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Perguntas dos LeitoresA Sentinela — 1970 | 1.° de outubro
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Perguntas dos Leitores
● Podem cristãos dedicados assistir aos serviços fúnebres na igreja de outras organizações religiosas? — C. S., E. U. A
Alguns cristãos talvez se sintam obrigados a assistir a um serviço fúnebre numa igreja, por causa duma dívida de gratidão, porque está envolvido um parente chegado ou devido às pressões exercidas por um cônjuge incrédulo. Mas, antes de fazer isso, cada um deve considerar os diversos fatores envolvidos e as possíveis alternativas. Embora fazê-lo não seja proibido pela congregação cristã, tal proceder certamente está cheio de perigos e problemas.
Em primeiro lugar, é bom lembrar-se de que o serviço fúnebre na igreja não é realizado principalmente para dar aos amigos a oportunidade de consolar a família enlutada. Isto costuma ser feito na sala funerária, antes disso, ou por se visitar a família no seu lar. O serviço fúnebre na igreja é realmente um ofício religioso. Portanto, é provável que envolva um sermão que advogue idéias antibíblicas, tais como a imortalidade da alma e que todos os bons vão para o céu. Pode envolver também práticas antibíblicas, tais como fazer o sinal da cruz e mui provavelmente participar numa oração unida com o sacerdote ou ministro de outra religião. Naturalmente, o cristão não pode participar nisso, em vista da ordem em Revelação 18:4.
Neste respeito, os funerais japoneses representam uma verdadeira prova para as esposas cristãs dedicadas, que têm maridos incrédulos. Se assistirem ao funeral, chamar-se-á seu nome e se esperará que se apresentem e ofereçam incenso e uma oração pelo falecido. Por isso, muitas de tais cristãs japonesas decidiram que é melhor que não assistam a tais funerais.
Alguns cristãos dedicados têm assistido a serviços fúnebres numa igreja porque quiseram ficar perto da família mais chegada e apoiá-la. Por isso foram à sala funerária, ao serviço fúnebre na igreja e até mesmo à sepultura. Talvez pudessem fazer tudo isso sem se comprometer pessoalmente com qualquer ato da religião falsa. Há, porém, perigos espirituais em se ir a um lugar da adoração falsa.
É verdade que a esposa cristã, cujo marido é incrédulo, e que quer que ela assista ao serviço fúnebre na igreja, talvez olhe para o exemplo de Naamã. Este foi um general sírio que ficou curado da lepra por banhar-se sete vezes no rio Jordão, às ordens do profeta Eliseu. Por causa desta cura milagrosa, Naamã decidiu nunca mais adorar nenhum outro deus, senão Jeová. Mas isto seria difícil para ele, pois ainda estava no serviço de seu rei. Ajudava o rei a locomover-se, e por isso teria de entrar com ele na casa do deus pagão Rimom. Talvez tivesse de ajudar o rei a curvar-se. Por isso pediu que Jeová Deus lhe perdoasse e não o levasse em conta contra ele. Naamã, que se havia tornado adorador verdadeiro de Jeová, não adoraria ele mesmo este deus falso. Estaria agindo apenas sob ordens — 2 Reis 5:1-19.
E assim se dá com a esposa cristã que tem marido incrédulo. Se seu marido insistir em que em certas ocasiões ela o acompanhe a um serviço fúnebre numa igreja, por causa dum parente ou amigo da família, ela talvez ache que deve agir de modo similar ao de Naamã, estar nesta ocasião presente, mas não participar em nenhum ato da religião falsa. Mas, caberia a ela decidir se quer ir. Ela teria de resolver o conflito entre o respeito pelo desejo de seu marido e a obediência a Jeová e os ditames de sua consciência, treinada pela Palavra de Deus. — 1 Ped. 3:16.
Sim, sua consciência estaria envolvida. Por quê? Porque outros poderiam vê-la, como uma das testemunhas de Jeová entrando na igreja, e poderiam tropeçar. Por isso terá de considerar esta possibilidade. Conforme escreveu o apóstolo Paulo: “Que vos certifiqueis das coisas mais importantes, para que sejais sem defeito e não façais outros tropeçar, até o dia de Cristo.” — Fil. 1:10.
Melhor seria que a esposa procurasse explicar a sua situação a seu marido. Faria bem em escolher uma ocasião em que ele está à vontade e com boa disposição mental, aproveitando a lição da Rainha Ester, e daí procurasse explicar com tato por que acha que não pode assistir a um serviço fúnebre na igreja. Entre outras coisas, poderia salientar que, se assistisse e não participasse nos ritos, talvez embaraçasse muito os outros e especialmente seu marido. De modo que o marido incrédulo talvez concorde, por amor à sua esposa, a respeitar os escrúpulos religiosos dela e o seu desejo de evitar criar embaraços. — Est. 5:1-8.
Mas seria isso uma ofensa à família enlutada, quando não se assiste? Só se se desconsiderasse completamente o falecimento. Não se precisa fazer isso. Podem-se fazer coisas para se mostrar que se compadece e que está interessado em ajudar. Pode-se ir antes à sala funerária, expressar condolências à família e oferecer ajuda prática. Pode-se levar comida, se for necessário, ou cozinhar uma refeição ali para a família, ou cuidar das crianças, aliviando temporariamente os adultos de tal responsabilidade. Assim a família não acharia a pessoa desamorosa, só porque não foi ao serviço fúnebre na igreja.
Não há assim necessidade de o cristão sentir-se obrigado a ir ao serviço fúnebre numa igreja de outra organização religiosa, onde talvez haja a tentação de ceder à pressão e acompanhar a multidão, quando todos fazem algum ato de religião falsa. Assim se evita também o perigo de se praticar num ato de apostasia e de se desagradar a Jeová Deus. Mas cada um terá de decidir isso por si mesmo, à base das circunstâncias e de sua própria consciência.
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