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Perguntas dos LeitoresA Sentinela — 1992 | 1.° de agosto
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Perguntas dos Leitores
Devemos entender, à base de Jó 1:8, que no período em que Jó vivia ele era o único humano fiel a Jeová?
Não. Esta conclusão não é justificada por Jó 1:8, que diz:
“Jeová prosseguiu, dizendo a Satanás: ‘Fixaste teu coração no meu servo Jó, que não há ninguém igual a ele na terra, homem inculpe e reto, temendo a Deus e desviando-se do mal?’” Deus forneceu uma avaliação similar em Jó 2:3, perguntando a Satanás: “Fixaste teu coração no meu servo Jó, que não há ninguém igual a ele na terra, homem inculpe e reto, temendo a Deus e desviando-se do mal?”
O próprio livro de Jó indica que Jó não era o único humano vivo aceito por Deus como fiel. A partir do Jó capítulo 32, lemos a respeito de Eliú. Embora fosse um homem mais jovem, Eliú corrigiu o conceito errôneo de Jó e magnificou o verdadeiro Deus. — Jó 32:6-33:6, 31-33; Jó 35:1-36:2.
Por conseguinte, o comentário de Deus, de que ‘não havia ninguém igual a Jó na terra’, deve significar que Jó se destacava especialmente como homem de retidão. É provável que Jó tenha vivido no período entre a morte de José, no Egito, e o início do serviço de Moisés como profeta de Deus. Durante este período, um grande número de israelitas morava no Egito. Não há motivo para se pensar que todos eles eram infiéis e inaceitáveis a Deus; provavelmente havia muitos que confiavam em Jeová. (Êxodo 2:1-10; Hebreus 11:23) Todavia, nenhum deles desempenhou um papel de destaque assim como José, nem se distinguiram esses adoradores com respeito à verdadeira adoração, assim como Moisés havia de distinguir-se ao conduzir a nação de Israel para fora do Egito.
No entanto, morando em outro lugar, havia um homem de notável integridade. “Aconteceu haver na terra de Uz um homem cujo nome era Jó; e este homem mostrava ser inculpe e reto, e temia a Deus e desviava-se do mal.” — Jó 1:1.
De modo que Jeová podia mencionar Jó como exemplo conspícuo ou notável de fé e devoção. De modo similar, os escritores bíblicos Ezequiel e Tiago, em retrospectiva, escolheram Jó como modelo de justiça e perseverança. — Ezequiel 14:14; Tiago 5:11.
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Longanimidade — qual é seu objetivo?A Sentinela — 1992 | 1.° de agosto
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Longanimidade — qual é seu objetivo?
LONGANIMIDADE significa suportar pacientemente o mal ou a provocação, junto com a recusa de perder a esperança de haver melhora no relacionamento perturbado. Portanto, a longanimidade tem um objetivo, visando especialmente o bem-estar daquele que causa a situação desagradável. No entanto, isto não significa fechar os olhos ao mal. Quando se alcança o objetivo da longanimidade, ou quando não adianta mais agüentar tal situação, a longanimidade cessa. Ela cessa quer quando resulta em bem para os que causam a provocação, quer com uma ação contra os malfeitores. De qualquer modo, aquele que usa de longanimidade não é espiritualmente prejudicado.
As Escrituras revelam como Deus avalia a longanimidade, e salientam a tolice e os maus resultados de não se manter “longura de espírito”. (Romanos 2:4, Kingdom Interlinear) Quem é longânime talvez pareça fraco, mas, na realidade, ele usa de discernimento. “Quem é vagaroso em irar-se é abundante em discernimento, mas aquele que é impaciente exalta a tolice.” (Provérbios 14:29) A longanimidade é melhor do que a força física, e realiza mais: “Melhor é o vagaroso em irar-se do que o homem poderoso, e aquele que controla seu espírito, do que aquele que captura uma cidade.” (Provérbios 16:32) — Extraído de Estudo Perspicaz das Escrituras.
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