-
Por que os caprinos deixam de herdar o ReinoAproximou-se o Reino de Deus de Mil Anos
-
-
1. Na parábola das ovelhas e dos cabritos, como se dirige o Rei aos separados para a sua esquerda?
O QUE há de acontecer, porém, àqueles de “todas as nações” que são comparados a “cabritos” e que são separados para a esquerda do Rei? Jesus prosseguiu sobre isso na sua parábola das ovelhas e dos cabritos, dizendo: “Então dirá, por sua vez, aos à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, vós os que tendes sido amaldiçoados, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos. Pois fiquei com fome, mas vós não me destes nada para comer, e fiquei com sede, mas vós não me destes nada para beber. Eu era estranho, mas vós não me recebestes hospitaleiramente; estava nu, mas vós não me vestistes; doente e na prisão, mas vós não cuidastes de mim.’” — Mateus 25:41-43.
2. O que significa para os caprinos ser “amaldiçoados”?
2 O Rei Jesus Cristo salientou que as pessoas semelhantes a “cabritos” deixaram de fazer as coisas que os da classe das “ovelhas” fizeram. Por deixarem de fazer isso, ele lhes diz que se afastem. Não os quer como súditos terrenos durante seu reinado de mil anos. São pessoas ‘amaldiçoadas’. Estão sob a maldição divina, em vez de estar sob a bênção que os semelhantes a ovelhas obtêm do Pai celestial do Rei. Isto significa que o julgamento divino, predito nas profecias bíblicas, profere coisas más para eles Estão sob a maldição divina, e não há provisão para tirar deles esta maldição, assim como se deu com os judeus naturais, circuncisos, que estavam sob a maldição do pacto da Lei feito com eles. (Gálatas 3:13) São amaldiçoados assim como Satanás, o Diabo, e seus demônios são. Portanto, merecem um futuro eterno semelhante ao do Diabo e de seus anjos: “o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos”.
3. (a) O que afirmam as igrejas da cristandade quanto ao que o ‘fogo preparado para o Diabo e seus anjos’ significa para os “cabritos”? (b) O que explica a própria Revelação sobre o significado do “lago que queima com fogo e enxofre”.
3 Significa isso eterno tormento consciente num elemento ígneo no domínio invisível (o domínio espiritual), onde estão Satanás e seus anjos demoníacos? Isto é o que as igrejas religiosas da cristandade tem ensinado durante séculos. Citam Revelação 20:10 em apoio de seu ensino, pois, naquele versículo bíblico está escrito: “E o Diabo que os desencaminhava foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde [já estavam] tanto a fera como o falso profeta; e serão atormentados dia e noite, para todo o sempre.” No entanto, enxofre não existe no domínio espiritual, onde estão Satanás e seus anjos demoníacos. A linhagem é evidentemente figurativa, assim como são a “fera” e o “falso profeta”. Portanto, o “lago de fogo e enxofre” representa o que? O versículo quatorze do mesmo capítulo explica isso, dizendo: “E a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. Este significa a segunda morte, o lago de fogo.” Revelação 21:8 repete esta explicação do “lago que queima com fogo e enxofre”, dizendo: “Este significa a segunda morte.”
4. Como concorda isso com Hebreus 2:14 quanto ao que se fará com o Diabo?
4 Isto concorda com a linguagem clara e literal de Hebreus 2:14, que não fala de modo figurativo, dizendo: “Portanto, visto que as ‘criancinhas’ são partícipes de sangue e carne, ele [Jesus] participou também similarmente das mesmas coisas, para que, pela sua morte, reduzisse a nada aquele que tem os meios de causar a morte, isto é, o Diabo.” No tempo devido de Deus, o antigamente morto, mas agora ressuscitado e glorificado Jesus reduzirá Satanás, o Diabo, “a nada”; quer dizer, aniquilará este iníquo e assassino. Causará a destruição do Diabo. O antes machucado Jesus, que é principalmente o “descendente” da “mulher” de Deus, é o designado por Deus para machucar a cabeça da Serpente. — Gênesis 3:15; Romanos 16:20.
5. (a) Portanto, o que é o “fogo eterno” reservado para o Diabo e seus anjos, no qual serão lançados os da classe dos cabritos? (b) Por que não estão os cabritos numa posição neutra por não causarem dano direto aos irmãos de Cristo?
5 Por conseguinte, o que aguarda o Diabo e seus anjos é a “segunda morte”, e esta é igual à destruição eterna, simbolizada pelo “fogo eterno” para a qual são afastados do Rei Jesus Cristo os da delinqüente classe ‘caprina’ de pessoas. Na condenação de tais, o rei não diz que perseguiram diretamente ou feriram diretamente seus “irmãos” espirituais. No entanto, mesmo adotando uma atitude negativa para com os “irmãos” de Cristo, tomaram o lado do Diabo e seus anjos. Jesus, quando esteve na terra como homem perfeito e pregou as boas novas do reino messiânico de Deus, disse: “Quem não está do meu lado é contra mim, e quem comigo não ajunta, espalha.” (Mateus 12:30) O Diabo não está do lado de Jesus, e por isso, os caprinos que não fazem nada em ajuda do Rei reinante Jesus Cristo são contra ele e estão do lado do Diabo. Não há lugar neutro no tempo da presença ou parusia de Cristo.
6. Que tentativa de justificação é subentendida na resposta dos “cabritos” a Jesus, o Rei?
6 Os caprinos talvez procurem defender-se e dizer que, se tivessem visto o próprio Jesus em pessoa, em tais necessidades, conforme descreveu, teriam vindo em auxílio dele. Tal tentativa de defesa está subentendida na resposta deles ao Rei. “Então responderão também estes com as palavras: ‘Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estranho, ou nu, ou doente, ou na prisão, e não te ministramos?’” — Mateus 25:44.
7. Por que não seria nenhuma garantia de que os caprinos ministrassem a Jesus de modo prestimoso caso o vissem e identificassem?
7 No entanto, observarem-no pessoalmente na carne e reconhecerem quem ele é não seria garantia de que lhe ministrassem de modo prestativo. Há dezenove séculos atrás, Jesus Cristo estava realmente visível na carne, na terra, e estava empenhado na obra predeterminada de Deus para o Messias, contudo, a maioria do próprio povo de Jesus, os judeus naturais, não lhe ministrou, nem ministrou aos seus doze apóstolos. Antes, perante o governador romano Pôncio Pilatos, clamaram para que Jesus fosse morto numa estaca de tortura ou tomaram o lado daqueles que assumiram a responsabilidade direta por ele ser submetido a tal morte agonizante. Por conseguinte, os caprinos da atualidade não se podem desculpar com o argumento de que não sabiam, por não o verem diretamente, ao recusarem dar ajuda com respeito a ele.
8. O que se conta a favor ou contra alguém quando outro está pessoalmente ausente, mas tem um representante visível junto daquele?
8 Não se precisa ver alguém diretamente, em pessoa, para se decidir ajudá-lo ou negar-lhe ajuda. Não se precisa ter o outro diretamente diante de si para se saber se se está a favor dele ou contra ele. Pode-se decidir e mostrar a atitude para com tal pessoa pela maneira em que trata aquele que age como representante visível dela. O representante identifica-se como atuando pela pessoa que não está visivelmente presente à vista daquele com quem fala ou trata. Isto habilita alguém a fazer sua decisão quanto a se quer ajudar ou não, a mostrar favor ou não, a tomar sua atitude a favor ou contra a pessoa, cujo representante está visível diante dele Desta maneira, revela-se a atitude pessoal e isto é o que conta para a pessoa ausente e invisível, tanto quanto se estivesse ali em pessoa.
9, 10. Como foi este mesmo ponto salientado por Jesus na parábola pelo modo em que o Rei respondeu aos caprinos à sua esquerda?
9 Este é o argumento apresentado por Jesus na sua parábola, quando ele conta como o rei respondeu aos “cabritos” à sua esquerda, que se desculpavam:
10 “Então lhes responderá com as palavras: ‘Deveras, eu vos digo: Ao ponto que não o fizestes a um destes mínimos, a mim não o fizestes.’” — Mateus 25:45.
11. Por que não deve nem mesmo o menos importante dos irmãos espirituais de Cristo ser desrespeitado pelos que entram em contato com eles?
11 Por isso, não importa quão insignificante seja um dos “irmãos” espirituais de Cristo. Embora seja o menos importante, não obstante, é “irmão” do Rei Jesus Cristo e é filho de Deus, gerado pelo espírito, deveras, herdeiro de Deus e co-herdeiro de Cristo. (Romanos 8:17) Esta é a questão séria nesta situação. Nenhum dos “irmãos” espirituais de Cristo é dos grandes, importantes e proeminentes deste mundo, nem no campo político, nem no campo clerical, religioso da cristandade, porque os verdadeiros “irmãos” de Cristo não fazem parte deste mundo, assim como ele mesmo não fez parte dele. (1 Coríntios 1:26-31; João 15:19; 17:14, 16) Mas este não é motivo para os caprinos os menosprezarem. Devem ser respeitados em vista de quem representam e qual a mensagem bíblica que proclamam. Se não forem respeitados por este motivo vital, então os desrespeitosos revelam que tampouco respeitam o irmão celestial destes.
12. (a) Por que são hipócritas os “cabritos” ao se dirigirem ao Rei como “Senhor”? (b) Desde o fim da Primeira Guerra Mundial, por que não há desculpa para se confundir quem são os “irmãos” do Rei?
12 Oh! é verdade que os caprinos que se desculpam podem chamar o Rei Jesus Cristo de “Senhor”, mas é apenas uma forma hipócrita de se dirigirem a ele. Se realmente o tivessem reconhecido como seu “Senhor”, não se teriam negado a dar auxílio aos “irmãos” espirituais dele, nem mesmo ao mínimo destes “irmãos”. Estes “irmãos” não andaram em volta de modo incógnito, quais espiões ou como os que tentam praticar um logro às custas do povo. Especialmente desde o fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918, e depois de recomeçarem suas atividades públicas no ano de 1919, o restante dos irmãos espirituais de Cristo tem obedecido à sua ordem profética: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” (Mateus 24:14) Deram publicidade à presença ou parusia invisível de Cristo no seu estabelecido reino celestial. Divulgaram especialmente a partir do ano de 1926 o nome do Pai celestial do Rei Jesus Cristo, indo ao ponto de adotar o nome “testemunhas de Jeová” no ano de 1931. De modo que não há desculpa para serem confundidos.
13. (a) É por causa do que os “irmãos” de Cristo são em si mesmos, como humanos, que os “cabritos” se recusam a ajudá-los? (b) Por que é que os “cabritos” recebem a maldição em vez de a bênção de Deus?
13 Por conseguinte, os “cabritos” simbólicos recusam prestar auxílio a estes quando estão literalmente com fome, com sede e nus, sem abrigo, doentes ou na prisão, não por causa de quem tais “irmãos” espirituais de Cristo são pessoalmente. Não, mas negam-lhes a ajuda, se é que não os perseguem positivamente, por causa do que estes representam. Há uma questão envolvida, e os “cabritos” fazem uma decisão inteligente nesta questão! Tal questão que confronta os “cabritos” pela atividade de pregação e de fazer discípulos por parte deste restante dos “irmãos” de Cristo é o meio pelo qual o invisivelmente presente Rei Jesus Cristo separa os “cabritos” das “ovelhas” hoje em dia, especialmente a partir do ano de 1935. Não há classe intermediária ou neutra com respeito a esta questão universal. Eles são a favor do reino messiânico de Jeová, nas mãos do Senhor Jesus Cristo, ou são contra ele. Os “cabritos” tomam sua posição contra ele. Por causa disso, não podem ter a bênção do Pai celestial de Cristo. A única coisa que podem receber é Sua maldição, o oposto de Sua bênção.
QUANDO OS “CABRITOS” VÃO PARA A SUA PUNIÇÃO
14, 15. (a) Quando entrarão os “cabritos” no “fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos”? (b) Como representa Paulo a destruição por meio do mesmo elemento, em 2 Tessalonicenses 1:7-10?
14 Jesus declarou que aquilo que aguarda estes “cabritos” simbólicos à sua esquerda de maldição é o “fogo . . . preparado para o Diabo e seus anjos”. Não deram nenhum apoio moral ao reino messiânico de Deus, e com isso se mostraram parte deste mundo, do qual Satanás, o Diabo, é o “governante” invisível. (João 12:31; 14:30; 16:11) Este mundo iníquo debaixo de Satanás, o Diabo, está condenado à destruição na “grande tribulação” que é iminente. Os “cabritos” entrarão naquele “fogo” de destruição ao entrarem naquela “grande tribulação, tal como nunca ocorreu desde o princípio do mundo até agora, não, nem tampouco ocorrerá de novo”. (Mateus 24:21; Marcos 13:19) Recusam-se a admitir e reconhecer Deus como Jeová, cujo nome ocorre milhares de vezes nas inspiradas Escrituras Hebraicas da Bíblia Sagrada, e negam-se a obedecer às boas novas sobre o Senhor Jesus Cristo ou a se harmonizar com elas. Na revelação do poder e da autoridade do invisivelmente presente Cristo na “grande tribulação”, os “cabritos” passarão por aquilo que foi predito pelo apóstolo Paulo em 2 Tessalonicenses 1:7-10:
15 “Revelação do Senhor Jesus desde o céu, com os seus anjos poderosos, em fogo chamejante, ao trazer vingança sobre os que não conhecem a Deus e os que não obedecem às boas novas acerca de nosso Senhor Jesus. Estes mesmos serão submetidos à punição judicial da destruição eterna de diante do Senhor e da glória da sua força, no tempo em que ele vem para ser glorificado em conexão com os seus santos”, seus “irmãos” espirituais.
16. Ao encerrar a parábola, Jesus mandou os “cabritos” ir para onde e as “ovelhas” para onde?
16 Assim se cumpre nos “cabritos” simbólicos o que Jesus predisse nas palavras finais de sua parábola sobre as “ovelhas” e os “cabritos”, com as quais termina também a profecia de Jesus sobre o “sinal” de sua presença ou parusia, segundo a narrativa de Mateus: “E irão estes para o castigo eterno, porém os justos para a vida eterna.” — Mateus 25:46, ALA.
17. Por que não significa o castigo eterno dos “cabritos” um tormento consciente, eterno, num domínio espiritual, invisível?
17 Não nos precipitemos a chegar a uma conclusão errônea a respeito do que sobrevirá aos “cabritos” simbólicos da parábola. Jesus não disse que ‘estes irão’ para o eterno tormento consciente num domínio espiritual, invisível. Sofrerem eles um eterno tormento consciente em qualquer forma exigiria que tivessem vida eterna, porque sem vida não há consciência nem de tormento nem de prazer. Jesus disse claramente que apenas as ovelhas simbólicas, “os justos”, irão “para a vida eterna”. De modo que o “castigo eterno” para o qual irão os “cabritos” injustos é o diretamente oposto da “vida eterna” das “ovelhas” justas, a saber, a morte eterna. Visto que tal morte dura eternamente, ela é um “castigo eterno”. De modo similar, quando um tribunal terreno da atualidade pune um criminoso comprovado com a sentença da morte, a morte executada no criminoso condenado é um “castigo eterno”. Não significa tormento eterno do criminoso executado. Apenas o Deus Todo-poderoso pode terminar este castigo eterno pela ressurreição dos injustos. Um tribunal terreno não pode fazer isso. — Atos 24:15.
18. Como é a palavra grega para “castigo” traduzida na Diaglott e na Tradução do Novo Mundo e por que é apropriada tal tradução?
18 Em harmonia com este entendimento lógico e bíblico do assunto, a Diaglott Enfática, de Benjamin Wilson (edição de 1864, em inglês), verte Mateus 25:46 como segue: “E estes irão para o decepamento eônico; mas os justos para a Vida eônica.” A Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas (edição portuguesa de 1967) reza de modo similar: “E estes partirão para o decepamento eterno, mas os justos, para a vida eterna.” Sobre a palavra “decepamento”, a edição inglesa de 1971 desta tradução tem a seguinte nota ao pé da página: “Literalmente: ‘poda’; portanto, truncar, cercear. Veja 1 João 4:18.” Esta tradução é muito apropriada, porque os “cabritos” injustos, ao sofrerem a morte eterna, são decepados eternamente da vida em qualquer domínio. Portanto, no seu caso é impossível o eterno tormento consciente. São aniquilados, assim como finalmente serão o Diabo e seus anjos demoníacos. Depois da “grande tribulação”, o Diabo e seus anjos serão lançados no “abismo”. Após o fim do reinado milenar de Cristo, porém, serão soltos por um pouco de tempo, para provar a humanidade restabelecida, após o que serão destruídos para sempre.
19. Como serão recompensados os da classe das “ovelhas” justas, conforme indicado em Revelação 7:14?
19 Quanto aos “justos” semelhantes a ovelhas, que fazem o bem aos “irmãos” espirituais de Cristo até o irrompimento da “grande tribulação”, o reinante Rei Jesus Cristo expressará então sua aprovação deles. (Mateus 25:34) Qual Pastor amoroso para com as suas “ovelhas”, ele os protegerá durante a “grande tribulação”, a fim de que entrem no período milenar de seu bendito reinado. Assim como se disse a respeito da “grande multidão”, em Revelação 7:14, dir-se-á a respeito destes sobreviventes semelhantes a ovelhas, da “grande tribulação”: “Estes são os que saem da grande tribulação.”
20. O reino milenar de Cristo começa imediatamente depois de que acontecimento, e, no caso das “ovelhas” sobreviventes isso assinala o começo de quê?
20 Logo após a “grande tribulação”, o “Diabo e seus anjos” são presos com cadeias e lançados no “abismo” de encarceramento. Aí começará o glorioso reinado milenar do Pastor-Rei Jesus Cristo. Os sobreviventes “justos”, semelhantes a ovelhas, tornar-se-ão os súdito’ terrestres, obedientes, do reino milenar de Cristo. Passarão então a sentir de modo físico e mental os poderes restauradores do reino de Cristo, e isto assinalará para eles o começo do caminho para a vida humana perfeita, para sempre.
21. Para o encorajamento especial de quem, agora, foi esta parábola incluída na sua profecia sobre o “sinal”, e que perspectiva lhes apresenta?
21 O Senhor Jesus Cristo incluiu esta parábola na sua profecia sobre o “sinal” de sua presença e da terminação do sistema de coisas para o encorajamento especial dos da classe das ovelhas ‘justas’. Que perspectiva animadora esta parábola apresenta aos que hoje fazem o bem aos “irmãos” espirituais de Cristo! Continuarem firmes em fazer este bem preparará para eles o caminho para ouvirem as seguintes palavras acolhedoras do Rei: “Vinde, vós os que tendes a bênção de meu Pai, herdai o reino preparado para vós desde a fundação do mundo.” — Mateus 25:34.
-
-
Avizinha-se a terminação do “sinal” preditoAproximou-se o Reino de Deus de Mil Anos
-
-
Capítulo 16
Avizinha-se a terminação do “sinal” predito
1. Por que podemos ser gratos de que os apóstolos de Jesus lhe fizeram a pergunta registrada em Mateus 24:3?
PODEMOS hoje ser gratos de que os apóstolos de Jesus Cristo lhe fizeram a pergunta: “Dize-nos: Quando sucederão estas coisas e qual será o sinal da tua presença e da terminação do sistema de coisas?” (Mateus 24:3) Sua pergunta levou a que ele proferisse uma profecia extensa e pormenorizada, cuja exatidão nos deixa espantados, ao vermos o progresso de seu cumprimento neste momentoso século vinte. Ajuda-nos a determinar com certeza onde estamos na realização do propósito de Deus para com a humanidade sofredora. Somos fortalecidos na nossa crença de que realmente vivemos durante a “presença” invisível de Cristo, em espírito, e na “terminação do sistema de coisas”, pois vemos o “sinal” que ele predisse.
2. Onde se descreve o “sinal” em todos os seus pormenores e que parte da narrativa consideraremos agora?
2 O “sinal”, em todos os seus pormenores, avizinha-se de sua fase de completa clareza, sem qualquer margem de erro por parte de observadores atentos. O “sinal” tem muitas particularidades, conforme apresentadas na narrativa de Mateus, capítulos vinte e quatro e vinte e cinco, na narrativa de Marcos, capítulo treze, e na narrativa de Lucas, capítulo vinte e um; e levou quase a duração da vida de uma geração da humanidade para se evidenciarem plenamente todas as particularidades do “sinal”. Nos capítulos precedentes, consideramos estas particularidades do sinal, conforme descritas na narrativa de Mateus, capítulo vinte e cinco. Agora consideraremos estas particularidades apresentadas no capítulo vinte e quatro, junto com as narrativas comparativas fornecidas por Marcos e Lucas.
3, 4. Ao perguntarem a Jesus: “Quando sucederão estas coisas?” a que se referiram os discípulos?
3 Quando os apóstolos de Cristo iniciaram sua pergunta por dizer: “Dize-nos: Quando sucederão estas coisas?”, eles se referiram às coisas que Jesus havia dito profeticamente naquele mesmo dia de terça-feira, 11 de nisã do ano 33 E.C. No templo de Jerusalém, depois de denunciar os escribas e fariseus religiosos, hipócritas, Jesus prosseguira, dizendo: “Eu vos estou enviando profetas, e sábios, e instrutores públicos. A alguns deles matareis e pendurareis em estacas, e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e perseguireis de cidade em cidade; para que venha sobre vós todo o sangue justo derramado na terra, desde o sangue do justo Abel até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem assassinastes entre o santuário e o altar. Deveras, eu vos digo: Todas essas coisas virão sobre esta geração. Jerusalém, Jerusalém, matadora dos profetas e apedrejadora dos que lhe são enviados — quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo de suas asas! Mas vós não o quisestes. Eis que a vossa casa vos fica abandonada. Pois eu vos digo: De modo algum me vereis doravante, até que digais: ‘Bendito aquele que vem em nome de Jeová!’”
4 Antes de Jesus sair do templo ou da casa de adoração, acrescentou mais palavras duma profecia solene, a respeito da qual lemos: “Afastando-se então, Jesus ia sair do templo, mas os seus discípulos aproximaram-se para mostrar-lhe os edifícios do templo. Ele, porém, disse-lhes: ‘Não observais todas estas coisas? Deveras, eu vos digo: De modo algum ficará aqui pedra sobre pedra sem ser derrubada.’” — Mateus 23:34 a 24:2.
5. Na sua viagem triunfal para Jerusalém, o que disse Jesus a respeito dela?
5 Apenas dois dias antes, no domingo, 9 de nisã, ele havia interrompido sua viagem triunfal em direção a Jerusalém e chorado sobre ela, por causa de sua vindoura destruição. Predizendo a destruição terrível dela pelos romanos, em 70 E.C., ele disse: “Porque virão sobre ti os dias em que os teus inimigos construirão em volta de ti uma fortificação de estacas pontiagudas e te cercarão, e te afligirão de todos os lados, e despedaçarão contra o chão a ti e a teus filhos dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não discerniste o tempo de seres inspecionada.” — Lucas 19:41-44.
6. Que espécie de predições eram estas para os discípulos judaicos naturais, circuncisos, e que problemas se suscitaram na mente deles?
6 Para os judeus naturais e circuncisos, tais como eram os apóstolos de Cristo, estas eram predições perturbadoras. À geração de que faziam parte sobreviria o sangue inocente derramado no decorrer da história judaica e antes. Exatamente quando se cumpririam tais coisas? Eles queriam saber isso. Criam em Jesus e professavam que ele era o Messias ou Ungido, o Cristo. Mas a predita destruição de Jerusalém indicava que ele não estabeleceria seu reino messiânico naquela cidade condenada. Falou de ele não ser visto “doravante”, mas também de sua vinda “em nome de Jeová”. Quando estaria novamente presente, para desempenhar seu papel messiânico? A vindoura destruição de Jerusalém e de seu templo certamente tinha de significar o fim do sistema judaico de coisas. Sem cidade santa e sem templo santo, o sacerdócio judaico da família de Arão, o levita, podia estar entre “filhos” de Jerusalém que seriam despedaçados “contra o chão” ou pelo menos seriam postos fora do seu serviço no templo. Não é de se admirar que os apóstolos perguntassem não só sobre a destruição de Jerusalém e de seu templo, mas também: “Qual será o sinal da tua presença e da terminação do sistema de coisas?”
7. Por que foi correta a pergunta dos apóstolos a respeito da “terminação do sistema de coisas”?
7 Suas perguntas referiam-se a pontos corretos de indagação, pois Jesus veio na “terminação” do sistema judaico de coisas. Outros textos falam da situação no mesmo sentido. Hebreus 9:26-28 mostra que Jesus não precisava fazer sacrifícios repetidos de si mesmo e diz: “Senão teria de sofrer muitas vezes, desde a fundação do mundo. Mas agora ele se manifestou uma vez para sempre, na terminação dos sistemas de coisas, para remover o pecado por intermédio do sacrifício de si mesmo. . . . assim também foi oferecido o Cristo uma vez para sempre, para levar os pecados de muitos.” Também 1 Coríntios 10:11 diz: “Ora, estas coisas lhes aconteciam como exemplos e foram escritas como aviso para nós, para quem já chegaram os fins dos sistemas de coisas.” Contado desde o ano da profecia de Jesus sobre o assunto, o sistema judaico de coisas ainda tinha trinta e sete anos de existência, menos de uma geração com a duração de quarenta anos. Jerusalém foi tomaria e destruída pelos romanos em 7 de elul (ou: 30 de agosto de 70 E.C., segundo o calendário gregoriano). O registro bíblico não diz quantos dos apóstolos de Cristo escaparam do martírio e sobreviveram até aquele acontecimento horrível.
TEMPO DE PROVA E DE DESASTRES
8. Na resposta aos apóstolos, que coisas descreveu Jesus primeiro?
8 Em resposta à pergunta de seus apóstolos, Jesus descreveu primeiro os acontecimentos que levariam à destruição de Jerusalém dentro daquela geração. “E Jesus, em resposta, disse-lhes: ‘Olhai para que ninguém vos desencaminhe; pois muitos virão à base do meu nome, dizendo: “Eu sou o Cristo”, e desencaminharão a muitos. Ouvireis falar de guerras e relatos de guerras; vede que não fiqueis apavorados. Pois estas coisas têm de acontecer, mas ainda não é o fim.’” — Mateus 24:4-6.
9. Levantarem-se judeus afirmando ser o Messias não seria sinal de que e não levaria a que acontecimento desejado?
9 Levantar-se-iam judeus, não afirmando ser Jesus retornado na carne, mas serem o prometido Messias ou Cristo. Mas nem os apóstolos, nem seus condiscípulos deviam deixar-se desencaminhar por tais pretensos messias ou cristos, porque a sua atuação não assinalaria a “presença” ou parusia de Jesus Cristo, nem traria a libertação da nação judaica. A revolta judaica contra os romanos, no ano 66 E.C., foi tal esforço messiânico, mas levou à destruição de Jerusalém e à dispersão da nação judaica. As esperanças messiânicas daquelas pessoas desencaminhadas foram amargamente desapontadas.
10. Que dizer de guerras, e por que não deviam os discípulos ficar apavorados por causa delas?
10 Durante este período de trinta e sete anos, houve várias guerras, aos ouvidos dos discípulos ou meramente relatadas a eles como notícias. Mas estas guerras, embora afetassem a situação da nação judaica, não eram as que diretamente trariam o fim do sistema judaico de coisas. Por isso, os discípulos não deviam ficar apavorados ao ponto de tomar qualquer ação prematura. “Ainda não é o fim.”
11. O que predisse Jesus sobre qual seria “um princípio das dores de aflição”?
11 “Porque”, disse Jesus, ampliando o que dissera sobre guerras e relatos de guerras, “nação se levantará contra nação e reino contra reino, e haverá escassez de víveres e terremotos num lugar após outro. Todas essas coisas são um princípio das dores de aflição.” — Mateus 24:7, 8. Também Marcos 13:8.
12, 13. (a) Sobreviriam as coisas que constituíssem “um princípio das dores de aflição” a um povo determinado? (b) O que sobreviria aos discípulos por anunciarem o Messias e por serem seus seguidores?
12 Visto que tais calamidades eram apenas um “princípio das dores de aflição”, “ainda não” era o fim. Aquelas calamidades apenas eram indícios, não a agonia final da morte. Tais coisas afetariam as pessoas em geral, mas havia coisas que viriam especificamente sobre os discípulos de Jesus, porque anunciavam o verdadeiro Messias ou Cristo e seguiam nas suas pisadas. Por isso, Jesus prosseguiu:
13 “Então vos entregarão a tribulação e vos matarão, e sereis pessoas odiadas por todas as nações, por causa do meu nome. Então, também, muitos tropeçarão e trairão uns aos outros, e se odiarão uns aos outros. E surgirão muitos falsos profetas, e desencaminharão a muitos; e, por causa do aumento do que é contra a lei, o amor da maioria se esfriará. Mas, quem tiver perseverado até o fim é o que será salvo. E estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” — Mateus 24:9-14. Veja Marcos 13:9-13.
14. (a) O que confirma que tais coisas aconteceram dentro da geraçã que então vivia? (b) O fim não viria sobre Jerusalém e o sistema judaico antes da realização de quê?
14 O livro bíblico intitulado “Atos dos Apóstolos” atesta o cumprimento destas palavras proféticas de Jesus Cristo mesmo dentro daquela geração, porque este livro foi escrito pelo médico Lucas por volta do ano 61 E.C. Outros livros bíblicos, cartas inspiradas escritas por apóstolos e por outros discípulos antes da destruição de Jerusalém em 70 E.C., confirmam a narrativa de Atos dos Apóstolos e fazem acréscimos ao registro do sofrimento dos cristãos, sob perseguição e ódio internacionais para com o cristianismo. As boas novas do reino de Deus haviam penetrado além do Oriente Médio, na Ásia Menor, na Ásia continental, na África, na Europa e nas ilhas do Mar Mediterrâneo. A pregação da mensagem do Reino foi realizada em toda a terra habitada. Embora não resultasse numa conversão mundial ao cristianismo, o que nunca se destinava a realizar, resultou num testemunho a todas as nações. (Colossenses 1:6, 23) Antes de esta façanha louvável ser realizada por testemunhas cristãs denodadas, não podia vir o fim calamitoso de Jerusalém e do sistema judaico de coisas.
-