há em receber.”’ — Atos 20:31, 33-35.

Por seu exemplo de bondade, Paulo foi estimado por aqueles anciãos. Confrontados com a possibilidade de nunca mais o verem de novo na carne, choraram muito e “lançaram-se ao pescoço de Paulo e o beijaram ternamente”. — Atos 20:37, 38.

Quando consideramos o que Jeová Deus fez por nós, então, iguais ao apóstolo Paulo, devemos querer imitar sua bondade. Para este fim, procuremos oportunidades para fazer o bem aos outros, altruistamente dando de nós mesmos, para ajudar os que padecem necessidade física e espiritual. Assim também nós poderemos tornar-nos estimados pelos outros.

Aprecia suas bênçãos?

TODOS nós usufruímos muitas bênçãos. Mas, paramos alguma vez para contar quantas são? Será que as apreciamos ou apenas aceitamos como pressupostas? Apreciarmos as bênçãos que temos muitas vezes pode significar a diferença entre boa saúde e saúde fraca, entre contentamento e descontentamento, entre paz mental e frustração, ou entre felicidade e infelicidade. Deixarem muitos de apreciar suas bênçãos explica por que se voltam para o alcoolismo, o vício das drogas, a jogatina e a pornografia.

É verdade que não há nada de perfeito no atual sistema de coisas; todos nós temos provações de uma espécie ou outra, e as necessidades de nenhum de nós são plenamente satisfeitas. Sempre há o amargo junto com o doce. Mas como nos afeta isso?

Conforme um idoso servo cristão de Deus o expressou: “Alguns resmungam porque as roseiras têm espinhos; outros são gratos de que os espinheiros têm rosas.”

Precisamos refletir nas bênçãos que recebemos diariamente, porque a tendência humana é aceitar como pressupostas as coisas boas, queixando-se das desagradáveis ou negativas. Lemos assim na imprensa: “Famílias mais Ricas, mas Frustradas.” Embora a renda aumente, “as frustrações, ou temores, as ansiedades da família estadunidense . . . penetram em todos os níveis de renda”, tanto naqueles dos abastados, como nos daqueles que vivem do seguro social. Sim, “a dessatisfação com o emprego e a carreira grassa nas salas dos executivos e gerentes do negócio estadunidense”. Entre os operários existe a queixa típica: “Eu me sinto como aquele sujeito que corre muito, sem sair do lugar.”

Justifica-se todo este descontentamento e frustração? Que talvez seja na maior parte uma questão da atitude mental da pessoa pode ser visto na maneira em que certa família encara as coisas. O marido trabalha numa linha de montagem de automóveis, e neste tipo de serviço há geralmente uma grande proporção de movimentação de pessoal e absenteísmo, supostamente devido ao tédio e à frustração relacionados com ele. Mas, significa isso que tais operários têm poucas ou nenhumas bênçãos que podem apreciar? A esposa explica:

‘Meu esposo, embora formado na universidade, prefere trabalhar numa linha de montagem, tendo rejeitado empregos que lhe dariam posição social. Por quê? Entre as nossas bênçãos há as seguintes: (1) um cheque de ordenado muito elevado; (2) serviço médico (isto nos economizou 2.000 dólares quando eu dei à luz um bebê prematuro); (3) seu emprego é protegido pelo seu sindicato; (4) seu salário aumenta quando o custo de vida aumenta; (5) tem generosos benefícios de feriados e férias; (6) quando acaba com seu serviço noturno (ele prefere o turno da noite), está livre de todas as preocupações; (7) quando ele volta para casa, recebemos o homem inteiro, e assim por diante.’

Em suma, ela diz: “Nem todos são movidos pela ambição e pela procura de posição social. . . . [Alguns estão] mais interessados em . . . tempo livre para leitura, conversação e recreação . . . O bom êxito depende da espécie de gente que se é, não do tipo de emprego ou do saldo no banco. . . . Nós medramos com o tempo de força, a segurança e a ausência de tensão e pressão, que é nosso quinhão como família operária.” — Daily News Magazine, de Nova Iorque, de 16 de setembro de 1973.

Quer o saiba, quer não, esta família operária segue o princípio expresso pelo apóstolo Paulo: “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação e cilada.” Todavia, não devemos desperceber que o apóstolo mostra também que, para termos “grande fonte de lucro”, de ter “piedade com o contentamento”. — 1 Tim. 6:6, 8, 9, Almeida, atualizada.

RESULTADO DE SE DEIXAR DE APRECIAR AS BÊNÇÃOS

Segundo cálculos oficiais, cerca de um milhão de menores fogem de casa, nos Estados Unidos, cada ano. Atualmente, sua idade média é de quinze anos, e está abaixando. É verdade que alguns deles talvez tenham bons motivos para fugir. No entanto, é evidente que, na maior parte, estes menores não apreciam as bênçãos que talvez tenham em casa, comparadas com as condições que encontram e enfrentam na frieza do mundo de fora. A imprensa falou até mesmo sobre moças fugitivas serem violentadas e: assassinadas, e rapazes fugitivos estarem então os torturados e assassinados por um bando de homossexuais em Houston, Texas.

Hoje em dia, em muitos países, há mulheres que se queixam da desigualdade de sua sorte. Nos Estados Unidos, essas mulheres formaram a Organização Nacional das Mulheres (que tem a sigla de NOW). Sua atitude extremista é indicada no livro escrito por uma das líderes do grupo, atacando o “machismo” de Deus e objetando a ele ser chamado de “Pai”. Mas elas não falam em nome de todas as mulheres. De fato, para contrabalançar a propaganda da NOW, algumas mulheres formaram a organização HOW — sigla inglesa de “Felicidade das Mulheres”. Elas enumeram com apreço algumas de suas bênçãos — vida familiar, o amor do marido, um lar próprio, a possibilidade de criar filhos e a segurança derivada de se ter um marido fidedigno e arrimo da família. Reconhecem também que, embora sua sorte não seja perfeita, tampouco é a de seu marido.

APRECIE SUAS BÊNÇÃOS

Ao ponto em que tiver saúde e força, tem bênçãos pelas quais pode ser grato. Pode usar os seus cinco sentidos? Estes são uma bênção a ser apreciada. Por ter o senso da visão, pode usufruir muitas vistas belas — o rosto e a figura das pessoas, lindas flores, árvores, arbustos, pássaros, animais e peixes, belos vales, lagos e o pôr do sol.

Que dizer dos prazeres que acompanham o senão da audição — as muitas cativantes vozes humanas, inclusive as das crianças, os sons da criação e os acordes de bela música bem tocada? E considere todos os prazeres que acompanham o senso do paladar, do olfato e do tato. Aprecia essas bênçãos ou considera-as como pressupostas? É preciso que veja primeiro um aleijado para apreciar que tem membros sãos? É preciso que veja primeiro um cego para que aprecie a bênção da visão que tem?

POR QUE NÃO SE APRECIAM AS BÊNÇÃOS

O que faz com que as pessoas desconsiderem, depreciem ou nem vejam suas bênçãos, pressupondo-as como garantidas, em vez de apreciá-las?

Há vários motivos. Um deles é a simples irreflexão. Por exemplo, algumas crianças talvez pouco pensem no tempo, na energia e nas provisões, bem como em toda a consideração, amor e afeto que seus pais lhes dão. Simplesmente pressupõem essas coisas como garantidas — a menos que seus pais inculquem nelas sentimentos e atitudes mentais de apreço, gratidão e contentamento.

No caso de outros, não apreciarem suas bênçãos talvez se deva à ganância ou ao egoísmo. Essas pessoas sempre querem mais. Nunca estão contentes com o que têm. A Bíblia diz sobre elas: “Quem ama o dinheiro, jamais dele se farta.” (Ecl. 5:10, Almeida, atualizada) Sempre querendo mais, essas pessoas estão cegas para com as bênçãos que já têm.

Ainda outros não apreciam suas bênçãos por causa de inveja. Inquietos porque outros têm mais do que eles, ou porque têm o que gostariam de ter, os invejosos deixam de apreciar as bênçãos que eles mesmos já têm. A Bíblia adverte repetidas vezes contra cobiçar ou desejar o que outro talvez tenha, e também contra a competição com outros. (Fil. 2:3; Col. 3:5) Tais pessoas podem ficar prontamente metidas numa “roda viva” ou em tentar ‘não ficar atrás dos vizinhos’.

Mas, um motivo fundamental pelo qual muitos deixam de contar as suas bênçãos, deixam de apreciar as boas coisas da vida, as vantagens que têm, é que deixam que o grande Benfeitor, o Criador, Jeová Deus, desempenhe um papel muito pequeno na sua vida, se é que desempenha algum. Desconsiderarem a Deus usualmente se deve a não conhecerem a Palavra de Deus, a Bíblia.

O CONSELHO DA BÍBLIA

As páginas iniciais da Bíblia mostram que Deus é o grande Criador de todas as coisas. (Gênesis, cap. 1 e 2) Estamos endividados com ele por tudo o que usufruímos. Especialmente o livro dos Salmos convoca a humanidade a agradecer a Jeová Deus, e fornece motivos para isso.

Os salmistas fizeram caso não só das bênçãos materiais, mas também das espirituais: “Bendize a Jeová, ó minha alma, . . . Aquele que perdoa todo o teu erro . . . Pois assim como os céus são mais altos do que a terra, sua benevolência é superior para com os que o temem. Tão longe como o nascente é do poente, tão longe pôs de nós as nossas transgressões. Assim como o pai é misericordioso para com os seus filhos, Jeová tem sido misericordioso para com os que o temem.” — Sal. 103:2, 3, 11-13.

De modo similar, verificamos que os servos de Deus, nos tempos apostólicos, apreciavam as bênçãos de Deus. Neste respeito, o apóstolo Paulo disse aos pagãos em Listra, que queriam adorá-lo: “Deveras, [Deus] não se deixou sem testemunho, por fazer o bem, dando-vos chuvas do céu e estações frutíferas, enchendo os vossos corações plenamente de alimento e de bom ânimo.” (Atos 14:17) O mesmo apóstolo continua a enfatizar a necessidade de se agradecer a Deus as bênçãos recebidas. Típica é esta expressão sua: “No nome de nosso Senhor Jesus Cristo, dando sempre graças por todas as coisas a nosso Deus e Pai.” — Efé. 5:20.

EXEMPLOS HODIERNOS

Hoje em dia, os que tomam a sério a Palavra de Deus e seus requisitos apreciam igualmente suas bênçãos. Isto se pode ver em que sua vida está livre de tais recursos de “escape’, como o materialismo, o alcoolismo, o vício das drogas, a jogatina e a pornografia. Evidencia-se ainda mais em que são pessoas que acatam as leis e são muito felizes.

Por exemplo, em Vancouver, na Colúmbia Britânica, no Canadá, há um paraplégico que se sente feliz apesar de não poder usar de modo algum seus braços ou suas pernas. Ele conta entre suas bênçãos a capacidade de ganhar a vida pela pintura — segurando o pincel com a boca — podendo assim sustentar-se. E aprecia, em especial, entre suas muitas bênçãos, conhecer a verdade sobre Deus e os propósitos Dele, ter a maravilhosa esperança do Reino e poder associar-se com concristãos na adoração e compartilhar com outros as coisas que aprende.

Outro exemplo de alguém que aprecia suas bênçãos é certo homem que havia sido preso vinte e cinco vezes em nove anos e condenado cinco vezes. Fora acusado de quatorze delitos graves e confrontado com uma sentença total de 250 anos na prisão. Daí, entrou em contato com a Bíblia e depois com alguém que pôde ajudá-lo a entendê-la. Quanta transformação isto causou nele!

“Meus antigos companheiros, e a polícia local, admiram-se do que aconteceu comigo. . . . O oficial encarregado do meu livramento condicional observa a maravilhosa mudança na minha vida. . . . Passei a acostumar-me com bons hábitos de trabalho, que nunca tive antes. Forneço à minha família dinheiro honesto. Gosto e aprecio mais as coisas da vida. Agradeço especialmente ao próprio Jeová por ajudar-me. Em um só ano, minha vida renovou-se completamente. Revesti-me duma nova personalidade. Vim a conhecer a veracidade do Criador na minha vida e tenho uma esperança maravilhosa quando me deito e quando me levanto.” Não há dúvida de que ele aprecia suas bênçãos!

Depois, há aquele jovem do Texas, que havia sido beberrão, viciado em drogas e passado tempo preso, por ter sido traficante de narcóticos. Em resultado de chegar a conhecer a Jeová e sua Palavra, tornou-se apreciativo de suas bênçãos: “Minha vida passada levava à morte certa, mas agora tenho esperança. Tenho o privilégio de encontrar e chegar a conhecer muitos irmãos é irmãs, em muitos lugares, que realmente se importam. Isto me dá um motivo para viver. A diferença entre a minha vida anterior e a minha vida atual é como a diferença entre um deserto e um oceano.”

Um jovem havaiano, por causa dum acidente de natação, ficou restrito a uma cadeira de rodas. Durante sete anos, sentiu-se defraudado na vida, lastimando-se e estando deprimido. Mas, ao entrar em contato com as Testemunhas de Jeová e obter a esperança da Bíblia, tudo isso mudou: “Agora levo uma vida feliz, valiosa e satisfatória. Saber que Jeová promete vida eterna com saúde perfeita e vigor na nova ordem agora tão próxima, além de eu poder ajudar outros a obter a vida eterna, deu-me a maior felicidade possível.”

Não há dúvida sobre isso. Não importa qual a sua situação na vida, quer a sua situação seja normal, quer até mesmo tão difícil quanto à daquele paraplégico, tem bênçãos que pode apreciar. Vai apreciá-las, se não as pressupor como garantidas, se não deixar que o egoísmo, a ganância ou a inveja o ceguem para com elas. E não há maneira melhor de apreciar plenamente as suas bênçãos do que conhecimento e entendimento da Palavra de Deus, a Bíblia. As Testemunhas de Jeová, na sua localidade, terão prazer em ajudá-lo a obter este conhecimento e entendimento.

O amor cristão atrai toda espécie de homens na Nigéria

EM HARMONIA com a declaração bíblica em Malaquias 3:16, 18, as Testemunhas de Jeová, na Nigéria, unidamente ‘pensam no nome de Jeová e falam, cada um ao seu companheiro’, a respeito Dele e dos Seus propósitos. Jeová tem observado suas atividades, assim como tem feito com seu povo em outras partes, e está abençoando sua adoração cristã. As pessoas estão vendo a diferença entre esses adoradores e os que não seguem o caminho da verdade. Muitos se sentem induzidos a abandonar seu anterior proceder na vida e se juntar às Testemunhas de Jeová na adoração pura, ao ponto de que, de 1966 a 1975, o número das Testemunhas de Jeová ativamente empenhadas na pregação das boas novas do reino de Deus, na Nigéria, aumentou em 68.426, perfazendo o total de 112.164 pessoas. Isto representa um aumento de 156 por cento em dez anos! Com uma população de mais de 79 milhões e uma área de 923.768 quilômetros quadrados, a Nigéria oferece um vasto campo para a proclamação das boas novas do reino de Deus. As 112.164 Testemunhas empenhadas nesta obra aprenderam a ser versáteis, a fim de contatar pessoas pertencentes a mais de 235 grupos étnicos, que falam mais de 250 línguas e dialetos, e praticam uma variedade de religiões.

Embora cerca de 47 por cento da população afirmem ser membros das numerosas seitas que professam ser cristãs, são fortemente influenciados pelos 35 por cento que são muçulmanos e pelos 18 por cento que praticam várias formas de animismo e fetichismo. Títulos honoríficos tradicionais, que exigem a observância de práticas idólatras, ainda são avidamente procurados por membros de destaque das igrejas da cristandade. A poligamia é geralmente aceita pela maioria