Ajuda ao Entendimento da Bíblia
[Matéria selecionada de Aid to Bible Understanding, Edição de 1971.]
OLIVEIRAS, MONTE DAS. Uma cadeia de colinas arredondadas de calcário, situadas do lado leste de Jerusalém, à distância da “jornada de um sábado”, e separada da cidade pelo vale do Cédron. (Eze. 11:23; Zac. 14:4; Atos 1:12) Antigamente, esta serra estava recoberta de palmeiras, murtas, oleáceas e, especialmente, de Oliveiras. (Nee. 8:15) Foi das Oliveiras que esta cordilheira obteve seu nome. Durante o sítio de Jerusalém, por parte dos romanos, em 70 E.C., contudo, o Monte das Oliveiras foi desnudado de suas árvores. (Guerras Judaicas, Livro V, cap. XII, par. 4, em inglês; veja o Vol. 8, página 128, da tradução de Vicente Pedroso) Incluindo o chamado “Monte da Ofensa”, o Monte das Oliveiras se estende por cerca de 1,6 quilômetros de NE a SO, e possui quatro picos. Segundo recente pesquisa, o mais elevado e o mais ao norte destes picos ascende a uma altitude de 903 metros acima do nível do mar Mediterrâneo, ou mais de 122 metros acima da elevação geral de Jerusalém.
Eventos notáveis da história bíblica associam-se ao Monte das Oliveiras. O rei Davi, descalço e soluçando, ascendeu ao Monte das Oliveiras, ao fugir do seu filho rebelde, Absalão. (2 Sam. 15:14, 30, 32) O rei Salomão construiu altos para adoração idólatra ali. (1 Reis 11:7) O rei Josias, mais tarde, os tornou inapropriados para adoração. (2 Reis 23:13) No primeiro século E.C., Jesus Cristo com freqüência se reuniu com seus discípulos no Jardim de Getsêmani, situado no Monte das Oliveiras ou na vizinhança dele. (Mat. 26:30, 36; João 18:1, 2) Quando em Jerusalém, Jesus e seus discípulos passavam costumeiramente a noite em Betânia, na encosta E do Monte das Oliveiras, sem dúvida no lar de Marta, Maria e Lázaro. (Mat. 21:17; Mar. 11:11; Luc. 21:37; João 11:1) Pelo que parece, de Betfagé, próximo de Betânia, Jesus, montado na jumentinha, iniciou sua cavalgada triunfal pelo Monte das Oliveiras até Jerusalém. (Mat. 21:1, 2; Mar. 11:1; Luc. 19:29) E foi no Monte das Oliveiras que explicou a seus discípulos qual seria o ‘sinal de sua presença’. (Mat. 24:3; Mar. 13:3) Por fim, após sua ressurreição, Jesus ascendeu dali para os céus. — Atos 1:9-12.
NEEMIAS, LIVRO DE. Um livro das Escrituras Hebraicas que, primariamente, relata os eventos que ocorreram pouco antes e durante a governança de Neemias sobre Judá. (Nee. 5:14; 13:6, 7) As palavras iniciais deste relato inspirado identificam o escritor como sendo “Neemias, filho de Hacalias” (Nee. 1:1), e muito do relato acha-se escrito na primeira pessoa.
TEMPO ABRANGIDO E ÉPOCA DA ESCRITA
O mês de quisleu (novembro-dezembro) de certo vigésimo ano é a referência com que se inicia a narrativa histórica. (Nee. 1:1) Como é evidente, de Neemias 2:1, este vigésimo ano tem de ser o do reinado de Artaxerxes. Obviamente, o vigésimo ano, neste caso, não é contado como iniciando em nisã (março-abril), pois quisleu do vigésimo ano não poderia então anteceder nisã (mencionado em Neemias 2:1) do mesmo vigésimo ano. Assim, talvez se tenha dado que Neemias usou sua própria contagem de tempo, contando o ano lunar como iniciando em tisri (setembro-outubro), mês este que os judeus, atualmente, reconhecem como o começo do seu ano civil. Outra possibilidade é a de que os persas, diferentes dos babilônios, devem ter contado os reinados de seus reis como começando no outono setentrional, ou na data real em que o monarca subiu ao trono. Isto poderia dar-se, mesmo que os escribas babilônicos continuassem a contar os anos do reinado do rei persa segundo sua própria base costumeira de uma contagem de nisã a nisã, como suas tabuinhas cuneiformes mostram que o fizeram.
Evidência histórica fidedigna e o cumprimento da profecia bíblica (veja ARTAXERXES N.º 3, Despertai! de 22/11/78, p. 12) apontam para 455 A. E. C. como o ano a que se refere o nisã do vigésimo ano do reinado de Artaxerxes. Sendo assim, o quisleu que antecedeu a nisã daquele vigésimo ano cairia em 456 A. E. C., e o trigésimo segundo ano do reinado de Artaxerxes (a última data mencionada em Neemias [13:6]) incluiria parte de 443 A. E. C. Por conseguinte, o livro de Neemias abrange um período de quisleu de 456 A. E. C. até algum tempo depois de 443 A. E. C.
Foi no trigésimo segundo ano do reinado de Artaxerxes que Neemias partiu de Jerusalém. Ao voltar, verificou que os judeus não apoiavam os sacerdotes e levitas, a lei sabática estava sendo violada, muitos haviam esposado mulheres estrangeiras, e os descendentes dos casamentos mistos não sabiam nem sequer falar a língua dos judeus. (Nee. 13:10-27) Terem as condições se deteriorado até esse ponto indica que a ausência de Neemias envolveu considerável período. Mas não existe meio de se determinar exatamente quanto tempo, depois de 443 A. E. C., Neemias terminou o livro que leva o seu nome.
DE ACORDO COM OUTROS LIVROS BÍBLICOS
O livro de Neemias exalta a Jeová Deus. Revela-o como sendo o Criador (Nee. 9:6; compare com Gênesis 1:1; Salmo 146:6; Revelação 4:11), um Deus que responde às orações sinceras de seus servos (Nee. 1:11 a 2:8; 4:4, 5, 15, 16; 6:16; coteje com o Salmo 86:6, 7), e é o Defensor de seu povo. (Nee. 4:14, 20; compare com Êxodo 14:14, 25.) Ele é um “Deus de atos de perdão, clemente e misericordioso, vagaroso em irar-se e abundante em benevolência” (Nee. 9:17, confronte com Números 14:18), “o Deus dos céus, o Deus grande e atemorizante, guardando o pacto e a benevolência para com os que o amam e que guardam os seus mandamentos”. — Nee. 1:5; compare com Deuteronômio 7:9, 10, 21.
Numerosas alusões à Lei são encontradas no livro de Neemias. Estas envolvem as calamidades resultantes da desobediência, e as bênçãos advindas do arrependimento (Lev. 26:33; Deu. 30:4; Nee. 1:7-9), empréstimos (Lev. 25:35-38; Deu. 15:7-11; Nee. 5:2-11), alianças matrimoniais com estrangeiras (Deu. 7:3; Nee. 10:30), sábados, o livramento das dívidas (Êxo. 20:8; Lev. 25:4; Deu. 15:1, 2; Nee. 10:31), o fogo do altar (Lev. 6:13; Nee. 10:34), a festividade das barracas (Deu. 31:10-13; Nee. 8:14-18), a entrada dos moabitas e amonitas na congregação de Israel (Deu. 23:3-6; Nee. 13:1-3), e dízimos, primícias e contribuições. — Êxo. 30:16; Núm. 18:12-30; Nee. 10:32-39.
Há também informações históricas, neste livro, que se encontram em outras partes das Escrituras Hebraicas. (Nee. 9:7-35; 13:26, compare Neemias 13:17, 18 com Jeremias 17:21-27.) E a história contemporânea, no relato, ilustra outros trechos bíblicos. Os Salmos 123 e 129 encontram um paralelo histórico no que foi sentido por Neemias e os outros judeus em conexão com a reconstrução da muralha de Jerusalém. (Nee. 4:1-5, 9; 6:1-14) Fazer Jeová com que Artaxerxes cumprisse Sua vontade por conceder a Neemias a solicitação deste para reconstruir a muralha de Jerusalém ilustra, historicamente, Provérbios 21:1: “O coração do rei é como correntes de água na mão de Jeová. Vira-o para onde quer que se agrade.” — Nee. 2:4-8.
Tanto o livro de Esdras (2:1-67) como o livro de Neemias (7:6-69) alistam o número de pessoas de várias famílias ou casas que voltaram do exílio em Babilônia junto com Zorobabel. Os relatos se harmonizam ao fornecer o número total de exilados que voltaram como sendo de 42.360, além dos escravos e cantores. (Esd. 2:64; Nee. 7:66) Não obstante, há diferenças nos números fornecidos para cada família ou casa, e em ambas as listas os totais individuais atingem um total muito inferior a 42.360. Muitos peritos atribuíram tais variações a erros dos escribas. Ao passo que não se pode relegar inteiramente este aspecto, há outras explicações possíveis para tais diferenças.
Pode ser que Esdras e Neemias basearam suas listas em diferentes fontes. À guisa de exemplo, Esdras poderia ter usado um documento que enumerava aqueles que se alistaram para voltar à sua terra natal, ao passo que Neemias poderia ter copiado de um registro que enumerava aqueles que realmente voltaram. Visto que havia sacerdotes que não puderam confirmar sua genealogia (Esd. 2:61-63; Nee. 7:63-65), não é desarrazoado concluir que muitos outros israelitas se viram confrontados com o mesmo problema. Por conseguinte, as 42.360 pessoas poderiam ser o total geral do número dentre cada família, além de muitos outros que não conseguiram determinar seus ancestrais. Mais tarde, contudo, alguns possivelmente conseguiram estabelecer sua genealogia correta. Isto poderia explicar como uma flutuação dos números ainda pôde fornecer o mesmo total.
ESBOÇO DO CONTEÚDO
I. Reação de Neemias ao relatório sobre as condições em Jerusalém (Nee. 1:1-11)
A. Visita de Hanani, irmão de Neemias e de outros judeus, a Susã, sua resposta à indagação de Neemias quanto aos judeus no distrito jurisdicional de Judá (1:1-3)
B. Neemias é movido a prantear, jejuar e orar (1:4-11)
II. Solicitação de Neemias para ir a Jerusalém, sua subseqüente restauração da muralha de Jerusalém, acompanhada de oposição (2:1 a 4:23)
A. Autorização real concedida a Neemias para ir a Judá; sua partida com chefes da força militar e cavaleiros (2:1-10)
B. Restauração da muralha de Jerusalém em face de oposição (2:11 a 4:23)
1. Neemias inspeciona de noite a muralha (2:11-20)
2. Os que participam em fazer consertos em várias partes da muralha (3:1-32)
3. Intensifica-se a oposição; Neemias arma os operários para opor-se à ameaça inimiga (4:1-23)
III. Neemias insta com judeus opulentos a compensar seu erro de terem cobrado erroneamente juros de seus co-israelitas; seu altruísmo qual governador (5:1-19)
IV. Inimigos não têm êxito em tramas contra Neemias, porém, mesmo depois de reedificada a muralha, em 52 dias, Tobias continua a ameaçá-lo (6:1-19)
V. Eventos logo depois do término da muralha (7:1 a 12:47)
A. Neemias faz nomeações de porteiros, coloca Hanani e Hananias no comando de Jerusalém, e instrui sobre a abertura e fechamento dos portões da cidade esparsamente povoada (7:1-4)
B. Encontra livro de lista genealógica (7:5-73)
C. Povo reunido na praça pública, perto do Portão das Águas, ouve a leitura da Lei e explicações (8:1-15)
D. Segue-se festividade das barracas (8:16-18)
E. Em 24 de tisri (etanim), cerca de dois dias depois da festividade das barracas, realiza-se outra assembléia (9:1 a 10:39)
1. Durante a assembléia, israelitas confessam pecados e ouvem recapitulação dos tratos de Deus com eles desde o tempo em que escolheu a Abrão (9:1-37)
2. Pactua-se um arranjo fidedigno, sendo atestado por um selo, povo se obriga a refrear-se de alianças matrimoniais com estrangeiros, a guardar os sábados e sustentar os ofícios do templo (9:38 a 10:39)
F. Um de cada dez é designado, por sorte, para morar em Jerusalém; listas dos que moram em Jerusalém e em outros lugares; informações genealógicas sobre sacerdotes e levitas (11:1 a 12:26)
G. Eventos ligados à inauguração da muralha de Jerusalém (12:27-47)
VI. Atividades depois da volta de Neemias a Jerusalém, após estar ausente por algum tempo (13:1-31)
A. Lei é lida ao povo; reagem por separar-se da mistura de gente. (13:1-3)
B. Neemias manda limpar os refeitórios dos pátios do templo, certifica-se de que apoio material seja dado aos levitas e ao templo; faz vigorar a guarda do sábado, castiga os envolvidos em casamentos mistos, purifica e dá designações a sacerdotes e levitas (13:4-31)
Veja o livro “Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa”, págs. 85-88.
PALMEIRA [Heb., tamár; Gr., foínix] A tamareira (Phoenix dactylifera), embora só seja encontrada agora em certas áreas, era outrora abundante na Palestina, e, pelo que parece, era caraterística daquela terra, assim como era, e ainda é, do vale do Nilo, no Egito. Depois da segunda destruição de Jerusalém, Vespasiano, imperador romano, mandou cunhar um sestércio com a figura duma mulher chorando, sentada debaixo duma palmeira, tendo a inscrição “Judaea Capta”.
As palmeiras estão ligadas a oásis, e são uma vista muito bem recebida pelos viajantes do deserto, assim como foram as setenta palmeiras que cresciam ao lado das doze fontes de água em Elim, a segunda parada dos israelitas em marcha, depois de atravessarem o mar Vermelho. (Êxo. 15:27; Núm. 33:9) A longa raiz principal da palmeira a habilita a alcançar fontes de água não disponíveis a muitas outras plantas, e, assim, a vicejar no meio de condições desérticas.
Nos tempos bíblicos, as palmeiras floresciam na costa do Mar da Galiléia (Josefo, Guerras Judaicas, Livro III, cap. X, sec. 8, em inglês; veja p. 206 do Vol. 7, trad. de V. Pedroso), ao longo das partes mais baixas do quente vale do Jordão, e eram especialmente abundantes ao redor de En-Gedi (Antiguidades Judaicas, de Josefo, Livro IX, cap. I, sec. 2, em inglês; veja p. 129 do Vol. 3 da trad. de V. Pedroso) e de Jericó, chamada de “cidade das palmeiras”. (Deu. 34:3; Juí. 1:16; 3:13; 2 Crô. 28:15). Também cresciam nos altiplanos, como fez a “palmeira de Débora”, na região montanhosa de Efraim. (Juí. 4:5) Que cresciam ao redor de Jerusalém é evidente pelo uso feito de suas folhas na Festividade das Barracas (Lev. 23:40; Nee. 8:15), e também na ocasião da entrada de Jesus na cidade. (João 12:12, 13) Tamar, uma das cidades de Salomão, foi chamada assim devido à palmeira. (1 Reis 9:17, 18) A terra de Tiro e Sídon também receberam, mais tarde, o nome de “Fenícia” (terra das palmeiras), do grego foínix (Atos 11:19; 15:3), assim como, possivelmente, a cidade de Fênix, na ilha de Creta. — Atos 27:12.
A alta e majestosa palmeira, com tronco uniforme que se ergue reto a cerca de 24,40 metros ou mais, encimado por uma plumagem de longas frondes (não ramos) pinadas, constitui graciosa silhueta de beleza ímpar. As jovens hebréias devem ter-se orgulhado de receber o nome de Tamar, como a nora de Judá (Gên. 38:6), a irmã de Absalão (2 Sam. 13:1), e também sua filha, descrita como “mulher de aparência muitíssimo bela”. (2 Sam. 14:27) A estatura da jovem sulamita foi assemelhada à de uma palmeira, e os seios dela aos cachos de tâmaras. (Cân. 7:7, 8) A disposição espiral de suas fibras de madeira também a tornam uma árvore de incomum flexibilidade e vigor.
A palmeira produz bons frutos depois de cerca de trinta anos, e continua a fazê-lo por cerca de cem anos, após o que declina gradualmente e morre, no fim do segundo século. A safra anual de tâmaras cresce em imensos cachos pendentes, cada um pesando de 13,6 a 22,7 quilos, sendo colhida de junho a setembro. Os árabes afirmam que a palmeira tem tantas utilidades como o ano tem de dias. Em adição a seus frutos, as folhas são usadas para telhados de colmo, para laterais de casas, cercas, esteiras, cestos, e até mesmo como pratos. Suas fibras são utilizadas na fabricação de cordas e cabos de barcos. As sementes de tâmaras são moídas e supridas como ração de camelos. Cera, açúcar, óleo, tanino e resinas são todas obtidas dessa árvore, e uma forte bebida, chamada “arrak”, é destilada de sua seiva.
Figuras esculpidas da palmeira, com seu formato ereto, sua beleza e frutividade, constituíram decoração apropriada para as paredes internas e portas do templo de Salomão (1 Reis 6:29, 32, 35; 2 Crô. 3:5), também para as laterais dos carrocins usados no serviço do templo (1 Reis 7:36, 37); sendo que Ezequiel viu palmeiras adornando as pilastras laterais dos portões do templo visionário, bem como das paredes internas e portas do templo. (Eze. 40:16-37; 41:15-26) Sendo ereta e alta, bem como frutífera, a palmeira era também um símbolo apropriado do ‘justo’, ‘plantado nos pátios de Jeová’. — Sal. 92:12, 13.
O uso de frondes de palmeiras pela multidão de pessoas que sondaram a Jesus como “rei de Israel” (João 12:12, 13) servia, evidentemente, para simbolizar seu louvor, bem como sua submissão à sua posição régia. A “grande multidão” de Revelação 7:9 é, semelhantemente, representada como tendo frondes de palmeiras nas mãos, atribuindo a salvação a Deus e ao Cordeiro. — Rev. 7:10.
NOZ DE PISTÁCIA. A palavra hebraica botním é geralmente entendida como designando o fruto da Pistacia vera, ou pistache. Esta árvore decídua viceja em áreas secas e raramente chega a atingir uma altura de mais de 9 metros. As nozes medem cerca de 1,3 a 1,9 centímetros crescendo em grandes cachos. A casca fina mas dura, de coloração amarelo-clara das nozes maduras da pistécia, ou pistaches, é recoberta de um folhelho um tanto enrugado. Cada noz contém uma amêndoa amarelo-esverdeada, cercada de fina pele avermelhada. A amêndoa possui um sabor brando, adocicado, e é comumente comida crua ou frita. Às vezes as amêndoas são esmagadas, para se retirar o seu óleo, e as amêndoas moídas são usadas para confeitos.
As nozes de pistácia achavam-se entre “os produtos mais excelentes da terra” de Canaã que foram levados pelos filhos de Jacó como presente para aquele que era o regente do Egito. (Gên. 43:11) Até em tempos modernos, grandes quantidades de pistache têm sido exportadas de partes do Oriente Médio.
A cidade de Betonim, situada a E do Jordão, no território de Gade, parece ter sido assim chamada por causa das nozes de pistécia. — Jos. 13:24, 26.
PLANTA VENENOSA. Ao passo que alguns sugeriram que se compare a palavra hebraica ro’sh (ou rohsh) à cicuta, à colocíntida ou à papoula, não é possível uma identificação segura desta planta. O termo hebraico às vezes se refere a (1) uma planta amarga e venenosa (Lam. 3:5, 19), (2) ao veneno ou “peçonha” (Deu. 32:33; Jó 20:16) e, quando usado em conexão com a água, (3) água venenosa. (Jer. 8:14; 9:15; 23:15) Ele aparece, em sentido ilustrativo, com referência à perversão da justiça (Osé. 10:4; Amós 6:12), e aos que apostatam. — Deu. 29:18; compare com Atos 8:23; Hebreus 12:15.
A respeito do Messias, foi predito que lhe seria dado uma “planta venenosa” como alimento. (Sal. 69:21) Isto ocorreu quando se ofereceu a Jesus Cristo, antes de ser pendurado na estaca, vinho misturado com fel, mas, ao prová-lo, recusou a bebida estupeficante que provavelmente visava aliviar seus sofrimentos. Ao registrar o cumprimento desta profecia, Mateus (27:34) empregou a palavra grega kholé (fel), o mesmo termo encontrado na Versão dos Setenta no Salmo 69:21. No entanto, o relato do Evangelho de Marcos menciona a mirra (Mar. 15:23), e isto tem ocasionado o conceito de que, neste caso, a “planta venenosa” ou “fel” fosse a “mirra”. Outra possibilidade é que a bebida drogada contivesse tanto o fel como a mirra.