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  • Ajuda ao Entendimento da Bíblia
  • Despertai! — 1981
  • Subtítulos
  • TEMPO E LUGAR DE COMPOSIÇÃO
  • CARACTERÍSTICAS ÍMPARES DO RELATO DE MARCOS
  • REFERÊNCIAS ÀS ESCRITURAS HEBRAICAS
  • ESBOÇO DO CONTEÚDO
  • CONCLUSÕES LONGA E CURTA
  • ESCRITOR E ÉPOCA DA ESCRITA
  • PONTOS EM QUE É ÍMPAR
Despertai! — 1981
g81 8/11 pp. 26-28

Ajuda ao Entendimento da Bíblia

[Matéria extraída, condensada, de Aid to Bible Understanding, Edição de 1971.]

MARCOS, AS BOAS NOVAS SEGUNDO. [Continuação]

TEMPO E LUGAR DE COMPOSIÇÃO

Segundo a tradição antiga, o Evangelho de Marcos foi primeiro tornado público em Roma, sendo este o testemunho de escritores primitivos tais como Clemente, Eusébio e Jerônimo. Marcos estava em Roma durante o tempo em que Paulo esteve preso pela primeira vez ali. (Col. 4:10; Filêm. 1, 23, 24) Depois disso, esteve com Pedro em Babilônia. (1 Ped. 5:13) Daí, durante o segundo período de prisão de Paulo em Roma, este pediu que Timóteo viesse logo e trouxesse consigo a Marcos. (2 Tim. 4:11) É provável que Marcos retornasse então a Roma. Visto que não se faz menção da destruição de Jerusalém no cumprimento da profecia de Jesus, Marcos deve ter compilado seu relato antes de tal evento, em 70 E.C. Sua presença em Roma, pelo menos uma vez, e, provavelmente duas, durante os anos 60-65 E.C., sugerem que Marcos pode ter concluído seu Evangelho ali em algum tempo durante esses anos.

CARACTERÍSTICAS ÍMPARES DO RELATO DE MARCOS

Embora, na maior parte, abranja matéria similar à de Mateus e de Lucas, Marcos também fornece pormenores suplementares. Alguns deles elucidam como Jesus se sentia com relação a certas coisas. Ele ficou ‘contristado com a insensibilidade dos corações’ das pessoas que objetavam a que curasse a mão ressequida dum homem no sábado. (Mar. 3:5) Quando Jesus teve uma acolhida ruim por parte do povo de seu território natal, “admirou-se da sua falta de fé”. (Mar. 6:6) E “sentiu amor” pelo jovem rico que lhe perguntou quais os requisitos para ganhar a vida eterna. — Mar. 10:21.

Também ímpar no relato de Marcos são certos pontos relativos ao fim da vida terrestre de Jesus. Ele relata que, no julgamento de Jesus, as testemunhas falsas não concordaram entre si. (Mar. 14:59) O transeunte obrigado a carregar a estaca de tortura de Jesus foi Simão de Cirene, “pai de Alexandre e de Rufo”. (Mar. 15:21) E Marcos relata que Pilatos certificou-se de que Jesus estava morto, antes de dar permissão a José de Arimatéia para levar o corpo de Jesus e enterrá-lo. — Mar. 15:43-45.

Uma das quatro ilustrações de Jesus encontra” das no Evangelho de Marcos parece ser ímpar. (Mar. 4:26-29) O relato menciona pelo menos dezenove milagres realizados por Jesus Cristo. Dois destes (a cura dum surdo que também tinha deficiência de fala, e a cura de certo cego) acham-se contidos apenas no Evangelho de Marcos. — Mar. 7:31-37; 8:22-26.

REFERÊNCIAS ÀS ESCRITURAS HEBRAICAS

Embora Marcos pareça ter escrito primariamente para os romanos, tal registro real mente contêm referências e citações das Escrituras Hebraicas. Mostra-se que a obra de João Batista foi cumprimento de Isaías 40:3 e de Malaquias 3:1. (Mar. 1:24) No relato também podem ser encontrados casos de Jesus aplicar, citar ou fazer alusão às Escrituras Hebraicas. Estes incluem: Prestar a Deus meros louvores fingidos ou de lábios (Mar. 7:6, 7; Isa. 29:13); honrar os pais (Mar. 7:10; Êxo. 20:12; 21:17); a criação do homem e da mulher, e a instituição do casamento (Mar. 10:6-9; Gên. 1:27; 2:24); vários mandamentos (Mar. 10:19; Êxo. 20:12-16; Lev. 19:13); comentários de Jesus sobre o templo (Mar. 11:17; Isa. 56:7; Jer. 7:11); sua declaração a respeito de ser rejeitado (Mar. 12:10, 11; Sal. 118:22, 23); as palavras de Jeová a Moisés na sarça ardente (Mar 12:26, Êxo. 3:2, 6); os dois grandes mandamentos sobre o amor (Mar. 12:29-31; Deut. 6:4, 5, Lev. 19:18); as palavras proféticas de Jeová ao Senhor de Davi, sobre subjugar seus inimigos (Mar. 12:36; Sal. 110:1); o espalhar dos discípulos de Jesus (Mar. 14:27; Zac. 13:7), a declaração de Jesus sobre ser abandonado por Deus (Mar. 15:34; Sal. 22:1); suas instruções a um leproso curado (Mar. 1:44; Lev. 14:10, 11), e sua declaração profética a respeito da coisa repugnante que causa desolação. — Mar. 13:14; Dan. 9:27.

As referências às Escrituras Hebraicas no relato de Marcos ilustram amplamente que Jesus Cristo tinha confiança nelas e usava tais Escrituras em seu ministério. O Evangelho também supre uma base para nos tornarmos mais familiarizados com o Filho do homem, que “veio, não para que se lhe ministrasse, mas para ministrar e dar a sua alma como resgate em troca de muitos”. — Mar. 10:45.

ESBOÇO DO CONTEÚDO

I. Ministério de João Batista (1:1-11)

II. A atividade de Jesus desde a ocasião da tentação por parte do Diabo até enviar doze apóstolos (1:12 a 6:6)

A. Tentado pelo Diabo, inicia ministério na Galiléia, depois da prisão de João (1:12-15)

B. Convoca primeiros discípulos; expulsa demônios e cura doentes (1:16-45)

C. Ações questionadas por fariseus e outros; trama-se contra ele (2:1 a 3:6)

D. Curou muitos e expulsou demônios; selecionou doze apóstolos (3:7-19)

E. Refutada acusação de expulsar demônios pelo regente dos demônios (3:20-30)

F. Seguidores igualados a irmão, irmã e mãe (3:31-35)

G. Ensino: várias ilustrações, inclusive do semeador, e da semente de mostarda; explicação particular para discípulos (4:1-34)

H. Vários milagres: acalmou tempestade; curou homem possesso de demônio, curou mulher de fluxo sangüíneo, ressuscitou filha de Jairo (4:35 a 5:43)

I. Pregou no território natal (6:1-6)

III. Ministério de Jesus, desde o envio dos doze apóstolos até que deixou região de Tiro e Sídon (6:7 a 7:30)

A. Enviados doze apóstolos (6:7-13)

B. Novas das obras poderosas de Jesus chegam a Herodes (6:14-29)

C. Apóstolos retornam com relato sobre atividades (6:30-32)

D. Ensino e milagres de Jesus, inclusive alimentação de 5.000, andou sobre mar e fez curas (6:33-56)

E. Questão sobre lavagem tradicional de mãos (7:1-23)

F. Filha, possessa de demônios, duma mulher siro-fenícia é curada na região de Tiro e Sídon (7:24-30)

IV. Desde que Jesus partiu da região de Tiro e Sídon até o início de seu ministério na Peréia (7:31 a 9:50)

A. Milagres: cura do surdo; alimentação de cerca de 4000 homens (7:31 a 8:9)

B. Disputa com fariseus sobre sinal, aviso sobre fermento dos fariseus e de Herodes (8:10-21)

C. Restauração progressiva da visão ao cego em Betsaida (8:22-26)

D. Identificação de Jesus como Cristo, por Pedro; sua objeção às coisas que sobreviriam a Jesus; repreendido (8:27-33)

E. Requisitos para ser seguidor de Jesus (8:34-38)

F. Visão da transfiguração (9:1-13)

G. Cura dum menino possesso de demônio, ao qual os discípulos de Jesus não conseguiram curar (9:14-29)

H. Jesus prediz morte e ressurreição; corrige e ensina discípulos (9:30-50)

V. Ministério de Jesus na Peréia e ao redor de Jericó (10:1-52)

A. Provado Jesus na questão do divórcio (10:1-12)

B. Reino pertence a pessoas semelhantes a criancinhas (10:13-16)

C. Diz-se ao rico os requisitos para se obter vida eterna, bênçãos resultantes de se ser seguidor de Jesus (10:17-31)

D. Futuros sofrimentos de Jesus; pedido de Tiago e João de sentarem-se à direita de Jesus (10:32-45)

E. Cura do cego Bartimeu, perto de Jericó (10:46-52)

VI. Últimos dias do ministério público de Jesus (11:1 a 14:16)

A. Entrada triunfal de Jesus em Jerusalém (11:1-11)

B. Amaldiçoada a figueira (11:12-14)

C. Purificado o templo (11:15-18)

D. Ensina-se aos discípulos sobre fé e oração (11:19-25)

E. Principais sacerdotes e outros questionam a autoridade de Jesus; resposta dele e ilustração da vinha e dos viticultores iníquos (11:27 a 12:12)

F. Esforços de enredar Jesus na questão do imposto e da ressurreição; maior mandamento da Lei (12:13-40)

G. Jesus observa aqueles que fazem contribuições no templo, dádiva da viúva pobre (12:41-44)

H. Prediz destruição do templo, mais tarde provê “sinal”, em resposta à pergunta dos discípulos (13:1-36)

I. Trama contra Jesus, Judas concorda em traí-lo (14:1-11)

J. Preparativos para a Páscoa (14:12-16)

VII. Último 14 de nisã de Jesus na terra (14:17 a 15:41)

A. Celebração da Páscoa seguida pela instituição da Refeição Noturna do Senhor (14:12-26)

B. Palestra sobre todos tropeçarem e Pedro negar três vezes a Jesus (14:27-31)

C. Eventos no jardim de Getsêmani (14:32-52)

1. Jesus ora; Pedro, Tiago e João adormecem (14:32-42)

2. Judas trai Jesus com beijo; turba leva Jesus em custódia, todos abandonam Jesus e fogem (14:43-52)

D. Jesus é julgado e considerado culpado de blasfêmia, negação de Pedro (14:53-72)

E. Reunião consultiva do Sinédrio, de manhã cedo; Jesus perante Pilatos, que cede às demandas de pendurar Jesus na estaca (15:1-15)

F. Soldados zombam de Jesus é levado e pendurado na estaca; expira (15:16-41)

VIII. Enterro, ressurreição de Jesus (15:42 a 16:8); aparecimento pós-ressurreição (conclusão longa; 16:9-20)

CONCLUSÕES LONGA E CURTA

Alguns imaginam que Marcos 16:8, que termina com as palavras “e não disseram nada a ninguém, pois estavam tomadas de temor” é abrupta demais para ter sido a conclusão original deste Evangelho. No entanto, não é preciso tirar tal conclusão, em vista do estilo geral de Marcos. Também, os peritos do quarto século, Jerônimo e Eusébio, concordam que o registro autêntico termina com as palavras “estavam tomadas de temor”.

Há vários manuscritos e versões que acrescentam uma conclusão longa ou uma curta depois de tais palavras. A conclusão longa, (que consiste em doze versículos) é encontrada no Manuscrito Alexandrino, no Códice Ephraemi rescriptus (Cópia de Efraim) e no Manuscrito de Cambridge. Aparece também na Vulgata latina, na Versão Siríaca curetoniana e na Versão Pesito siríaca. Mas é omitida no Manuscrito Sinaítico, no Manuscrito Vaticano N.º 1.209, no códice Sinaítico (em siríaco antigo) e na Versão Armênia. Certos manuscritos e versões posteriores contêm a conclusão curta. O Códice Regius, do oitavo século E.C., inclui ambas as conclusões, dando primeiro a conclusão mais curta. Prefixa uma nota a cada conclusão, afirmando que estes trechos são correntes em alguns quadrantes, embora, evidentemente, não reconhecesse a nenhum deles como sendo de peso.

Ao comentar as conclusões longa e curta do Evangelho de Marcos, o tradutor bíblico, Edgar J. Goodspeed, comentou: “A Conclusão Curta se liga muito melhor com Marcos 16:8 do que a longa, mas nenhuma delas pode ser considerada como parte original do Evangelho de Marcos.” — The Goodspeed Parallel New Testament, (O Novo Testamento Paralelo, de Goodspeed), p. 127.

Veja o livro “Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa”, pp. 174-179.

LUCAS, AS BOAS NOVAS SEGUNDO. Um relato que narra primariamente os eventos do ministério terrestre de Jesus. Seu propósito era apresentar um registro exato, em ordem lógica, comprovando a certeza daquilo que Teófilo aprendera de forma oral. (Luc. 1:3, 4) Conforme sugerido por ter seu lugar no cânon da Bíblia, tal registro devia também beneficiar muitas outras pessoas, tanto os judeus como os não-judeus. Ao passo que o arranjo tópico parece predominar, às vezes, este Evangelho segue uma ordem cronológica no seu esboço geral.

ESCRITOR E ÉPOCA DA ESCRITA

Embora não seja citado nominalmente nele o médico Lucas (Col. 4:14) tem recebido em geral o crédito pela autoria deste relato. Existe evidência escrita neste sentido já desde o segundo século E.C., o Evangelho sendo atribuído a Lucas no Fragmento Muratoriano (c. 170 E.C.). Certos aspectos deste Evangelho também podem ser considerados como indicando que seu escritor era um médico bem instruído. O vocabulário nele encontrado é mais extenso do que o dos outros três Evangelhos combina dos. Às vezes, as descrições das doenças curadas por Jesus são mais específicas do que nos outros relatos. — Compare com Mateus 8:14; Marcos 1:30; Lucas 4:38; Mateus 8:2; Marcos 1:40; Lucas 5:12.

Foi evidentemente antes de escrever o livro de Atos que Lucas concluiu seu Evangelho. (Atos 1:1, 2) Visto que havia acompanhado Paulo a Jerusalém, ao fim da terceira excursão missionária do apóstolo (Atos 21:15-17), estaria em boas condições de rebuscar, com exatidão, as coisas relativas a Jesus Cristo na própria terra em que o Filho de Deus realizara suas atividades. Depois da prisão de Paulo em Jerusalém, e durante o encarceramento posterior de Paulo em Cesaréia, Lucas teria muitas oportunidades de entrevistar testemunhas oculares e de consultar registros escritos. Assim, é razoável concluirmos que o Evangelho pode ter sido escrito em Cesaréia em algum tempo durante o confinamento de Paulo ali, por cerca de dois anos (c. 56-58 E.C.). — Atos 21:30-33; 23:26-35; 24:27.

PONTOS EM QUE É ÍMPAR

Como no caso dos três outros Evangelhos, o relato de Lucas fornece evidência abundante de que Jesus é deveras o Cristo, o Filho de Deus. Revela Jesus como tendo sido um homem de oração, alguém que confiava plenamente em seu Pai celeste. (Luc. 3:21; 6:12-16; 11:1; 23:46) Contém inúmeros pormenores suplementares, que, quando combinados com os três outros Evangelhos, fornecem-nos um quadro mais completo dos eventos ligados a Cristo Jesus. Quase todos os capítulos de Luc. 1 e 2 não têm paralelo nos outros Evangelhos. Sete milagres específicos e mais do que o dobro desse número de ilustrações são uma exclusividade desse livro. Os milagres são: Jesus fez com que alguns de seus discípulos pescassem uma safra miraculosa de peixes (5:1-6), ressuscitou o filho duma viúva em Naim (7:11-15), e curou uma mulher completamente encurvada (13:11-13), um homem afligido de hidropisia (14:1-4), dez leprosos (17:12-14) e a orelha do escravo do sumo sacerdote (22:50, 51). Entre as ilustrações há as seguintes: os dois devedores (7:41-47), o samaritano prestimoso como próximo (10:30-35), a estéril figueira (13:6-9), a lauta refeição noturna (14:16-24), a moeda perdida de um dracma (15:8, 9), o filho pródigo (15:11-32), o mordomo injusto (16:1-8), o rico e Lázaro (16:19-31), e a viúva e o juiz injusto (18:1-8).

A matéria cronológica que aparece neste Evangelho ajuda a determinar quando João Batista e Jesus nasceram e quando iniciaram seus respectivos ministérios. — Luc. 1:24-27; 2:1-7; 3:1, 2, 23; veja REGISTRO.

[Continua]

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