do seu batismo. Tal batismo, visto que não seguiu a verdadeira dedicação, seria inválido. Se uma pessoa neste caso tiver abandonado a prática do pecado, tendo-se arrependido e se dedicado sinceramente a Jeová Deus, ela deve ser batizada de nôvo.
Portanto, se alguém que quiser ser um cristão batizado estiver levando uma vida que, se já fôsse batizado, resultaria na sua separação ou desassociação da congregação cristã, êle não está em condição de ser batizado. Êle precisa primeiro limpar a sua vida em harmonia com os justos requisitos de Deus antes de se apresentar ao Altíssimo para a dedicação e o batismo. — 1 Cor. 6:9-11.
É DE SE ESPERAR O AUMENTO DA APRECIAÇÃO
Em todo o acima pode-se ver que a sociedade do Nôvo Mundo das testemunhas de Jeová tem sido bem cuidadosa em fazer que todos os candidatos ao batismo entendam que êles são imersos em água porque antes disso, quer pouco quer muito tempo antes, decidiram pertencer a Jeová Deus e, concordemente, se dedicaram deliberada e conscientemente a Deus, mediante a fé em Jesus Cristo.
Portanto, não se deve ficar imaginando se tinha um entendimento correto ou não sôbre o assunto quando foi imerso. Com tôda probabilidade, se alguém se apresentou entre os candidatos do batismo, êle similarmente tinha conhecimento suficiente para saber o que estava fazendo, o que significa que sua dedicação e batismo foram válidos.
Com o passar do tempo espera-se que os cristãos cresçam em conhecimento e em entendimento dos propósitos e dos requisitos de Deus. Portanto, é natural que, por ocasião do batismo em água, a pessoa não tenha o conhecimento e o entendimento que vai adquirindo depois de anos de progresso em direção da madureza cristã. Até mesmo o Senhor Jesus, depois do seu batismo no rio Jordão e depois de receber do céu o espírito santo, foi ao deserto da Judéia e passou quarenta dias para ampliar o seu entendimento sôbre o que realmente requeria a sua dedicação a Deus, simbolizada pelo batismo em água. Mas o fato de que êle entendeu melhor a questão da dedicação depois dos quarenta dias, não significa que êle não se tenha dedicado vàlidamente a Jeová Deus. Quando Jesus deixou a carpintaria em Nazaré e foi ter com João Batista no rio Jordão para simbolizar a sua dedicação, êle sabia por quê. Mas também êle ampliou seu conhecimento e entendimento com o passar dos anos.
Devemos ser gratos pelo nosso crescimento e ampliação do entendimento que Deus provê mediante o seu espírito, Palavra e organização. Isto nos ajuda a cumprirmos fielmente a nossa dedicação. Mas só por que éramos relativamente pobres em entender e apreciar o que significava a dedicação na ocasião de nosso batismo, nós, os que temos agora entendimento mais completo, mais exato sôbre a dedicação e batismo, não devemos achar que seja necessário batizarmo-nos de nôvo. Devemos relembrar-nos com equilíbrio mental de tôda a informação impressa e falada que por muitas décadas vem apresentando claramente a questão e não devemos deixar que a nossa memória falha produza em nós um estado instável na mente e no coração.
O que devemos apreciar cada vez mais com o passar do tempo é a séria responsabilidade que colocamos sôbre nós ao dedicarmos nossa vida a Deus. Por todos os meios, sinceramente e de coração, devemos renovar a nossa determinação de viver segundo a dedicação ao Altíssimo Deus Jeová, e, dêste modo, imitarmos seu fiel Filho Jesus Cristo. — 1 Ped. 2:21.
[Nota(s) de rodapé]
a Quando recebia os candidatos à imersão em água, Charles Taze Russel, o primeiro presidente da Sociedade Tôrre de Vigia de Bíblias e Tratados (1884-1916), costumava perguntar o seguinte a tais candidatos.
“(1) Arrependeu-se dos pecados com a restituição conforme a sua capacidade, e confia no mérito do sacrifico de Cristo para o perdão dos seus pecados e para a base de sua justificação?
“(2) Fêz plena consagração de sua pessoa com todos os podêres que possui — talento, dinheiro, tempo, influência — tudo ao Senhor, para ser usado fielmente em Seu serviço, mesmo até à morte?”
Depois que os candidatos respondiam afirmativamente, êle costumava dizer: “Na base destas confissões, reconhecemo-lo qual membro da Família da Fé, e como tal lhe damos a destra do companheirismo, não em nome de alguma seita, ou partido, ou credo, mas em nome do Redentor, nosso glorificado Senhor, e de Seus fiéis seguidores.” — Veja-se A Tôrre de Vigia e Arauto da Presença de Cristo, em inglês, de 15 de maio de 1913, página 159, coluna 2, sob o título “Amplas Perguntas Não-sectárias”
Outros oradores sôbre batismo costumavam seguir esta norma com candidatos para a imersão em água.