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  • Trinidad e Tobago
  • Anuário das Testemunhas de Jeová de 1987
  • Subtítulos
  • POPULAÇÃO REALMENTE COSMOPOLITA
  • COMEÇA A SEMEADURA DA VERDADE
  • O “BÍBLIA” BROWN TRABALHA JUNTO COM E. J. COWARD
  • NUMA COLÔNIA DE LEPROSOS
  • OUTROS VOLUNTÁRIOS ASSUMEM A RESPONSABILIDADE
  • MULTIDÕES ASSISTEM AO FOTODRAMA
  • NOSSAS REUNIÕES NAQUELE TEMPO
  • DESTEMOR — MAS FALTAVA TATO
  • LEGALIZADA A FILIAL DE TRINIDAD
  • PROSCRIÇÃO INCLUINDO A PRÓPRIA BÍBLIA
  • UM PROFESSOR NA CADEIA
  • A PROSCRIÇÃO É REVOGADA
  • NOVA ERA NA PREGAÇÃO
  • MISSIONÁRIOS CONTRIBUEM PARA O AUMENTO
  • SUPERINTENDENTES DE CIRCUITO DESDOBRAM ESFORÇOS
  • REAÇÃO À PUBLICIDADE DE UM CONGRESSO
  • DISCURSOS PÚBLICOS AO AR LIVRE
  • OS BARCOS SIBIA E LIGHT
  • USAM-SE IRMÃOS LOCAIS
  • O AUMENTO EXIGE NOVAS FILIAIS
  • SALÕES DO REINO ADEQUADOS
  • FORMA-SE UMA ASSOCIAÇÃO LOCAL
  • PROGRAMAÇÃO DE CONGRESSOS
  • SERVIRAM FIELMENTE ATÉ A MORTE
  • NOTÁVEL ATIVIDADE DE PIONEIRO AUXILIAR
  • PROVISÕES PARA TREINAMENTO ESPECIAL
  • A EXPANSÃO EXIGE UM NOVO PRÉDIO
  • NÓS MESMOS CONSTRUÍMOS UMA NOVA SEDE
  • JEOVÁ PROVÊ MELHORA PROGRESSIVA
Anuário das Testemunhas de Jeová de 1987
yb87 pp. 218-252

Trinidad e Tobago

QUANDO Colombo descobriu Trinidad, em 31 de julho de 1498, ele avistou três morros na parte sudeste da ilha. Consta que isto o fez lembrar de uma Trindade, portanto, desde então, a ilha se chama Trinidad. Naturalmente, os índios aruaques e caraíbas haviam descoberto a ilha séculos antes e, para eles, essa era “a terra do beija-flor”.

Naquele mesmo ano Colombo também descobriu a ilha-irmã Tobago, que alguns chamam de “Ilha de Robinson Crusoé”, crendo ser ela o cenário do conto de Defoe. O seu nome, Tobago, parece originar-se do nome que os índios lhe davam, Tavaco ou Tobaco (Tabaco), referindo-se a uma planta que cultivavam e usavam extensivamente.

Essas ilhas ficam no extremo sul da cadeia que vai de Porto Rico à América do Sul. Realmente, Trinidad fica perto da costa da Venezuela, nas imediações do rio Orinoco. Tobago fica a uns 30 quilômetros a nordeste de Trinidad. São pequenas ilhas tropicais, cobertas de um agradável verde a maior parte do ano. Há muitos contrastes no seu aspecto topográfico — montanhas escarpadas e vales aprazíveis, planícies férteis e praias arenosas. Tobago é bem conhecida por seus recifes e fascinantes formações de corais.

POPULAÇÃO REALMENTE COSMOPOLITA

Embora originalmente se cultivasse muito tabaco, as plantações de cacau gradativamente predominaram. Estas por sua vez também foram substituídas em importância por grandes plantações de cana-de-açúcar de propriedade de barões do açúcar espanhóis, franceses e ingleses. Para trabalhar em suas plantações, os proprietários adquiriram milhares de escravos africanos. Quando os proprietários finalmente tiveram de ceder a crescentes pressões e libertar os escravos, trouxeram-se milhares de pessoas das Índias Orientais, num sistema de contratos de trabalho. Hoje, a população de Trinidad, de mais de um milhão de habitantes, está mais ou menos uniformemente dividida entre os originários da África e das Índias Orientais, e um número bem menor de europeus, chineses e alguns do Oriente Médio. Tem havido muita mistura desses grupos através do casamento, o que resultou numa população realmente cosmopolita. A Grã-Bretanha por fim assumiu o controle e governou as ilhas como colônias até 1962, quando estas ganharam a sua independência.

Muitas religiões estão aqui representadas, incluindo a hindu, a muçulmana e as principais denominações da cristandade. As pessoas são amistosas e calorosas. Não obstante, existe também a violência característica dos últimos dias.

COMEÇA A SEMEADURA DA VERDADE

Foi a esta população de mescladas origens étnicas que as boas novas do Reino começaram a ser proclamadas em 1912. O proclamador foi Evander J. Coward, um norte-americano. O então presidente da Sociedade Torre de Vigia (EUA), Charles Taze Russell, enviara o irmão Coward às ilhas com o objetivo específico de iniciar a pregação da verdade bíblica ali, o que ele fez. Por vários anos, foi muito ativo em cumprir sua missão e em formar grupos de Estudantes da Bíblia, nome que então se dava às Testemunhas de Jeová, organizando-os para reuniões regulares e para a pregação e o ensino da verdade da Palavra de Deus a quantos quisessem ouvir.

Atualmente, não há muitos dos que ouviram pessoalmente a E. J. Coward. Contudo, Ragbir Boland Gowrie, que faleceu no início de 1986, lembrava-se: “O irmão Coward falou sobre o fim dos Tempos dos Gentios. O seu discurso foi anunciado tanto oralmente como por um grande impresso que foi distribuído. Era um homem de físico avantajado. A sua voz era máscula e ele falava com muita ênfase e modulação. Tinha o hábito de erguer a mão direita e estalar os dedos para enfatizar um ponto.” Outro irmão, também já falecido, lembrava-se: “Ele era um pouco parecido com o homem na caixa de aveia Quaker. Usava cabelos longos atrás.”

Coward falou em todas as principais cidades de Trinidad. Os salões lotavam com multidões que vinham ouvi-lo apresentar as verdades bíblicas sobre o inferno, a imortalidade da alma, o futuro da terra e outros assuntos. O jornal The Mirror publicou alguns de seus discursos, ou trechos deles. Por outro lado, foi duramente atacado no Port of Spain Gazette. Mas, ele se manteve firme. Houve uma divisão entre os simplesmente curiosos e os que sinceramente procuravam a verdade, e logo organizou-se um grupo de estudo bíblico regular na casa de Gilbert L. Talma, em Porto de Espanha. A sala logo ficou pequena, e assim, em 1912, eles alugaram a sede da Foresters (espécie de sindicato), na Rua Filipe. Esse local foi usado pelas Testemunhas de Jeová por uns 62 anos.

O “BÍBLIA” BROWN TRABALHA JUNTO COM E. J. COWARD

Naquele mesmo ano chegou a Trinidad um jamaicano, William R. Brown, para ajudar na disseminação das boas novas. Por uns dez anos ele trabalhou com sua esposa, e por algum tempo com o irmão Coward, na cobertura de muito território em Trinidad, Tobago e ilhas vizinhas. Passaram-se anos sem que houvesse supervisão organizada sob a direção duma filial, mas, tanto Coward como o casal Brown visitaram e fortaleceram os pequenos grupos que começavam a surgir. Daí, em 1923, o irmão Brown e sua esposa receberam uma emocionante nova designação, a África Ocidental, onde ganhou o apelido de “Bíblia” Brown.

Um dos muitos locais em que o irmão Coward proferiu discursos foi Tunapuna. William A. Jordan, diretor do colégio anglicano local, decidiu assistir a um dos discursos de Coward para convencer a si mesmo da falsidade dos ensinos de Coward. Ele armou-se com vários textos para refutar a Coward. Mas, para sua surpresa e consternação, Coward iniciou seu discurso com Revelação 21:8, justamente o principal texto que Jordan reservara para tentar provar a existência do inferno de fogo. Sendo honesto e humilde, Jordan admitiu a superioridade da apresentação da verdade bíblica por parte de Coward. Admitiu isso pessoalmente a Coward, no fim do discurso.

Progredindo na verdade, Jordan se dava conta de que seu cargo de instrutor leigo na Igreja Anglicana e de diretor do colégio dessa mesma entidade, não era adequado. Achou que devia tomar uma decisão. Nessa época, o enfraquecimento da visão obrigou-o a tirar uma licença. Numa oração a Deus, ele prometeu que, se recuperasse a visão e pudesse reassumir suas funções, no primeiro dia em que voltasse ao trabalho pediria demissão do emprego. Ele fez exatamente isto, em março de 1915. Isto lhe deu condições de cuidar do recém-formado grupo de Estudantes da Bíblia em Tunapuna.

NUMA COLÔNIA DE LEPROSOS

O jovem Arthur Guy lia os discursos de Coward no The Mirror e ficou genuinamente interessado. Ele conta: “Decidi então escrever para o irmão C. T. Russell. Ele enviou a minha carta para o irmão E. J. Coward, exatamente o homem cujos discursos eu lia. Naquela ocasião ele estava em Barbados. Ele escreveu-me dizendo que recebera a minha carta e que estava convencido de que eu era consagrado. Eu seria em breve visitado pelos irmãos Talma e Ferreira. Fiquei emocionado.” Um ou dois dias depois a promessa foi cumprida.

Arthur fez bom progresso na verdade. Logo passou a assistir a reuniões. Daí, sobreveio-lhe um teste severo. Ele foi declarado leproso e encaminhado à colônia de leprosos, não para ficar ali apenas uma semana ou duas, mas, por um bom número de anos. Assim que chegou, passou a falar aos outros pacientes sobre a sua recém-encontrada fé. Providenciou-se um debate entre ele e um católico chamado Paulo. Paulo usou seu catecismo, mas não citou um único texto bíblico sequer. Daí, foi a vez de Arthur. Ele recorda:

“Comecei por lembrar à assistência que a discussão do assunto devia basear-se, não no que fomos ensinados, nem no que críamos, tampouco no que diz o catecismo, mas sim na Bíblia. ‘Ouçamos o que a Bíblia nos tem a dizer sobre esse assunto’, disse eu, e daí citei Gênesis 2:7. Em seguida, fiz uma ilustração. ‘Se o Sr. Brown fosse para a Inglaterra estudar medicina, se passasse nos exames e obtivesse o diploma, ele viria a ser médico. Se o Sr. Brown morresse, morreria o médico. Por conseguinte, visto que o homem tornou-se alma vivente, morrendo o homem, morre a alma.’” A assistência aplaudiu, e o presidente concluiu que Arthur tivera o melhor desempenho. Em resultado, Arthur passou a ser chamado de “Bíblia” pelos pacientes.

OUTROS VOLUNTÁRIOS ASSUMEM A RESPONSABILIDADE

O trabalho do irmão Coward nas ilhas chegava ao fim. A Primeira Guerra Mundial estava em curso, e as autoridades consideravam-no um risco à segurança. Por volta de 1917 solicitou-se que deixasse as ilhas, e ele voltou para os Estados Unidos. Contudo, Jeová abençoara seu ministério com sucesso. As sementes da verdade haviam criado raízes. Na Comemoração daquele ano, depois de apenas cinco anos de trabalho, 68 pessoas estiveram presentes em Porto de Espanha, 90 em Bridgetown, Barbados, e 21 em Saint George, Granada. A obra continuou a aumentar, lenta, mas constantemente.

G. L. Talma aceitou prazerosamente a responsabilidade de representante da Sociedade. William Ferreira também se identificara como adorador verdadeiro de Jeová. Ambos viajaram muito para divulgar a verdade e para visitar os pequenos grupos. Talma passou algum tempo em Barbados, sua ilha nativa, e também em Granada, na Guiana Britânica (atual Guiana), e na Guiana Holandesa (atual Surinã). Ferreira descendia de portugueses, de modo que pôde realizar algum trabalho entre os europeus.

MULTIDÕES ASSISTEM AO FOTODRAMA

Depois da Primeira Guerra Mundial, teria sido difícil outro norte-americano servir os irmãos nas ilhas. Assim, em 1922, a Sociedade enviou um canadense, George Young, para fortalecer os irmãos. Num relatório para o irmão Rutherford, ele disse:

“Cheguei a Trinidad na manhã do dia 14 do corrente. . . . Há suficiente trabalho para manter-me ocupado aqui, por algum tempo. A verdade está-se disseminando mui rapidamente em Trinidad. Os irmãos locais fazem um bom trabalho. Em certos sentidos, Trinidad é o melhor campo para a disseminação da verdade nas Índias Ocidentais.”

Durante o roteiro do irmão Young em Trinidad, usou-se o Fotodrama da Criação para estimular o interesse do público. W. R. Brown fizera uso de uma versão desse Drama, mas, desta vez, era a produção completa, incluindo as partes de filme. Grandes multidões viram as cenas e ouviram a narração. Sobre esta atividade, o irmão Young relatou:

“Em Porto de Espanha os irmãos alugaram um teatro para duas noites no meio da semana. Anúncio de espécie alguma foi colocado nos jornais, mas, foram distribuídos 5.000 convites. O costumeiro é 10.000. O local ficou lotado, e muitos tiveram de voltar para casa. Na segunda noite, as pessoas se comprimiam dentro do prédio; quando as portas foram fechadas, as pessoas forçaram a entrada lateral para poderem assistir do lado de fora. As advertências dos sacerdotes de Baal são inúteis. A verdade gradativamente está vencendo em Trinidad.”

O irmão Young ficou no Caribe uns seis meses.

NOSSAS REUNIÕES NAQUELE TEMPO

As reuniões naqueles primórdios não eram como as de hoje. William A. Douglas, que trabalhou fielmente até a sua morte, em 1981, recordava-se:

“A primeira reunião a que compareci foi numa terça-feira de noite. Estudamos uma lição no livro Tabernacle Shadows (Sombras do Tabernáculo). Depois, foi colocado um gráfico na parede e um irmão com uma varinha na mão explicava certas coisas. Eu nada entendia do que ele dizia.

“A reunião de quarta-feira à noite era de orações. Um irmão orava, seguido de um cântico; outro irmão orava, outro cântico. Todos os presentes oravam. Um por um eles se levantavam e davam testemunho. Alguns falavam sobre quantas boas coisas Deus fizera por eles; outros sobre como Deus os ajudara a vencer tentações; ainda outros como Deus os ajudara a evitar um acidente. Chegada a minha vez, nada me ocorreu sobre o que eu pudesse dar testemunho . . .

“Lembro-me nitidamente do desenrolar da primeira reunião para estudo da Sentinela a que eu e minha mãe assistimos. O dirigente fazia uma pergunta; um irmão respondia: ‘Eu acho o seguinte . . .’ Outro dizia: ‘Não concordo com essa idéia porque . . .’. Isso prosseguia por uma hora inteira, e nunca se saía do primeiro parágrafo. Apreciamos com gratidão a Jeová as grandes melhoras com que ele nos brindou por meio da Sociedade.”

DESTEMOR — MAS FALTAVA TATO

Na década de 20, os irmãos não sabiam o que era tato teocrático. Usavam linguagem bem direta e às vezes rude ao apresentar a mensagem da Bíblia às portas. W. A. Douglas lembrava-se dum episódio durante um congresso em Porto de Espanha:

“Pelo que eu me lembre, foi a primeira vez que se fizeram arranjos para irmãos trabalharem juntos de casa em casa. Eu, sendo um jovem irmão imaturo, fui designado para trabalhar com um publicador mais velho . . . Era domingo de manhã. Chegamos a certa casa e o irmão fez a oferta de publicação a alguns homens na varanda. Começou uma discussão. O irmão disse a um deles: ‘A razão porque os senhores não compreendem o que eu digo é que seu pai é Satanás, o Diabo.’ Outro homem aproximou-se dele e disse: ‘O senhor vem à minha casa me dizer que Satanás é meu pai?’ Daí, esmurrou o irmão na boca, quebrando-lhe dois dentes. Ao descermos a escada rumo à rua, o irmão me disse que se não fosse a sua consagração a Deus, ele teria acertado as contas com aquele rapaz! Naquela época ele imaginava que sofria pela causa da verdade, assim, sua disposição de ânimo era boa.”

Embora naquele tempo os irmãos não fossem visitados por representantes da sede da Sociedade, eles se esforçavam em fazer ajustes na vida para se conformarem ao melhor entendimento da Palavra de Deus que adquiriam. Assim, o espírito de Jeová ajudou os irmãos a manterem unidade de pensamento, expressão e ação num grau razoável.

LEGALIZADA A FILIAL DE TRINIDAD

Maio de 1932 foi uma data importante para Trinidad. A filial, na Rua Frederick, 64, Porto de Espanha, foi registrada junto ao governo e o irmão Talma foi oficialmente reconhecido como representante da Sociedade em Trinidad e Tobago. A essa filial convergiam relatórios de bom número de outras ilhas das Índias Ocidentais Britânicas.

A intensidade do testemunho aumentou com o uso de fonógrafos portáteis e de outros sistemas de som mais possantes. Em 1934, seis destes últimos estavam em uso: um em Granada, outro em Dominica e quatro em Trinidad. As pessoas nem sempre chegavam perto para ouvir às palestras, mas muitas o faziam através de janelas abertas. Os sinceros gostavam do que ouviam. Faziam-se observações como estas: “Este é o único consolo disponível; vamos chegar mais perto.” “Isto mesmo, rapaz, venha cá e ouça; não volte mais para Belmont, e não permita mais que aquele homem [certo clérigo] o engane.” Os irmãos também importaram muitos fonógrafos portáteis, que juntaram suas ‘vozes’ ao testemunho que estava sendo dado.

PROSCRIÇÃO INCLUINDO A PRÓPRIA BÍBLIA

Sem aviso prévio, a importação de nossas publicações foi proibida pelo governo. Alfred Wallace Seymour, governador interino de Trinidad e Tobago, no Conselho Executivo, julgou que A Idade de Ouro e outras publicações da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados eram de natureza sediciosa. Pelo Decreto Número 49, de 20 de agosto de 1936, toda literatura impressa pela Sociedade Torre de Vigia e pela Editora Idade de Ouro foi proscrita. Isto incluía a própria Bíblia!

Quando foi levado à atenção do governador, Sir Arthur Fletcher, que a Bíblia fora proscrita, foi emitido outro Decreto Real, Número 60, de 3 de dezembro de 1936, que permitia a entrada de qualquer publicação que tivesse licença de importação. Assim, a Bíblia, A Harpa de Deus e três folhetos foram permitidos. Esta situação perdurou nove anos em Trinidad.

Quem estava por trás disso? Muitos anos mais tarde, em 1946, o então diretor de polícia, Coronel Mueller, disse ao servo de filial, numa entrevista particular, que a proscrição realmente ocorrera porque as publicações da Sociedade atacavam a Igreja Católica Romana. O clero manobrara para que fosse decretada.

Em S. Cristóvão, ao norte de Trinidad, no dia 20 de março de 1944, o governo queimou, nas caldeiras de um engenho de açúcar, todas as publicações da Torre de Vigia que conseguira juntar. Mesmo assim, as Testemunhas se mantinham ativas usando qualquer publicação que tivessem, e usavam seus fonógrafos e outros sistemas de som sempre e onde quer que isso fosse possível. Mas, a polícia apreendeu também algum equipamento sonoro.

Sob os contínuos efeitos da proscrição, o número de publicadores caiu de 293, em 1936, para 229, em 1940. Mas, a atividade dos irmãos era produtiva, pois começavam a fazer revisitas e dirigir estudos bíblicos.

UM PROFESSOR NA CADEIA

W. A. Douglas foi um dos vários que foram presos durante essa época de perseguição. Em abril de 1939, dois policiais revistaram a sua casa, onde ele mantinha uma escola particular, e encontraram o folheto Encare os Factos. Três meses depois ele foi intimado a comparecer num tribunal; o processo foi finalmente julgado em 12 de outubro. Ele foi acusado de professor impatriótico, que se recusava a participar nas comemorações do dia do Império, e que não permitia que seus alunos cantassem o hino nacional. Douglas defendeu-se dizendo que a escola era particular e que ali não se cantava música alguma. Ele usou Atos 5:27-32 em sua defesa, destacando que, como os apóstolos de Jesus, ‘tinha de obedecer a Deus como governante antes que aos homens’. O magistrado o declarou culpado e sentenciou-o a dois meses de trabalhos forçados. Douglas recorreu da decisão.

O magistrado Vincent Brown presidiu na qualidade de juiz de apelação. Ele estava nervoso e bebeu três copos de água enquanto lia a decisão do tribunal. As suas palavras iniciais foram: “Este homem não é digno de viver na comunidade. Um homem com tal posicionamento, como professor, não ensinaria às crianças a serem leais à Sua Majestade, o Rei, e não se lhe deve permitir a liberdade. Confirmamos a sentença do douto magistrado.”

Assim, em 1940, o irmão Douglas estava na prisão. Ali, ele teve excelentes oportunidades para testemunhar, o que ele realmente fez. Foi apelidado de “Encare os Fatos”. Nos domingos de manhã muitos prisioneiros não assistiam aos ofícios religiosos na igreja da prisão, de modo que Douglas realizava com eles sessões de perguntas e respostas. Ele relatou: “Tenho o prazer de mencionar que nos sete domingos em que passei na prisão tive o privilégio de falar a mais de 200 pessoas de uma vez só. Também, tendo-me sido permitido caminhar por todas as áreas da prisão, a todos com quem entrei em contato falei sobre o Reino de Cristo ser a única esperança para a humanidade.”

A PROSCRIÇÃO É REVOGADA

Durante a proscrição foi estabelecida em Trinidad uma base militar americana. Um americano que servia ali tinha parentes na verdade, nos Estados Unidos. Sempre que seus parentes lhe enviavam um exemplar de A Sentinela, ele o dava para os irmãos. Estes faziam cópias datilografadas, omitindo o nome A Sentinela, e as entregavam às congregações. Assim, os irmãos recebiam alimento espiritual apesar da proscrição.

Mas, visando uma solução favorável, realizou-se uma grande reunião no Edifício dos Príncipes, no dia 22 de dezembro de 1940, e uma resolução que pedia a revogação da proscrição foi encaminhada a Londres, para o Secretário de Estado para as Colônias. Mas, o assunto só teve acolhida depois da guerra. Em 11 de setembro de 1945, outra petição, desta vez com 20.851 assinaturas, foi encaminhada ao mesmo destino. Em princípios de novembro veio a boa nova de que a proscrição fora revogada. As publicações poderiam novamente ser importadas livremente. Naquele ano de serviço a filial despachou, aos ansiosos irmãos, 30.988 livros e 77.226 folhetos.

NOVA ERA NA PREGAÇÃO

A Sociedade fizera inúmeras provisões que haviam de transformar o período pós-guerra numa nova era de atividade teocrática. Em 1943, instituíra-se a Escola do Ministério Teocrático para treinar irmãos locais a serem oradores e leitores eficazes. A Escola Bíblica de Gileade (EUA) fora fundada visando treinar missionários para iniciar e fortalecer a obra do Reino em muitos países. Também, em 1945 começara uma campanha pela realização de discursos públicos em toda congregação. Isto, junto com o incentivo para proferir breves palestras bíblicas às portas, fez com que o uso de fonógrafos portáteis e outros mais possantes não mais fosse necessário. Também, ficamos emocionados de saber que pela primeira vez o presidente da Sociedade Torre de Vigia (EUA) serviria a congressos no Caribe! A torrente de ajuda provida por todos esses meios contribuiria para notáveis aumentos nos anos vindouros.

Alexander Tharp, da terceira turma de Gileade, formou-se no dia 31 de julho de 1944. Depois ele foi designado para Trinidad para cuidar da obra na filial das Índias Britânicas Ocidentais, como então se tornou conhecida, visto que Gilbert Talma envelhecera e sua saúde declinava. O irmão Tharp chegou em 24 de março de 1946, alguns dias antes da chegada dos dirigentes da Sociedade (EUA).

Um incidente ocorrido no quarto de hotel dos irmãos Knorr e Franz impressionou o irmão Tharp e nunca foi esquecido. Certo dia, quando o irmão Tharp subiu até o quarto deles, o irmão Franz estava engraxando seus sapatos. Sem dizer nada, o irmão Franz agachou-se e engraxou os sapatos do irmão Tharp. Foi um ato espontâneo e lembrou ao irmão Tharp o gesto de Jesus de lavar os pés dos apóstolos. — João 13:3-17.

O congresso teve grande êxito, sendo que 1.611 pessoas assistiram ao discurso público do Presidente Knorr, “Alegrai-vos ó Nações”. Durante a sua estada em Trinidad, N. H. Knorr deu instruções para que se procurasse um local que pudesse ser comprado para abrigar a sede da filial e um lar missionário. O escritório provisório, na Rua Frederick, 64, cumprira seu objetivo. Em 30 de maio de 1946 foi comprada a propriedade na Rua Taylor, 21, em Woodbrook, Porto de Espanha, que serviu como sede-filial e lar missionário por 26 anos.

MISSIONÁRIOS CONTRIBUEM PARA O AUMENTO

Em 4 de outubro chegaram mais oito missionários. Por vários anos houve um constante fluxo de missionários para as diversas ilhas supervisionadas pela filial — anos de melhora em organização teocrática e de rápido aumento. Em Porto de Espanha o número de publicadores pulou de 60, em 1946, para 159, em 1947. Em algumas partes da cidade parecia que todos queriam estudar a Bíblia com um dos missionários. Houve ocasiões em que um missionário chegava a cuidar de até 30 estudos por mês.

Alguns estudos bíblicos produziram verdadeiros discípulos. Teresa Berry escreveu recentemente: “Um dos mais notáveis estudos que iniciei foi com Mabel Guin e sua família. Lembro-me ainda das palavras dela, depois de eu ter-lhe falado por alguns minutos: ‘Sempre nos perguntávamos se havia algo que podíamos fazer por Deus, visto que ele tanto fez por nós.’ Comecei a estudar com ela, e ela logo passou a assistir a reuniões e a fazer serviço de campo. Toda a família, de dez membros, aceitou a verdade. Ainda me correspondo com Mabel, que é uma Testemunha muito ativa até hoje, 37 anos depois.”

Os missionários ficaram bem conhecidos. Certo dia, voltando do serviço de campo, Peter Brown cortou caminho através dum cemitério bem na hora em que entrava um cortejo fúnebre. Os do grupo sabiam que Peter era missionário, de modo que um deles dirigiu-se a ele e disse: “Não temos ninguém para proferir uma palestra junto ao túmulo. Estaria disposto a fazer isso?” Ele o fez com prazer.

Os novos missionários tiveram de se adaptar de inúmeras maneiras, e eles também ajudaram os irmãos locais a fazer alguns ajustes. Notou-se no Salão do Reino que os irmãos se sentavam num lado do salão, todos de terno azul-marinho ou preto. As irmãs, vestidas de branco, sentavam-se no outro lado do salão. Mas os missionários usavam roupas de cores variadas e se sentavam em ambos os lados. O velho costume logo desapareceu.

A filial de Trinidad recebia agora relatórios de pequenos grupos em todas as ilhas nas Índias Ocidentais Britânicas, exceto Jamaica.

SUPERINTENDENTES DE CIRCUITO DESDOBRAM ESFORÇOS

Em fins de 1946, Joshua Steelman, formado de Gileade que servira em Cuba, foi designado para trabalhar na filial de Trinidad como representante do Gabinete do Presidente e servir como servo aos irmãos (superintendente de circuito) em todas as ilhas. Ele foi muito bem-sucedido em incentivar publicadores a fazerem serviço de campo. Houve auges em publicadores em praticamente toda congregação que ele serviu.

No ano seguinte o lar missionário em Barbados foi fechado, e o missionário remanescente, Bennett Berry, foi designado servo aos irmãos. As suas experiências dariam para encher um livro. Havia poucos transportes. Quando havia ônibus, era difícil conseguir lugar. Galinhas, peixes e cabritos também viajavam, tornando a viagem uma experiência e tanto! A conversa entre os passageiros era contínua. As estradas eram estreitas e sinuosas, especialmente em regiões montanhosas.

Na ilha de Dominica, para chegar a uma das congregações, o irmão Berry teve de caminhar 30 quilômetros de trilhas nas montanhas e por um rio acima. Certa vez ele arranjou um cavalo, mas o cavalo caiu. Não obstante, ele se alegrava muito em ver irmãos humildes ganhar um melhor apreço de sua relação com Jeová, seu Filho e a organização de Jeová. A espiritualidade do irmão Berry também aumentou, ao passo que altruistamente ministrava as necessidades de seus irmãos.

REAÇÃO À PUBLICIDADE DE UM CONGRESSO

Programou-se um congresso de distrito para 21 a 23 de maio de 1948, em Porto de Espanha. Deveria haver publicidade intensiva. Tudo funcionou bem. Desta vez, além da costumeira divulgação por meio de marchas com cartazes, convites impressos e cartazes em vitrines, foi organizado um desfile de bicicletas com cartazes em cada uma delas. Isto certamente atraiu a atenção.

Visto que o local do congresso era pequeno, o discurso público seria realizado ao ar livre na Praça Woodford, o centro da zona comercial, às 20 horas. Uma tropical lua cheia iluminava o cenário. Os irmãos ficaram radiantes de ver uma multidão de 3.623 pessoas em volta do coreto para ouvir “A Vindoura Felicidade de Toda a Humanidade”.

DISCURSOS PÚBLICOS AO AR LIVRE

Bom número de irmãos locais haviam-se tornado oradores bastante competentes, e estes, junto com os superintendentes de circuito, passaram a regularmente proferir discursos públicos ao ar livre. Era fácil providenciar esses discursos.

Contatava-se um dono de loja para obter permissão de proferir um discurso sob a cobertura externa da loja. Se não houvesse energia elétrica, pendurava-se um lampião a gasolina ou a carbureto num dos suportes da cobertura. Providenciava-se ainda uma mesa para a Bíblia e as anotações, e tudo estava pronto. A publicidade oral ou por meio de convites impressos, feita naquela área no dia ou na semana do discurso, produzia com certeza um ajuntamento de 100 ou mais pessoas. Pouco havia para distrair a atenção, além do movimento e dos insetos. Com o tempo, porém, com o aumento do crime e da arruaça, a era dos discursos ao ar livre findou.

Não obstante, aqueles discursos ao ar livre serviram para levar a verdade ao encontro de alguns semelhantes a ovelhas. Depois de um desses discursos em Chaguanas, um jovem hindu obtivera do orador duas traduções da Bíblia. Esse jovem entrou no serviço de tempo integral e serviu a Jeová fielmente até a sua morte.

OS BARCOS SIBIA E LIGHT

Quando a Sociedade comprou um barco a vela (o Sibia), inaugurou-se um novo e emocionante método de levar as boas novas às ilhas menores. S. J. Carter, G. Maki, R. Parkin e A. Worsley compunham a tripulação inicial. Eles velejavam numa espécie de circuito entre Porto Rico e Trinidad, dando testemunho cabal em todas as pequenas ilhas. Até mesmo as ilhas maiores eram visitadas periodicamente para a renovação de suprimentos e para assistir a congressos.

A maioria das ilhas tinha pequenas aldeias pesqueiras espalhadas ao longo da costa. Visto que nem sempre havia estradas ligando essas aldeias, o uso do Sibia revelou ser muito prático para levar as boas novas a essas áreas isoladas.

Em 1953 a Sociedade substituiu o Sibia por um barco maior, bimotor, chamado Le Cheval Noir, mais tarde mudado para Light (Luz). Em 9 de novembro de 1953 foi registrado em Trinidad como seu porto de origem.

No entanto, no ano seguinte, Maurice Dorman, secretário colonial, estava presente quando o irmão Knorr falou a uma assistência de 3.269 pessoas na Praça Woodford. Mais tarde naquele ano, em 6 de julho, o Sr. Dorman, que então era governador interino, assinou um decreto no Conselho Executivo que considerava a tripulação do Light visitantes indesejáveis. Em 25 de setembro de 1954, quando o Light atracou ao cais depois de servir um congresso em Barbados, as autoridades de imigração comunicaram à tripulação que não teriam permissão de desembarcar. As negociações e audiências com autoridades foram inúteis, e o barco recebeu ordens de partir o mais tardar até 5 de outubro. Ele fez isto, apesar de enfrentar um dos piores tufões a assolar o Caribe em anos.

USAM-SE IRMÃOS LOCAIS

Irmãos locais que podiam servir como pioneiros especiais tinham agora uma participação cada vez mais significativa. Superintendentes de circuito nativos já haviam substituído missionários estrangeiros em larga medida, e com o tempo o fariam completamente. Durante 1950 e 1951 havia funcionado um lar missionário em Scarborough, Tobago, mas certos sentimentos contra brancos, da parte do público, prejudicavam a sua eficácia. Assim, em 1954, dois pioneiros especiais locais, Edward Harry e Oliver Smith, foram designados a Tobago para tentarem expandir a obra do Reino. Isto deu certo, e demonstrou que, pelo menos em alguns territórios, irmãos qualificados locais poderiam prestar melhor serviço do que missionários estrangeiros.

Desde então, alguns pioneiros especiais locais cursaram a Escola Bíblica de Gileade da Torre de Vigia e voltaram para Trinidad. Dois destes foram Theresa Chin Chee Fat e Sylvia Permell. Elas têm servido fiel e zelosamente, e Jeová tem abençoado seu serviço de fazer discípulos. Theresa foi abençoada com 46 “filhos” espirituais, ao passo que Sylvia ajudou 59 pessoas a dedicarem sua vida a Jeová e a serem batizadas.

O AUMENTO EXIGE NOVAS FILIAIS

Na visita do irmão Knorr, em janeiro de 1954, foi decidido que a obra do Reino nas Ilhas Leeward (de Sotavento) aumentara o suficiente para justificar a formação de uma filial própria. A nova filial cuidaria de nove ilhas, deixando Trinidad com sete. Outra divisão ocorreu em 1966, quando foi instalada a filial de Barbados. A filial de Trinidad passou a cuidar apenas de Trinidad e Tobago. O nosso campo se tornava menor, mas isto se devia à expansão da obra do Reino.

Nos anos 50 e depois, houve apenas pequenos aumentos no número de publicadores, e em alguns anos houve decréscimo. Isto não significava necessariamente que não houvesse interesse a ser cultivado. Isto se dava em grande parte devido às condições econômicas. O índice de desemprego era elevado, os salários eram baixos e as famílias eram grandes. Esta era a situação tanto de irmãos como de outros. Assim, naqueles anos houve constante fluxo de Testemunhas como imigrantes para a Inglaterra, o Canadá e os Estados Unidos. Todavia, o crescimento espiritual ficou evidente.

SALÕES DO REINO ADEQUADOS

Em fins de 1959 um irmão de Trinidad considerou com Robert D. Newton, o então servo de filial, a possibilidade de convidar as congregações a juntarem seus recursos visando a construção de Salões do Reino para algumas congregações. Naquele tempo havia apenas um pequeno Salão do Reino em Trinidad; fora construído em São Fernando em 1940. Com o tempo, foi criado um Fundo para Salões do Reino. Pouco depois, começava a construção de um bem espaçoso Salão do Reino em San Juan. Quase toda a mão-de-obra era voluntária. Dava gosto ver um grupo de homens e mulheres, todos Testemunhas, misturando concreto e formando uma brigada de caçambas para derramar o concreto. No início de 1961, o salão foi terminado. Tornou-se local de uma das classes da Escola do Ministério do Reino, inaugurada naquele ano.

Quase em seguida começou a construção de outro salão, este para a congregação Laventille, em Porto de Espanha. Embora o fundo logo se esgotasse, foi possível obter empréstimos da Sociedade para tais construções. Outras congregações também aproveitaram essa provisão para a construção dum bom Salão do Reino. Hoje há 27 salões, com planos para mais no futuro próximo.

Em maio de 1985, aconteceu algo novo no campo da construção de Salões do Reino. Os irmãos haviam ficado muito impressionados com relatos sobre Salões do Reino de construção relâmpago, em outros países. Poderia isso ser feito em Trinidad? Formou-se uma comissão de construção para averiguar isso. O assunto foi amplamente discutido, e decidiu-se tentar erguer um salão na congregação Siparia em dois fins-de-semana, em vez de em um. A reação dos irmãos foi emocionante. Sim, a obra foi realizada nos dois fins-de-semana, e os irmãos em Siparia estão usando seu novo salão. Toda esta atividade de construção certamente tem contribuído para a expansão da pregação do Reino nessas ilhas.

FORMA-SE UMA ASSOCIAÇÃO LOCAL

Para fazer face aos aumentos, tornou-se necessária a construção de um novo prédio para a filial. Em 1963, o irmão Tharp de novo passou a servir como superintendente de filial, depois de um lapso de 15 anos em que outros cuidaram dessa responsabilidade. Fez-se petição para o arrendamento de um terreno para a Associação Internacional de Estudantes da Bíblia, de Londres. O pedido foi recusado. Daí, encontraram-se três excelentes terrenos, e obteve-se licença da Prefeitura Municipal para construir em todos eles. Mas, quando se solicitou ao Gabinete do Primeiro Ministro licença para registrar a propriedade em nome da Associação Internacional de Estudantes da Bíblia, esta foi recusada. Um dos donos dos terrenos disse: “O que eles querem é que vocês formem uma associação local.”

Procurou-se assistência jurídica e daí foram tomadas as necessárias medidas para formar uma associação local de Testemunhas de Jeová. Uma reunião dos servos de congregação com a equipe da filial, em 18 de agosto de 1968, foi a base para a formação dessa associação. Regulamentos sobre a admissão de membros já haviam sido preparados, e elegeu-se um Conselho Consultivo. Por fim, depois que os estatutos dessa sociedade independente foram apresentados a ambas as casas do Parlamento, eles foram sancionados e lavrados em 7 de agosto de 1969. Agora os irmãos tinham uma associação jurídica que os possibilitava possuir, adquirir e vender propriedades sem necessidade de licença especial do governo.

Todas as escrituras de Salões do Reino foram então transferidas para a associação local, e toda futura compra de propriedades podia ser feita em nome da Associação das Testemunhas de Jeová de Trinidad e Tobago. Também podiam ser nomeados celebrantes de casamentos, de modo que não mais era necessário que as Testemunhas de Jeová fossem casadas por um funcionário do governo.

PROGRAMAÇÃO DE CONGRESSOS

Devido à expansão da organização, a necessidade de encontrar melhores locais para os anuais congressos de distrito tornou-se premente. Os teatros há muito não mais comportavam a assistência. Havia dois locais disponíveis, razoavelmente adequados — o Clube Himalaia, em San Juan, e o Salão da Rainha, em Porto de Espanha. Estes foram usados por anos a fio.

Daí, Eric Gregorio, irmão local, disse que achava que poderia conseguir a Grand Stand (Grande Arquibancada) no hipódromo de Queen’s Park Savannah, e conseguiu mesmo! Foi a primeira vez desde 1932 que tivemos permissão para usar este excelente local. O congresso foi programado para 1 a 4 de outubro de 1970.

Subitamente, porém, no início de 1970, irromperam manifestações do Poder Negro. Houve lutas, provocação de incêndios e algumas mortes. Declarou-se estado de emergência em abril e foi imposto toque de recolher. Poderia o congresso de distrito ser realizado? Poderíamos ter nossas assembléias de circuito em julho? Bem, o delegado de polícia deu permissão para realizar todas as assembléias.

As assembléias de circuito foram realizadas tranqüilamente, com exceção da maior delas, em Porto de Espanha. Pouco antes de começar, o delegado informou ao superintendente de circuito que, ao passo que podíamos realizar a assembléia, não podíamos usar nenhum equipamento sonoro. Uma audiência com ele mostrou ser inútil. Daí, um grupo tentou falar com o ministro da segurança nacional; isto, também, não deu certo. Fez-se uma segunda tentativa para conseguir que o delegado mudasse de idéia, mas ele disse enfaticamente que não mudaria. Assim, o programa de sexta-feira foi apresentado sem nenhum equipamento sonoro a uma assistência de mais de 1.300 pessoas. No sábado de manhã, um irmão ex-policial tentou falar com o delegado, mas foi informado de que este não costumava ficar no seu gabinete nos fins-de-semana. Havíamos feito todo o possível.

Daí, por volta do meio-dia de sábado, uma jovem senhora interessada na verdade decidiu fazer algo a respeito do problema. Ela estivera presente na sexta-feira de noite, mas não pudera escutar. Decidiu telefonar para a casa do delegado, embora não o conhecesse. Primeiro, ela orou para que Jeová abrandasse o coração dele. Qual foi o resultado? O delegado atendeu a esse pedido que partiu de uma pessoa que ainda nem era Testemunha de Jeová! O som foi excelente para os dias restantes da assembléia e as 2.187 pessoas presentes ao discurso público puderam ouvi-lo bem.

Quando o Congresso de Distrito “Homens de Boa Vontade” foi realizado no Grand Stand, não houve interferência alguma. Quão agradável foi ter amplo espaço coberto e uma grande área de estacionamento bem junto ao local! Embora chovesse torrencialmente no último dia, 3.239 pessoas compareceram. Tendo estabelecido antecedentes quanto a limpar o Grand Stand antes dos congressos e entregá-lo limpo depois, nunca mais tivemos dificuldades em consegui-lo, seja para assembléias de circuito, seja para congressos de distrito.

SERVIRAM FIELMENTE ATÉ A MORTE

Não só os irmãos ungidos de Cristo Jesus devem servir fielmente até a morte, mas, as Suas “outras ovelhas”, também, devem provar-se fiéis sob todas as circunstâncias, mesmo até a morte, se for o caso. Tem sido assim com alguns de nossos missionários.

Edmund Charlwood e Jerry Doering chegaram em 1949. Edmund logo foi designado para o serviço de circuito, que o levou a todas as ilhas supervisionadas pela filial de Trinidad. Sob o abrasador sol tropical e chuvas torrenciais ele se ocupava com afinco no ministério de campo junto com os irmãos. Prazerosamente ele se hospedava nos seus lares humildes e ficou bem acostumado a comer fruta-pão e peixe conservado no sal. Ele viajou 19 anos, primeiro como superintendente de circuito e depois como superintendente de distrito. Quando Edmund envelheceu, Jerry recebeu essa designação.

Por algum tempo, Jerry e sua esposa haviam servido em Barbados. Aqueles anos de serviço de tempo integral ajudaram a tornar eficaz seu serviço como superintendente de distrito. Mas, a tragédia atacou subitamente, em fevereiro de 1971, quando Jerry e sua esposa estavam no serviço de campo. Eles foram colhidos por um carro que não parou ao entrar numa rua principal. O irmão Doering faleceu na manhã seguinte. Ele servira fielmente por quase 22 anos, desde sua chegada a Trinidad. A sua morte certamente foi um golpe.

Edmund Charlwood continuou a servir num lar missionário, numa atividade menos intensa, à medida que a idade avançada o enfraquecia. Finalmente, em agosto de 1976, este leal irmão faleceu. A sua viúva Elsie, bem como Alice, viúva de Jerry, continuam seu serviço missionário.

Entre os irmãos que compunham a tripulação do Sibia e do Light havia Stanley Carter. Ele trabalhou arduamente junto com os outros na proclamação das boas novas nas ilhas. Quando ele casou-se com Ann, eles foram designados para abrir um lar missionário em Saint George, Granada. Não era uma designação fácil, mas eles perseveraram e viram Jeová abençoar seus empenhos. Em 1965, por causa de uma doença grave, eles foram ao Canadá em busca de tratamento médico para Stanley. Logo depois, ele encerrou seus longos anos de serviço fiel.

Esses missionários íntegros agora descansam, até que a voz de Cristo chame para a vida os que estão na memória de Deus. — João 5:28, 29.

NOTÁVEL ATIVIDADE DE PIONEIRO AUXILIAR

Já por um bom número de anos têm-se tomado medidas sistemáticas para ampliar a atividade de pioneiro auxiliar nestas ilhas. Durante os anos 60, o superintendente da filial fez por hábito comparecer à reunião dos superintendentes de distrito e de circuito com os superintendentes de congregação nas assembléias de circuito. Ele usava uns cinco ou dez minutos para falar-lhes, e os incentivava a darem destaque ao serviço de pioneiro de férias (auxiliar) em abril.

Numa assembléia de circuito no Clube Himalaia, em janeiro de 1968, um irmão teve uma parte no programa da Reunião de Serviço intitulada “O Serviço de Pioneiro — Verdadeira Alegria”. Espalhados por todo o local havia cartazes que ostentavam as letras “VPA”. O que significavam? Chegou o momento para essa parte e um irmão corpulento subiu ao palco portando um letreiro em estilo ‘sanduíche’. Este dizia: “Abril 1968.” O nome dele era “O Grande Abril”. Então a assistência ficou sabendo que VPA eram as iniciais (em inglês) de “Pioneiro de Férias em Abril”! Os irmãos jamais se esqueceram dessa demonstração.

Primeiro gradativamente, e depois rapidamente, os irmãos passaram a reagir ao incentivo. Jovens e adultos não batizados foram incentivados a trabalhar com os pioneiros de férias e tentar alcançar os mesmos alvos. A partir de 1978 passou-se a colher resultados surpreendentes, como indica o gráfico na página 247.

Na congregação de Belmont, Porto de Espanha, os anciãos falaram pessoalmente com os irmãos e lhes deram uma petição para que a lessem e considerassem. Foram elaborados e exibidos gráficos que esboçavam um horário para os dias da semana, mostrando como donas-de-casa, pessoas com emprego e estudantes poderiam alcançar o alvo de horas. Colocaram-se lemas nas paredes do Salão do Reino, a fim de ajudar a todos a terem em mente o serviço de pioneiro de férias.

Outras congregações souberam do sucesso de Belmont e passaram a usar métodos similares. Em resultado, em 1985 quase toda congregação deu excelente apoio ao serviço de pioneiro auxiliar. Em Belmont, 75 por cento dos publicadores foram pioneiros auxiliares, e fizeram em média 63 horas de campo. A congregação Leste de Arima relatou 73 por cento, e na de Maraval mais de 63 por cento relataram como pioneiros auxiliares. Trata-se de congregações grandes, com mais de 100 publicadores cada uma. A congregação de Cocoyea, que relatava 93 publicadores, teve 78 por cento deles nas fileiras de pioneiro auxiliar.

Como é que tantos conseguiram isso? Uma irmã explicou: “Foi só no sétimo dia do mês, depois do discurso de um ancião, que eu preenchi a petição. Incentivei uma jovem irmã a me acompanhar. Ela concordou, assim, obtive permissão dos seus pais para que ela às vezes dormisse na minha casa para que pudéssemos trabalhar com as revistas na rua, de manhã cedo. O meu horário era o seguinte: levantar por volta das 5 da manhã, estar trabalhando na rua por volta das 6,30, trabalhar até às 8 e daí ir para o emprego. De tarde eu trabalhava mais umas duas horas ou mais. Sábado era meu dia de folga do emprego; eu começava mais ou menos no mesmo horário, tirava um tempinho para almoço e descanso, trabalhava até às 9 da noite, fazendo no mínimo dez horas. Aos domingos eu fazia apenas uma hora de serviço de campo. Além da companhia da irmã, eu ficava muito contente de encontrar outros irmãos fazendo serviço de rua, pois sem eles eu não poderia ficar até tão tarde como ficava . . . Pude fazer 75 horas e 12 revisitas e dirigir 2 estudos bíblicos, além de colocar 716 revistas. Ao ver meu relatório, Lucas 17:10 sempre me vem à mente: ‘O que tenho feito é o que eu devia fazer.’”

Numa certa congregação, uma irmã de 70 anos trabalha como pioneira várias vezes por ano. Em abril de 1985 ela estava bem doente, mas, quando começou a sentir-se um pouco melhor, por volta do dia 15 do mês, ela queria prosseguir como pioneira. Arrastou da cama seu corpo atacado de artrite e disse que, se havia de morrer, queria morrer como pioneira, ativa no serviço de Jeová. Com grande esforço ela saía para participar no ministério nas ruas. Daí, outros na congregação providenciaram usar seus carros para ajudá-la. Apenas dez dias depois ela atingira o alvo de horas para aquele mês. Quando este relato foi escrito ela ainda vivia e planejava ser novamente pioneira auxiliar.

A inteira família de Betel também tem podido participar nesse intensificado ministério de campo. E como disse um dos membros veteranos da família: “Quão reanimados nos sentimos, embora fisicamente cansados!”

PROVISÕES PARA TREINAMENTO ESPECIAL

Em 1961 foram realizados os primeiros cursos da Escola do Ministério do Reino em Trinidad. Todos os pioneiros especiais foram privilegiados de cursá-la. Eles por certo apreciaram esse privilégio e se beneficiaram do curso. Mais tarde, pioneiros regulares varões tiveram a oportunidade de se beneficiarem dele. Em 1985, todos os servos ministeriais tiveram um curso especial em proveito deles. Um melhor espírito para com o serviço de tempo integral era evidente, mas ainda viria mais.

Em 1977 foi preparado um belo compêndio intitulado Brilhando Como Iluminadores no Mundo, para servir de base para um curso de duas semanas para os pioneiros! Agora as irmãs também podiam receber muito encorajamento edificante e muita instrução. Isto teve excelente influência sobre o serviço de tempo integral, especialmente sobre o serviço de pioneiro auxiliar. Parecia que o espírito de pioneiro contagiava os publicadores de congregação, e isto foi especialmente observável em abril de 1978 quando se alcançou excelente novo recorde de 500 pioneiros auxiliares.

Receberam-se muitas cartas de apreço. Uma dizia: “O objetivo desta é expressar meu apreço pela Escola do Serviço de Pioneiro. Foi deveras uma provisão maravilhosa de Jah, no momento certo. Alguns meses antes de fazer o curso meu esposo entrou no serviço de circuito e eu o acompanhei; isto foi um verdadeiro desafio para mim. O curso abrangente ajudou-me a enfrentar o desafio. O serviço de campo agora adquiriu um significado adicional para mim, uma vez que as minhas apresentações são mais eficazes, interessantes e bem-sucedidas. Isto se deve à aplicação de algumas das excelentes sugestões dadas no curso quanto a mostrar maior interesse pessoal no morador.

“Um dos pontos que mais me impressionou é que nós somos co-trabalhadores de Jeová na obra de pregação e de fazer discípulos, o que mostra a necessidade de desenvolvermos íntima familiaridade com ele. Isto incutiu em mim a necessidade de invocá-lo mais freqüentemente em oração quando estou no serviço, e me deixou mais confiante e certa de seu apoio.”

A EXPANSÃO EXIGE UM NOVO PRÉDIO

Em maio de 1972, depois de 26 anos na Rua Taylor, 21, mudamo-nos para o nosso novo lar e sede, um pouco fora de Porto de Espanha. Não era um prédio novo, mas certamente atendia muito melhor às nossas necessidades do que o anterior.

Quando decidimos que devíamos adquirir essa propriedade, notamos que ficava perto do rio Maraval. Mudamo-nos para lá na estação seca; perguntas aos vizinhos não levantaram nenhuma suspeita quanto a inundações da propriedade. Mas, em dezembro daquele mesmo ano, uma enxurrada transformou o rio numa furiosa torrente, lançando uns 30 centímetros de água lamacenta através do escritório e andar inferior.

Ergueu-se um muro de concreto ao longo da margem do rio, e por vários anos não tivemos problema. Daí, em 1975, uma devastadora enxurrada derrubou o muro, cobriu o andar térreo com mais de um metro de água e estragou milhares de livros, bem como equipamento de escritório e arquivos. Sob recomendação de um engenheiro, foi construído ao longo do rio, e em volta da propriedade, um muro de pedra afilado, de dois metros de altura, e um metro e vinte de espessura na base. Também foram instaladas bombas hidráulicas. Mas, em 1980, sobreveio-nos outro desastre. O muro entre a nossa propriedade e a de um vizinho cedeu, resultando em toneladas de água se precipitarem sobre o lar da sede, arrancando portas, causando prejuízos e pondo vidas em perigo. Num prazo de 30 dias ocorreram mais duas inundações, e não havia muros protetores. Como haviam feito antes, os irmãos vieram em grandes números para nos ajudar a fazer a limpeza. Vizinhos mal podiam crer ao verem toneladas de detritos serem removidas. Num período notavelmente rápido, as coisas voltavam à quase normalidade. Logo construiu-se um novo muro reforçado de concreto e aço, mas a Comissão de Filial recomendou ao Corpo Governante que a sede fosse removida dali.

NÓS MESMOS CONSTRUÍMOS UMA NOVA SEDE

Além da ameaça de inundações, a sede e o lar novamente se tornaram pequenos. Simplesmente não mais havia suficiente espaço para cuidar das necessidades das congregações. De 1972 até então, houve um aumento de uns 40 por cento no número de publicadores.

O Corpo Governante aprovou a recomendação da Comissão de Filial. Com o tempo, localizou-se um terreno entre Porto de Espanha e o aeroporto. Havia problemas, mas estes foram superados um por um. Quando os pentecostais quiseram comprar esse terreno para construir um templo, os vizinhos protestaram por causa do barulho que as reuniões provocariam. Havia também algum temor de “baixar o espírito”. Mas, quando as Testemunhas de Jeová asseguraram aos vizinhos que não haveria perigo algum se as Testemunhas construíssem no local, e que o barulho seria mínimo, os vizinhos não se opuseram. Assim, em 1981 a propriedade foi comprada em nome da Associação das Testemunhas de Jeová de Trinidad e Tobago.

Passou-se quase um ano e meio até que finalmente podíamos começar a construção propriamente dita. Os irmãos voluntariamente ofereceram seu trabalho. Por ocasião da concretagem das lajes muitas mãos eram necessárias, visto que não havia equipamento sofisticado disponível — apenas dois misturadores de concreto, muitas caçambas e uma série de plataformas em que os irmãos se postavam para passar as caçambas de um para o outro. Duas longas fileiras de irmãos e irmãs se estendiam dos misturadores até onde o concreto estava sendo derramado. Outra fileira devolvia as caçambas vazias ao local dos misturadores. Freqüentemente, alguns profissionais trabalhavam a noite toda. O resultado foi um efeito realmente unificador e estimulante sobre as congregações.

Para o programa de dedicação, em 16 de março de 1985, esteve presente o irmão Milton G. Henschel, do Corpo Governante. Publicadores de toda congregação em Trinidad também se fizeram representar; 2.942 pessoas ocuparam todos os assentos e outros lugares disponíveis. Ao partirem, estavam todos com disposição alegre e exuberante.

JEOVÁ PROVÊ MELHORA PROGRESSIVA

Em Isaías, capítulo 60, Jeová há muito predisse seu propósito tanto de melhorar como de expandir sua organização terrestre no tempo por ele marcado. Os antigos dentre nós podem atestar que isto certamente ocorreu. Que condições melhores existem agora nas congregações do que no tempo em que os irmãos faziam campanhas para serem eleitos anciãos! As congregações hoje prosperam espiritualmente.

Há agora 50 congregações em Trinidad e Tobago. As perspectivas para mais são encorajadoras. O nosso relatório de abril de 1986 indica 4.558 publicadores, que colocaram mais de 135.000 revistas e 11.537 livros. Mais de 6.990 estudos bíblicos domiciliares estavam sendo dirigidos. Na Comemoração houve a encorajadora presença de 13.961 pessoas. Nos meses que se seguiram, muitos mais novos discípulos foram batizados.

Desde a chegada dos missionários, em 1946, distribuiu-se enorme quantidade de publicações, levando-se em conta que se trata de uma filial tão pequena. O relatório indica mais de 1.600.000 livros, acima de 1.500.000 folhetos e milhões de revistas. Um grande testemunho tem sido dado em Trinidad e nas ilhas supervisionadas por essa filial. Há também perspectivas de um adicional grande ajuntamento de semelhantes a ovelhas antes do fim deste sistema.

Certo superintendente de circuito relata: “Ao trabalharmos numa manhã de quarta-feira durante a visita do superintendente de distrito, chegamos a uma rua, onde nos foi dito: ‘Irmão, nós trabalhamos aqui na sexta-feira.’ Mesmo assim, decidimos trabalhar naquela rua. Ao visitarmos certa casa fomos convidados a entrar, e meu parceiro apresentou o Tópico Para Palestrar.

“A senhora que nos atendeu explicou-nos que ela era de Trinidad mas morava em Londres com a família, e que estava de férias. A sua sogra, em Londres, a havia incentivado a ler a Bíblia e, depois de algum tempo, ela fez isso e gostou. Ao dizer isso à sua sogra, esta lhe disse: ‘Isto não basta; você precisa pertencer a uma igreja.’ A sogra era adventista. Mas, essa senhora não queria apenas pertencer à uma igreja, de modo que dirigiu-se a Deus em oração e disse-lhe que, como sinal, consideraria que ‘a primeira pessoa que trouxesse o evangelho à minha casa teria a verdade’, e nós éramos os primeiros a visitá-la. Escreveu-se à filial britânica para que fosse continuado com ela um estudo bíblico, quando regressasse. Este estudo foi dirigido. Agora a família está de volta a Trinidad. Tanto o marido como a esposa são batizados, e eles e seus filhos se associam com uma congregação no leste de Trinidad. O interessante é o seguinte: Os publicadores haviam trabalhado ali na sexta-feira, mas ela viera de Londres no sábado, e lá estávamos nós na quarta-feira seguinte.” Sim, colhem-se bons resultados no ministério de campo, e os que nele participam compartilham dessa alegria.

Além de aprimorados arranjos de pastoreio nas congregações, tem havido aprimoramento correspondente na supervisão da obra a partir da sede. Não mais um superintendente de filial sozinho tem a responsabilidade de supervisionar as atividades de uma filial. A distribuição do trabalho e de responsabilidades entre membros da Comissão de Filial tem possibilitado dar atenção mais de perto às muitas facetas da obra. Os atuais membros da comissão local são Earl David, Zephrine Nedd, Winston Simon e Alexander Tharp.

“A terra do beija-flor” e a “Ilha de Robinson Crusoé” são lugares agradáveis em que viver e servir o grandioso Criador, Jeová, que ‘faz tudo bonito no seu tempo’. (Ecl. 3:11) A filial de Trinidad é pequena em tamanho e em números, quando comparada com outras em países maiores. Mas, surge um caloroso arrebatamento de ânimo quando contemplamos a história da obra aqui. É nossa determinação continuarmos a avançar vigorosamente, junto com nossos irmãos em todo o mundo, na tarefa de cuidar dos interesses do Reino, à medida que aguardamos o tempo em que tudo o que respira louvará a Jeová. — Sal. 150:6.

[Foto na página 232]

Alexander Tharp, coordenador da Comissão de Filial em Trinidad, com sua esposa Lois.

[Foto na página 239]

A bordo do barco missionário “Sibia”.

[Tabela na página 247]

AUMENTO DE PIONEIROS AUXILIARES

1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985

4.000

3.500

3.000

2.500

2.000

1.500

1.000

500

16,9 28,8 40,6 39,1 47,9 52,3 54,1 56,7

Porcentagem de Pioneiros Auxiliares em Relação à Publicadores

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