BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • “Boa saúde para vós!”
    A Sentinela — 1982 | 15 de dezembro
    • “Boa saúde para vós!”

      FOI com tais palavras que o corpo governante dos cristãos do primeiro século encerrou uma carta às congregações. A expressão grega usada transmitia a idéia de ‘Sejam feitos fortes, mantenham-se bem, estejam saudáveis’. — Atos 15:29.

      Embora “Boa saúde para vós” tenha servido, como nós chamamos, de encerramento de carta, toca em algo que todos nós prezamos — a nossa saúde. Há muito tempo as pessoas procuram melhor saúde. Contudo, já notou como muitos hoje parecem demasiadamente preocupados com isso? Já se perguntou sobre qual é o conceito equilibrado para o cristão?

      O QUE INFLUI NO CONCEITO SOBRE A SAÚDE

      O crescente interesse pela saúde talvez seja um reflexo de quão profundamente cientes estão as pessoas de sua mortalidade. A morte chega tão rapidamente! (Salmo 90:10) Pode entender por que a pessoa, que acha que a vida presente é tudo o que há, talvez faça todo o possível para evitar enfermidades que possam apressar a morte.

      Os conceitos sobre saúde também são afetados pela ampla desconfiança no “sistema“, e até mesmo nas autoridades da medicina convencional. Essa desconfiança leva muitos a duvidar da qualidade dos produtos alimentícios comercializados. Tendo ouvido falar do mal causado à saúde pelas “guloseimas“ super-refinadas, que levam aditivos químicos, milhões decidem limitar a quantidade de alimentos industrializados que ingerem. Muitos defendem tanto os “alimentos naturais“, que praticamente não comem nada mais. Outros, cientes de tragédias tais como os defeitos de nascença causados pela talidomida, não confiam nos remédios. Suspeitam de efeitos colaterais que podem decorrer de remédios grandemente promovidos pelas firmas farmacêuticas, e que alguns médicos ocupados prescrevem indiscriminadamente.

      Uma conseqüência de tudo isso é que as pessoas estão ficando mais independentes em questões de saúde. É provável que reconheça que cada adulto deve fazer suas próprias decisões quanto à saúde, baseado em informações fidedignas quanto às diversas escolhas. Mas, há perigos que precisamos considerar? Pode a Bíblia ajudar-nos em questões de saúde?

      O CRISTIANISMO É BOM PARA A SUA SAÚDE

      A carta do corpo governante do primeiro século explicava que os cristãos deviam ‘abster-se de fornicação e de sangue’. (Atos 15:28, 29) Tal proceder é sábio, mesmo do ponto de vista da saúde. A fornicação expõe as pessoas a doenças venéreas e à gravidez indesejada. Transfusões de sangue têm contaminado incontáveis milhares de pessoas com hepatite e com doenças tais como a do vírus amiúde fatal, com que o papa João Paulo II foi infetado.

      Pense também na saúde melhor resultante da aplicação do conselho de Deus sobre a bebedice e o fumo. O dr. Joel Posner relatou que 60 por cento do dinheiro gasto nos Estados Unidos com o cuidado da saúde destina-se a males relacionados com o uso do álcool e do fumo. — Provérbios 20:1, 2; 2 Coríntios 7:1.a

      A Bíblia protege nossa saúde também de outros modos. Pode compreender isso ao examinar o que ela diz sobre manter-se limpo. (Êxodo 30:17-21; Deuteronômio 23:12-14) Mesmo o espírito geral manifestado pelo cristão, ao passo que estuda a Bíblia, pode melhorar sua saúde. Por buscar a brandura, a benignidade e o amor, leva uma vida mais pacífica com os outros, e isso protege sua saúde. (Provérbios 14:30) Além disso, o elevado respeito que o cristão tem pela vida o induz a tomar precauções racionais para evitar riscos. Por exemplo, ele talvez seja mais consciencioso do que a maioria ao fazer uso dos cintos de segurança do automóvel. (Atos 17:24, 25, 28) O dr. K. L. White, subdiretor da divisão de ciências médicas da Fundação Rockefeller, disse que tais assuntos de “estilo de vida e comportamento pessoal” são “importantes fatores que influem na saúde das pessoas”.

      Daí, há o seguinte conselho bíblico: “Achaste mel? Come o que for suficiente para ti, a fim de que não tomes demais e tenhas de vomitá-lo. Comer mel demais não é bom.” (Provérbios 25:16, 27) Quaisquer que sejam os méritos relativos do uso de mel como adoçante, em vez de açúcar este conselho provê uma regra para a boa saúde: Faça da moderação a chave de sua dieta. Se a pessoa puder comer uma variedade de alimentos e evitar excessos, bem como evitar consumir demais um alimento específico, colherá benefícios para sua saúde. Os comentários sobre o mel são proveitosos também para outros esforços que se fazem para a melhora da saúde.

      VITAMINAS, MINERAIS E ERVAS

      Melhor nutrição contribuirá para uma melhor saúde. A chave tem sido a descoberta de nossas necessidades de vitaminas e de minerais. Por exemplo, doenças como o beribéri, o pelagra, o escorbuto e o raquitismo, resultantes de avitaminoses, podem ser curadas ou evitadas por meio duma dieta equilibrada que contenha suficiente Vitamina B, C e D. Também, ao passo que os médicos se envolveram mais na pesquisa nutricionista, têm surgido informes sobre outras doenças que parecem reagir a grandes doses de certas vitaminas e certos minerais administrados sob supervisão médica.

      Contudo, muitos passaram a tomar por conta própria doses maciças de suplementos alimentícios, como se tivessem graves e numerosas deficiências. Alguns dos que adotam tal automedicação acham que, ‘se um pouco é bom, então mais será melhor’, e que ‘vitaminas e minerais não podem prejudicá-los, porque seu corpo se livra de quaisquer excessos’. É verdade que, se você tomar demais de certas vitaminas, estas talvez ‘passem para os intestinos e sejam eliminadas para o esgoto’, resultando apenas em dispendiosas excreções do corpo. (Mateus 15:17) Mas, se tomar demais de outras vitaminas ou de outros minerais, estes podem deixar de ser nutrientes e começar a agir quais drogas, sendo até mesmo prejudicialmente tóxicos.

      Por tomarem doses excessivas de certas vitaminas, pessoas têm prejudicado órgãos do corpo, ou até pior. Só para citar um exemplo, certo homem na Grã-Bretanha, que tomava grandes quantidades de suco de cenoura e de vitamina A, morreu em conseqüência duma hipervitaminose. Muitas crianças também têm sido prejudicadas por excessivas vitaminas administradas por pais sinceros, porém mal informados quanto à nutrição. Quanto a minerais, certo cirurgião-oftamologista faz sua observação pessoal: “Estou preocupado com muitos que estão tomando doses maciças de cálcio, cobre, zinco e cromo. Já estou constatando condições de cegueira entre irmãos e irmãs na faixa dos 20 aos 30 anos.” Lembre-se do sábio conselho da Bíblia sobre o mel. Quer se trate duma droga sintética, quer de vitamina, mineral ou erva naturais, quantidades excessivas podem prejudicá-lo.

      Sim, também é necessário ter cuidado com as ervas. É claro que certas ervas têm propriedades medicinais; a digitalina e a quinina, por exemplo, são provenientes de “ervas”. Certo estudo realizado no Quênia revelou que “pelo menos 50 por cento dos remédios de ervas usados pelos curandeiros têm genuíno valor medicinal”. Contudo, isso significa que muitos não têm valor conhecido. E o fato de Jeová ter projetado a “vegetação” para ser o alimento original do homem não significa que todas as ervas são seguras. O fumo e a maconha são “ervas”. — Gênesis 1:29, 30.

      Até mesmo ervas que parecem ser de ajuda para uma pessoa podem pôr em perigo outra pessoa. Certo ministro viajante, em Ohio, E.U.A., sofria de problemas de estômago. Amigos preocupados instaram com ele para que tomasse certo remédio comum de erva. Quando o problema persistiu, ele foi consultar um médico, cujos extensivos testes localizaram cálculos biliares. O médico descobriu também que o sangue do ministro não coagulava; um corte poderia fazê-lo sangrar até a morte. Quando o médico soube do remédio de erva que ele tomava, disse que se sabia que este causava problemas relativos à coagulação sangüínea. Uma vez que parou de tomar daquela erva, desapareceu o problema sangüíneo.

      DAR SUGESTÕES

      É compreensível que alguém, desejoso de ajudar a um amigo ou parente doente, sugira algo que acha que lhe ajudou ou que ouviu dizer que é eficaz. Às vezes, pode ser até mesmo bondade cristã fazer isso, como quando o apóstolo Paulo aconselhou o jovem Timóteo a evitar beber da água da localidade, mas a ‘usar de um pouco de vinho por causa do seu estômago e dos seus freqüentes casos de doença’. — 1 Timóteo 5:23.

      A pessoa que regularmente aconselha remédios, vitaminas, minerais ou ervas deve ter cuidado, porém, especialmente se lhe falta um conhecimento profundo sobre saúde e sobre os sistemas orgânicos do corpo. Deveria perguntar-se: Estou realmente a par dos fatos? Embora certo remédio, vitamina, mineral ou erva aparentemente me tenha ajudado, sei se este poderia causar dano a outra pessoa? Se isso acontecesse, poderia eu ser em parte responsável ou culpado? Ou, mesmo que o que eu aconselhe seja inofensivamente ineficaz, poderia eu ser responsável por uma pessoa adiar um tratamento eficaz até que sua condição se torne crítica ou fatal? — Veja 1 Timóteo 5:22.

      Alguns ficaram demasiadamente entusiasmados com certos tipos de medidas para manter a saúde. Como exemplo extremo, certo ancião cristão encontrou sob sua porta uma carta dum amigo que vendia vitaminas. Esta dizia, em parte: ‘Há um motivo lógico e surpreendente por que os suplementos (marca tal) dão resultados. É assim como “a verdade” em comparação com “Babilônia, a Grande”. Às vezes, fico sem saber como é que alguns de nossos irmãos e de nossas irmãs aprenderam a verdade. Não fazem caso de Provérbios 18:13, muito embora todas as nossas intenções sejam de ajudá-los.’

      O fato de, por qualquer que seja o motivo, alguns poderem desenvolver quase que um fanatismo quanto a questões de saúde destaca a necessidade de todos os cristãos tomarem cuidado para não se tornarem desequilibrados.

      OUTRAS PERGUNTAS

      Os cristãos podem ser gratos de possuir o conselho da Palavra de Deus, pois de diversas maneiras este nos ajuda a conservar a saúde. Contudo, há outros aspectos da saúde que merecem atenção, tais como: Como posso determinar que tratamento aceitar? Que dizer de outras formas não ortodoxas de artigo considerará esses aspectos diagnóstico ou terapia? Há quaisquer perigos espirituais relacionados com algumas delas? Como deve seu conceito sobre o reino de Deus influir em sua opinião sobre a saúde? O próximo artigo considerará esses aspectos.

  • A “boa saúde” e a razoabilidade cristã
    A Sentinela — 1982 | 15 de dezembro
    • A “boa saúde” e a razoabilidade cristã

      O APÓSTOLO Paulo escreveu aos cristãos da antiga Filipos: “Seja a vossa razoabilidade conhecida de todos os homens.” Ele incentivava assim a eles, e a todos os cristãos desde então, a demonstrarem o espírito de moderação e de equilíbrio racional. — Filipenses 4:5.

      Precisamos de razoabilidade no que tange à nossa saúde. Por exemplo, precisamos evitar excessos ou extremos no que comemos, e precisamos ter suficiente exercício e descanso. Nossa atitude para com tratamentos deve do mesmo modo basear-se na razão, refletindo cuidado para não nos deixarmos influenciar emocionalmente por alguma moda passageira relacionada com a saúde. A razoabilidade é necessária também para mantermos o equilíbrio entre nossa saúde espiritual e nossa saúde física precisamos ‘certificar-nos das coisas mais importantes’, para que a nossa preocupação com a saúde não relegue o reino de Deus a segundo plano. — Filipenses 1:10.

      SER SELETIVO QUANTO A TRATAMENTOS

      Ao tomar decisões quanto a questões médicas, ou de saúde, é bom reconhecer que mesmo essas questões podem ser influenciadas pela popularidade ou por modas. Talvez se lembre de tratamentos que em certa época foram populares, mas que agora são encarados de maneira bem diferente. Lembra-se de quando os médicos usavam raios X para o acne, extraíam as amígdalas por motivos insignificantes, ou prescreviam os novos medicamentos à base de sulfa ou a penicilina para quase qualquer infecção? As coisas mudaram. Embora tais terapias sejam apropriadas em alguns casos, a experiência e a pesquisa têm revelado alguns efeitos colaterais indesejáveis, ou indicado que devem ser empregadas de maneira bem seletiva.

      Se os médicos, instruídos no “método científico” e treinados para ter cautela quanto a novos medicamentos ou novas terapias, podem ser influenciados pela opinião popular, quanto mais fácil será para o leigo perder o equilíbrio diante das modas passageiras relacionadas com o cuidado da saúde E isso acontece com milhões de pessoas. Com freqüência, têm adotado certo tratamento de limitado valor terapêutico, mas do qual pessoas não habilitadas têm feito muito mal uso. Outras “curas” que se tornaram populares eram na verdade totalmente ineficazes, pois eram fraudes.a Eram promovidas por homens que tinham prazer em separar as pessoas doentes de seu dinheiro. E, o que deve ser de grande preocupação para os cristãos, alguns dos tratamentos populares parecem ter-se envolvido com ‘poderes mágicos’, ou espiritismo, que a Bíblia condena. — Isaías 1:13; Deuteronômio 18:10-12.

      ‘Mas’, perguntam alguns, ‘como posso saber se certo tratamento é uma fraude?’ Isso pode ser difícil, pois muitos dos tratamentos do passado que praticamente todo mundo reconhece agora como inúteis levavam nomes que soavam científicos. E as publicações distribuídas, que falavam a respeito destes, ofereciam explicações que alguns acharam plausíveis. Onde, então, podemos encontrar ajuda?b

      APLICAÇÃO DA RAZOABILIDADE

      O discípulo Tiago escreveu que “a sabedoria de cima é . . . razoável”. (Tiago 3:17) Embora o cristão não seja perito em medicina, esforçar-se ele a ser razoável pode ajudá-lo na avaliação dos métodos de diagnóstico (ou de teste) e das terapias.

      Naturalmente, precisamos compreender que as muitas questões de saúde possuem diferentes ângulos; o cristão ativo não pode ficar a par de tudo. Mas, quando ele necessita de tratamento e se lhe apresenta uma recomendação, ele pode perguntar-se: ‘Parece a terapia sugerida razoável e coerente com o conhecimento sobre o corpo e a doença? Ou parece estranha, até mesmo espetacular em suas afirmações? Estou sendo influenciado a aceitar este tratamento por pessoas desinformadas ou que têm interesses financeiros nisso? Se tiver dúvidas a respeito, deveria aguardar até que venham a luz mais fatos?’

      Tais perguntas talvez parecem elementares, mas o fato de alguns tratamentos esquisitos se terem tornado populares no passado mostra o valor de se considerar essas perguntas. Isso pode ser também ilustrado por uma recente experiência: Certa senhora, de instrução mediana e que trabalhava num escritório, consultou certo clínico que enfatizava um rigoroso tratamento dietético. Mais tarde ela contou aos amigos que se lhe mostrara “garrafas contendo tumores que pacientes haviam eliminado”, até mesmo um “tumor cerebral”. A razoabilidade o induziria a raciocinar: Será que uma pessoa mediana saberia a aparência real dum tumor, e, portanto, como poderia ela identificar um tumor verdadeiro, não importa como este supostamente tivesse sido “eliminado”? Também, visto que o cérebro fica dentro da cavidade craniana, como poderia alguém “eliminar” um tumor cerebral através do tubo intestinal ou de qualquer outra maneira?

      Por fim, muitos dos testes ou tratamentos do passado que se mostraram inúteis foram promovidos mediante afirmações sobre “substancial milagrosas”, “forças do corpo” incomuns, ou estranhos métodos pelos quais o examinador fazia ‘leituras’, talvez por meio dum pêndulo, ou por examinar uma parte do corpo que não parecia estar relacionada com o que era diagnosticado. Apelavam para a emoção, o mistério, ou mesmo para as forças espíritas, não para a razoabilidade. — Veja Levítico 19:26.

      QUE DIZER DOS TESTEMUNHOS?

      Somos ajudados adicionalmente pelas seguintes palavras: “Qualquer inexperiente põe fé em cada palavra, mas o argucioso considera os seus passos.” — Provérbios 14:15.

      Esse é um bom conselho, pois a maioria de nós tem ouvido falar de tratamentos que foram recomendados com testemunhos tais como: ‘Os médicos disseram ao sr. Paulo que ele tinha quatro meses de vida, mas ele tomou —— e agora está bom.’ Quanto a se o “sr. Paulo” realmente tinha ou não a doença, talvez saiba que muitas das fraudes médicas do passado foram endossadas por testemunhos. Isto certamente não significa que precisamos criticar caso um conhecido nosso relate uma experiência pessoal. Entretanto, ao tomarmos importantes decisões relacionadas com nossa saúde, devíamos fazer mais do que ‘pôr fé em cada palavra de testemunhos’.

      Por exemplo, suponhamos que o “sr. Paulo” tinha realmente uma doença e melhorou, o que causou a melhora? O “efeito do placebo” exerce forte influência nos tratamentos de saúde, até na medicina do que aproximadamente 30 a 40 por cento dos pacientes melhoraram depois de terem recebido tratamento com pílulas inertes ou injeções de água. A revista Science Digest (setembro de 1981) relata: “A fé, a esperança, a confiança, todos importantes componentes do efeito do placebo, podem às vezes curar ferimentos, alterar a química do corpo, e até mesmo modificar o curso das mais implacáveis doenças.” Por isso, ao decidir quanta ‘fé pôr em cada palavra’, lembre-se do “efeito do placebo” e pergunte-se: Está a eficácia do próprio tratamento comprovada por sólidas pesquisas e extensivos testes?

      Mesmo que certo informe seja mais do que um mero testemunho, convém considerar se a terapia é moral e religiosamente aceitável. A revista The Journal of the American Medical Association falou sobre certa mulher de 28 anos que contraíra lupo eritematoso, grave doença imunológica que pode ser identificada mediante numerosos testes clínicos. Rejeitando qualquer medicação, ela recorreu a um curandeiro, que “removeu a maldição lançada sobre ela”. Ela retornou livre dos sintomas, evidentemente curada. O artigo da JAMA suscitou a pergunta de como é que um curandeiro asiático podia ‘remover um espírito mau’ e curá-la. Aparentemente, o tratamento foi eficaz, mas os cristãos evitariam esse ou outros tratamentos em que suspeitassem haver alguma forma de espiritismo envolvida. — Veja Mateus 7:22, 23.

      BUSQUE AJUDA ESPECIALIZADA

      É óbvio que em muitos casos necessitamos de conselhos de peritos quanto a tratamentos e questões de saúde. Em quem podemos confiar? As Escrituras oferecem a seguinte observação sábia: “Observaste o homem que é destro na sua obra? É perante reis que ele se postará.” — Provérbios 22:29.

      O homem que estuda certo assunto e desenvolve perícia fica reconhecido como habilitado, até mesmo como especialista em seu campo. Isso se dá também no campo da saúde. Assim, ao avaliar a recomendação dum médico ou de um conselheiro de saúde, devia perguntar-se: Quais são as credenciais dele? A resposta talvez não dependa somente dos seus títulos ou das siglas que seguem após seu nome. Muitos têm adotado títulos para parecerem importantes. (Veja Mateus 23:6, 7.) Alguns que gostam de ser chamados de “doutor” talvez diagnostiquem ou tratem (gratuitamente ou por dinheiroc), embora só tenham lido alguns livros ou assistido a algumas horas de “aula”.

      Poderia considerar também: Qual é o grau e a qualidade de sua instrução? É ele respeitado por pessoas conceituadas, encarado como habilitado? O discípulo Lucas havia evidentemente estudado e adquirido suficiente experiência, de modo que quando o apóstolo Paulo se referiu a ele como “Lucas, o médico amado”, suas habilidades eram respeitadas. — Colossenses 4:14.

      Naturalmente, até mesmo alguns que são peritos em questões de saúde têm dado maus conselhos ou tratamentos. Por quê? Às vezes, por não estarem genuinamente interessados nos pacientes. Talvez tenham desenvolvido alguma teoria médica peculiar. Ou não se mantiveram atualizados com a medicina, e, assim, carecem do conhecimento especializado necessário. A Bíblia pode ajudar-nos também nisso.

      Ela diz: “Há frustração de planos quando não há palestra confidencial, mas na multidão de conselheiros há consecução.” (Provérbios 15:22) Isso salienta o valor de se obter uma segunda ou terceira opinião. Muitos pacientes adquirem confiança em seu médico, de modo que não necessitam de consultar outra opinião a cada recomendação que ele faz. Mas, em questões sérias, ou quando você nutre dúvidas a respeito de certo conselho recebido, é razoável consultar uma segunda opinião. Certifique-se, porém, de obter a opinião de alguém em quem você confia que lhe dará um conselho imparcial. Mesmo que seja de alguém que encare o problema de maneira diferente, deve ser conselho dum especialista. Deste modo, a “multidão de conselheiros” contribuirá para uma saúde melhor.

      EQUILÍBRIO ENTRE A SAÚDE ESPIRITUAL E A SAÚDE FÍSICA

      Junto com toda essa consideração a respeito de saúde e de tratamentos, os cristãos devotados devem sempre lembrar-se do seguinte: Importante como seja a nossa saúde física, nossa saúde espiritual é muito mais importante!

      Jesus aconselhou: “Deixai de estar ansiosos pelas vossas almas, quanto a que haveis de comer, ou pelos vossos corpos, quanto a que haveis de vestir.” Sim, precisamos guardar-nos para não ficarmos demasiadamente ansiosos quanto ao alimento, à vestimenta, ou mesmo quanto a medicar nosso corpo. Quão triste seria se o cristão se preocupasse tanto com sua saúde física, a ponto de negligenciar sua saúde espiritual! Poderia cair na armadilha do homem rico da ilustração de Jesus, a quem Deus disse: “Desarrazoado, esta noite te reclamarão a tua alma. Quem terá então as coisas [incluindo a saúde] que armazenaste?” Jesus complementou: “Assim é com o homem que acumula para si tesouro, mas não é rico para com Deus.” — Lucas 12:20-22.

      É verdade que queremos cuidar da saúde, para podermos usar a nossa vida em servir a Deus. Mas, relatos procedentes de diversas regiões indicam que alguns cristãos têm ficado absortos com a saúde física. Para citar apenas um indício, certa Testemunha de Jeová do centro-oeste dos Estados Unidos escreveu: “Muitos parecem estar excessivamente preocupados com a saúde. Isso está constantemente em suas mentes [conforme se reflete em sua conversação].” A carta explicava que muitos parecem ter ficado excessivamente preocupados com isso depois que amadores, que se consideram capazes de descobrir se alguém tem câncer e que prescrevem então dietas e suplementos alimentícios, lhes disseram que tinham câncer. A Testemunha ouviu certo visitante da Califórnia dizer: “Nós [os que temos tais hábitos de saúde] não nos associamos com aqueles da congregação que preferem permanecer ignorantes e recorrer a seus médicos.”

      Isso é prejudicial de diversos pontos de vista. As reuniões cristãs e as assembléias não são ocasiões para absortas conversas a respeito de saúde, nem para se diagnosticar outros, ou promover tratamentos. Antes, tais reuniões destinam-se à associação cordial e espiritual. Os anciãos devem cuidar de que o Salão do Reino não se torne centro de propaganda para diversos tratamentos ou conceitos sobre saúde, mas permaneça um lugar de união e de adoração verdadeira. — Veja João 2:16, 17.

      Saúde perfeita é impossível no atual sistema de coisas. Tal saúde só será possível quando chegar o novo sistema de coisas. Então, “nenhum residente dirá: ‘Estou doente.’” E isso se dará porque seu erro e seu pecado serão perdoados. (Isaías 33:24) Portanto, não estejamos desarrazoadamente preocupados com nossa saúde atual, como que buscando agora a perfeição física. Antes, manifestemos sabedoria e razoabilidade por nos concentrarmos em nossa saúde espiritual.

      Jesus indicou em que devemos fixar a nossa atenção: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.” (Mateus 24:14) Não nos devemos deixar desviar desta designação divina; os assuntos de saúde não devem interferir no apoio que damos de todo o coração ao Reino. O proceder sábio e racional é ‘buscar primeiro o Reino’. Isso resultará na “paz de Deus”, e, assim, poderá até mesmo beneficiar a nossa saúde atual. Mas, o que é mais importante, resultará na preciosa aprovação de Deus, junto com todas as maravilhosas perspectivas que se tornarão realidade somente quando o sacrifício resgatador de Cristo for aplicado à humanidade. — Filipenses 3:8-11; 4:6, 7; Mateus 6:33.

Publicações em Português (1950-2025)
Sair
Login
  • Português (Brasil)
  • Compartilhar
  • Preferências
  • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
  • Termos de Uso
  • Política de Privacidade
  • Configurações de Privacidade
  • JW.ORG
  • Login
Compartilhar