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  • w91 15/10 pp. 25-28
  • Emprestar dinheiro a concristãos

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  • Emprestar dinheiro a concristãos
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1991
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1991
w91 15/10 pp. 25-28

Emprestar dinheiro a concristãos

PEDRO e Carlos eram bons amigos.a Eram concristãos, e suas respectivas famílias não raro desfrutavam calorosa associação. Assim, quando Carlos precisou de dinheiro para seu negócio, Pedro não hesitou em oferecer-se a fazer-lhe um empréstimo. “Visto que éramos bons amigos”, explicou Pedro, “eu não me importei”.

Apenas dois meses depois, contudo, o negócio de Carlos não deu certo, e as restituições pararam de ser efetuadas. Pedro ficou sabendo, para sua surpresa, que Carlos havia usado boa parte do dinheiro que tomara emprestado para saldar dívidas não relacionadas com os negócios e para custear um extravagante estilo de vida. O assunto não foi resolvido a contento do ponto de vista de Pedro, mesmo após um ano de visitas e cartas. Frustrado, Pedro dirigiu-se às autoridades e fez com que Carlos — seu amigo e irmão cristão — fosse preso.b Foi a atitude correta a tomar? Veremos.

Desacordos e mal-entendidos em questões de empréstimos de dinheiro são freqüentes causas de amizades arruinadas entre pessoas no mundo todo. Às vezes pode ser até causa de discórdia entre cristãos. Em muitos países é difícil conseguir empréstimos em bancos, de modo que é comum que as pessoas que necessitam de financiamento recorram a amigos e a parentes. Contudo, a triste experiência de Pedro e Carlos ilustra que, a menos que tanto aquele que toma como aquele que faz o empréstimo sigam cuidadosamente princípios bíblicos, podem surgir problemas graves. Qual, então, é a maneira correta de lidar com um pedido de empréstimo a um concristão?

Calcular os Custos Envolvidos em Tomar Emprestado

A Bíblia desincentiva tomar empréstimos desnecessários. “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto que vos ameis uns aos outros”, exorta o apóstolo Paulo. (Romanos 13:8) Portanto, antes de assumir uma dívida, calcule o custo envolvido nisto. (Veja Lucas 14:28.) Há mesmo necessidade de pedir dinheiro emprestado? É uma questão de subsistência, de modo que possa cuidar de sua família? (1 Timóteo 5:8) Ou estaria envolvida certa medida de ganância — talvez o desejo de viver com mais luxo? — 1 Timóteo 6:9, 10.

Outro fator significativo é se assumir uma dívida o obrigará a fazer horas extras e talvez negligenciar reuniões e serviço de campo. Além disso, pode realmente dar-se ao luxo de pôr em risco o dinheiro de outra pessoa? Que dizer se o negócio ou empreendimento não der certo? Lembre-se: “O iníquo toma emprestado e não paga de volta.” — Salmo 37:21.

‘Fale a Verdade’ aos Emprestadores

Depois de considerar tais fatores, talvez ainda ache ser necessário fazer um empréstimo. Se este não pode ser obtido por meios seculares, não é necessariamente errado dirigir-se a um concristão, pois é comum recorrer a amigos em tempos de necessidade, conforme Jesus comentou em Lucas 11:5. No entanto, a pessoa deve esforçar-se para ‘falar a verdade’. (Efésios 4:25) Explique francamente todos os fatores envolvidos — incluindo os riscos, mesmo aqueles que pareçam remotos. E não fique ofendido se o prospectivo emprestador fizer numerosas perguntas pertinentes, para certificar-se de que tem um quadro exato da situação.c

Estaria falando a verdade quem pede emprestado por um motivo e depois usa os fundos para outro? Dificilmente. O gerente de crédito de um banco latino-americano explica: “O banco cancelaria seu crédito, e se você não saldasse imediatamente a dívida, eles obteriam uma ordem judicial para confiscar seus bens.” Se um empréstimo é feito na premissa de que aumentará os lucros de determinado negócio, usar o dinheiro para outro fim com efeito priva o emprestador de sua garantia de o empréstimo ser restituído. É verdade que você talvez não tema represálias jurídicas ao pedir emprestado de um concristão. No entanto, “quem toma emprestado é servo do homem que empresta”, e você tem obrigação de ser honesto com ele. — Provérbios 22:7.

Aplique a Regra de Ouro nos Negócios

Jesus disse: “Todas as coisas, portanto, que quereis que os homens vos façam, vós também tendes de fazer do mesmo modo a eles.” (Mateus 7:12) Quão importante é que esta regra prevaleça ao fazermos negócios com concristãos! Por exemplo, como reagiria se um irmão se negasse a atender seu pedido de empréstimo? Acharia que ele traiu sua amizade? Ou respeitaria o direito dele de rejeitar a sua proposta, dando-se conta de que é bem possível que ele precise de seus fundos ou que avalie que os riscos são mais graves do que você pensa? Ele talvez duvide francamente de sua habilidade de administrar os fundos de maneira eficaz. Neste caso, a recusa dele pode muito bem ser tanto prática como amorosa. — Provérbios 27:6.

Se um amigo concordar em emprestar-lhe dinheiro, os pormenores devem ser postos por escrito, incluindo quanto foi emprestado, para que fim o dinheiro será usado, que bens servirão de garantia do empréstimo, e como e quando ele será restituído. Em alguns casos convém até providenciar que o contrato seja redigido ou examinado por um advogado e arquivado junto às autoridades. De qualquer forma, uma vez assinado um acordo, ‘deixe que a sua palavra Sim signifique Sim, e o seu Não, Não’. (Mateus 5:37) Não abuse da boa vontade do seu amigo, deixando de considerar sua obrigação para com ele com tanta seriedade quanto faria com um banco.

Emprestadores Cautelosos

Que dizer se lhe pedirem um empréstimo? Muito dependerá das circunstâncias. Por exemplo, pode acontecer de um irmão cristão, sem nenhuma culpa, cair na ruína financeira. Se você tiver os meios para isto, o amor cristão o moverá a ‘dar-lhe o necessário para o seu corpo’. — Tiago 2:15, 16.

Quão desamoroso seria tirar partido da adversidade de um irmão por cobrar juros neste caso! Jesus instou: “Continuai a amar os vossos inimigos e a fazer o bem, e a emprestar sem juros, não esperando nada de volta.” — Lucas 6:35; compare isso com Levítico 25:35-38.

Que dizer, porém, se lhe estiverem pedindo simplesmente que financie um empreendimento comercial arriscado ou que seja fiador dum empréstimo? Em geral, é melhor considerar tais assuntos como investimentos. A Bíblia é clara em incentivar a cautela, exortando: “Não venhas a ficar entre os que batem as mãos, entre os que são fiadores de empréstimos.” — Provérbios 22:26.

Sendo este o caso, você primeiro tem de determinar se realmente pode dar-se ao luxo do investimento. Causar-lhe-á ruína financeira se o negócio não der certo ou se aquele que toma o empréstimo não tiver condições de restituir o empréstimo a tempo? Se você pode dar-se ao luxo de fazer o empréstimo e se houver lucros a serem colhidos, você também tem o direito de participar neles por cobrar juros razoáveis sobre o empréstimo. (Veja Lucas 19:22, 23.) Provérbios 14:15 adverte: “Qualquer inexperiente põe fé em cada palavra, mas o argucioso considera os seus passos.” Alguns homens de negócios, normalmente astutos, agem com imprudência ao fazer negócios com concristãos. O atrativo do pagamento de elevados juros leva alguns a investimentos imprudentes, nos quais perdem tanto o dinheiro como a amizade de concristãos.

Vale notar que os banqueiros com freqüência consideram três fatores ao avaliar os riscos de um possível empréstimo: (1) a reputação da pessoa que solicita o empréstimo, (2) seus recursos para efetuar a restituição, e (3) as condições que prevalecem em seu ramo. Não mostraria “sabedoria prática” avaliar os assuntos de maneira similar ao considerar emprestar a alguém seu dinheiro ganho com trabalho árduo? — Provérbios 3:21.

Por exemplo, qual é a reputação do irmão que pede o dinheiro? É conhecido por ser fidedigno e confiável ou imprudente e instável? (Veja 1 Timóteo 3:7.) Se ele deseja expandir seus negócios, será que os tem administrado com êxito até o estágio em que se encontra? (Lucas 16:10) Se não, talvez prestar-lhe ajuda no que diz respeito a administrar seu próprio dinheiro seja, a longo prazo, mais útil do que emprestar-lhe dinheiro que poderia ser mal empregado.

Outro fator seriam os recursos do irmão para efetuar a restituição. Qual é sua renda? Que dívidas tem? Nada mais razoável que ele seja franco com você. No entanto, o amor cristão ainda deve prevalecer. Você talvez queira, por exemplo, tomar como garantia do empréstimo os bens vendáveis do irmão. A Lei mosaica condenava a penhora, quer dos meios de subsistência de um homem, quer dos seus bens básicos, a fim de garantir um empréstimo. (Deuteronômio 24:6, 10-12) Assim, um irmão da América do Sul, que é negociante, diz que empresta apenas até a metade do valor dos bens vendáveis do irmão que pede empréstimo. “E não considero os instrumentos do seu ofício ou sua casa como bens vendáveis”, explica ele. “Eu certamente não desejaria colocar meu irmão na rua e confiscar sua casa a fim de recuperar meu dinheiro.”

Por fim, você deve considerar realisticamente as condições gerais dos negócios onde vive. Estamos vivendo nos “últimos dias”, durante os quais há homens que são “amantes do dinheiro, . . . traidores”. (2 Timóteo 3:1-4) Embora seu amigo e irmão seja honesto, os sócios, empregados e clientes dele talvez não sejam. Como cristão, ele não pode recorrer a suborno e mentiras — táticas que os competidores dele talvez usem para vantagem própria. Devem-se considerar também os danos que “o tempo e o imprevisto” podem causar. (Eclesiastes 9:11) O valor das mercadorias pode cair repentinamente. Inflação galopante pode arruinar um negócio ou reduzir a nada o valor do seu empréstimo. Roubo, acidentes, vandalismo e danos também são desagradáveis realidades dos negócios. Deve-se considerar todos estes aspectos ao se tomar uma decisão.

Falência

Às vezes, apesar de todas as precauções, o cristão simplesmente fica sem condições de restituir o empréstimo. A Regra de Ouro deve induzi-lo a comunicar-se regularmente com o seu credor. Talvez só seja possível efetuar pagamentos de pequenas parcelas durante um tempo. Todavia, o cristão não deve achar que pagamentos simbólicos o dispensam de fazer verdadeiros sacrifícios para cumprir suas obrigações. (Salmo 15:4) O credor cristão também tem obrigação de mostrar amor. Se ele acha que foi tratado de modo fraudulento, pode aplicar os conselhos em Mateus 18:15-17.

Raramente é aconselhável envolver as autoridades seculares, como fez Pedro no caso mencionado no início. Diz o apóstolo Paulo: “Atreve-se alguém de vós, que tenha uma causa contra outro, ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos? . . . É verdade que não há nem um só homem sábio entre vós, que possa julgar entre seus irmãos, mas irmão vai a juízo contra irmão, e isso perante incrédulos? Realmente, então, significa ao todo uma derrota para vós que tendes litígios entre vós. Por que não deixais antes que se vos faça injustiça? Por que não vos deixais antes defraudar?” — 1 Coríntios 6:1-7.

Pode haver situações — tais como as que envolvem sócios descrentes, fornecedores mundanos ou questões de seguro — que pareçam exigir um acordo num tribunal secular ou através de um órgão do governo. Mas, na maioria dos casos, o cristão prefere sofrer perda financeira a submeter a congregação ao vexame que resultaria de processar um irmão por um empréstimo não restituído.

Na maioria dos casos, tais desastrosas conseqüências podem ser evitadas. Como? Antes de emprestar a um irmão, ou tomar emprestado dele, aperceba-se dos riscos em potencial. Exerça cautela e sabedoria. Acima de tudo, ‘que todos os seus assuntos’, incluindo os comerciais, ‘se realizem com amor’. — 1 Coríntios 16:14.

[Nota(s) de rodapé]

a Os nomes foram trocados.

b Em alguns países, falência e não pagamento de empréstimos comumente ainda resultam em prisão.

c Alguns pedem emprestado pequenas quantias de muitos emprestadores. Cada emprestador, não estando a par de todos os fatos acerca da situação, talvez pense que aquele que pede emprestado poderá facilmente fazer a restituição.

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