-
Perseguição de cristãos testa corações em MalauiA Sentinela — 1973 | 15 de setembro
-
-
Nem mesmo sob perseguição as testemunhas malauis de Jeová não guardam rancor aos seus perseguidores. Compreendem que se permite isso para que se realize a obra de separação. Oram para que os opositores se dêem conta de sua verdadeira situação perante o Deus Todo-poderoso e mudem de proceder, sendo assim separados como “ovelhas” para a “direita” de Cristo, com a perspectiva de vida eterna numa terra paradísica por recompensa. — Mat. 5:44.
-
-
É importante para os cristãos a data da celebração da Páscoa?A Sentinela — 1973 | 15 de setembro
-
-
É importante para os cristãos a data da celebração da Páscoa?
JESUS CRISTO, fundador do cristianismo, instituiu a comemoração de sua morte (a Refeição Noturna do Senhor) num dia assinalado por uma observância anual, a Páscoa judaica. Sendo assim, é razoável que a Refeição Noturna do Senhor seja também uma celebração anual. Por isso, a data em que se realizava a Páscoa determinaria quando se havia de comemorar a morte de Jesus. Portanto, os cristãos acham ser de interesse mais do que passageiro verificar quando se celebrava a Páscoa. Isto é importante, porque estão sob a ordem de comemorar a morte de Jesus. — Luc. 22:19.
Segundo o calendário judaico, a data aniversária da celebração da Páscoa cai no mês de nisã. Jeová Deus ordenou a respeito do cordeiro ou cabrito que se devia comer durante a refeição pascoal: “Terá de continuar a ser resguardado por vos até o dia quatorze deste mês, e toda a congregação da assembléia de Israel terá de abatê-lo entre as duas noitinhas.” — Êxo. 12:6.
O que significa a expressão “duas noitinhas”? Tem qualquer relação com a data da celebração da Páscoa?
A tradição judaica, em geral, apresenta as “duas noitinhas” como o tempo desde o meio-dia (quando o sol começa a declinar) até o pôr do sol. Visto que os israelitas mediam seu dia do pôr do sol ao pôr do sol, isto significaria que a vítima pascoal foi morta antes do pôr do sol em que terminava o 14 de nisã e começava o 15 de nisã. Se isto fosse correto, a própria refeição pascoal teria sido consumida, no Egito, em 15 de nisã, e os israelitas teriam deixado o Egito só naquela data.
Mas o conceito judaico, tradicional, a respeito das “duas noitinhas”, não se harmoniza com a narrativa bíblica de Êxodo 12:17, 18. Lemos ali: “Tereis de guardar a festividade dos pães não fermentados, porque neste mesmo dia terei de fazer os vossos exércitos sair da terra do Egito. E tereis de guardar este dia nas vossas gerações como estatuto por tempo indefinido. No primeiro mês [nisã ou abibe], no dia quatorze do mês, à noitinha, deveis comer pães não fermentados.”
Se a vítima pascoal tivesse sido abatida assim como afirma a tradição judaica, a saber, no último quarto do dia quatorze, que terminou ao pôr do sol, então os israelitas não poderiam ter partido do Egito naquele “mesmo dia.” O acontecimento que os habilitou a partir foi a morte dos primogênitos dos egípcios. Mas, visto que isto ocorreu a meia-noite, só teria ocorrido cerca de seis horas depois de terminar o 14 de nisã. — Êxo. 12:29.
Portanto, temos de recorrer a uma outra fonte, não à tradição judaica, para saber quando se sacrificava e comia a vítima pascoal. Teremos de examinar a própria Bíblia para saber o significado da expressão “duas noitinhas”. Fixando nossa atenção em Deuteronômio 16:6, notamos que no caso da primeira noitinha estava envolvido um tempo muito mais tarde do que o meio-dia. As instruções dadas ali a Israel rezavam: “Deves sacrificar a páscoa, a noitinha, assim que se pôr o sol.” Portanto, a primeira das “duas noitinhas” evidentemente indica o tempo do pôr do sol, ao passo que a segunda noitinha corresponde ao tempo em que a luz refletida do sol ou o arrebol da tarde termina e a escuridão sobrevêm.
Esta explicação das duas noitinhas foi também dada pelo rabino espanhol Aben-Ezra (1092-1167 E. C.), bem como pelos samaritanos e os judeus caraítas. É o conceito apresentado por eruditos tais como Michaelis, Rosenmueller, Gesenius, Maurer, Kalisch, Knobel e Keil.
Examinando a evidência bíblica como um todo, podemos ver que a vítima pascoal foi abatida ao pôr do sol, no começo do 14 de nisã, e a refeição
-