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Jeová tem sido benévolo comigoA Sentinela — 1999 | 1.° de novembro
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fez. Nossos amados irmãos de Betel nos enviaram muitas cartas de encorajamento. Martha era constantemente lembrada das palavras do Salmo 41:3: “O próprio Jeová o amparará no divã de enfermidade; certamente transformarás toda a sua cama durante a sua doença.”
Por causa desses graves problemas de saúde, em 1986 decidiu-se que seria apropriado que eu servisse como pioneiro especial em Cavala, onde moro perto da família de nossa querida filha. Minha amada Martha faleceu em março deste ano, fiel até o fim. Quando os irmãos a visitavam e perguntavam: “Como está você?”, ela geralmente respondia: “Visto que Jeová está do meu lado, estou muito bem!” Quando preparávamos as reuniões ou recebíamos convites tentadores para servir em regiões onde a colheita é abundante, Martha dizia: “John, vamos servir onde há mais necessidade.” Ela nunca perdeu o zelo.
Alguns anos atrás, eu também tive um sério problema de saúde. Em março de 1994, descobri que tinha um problema cardíaco que colocava minha vida em risco, e tive de me submeter a uma cirurgia. Novamente senti a mão amorosa de Jeová me apoiando num período crítico. Nunca me esquecerei da oração que um superintendente de circuito proferiu ao lado de minha cama quando saí da unidade de terapia intensiva, e da celebração da Comemoração que eu realizei bem ali no quarto do hospital com quatro pacientes que haviam demonstrado interesse pela verdade.
Jeová tem sido um ajudador
O tempo voa e o corpo enfraquece, mas o espírito é renovado por meio do estudo da Palavra de Deus e do serviço a Jeová. (2 Coríntios 4:16) Agora faz 39 anos que eu disse: “Eis-me aqui! Envia-me.” Minha vida tem sido plena, feliz e recompensadora. Às vezes, sinto que “estou atribulado e sou pobre”, mas então posso dizer a Jeová com confiança: “Tu és meu auxílio e meu Provedor de escape.” (Salmo 40:17) Ele realmente tem sido benévolo comigo.
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Perguntas dos LeitoresA Sentinela — 1999 | 1.° de novembro
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Perguntas dos Leitores
Como as Testemunhas de Jeová encaram o voto?
A Bíblia estabelece princípios específicos que possibilitam aos servos de Deus ter o ponto de vista correto sobre esse assunto. No entanto, parece não haver princípios contra a prática do voto em si. Por exemplo, não há motivos para os diretores de uma entidade não usarem o voto a fim de tomar decisões que afetem a entidade. Os membros das congregações das Testemunhas de Jeová muitas vezes votam, erguendo as mãos, para decidir sobre os horários das reuniões e o uso dos recursos da congregação.
Mas, o que dizer de votar em eleições políticas? Obviamente, em alguns países democráticos, tanto quanto 50 por cento da população não comparece para votar no dia da eleição. As Testemunhas de Jeová não interferem no direito que outros têm de votar, nem fazem qualquer tipo de campanha contra eleições políticas. Elas respeitam e cooperam com as autoridades devidamente constituídas nessas eleições. (Romanos 13:1-7) Quanto a votar para um candidato numa eleição, cada Testemunha de Jeová decide o que fazer com base em sua consciência treinada pela Bíblia e no entendimento de sua responsabilidade para com Deus e o Estado. (Mateus 22:21; 1 Pedro 3:16) Ao tomar essa decisão pessoal, cada Testemunha de Jeová considera diversos fatores.
Primeiro, Jesus Cristo disse a respeito dos seus seguidores: “Não fazem parte do mundo, assim como eu não faço parte do mundo.” (João 17:14) As Testemunhas de Jeová levam a sério esse princípio. Visto que “não fazem parte do mundo”, são neutras nos assuntos políticos do mundo. — João 18:36.
Segundo, o apóstolo Paulo referiu-se a si mesmo como “embaixador” representando a Cristo para as pessoas dos seus dias. (Efésios 6:20; 2 Coríntios 5:20) As Testemunhas de Jeová crêem que Jesus Cristo é atualmente o Rei entronizado do Reino celestial de Deus, e que, como embaixadores, devem anunciar isto às nações. (Mateus 24:14; Revelação [Apocalipse] 11:15) Espera-se que os embaixadores sejam neutros e não interfiram nos assuntos internos dos países a que são enviados. Como representantes do Reino celestial de Deus, as Testemunhas de Jeová sentem que têm a mesma obrigação de não interferir na política dos países onde residem.
Um terceiro fator a considerar é que os que participam em eleger uma pessoa para um cargo político podem tornar-se responsáveis pelo que tal pessoa faz. (Note 1 Timóteo 5:22.) Os cristãos devem analisar cuidadosamente se desejam assumir tal responsabilidade.
Quarto, as Testemunhas de Jeová dão muito valor à sua unidade cristã. (Colossenses 3:14) Quando uma religião se envolve na política, o resultado muitas vezes é a divisão entre seus membros. Imitando a Jesus Cristo, as Testemunhas de Jeová não se envolvem na política e, conseqüentemente, preservam sua unidade cristã. — Mateus 12:25; João 6:15; 18:36, 37.
O quinto e último fator é que, por não se envolverem na política, as Testemunhas de Jeová sentem-se livres para apresentar com franqueza a importante mensagem do Reino a pessoas de qualquer ideologia política. — Hebreus 10:35.
Com base nesses princípios bíblicos, as Testemunhas de Jeová em diversos países decidem, por si só, não votar em eleições políticas, e sua liberdade para tomar essa decisão é apoiada pelas leis do país. Mas, e se a lei exige que os cidadãos votem? Nesse caso, cada Testemunha de Jeová é responsável por tomar uma decisão conscienciosa, baseada na Bíblia, para lidar com essa situação. Se a pessoa decidir comparecer às urnas, essa é uma questão pessoal. O que ela faz na cabine de votação é entre ela e seu Criador.
A revista A Sentinela de 1.º de setembro de 1951, página 131, disse: ‘No caso em que César obriga os cidadãos a votar, as Testemunhas de Jeová podem ir aos centros eleitorais e entrar nas cabines de votação. É ali que devem preencher a cédula ou indicar sua posição. Os eleitores fazem o que querem com as cédulas. De modo que ali na presença de Deus é que suas testemunhas precisam atuar em harmonia com os mandamentos divinos e de acordo com sua fé. Não é nossa a responsabilidade de instruir-lhes o que devem fazer com a cédula.’
Que dizer do caso de uma cristã cujo marido incrédulo insiste em que ela se apresente para votar? Bem, ela está em sujeição ao marido, assim como os cristãos estão sujeitos às autoridades superiores. (Efésios 5:22; 1 Pedro 2:13-17) Se ela obedecer ao marido e comparecer às urnas, esta é uma questão pessoal. Ninguém deve criticá-la. — Note Romanos 14:4.
E no caso de um país onde o voto não é obrigatório, mas as pessoas se revoltam contra os que não comparecem às urnas, o que talvez os exponha a perigo físico? Ou o que fazer se o voto não é obrigatório, mas quem não comparece às urnas sofre algum tipo de punição severa? Nestas e em outras situações parecidas, o próprio cristão tem de decidir. “Cada um levará a sua própria carga.” — Gálatas 6:5.
Pode ser que algumas pessoas tropecem quando vêem que, durante uma eleição em seu país, algumas Testemunhas de Jeová comparecem às urnas e outras não. Talvez digam que ‘as Testemunhas de Jeová não são coerentes’. No entanto, as pessoas devem reconhecer que, em assuntos de consciência, como neste caso, cada cristão tem de tomar sua própria decisão perante Jeová Deus. — Romanos 14:12.
Seja qual for a decisão de uma Testemunha de Jeová numa situação dessas, ela tomará o cuidado para preservar sua neutralidade cristã e não minar sua autoridade para pregar. Em tudo o que fazem, elas confiam em Jeová Deus para dar-lhes forças, sabedoria e ajudá-las a jamais transigir em sua fé. Assim, mostram confiança nas palavras do salmista: “Pois tu és meu rochedo e minha fortaleza; e tu me guiarás e me conduzirás por causa do teu nome.” — Salmo 31:3.
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