BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • Uma lição de humildade na última Páscoa
    Jesus — o Caminho, a Verdade e a Vida
    • Jesus lava os pés dos apóstolos e os ensina sobre humildade

      CAPÍTULO 116

      Uma lição de humildade na última Páscoa

      MATEUS 26:20 MARCOS 14:17 LUCAS 22:14-18 JOÃO 13:1-17

      • JESUS CELEBRA SUA ÚLTIMA PÁSCOA COM OS APÓSTOLOS

      • ELE ENSINA UMA LIÇÃO AO LAVAR OS PÉS DOS APÓSTOLOS

      Pedro e João já estão em Jerusalém para fazer os preparativos para a Páscoa, seguindo as instruções de Jesus. Mais tarde, Jesus e os outros dez apóstolos também vão para lá. Ele e seus discípulos descem o monte das Oliveiras com o sol se pondo. Jesus só verá a cidade à luz do dia novamente depois da sua ressurreição.

      Em pouco tempo, Jesus e os que o acompanham chegam à cidade e vão para a casa onde terão a refeição da Páscoa. Eles sobem as escadas até a grande sala no andar de cima. Lá encontram tudo preparado para a refeição. Jesus aguarda com expectativa essa ocasião, pois ele diz: “Desejei muito comer esta refeição pascoal com vocês antes de sofrer.” — Lucas 22:15.

      Muitos anos antes, teve início o costume de passar alguns cálices de vinho entre os participantes da Páscoa. Agora, depois de receber um dos cálices, Jesus dá graças e diz: “Peguem este cálice e passem-no de um para o outro, pois eu lhes digo: De agora em diante não beberei de novo do produto da videira até que venha o Reino de Deus.” (Lucas 22:17, 18) Isso devia deixar claro que a morte dele está próxima.

      Em certo momento durante a refeição pascoal, algo notável acontece. Jesus se levanta, tira sua capa, pega uma toalha e coloca água numa bacia. Normalmente, um anfitrião se certifica de que os pés dos convidados sejam lavados, talvez por um empregado. (Lucas 7:44) Mas nessa ocasião não há nenhum anfitrião presente, então Jesus faz esse serviço. Qualquer um dos apóstolos podia fazer isso, mas nenhum deles faz. Será que é porque ainda existe alguma rivalidade entre eles? Qualquer que seja o caso, eles estão envergonhados por Jesus estar lavando os pés deles.

      Quando chega a vez de Pedro, ele protesta: “O senhor nunca lavará os meus pés.” Jesus responde: “Se eu não lavar você, você não tem parte comigo.” Pedro diz animado: “Senhor, então lave não só os meus pés, mas também as minhas mãos e a minha cabeça.” A resposta de Jesus certamente o surpreende: “Quem se banhou está completamente limpo e não precisa lavar nada, só os pés. E vocês estão limpos, mas nem todos.” — João 13:8-10.

      Jesus lava os pés dos 12 apóstolos, incluindo os pés de Judas Iscariotes. Depois de colocar novamente sua capa e de se recostar à mesa, Jesus diz: “Vocês entendem o que eu lhes fiz? Vocês me chamam de ‘Instrutor’ e ‘Senhor’, e estão certos, pois eu sou mesmo. Portanto, se eu, o Senhor e Instrutor, lavei os seus pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Pois estabeleci o modelo para vocês, a fim de que, assim como eu lhes fiz, vocês também façam. Digo-lhes com toda a certeza: O escravo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou. Se vocês sabem essas coisas, felizes serão se as praticarem.” — João 13:12-17.

      Que belo exemplo de humildade! Os seguidores de Jesus não devem buscar o primeiro lugar, achando que são importantes e que devem ser servidos. Antes, devem seguir o exemplo de Jesus, não por realizar um ritual de lavar os pés dos outros, mas por estar dispostos a servir com humildade e sem parcialidade.

      • Durante a refeição da Páscoa, o que Jesus diz aos apóstolos, indicando que sua morte está próxima?

      • Por que é notável que Jesus lave os pés dos apóstolos?

      • Que lição Jesus ensina ao realizar a humilde tarefa de lavar os pés dos apóstolos?

  • A Ceia do Senhor
    Jesus — o Caminho, a Verdade e a Vida
    • Jesus institui a Ceia do Senhor com seus 11 apóstolos fiéis

      CAPÍTULO 117

      A Ceia do Senhor

      MATEUS 26:21-29 MARCOS 14:18-25 LUCAS 22:19-23 JOÃO 13:18-30

      • JUDAS É IDENTIFICADO COMO UM TRAIDOR

      • JESUS INSTITUI UMA CELEBRAÇÃO

      Mais cedo naquela noite, Jesus ensinou aos apóstolos uma lição de humildade por lavar os pés deles. Agora, pelo visto depois da refeição pascoal, ele cita as palavras proféticas de Davi: “O homem que estava em paz comigo e em quem eu confiava, que comia do meu pão, se voltou contra mim.” Então explica: “Um de vocês me trairá.” — Salmo 41:9; João 13:18, 21.

      Os apóstolos olham uns para os outros, e cada um pergunta: “Senhor, por acaso sou eu?” Até Judas Iscariotes faz isso. Pedro pede que João, que está ao lado de Jesus, descubra de quem ele está falando. Assim, João se inclina, aproximando-se de Jesus, e pergunta: “Senhor, quem é?” — Mateus 26:22; João 13:25.

      Jesus responde: “É aquele a quem eu der o pedaço de pão que vou molhar na tigela.” Ele molha um pedaço de pão numa tigela e o entrega a Judas, dizendo: “O Filho do Homem vai embora, assim como está escrito a respeito dele, mas ai daquele que trai o Filho do Homem! Seria melhor para esse homem que não tivesse nascido.” (João 13:26; Mateus 26:24) Então Satanás entra em Judas, que já havia se corrompido. Agora ele se entrega ao Diabo para fazer sua vontade, tornando-se “o filho da destruição”. — João 6:64, 70; 12:4; 17:12.

      Jesus diz a Judas: “Faça mais depressa o que você está fazendo.” Os apóstolos acham que Jesus está dizendo a Judas, que cuida da caixa de dinheiro: “‘Compre o que precisamos para a festividade’, ou que devia dar algo aos pobres.” (João 13:27-30) Mas Judas sai para trair Jesus.

      Nessa noite da refeição pascoal, Jesus inicia algo totalmente novo. Ele pega um pão, dá graças, parte-o e dá para os apóstolos comerem: “Isto representa o meu corpo, que será dado em benefício de vocês. Persistam em fazer isso em memória de mim.” (Lucas 22:19) Os apóstolos passam o pão e comem dele.

      Agora Jesus pega um cálice de vinho, dá graças e o passa entre eles. Cada um bebe um pouco. Jesus diz: “Este cálice representa o novo pacto com base no meu sangue, que será derramado em seu benefício.” — Lucas 22:20.

      Assim, Jesus estabelece a celebração de sua morte, que seus seguidores devem realizar todos os anos em 14 de nisã. Essa celebração relembra o que Jesus e seu Pai fizeram para que humanos fiéis se livrassem do pecado e da morte. Essa celebração tem um significado maior do que a Páscoa dos judeus, pois destaca que a verdadeira libertação não é apenas para eles, mas para a humanidade que exerce fé.

      Jesus diz que seu sangue “será derramado em benefício de muitos, para o perdão de pecados”. Entre os muitos que receberão esse perdão estão os apóstolos fiéis e outros discípulos como eles. Esses são os que estarão com Jesus no Reino de seu Pai. — Mateus 26:28, 29.

      • Que profecia bíblica Jesus cita sobre alguém próximo dele, e que aplicação ele faz?

      • O que Jesus pede para Judas fazer, e como os outros apóstolos entendem as palavras de Jesus?

      • A que celebração totalmente nova Jesus dá início, e qual é o objetivo dela?

  • Uma discussão sobre quem é o maior
    Jesus — o Caminho, a Verdade e a Vida
    • Os apóstolos de Jesus discutem sobre quem é o maior

      CAPÍTULO 118

      Uma discussão sobre quem é o maior

      MATEUS 26:31-35 MARCOS 14:27-31 LUCAS 22:24-38 JOÃO 13:31-38

      • JESUS DÁ CONSELHOS CONTRA QUERER SER O MAIOR

      • É PREDITO QUE PEDRO NEGARIA A JESUS

      • O AMOR IDENTIFICA OS SEGUIDORES DE JESUS

      Durante sua última noite com os apóstolos, Jesus lhes deu uma excelente lição sobre humildade ao lavar os pés deles. Por que isso foi apropriado? Por causa da fraqueza deles. Eles são devotados a Deus, mas ainda se preocupam com qual deles é o maior. (Marcos 9:33, 34; 10:35-37) Nesta noite, mais uma vez demonstram essa fraqueza.

      Os apóstolos se envolvem numa ‘discussão acalorada sobre qual deles é o maior’. (Lucas 22:24) Jesus deve estar muito triste por vê-los discutindo novamente. O que ele faz?

      Em vez de repreender os apóstolos pela sua atitude e comportamento, Jesus pacientemente raciocina com eles: “Os reis das nações dominam sobre elas, e os que têm autoridade sobre elas são chamados de ‘benfeitores’. Vocês, porém, não devem ser assim. . . . Pois quem é maior: aquele que está à mesa ou aquele que serve?” Então, lembrando a eles do exemplo que sempre lhes dá, Jesus diz: “Mas eu estou no meio de vocês como quem serve.” — Lucas 22:25-27.

      Apesar de suas imperfeições, os apóstolos têm estado com Jesus em muitas situações desafiadoras. Por isso, ele diz: “Eu faço com vocês um pacto para um reino, assim como o meu Pai fez um pacto comigo.” (Lucas 22:29) Esses homens são leais seguidores de Jesus. Com esse pacto, Jesus lhes garante que eles estarão no Reino e reinarão junto com ele.

      Embora os apóstolos tenham essa maravilhosa perspectiva, ainda são humanos imperfeitos. Jesus lhes diz: “Satanás exigiu que todos vocês fossem peneirados como trigo”, que se espalha quando é peneirado. (Lucas 22:31) Jesus também lhes dá um aviso: “Esta noite, todos vocês tropeçarão no que diz respeito a mim, pois está escrito: ‘Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho serão espalhadas.’” — Mateus 26:31; Zacarias 13:7.

      Pedro não concorda com isso e diz de modo confiante: “Ainda que todos os outros tropecem no que diz respeito ao senhor, eu nunca tropeçarei!” (Mateus 26:33) Jesus diz a Pedro que, antes de o galo cantar duas vezes naquela noite, ele o negará. Mas Jesus acrescenta: “Tenho feito súplicas por você para que a sua fé não fraqueje; e você, quando tiver voltado, fortaleça os seus irmãos.” (Lucas 22:32) Ainda assim, Pedro afirma sem hesitar: “Mesmo que eu tenha de morrer com o senhor, de modo algum o negarei.” (Mateus 26:35) Os outros apóstolos dizem a mesma coisa.

      Jesus diz a seus discípulos: “Estou com vocês mais um pouco. Vocês me procurarão e, assim como eu disse aos judeus, agora digo também a vocês: ‘Para onde eu vou, vocês não podem ir.’” Então ele acrescenta: “Eu lhes dou um novo mandamento: Amem uns aos outros; assim como eu amei vocês, amem também uns aos outros. Por meio disto todos saberão que vocês são meus discípulos: se tiverem amor entre si.” — João 13:33-35.

      Ao ouvir Jesus dizer que estará com eles apenas mais um pouco, Pedro pergunta: “Senhor, para onde vai?” Jesus responde: “Para onde eu vou, você não pode me seguir agora, mas me seguirá depois.” Intrigado, Pedro diz: “Senhor, por que não posso segui-lo agora? Eu darei a minha vida pelo senhor.” — João 13:36, 37.

      Agora Jesus se refere a quando enviou os apóstolos para pregar na Galileia. Naquela ocasião, eles não deviam levar nem bolsa de dinheiro nem bolsa de provisões. (Mateus 10:5, 9, 10) Ele pergunta: “Será que lhes faltou alguma coisa?” Eles respondem: “Não!” Mas o que devem fazer nos dias à frente? Jesus dá a seguinte orientação: “Quem tiver bolsa de dinheiro, leve-a consigo, e também uma bolsa de provisões; e quem não tiver espada, venda a sua capa e compre uma. Pois eu lhes digo que tem de se cumprir em mim aquilo que foi escrito: ‘Ele foi contado entre os transgressores.’ Sim, isso está se cumprindo em mim.” — Lucas 22:35-37.

      Jesus está se referindo à ocasião em que será pregado numa estaca ao lado de malfeitores, ou transgressores. Depois disso, seus seguidores serão duramente perseguidos. Eles acham que estão preparados e dizem: “Senhor, temos aqui duas espadas.” Ele responde: “É o suficiente.” (Lucas 22:38) O fato de terem espadas em breve dará a Jesus uma oportunidade de ensinar outra lição importante.

      • Por que os apóstolos estão discutindo, e como Jesus lida com a situação?

      • O que será realizado por meio do pacto que Jesus faz com seus apóstolos?

      • Como Jesus lida com a autoconfiança de Pedro?

  • Jesus é o caminho, a verdade e a vida
    Jesus — o Caminho, a Verdade e a Vida
    • Jesus com seus 11 apóstolos na sala do andar de cima

      CAPÍTULO 119

      Jesus é o caminho, a verdade e a vida

      JOÃO 14:1-31

      • JESUS VAI EMBORA PARA PREPARAR UM LUGAR

      • ELE PROMETE UM AJUDADOR A SEUS SEGUIDORES

      • O PAI É MAIOR DO QUE JESUS

      A refeição terminou, e Jesus ainda está na sala do andar de cima com os apóstolos. Ele lhes dá um encorajamento: “Não fiquem com o coração aflito. Exerçam fé em Deus; exerçam fé também em mim.” — João 13:36; 14:1.

      Jesus dá a seus fiéis apóstolos um motivo para não ficarem aflitos com sua partida: “Na casa do meu Pai há muitas moradas. . . . Depois que eu for embora e lhes preparar um lugar, virei novamente e os levarei comigo, para que, onde eu estiver, vocês também estejam.” Mas os apóstolos não entendem que ele está falando sobre ir para o céu. Tomé pergunta: “Senhor, não sabemos para onde vai. Como podemos saber o caminho?” — João 14:2-5.

      Jesus responde: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” Apenas por aceitar Jesus e seus ensinamentos e por imitar seu modo de vida é que alguém pode entrar na casa celestial do seu Pai. Jesus diz: “Ninguém vem ao Pai senão por mim.” — João 14:6.

      Filipe, que está ouvindo atentamente, faz um pedido: “Senhor, mostre-nos o Pai, e isso é suficiente para nós.” Parece que Filipe quer alguma manifestação da parte de Deus, como as visões que Moisés, Elias e Isaías tiveram. Mas os apóstolos têm algo melhor do que visões. Jesus destaca isso ao responder: “Já faz tanto tempo que estou com vocês, e você ainda não me conhece, Filipe? Quem me vê, vê também o Pai.” Jesus reflete perfeitamente a personalidade do Pai; por isso, conviver com Jesus e observá-lo é como ver o Pai. Naturalmente, o Pai é superior ao Filho, pois Jesus comenta: “O que eu lhes digo não se origina de mim.” (João 14:8-10) Os apóstolos percebem que Jesus dá todo o crédito de seus ensinamentos a seu Pai.

      Os apóstolos de Jesus já presenciaram suas obras maravilhosas e já o ouviram anunciar as boas novas sobre o Reino de Deus. Agora ele lhes diz: “Quem exercer fé em mim fará também as obras que eu faço. E ele fará obras maiores do que essas.” (João 14:12) Jesus não está dizendo que eles farão milagres maiores do que ele. No entanto, realizarão o ministério por muito mais tempo, cobrindo uma área muito maior e atingindo muito mais pessoas.

      Mas eles não ficarão abandonados quando Jesus for embora, pois ele promete: “Qualquer coisa que vocês pedirem em meu nome, eu farei.” Além disso, ele diz: “Eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro ajudador para estar com vocês para sempre: o espírito da verdade.” (João 14:14, 16, 17) Ele garante que eles receberão o espírito santo, esse outro ajudador. Isso acontece no dia de Pentecostes.

      Jesus diz: “Em breve o mundo não me verá mais, contudo vocês me verão, porque eu vivo e vocês viverão.” (João 14:19) Após sua ressurreição, Jesus vai aparecer a eles em corpo físico e, com o tempo, vai ressuscitá-los para estarem com ele no céu como criaturas espirituais.

      Agora Jesus diz uma verdade simples: “Quem aceita os meus mandamentos e obedece a eles é o que me ama. Por sua vez, quem me ama será amado pelo meu Pai, e eu o amarei e me mostrarei claramente a ele.” Com isso, o apóstolo Judas, também chamado Tadeu, pergunta: “Senhor, o que aconteceu que o senhor pretende se mostrar claramente a nós e não ao mundo?” Jesus responde: “Se alguém me amar, obedecerá à minha palavra, e o meu Pai o amará . . . Quem não me ama não obedece às minhas palavras.” (João 14:21-24) Diferentemente dos seus seguidores, o mundo não reconhece Jesus como o caminho, a verdade e a vida.

      Quando Jesus for embora, como os discípulos vão se lembrar de tudo o que ele lhes ensinou? Ele explica: “O ajudador, o espírito santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinará todas as coisas a vocês e os fará lembrar de todas as coisas que eu lhes disse.” Os apóstolos viram como o espírito santo é poderoso. Por isso, essa garantia é consoladora para eles. Jesus acrescenta: “Deixo-lhes a paz; dou-lhes a minha paz. . . . Não fiquem com o coração aflito, nem com medo.” (João 14:26, 27) Os discípulos têm motivos para não ficar aflitos, pois terão a orientação e a proteção do Pai de Jesus.

      Logo a proteção de Deus ficará evidente. Jesus diz: “O governante do mundo está chegando, e ele não tem nenhum poder sobre mim.” (João 14:30) O Diabo conseguiu entrar em Judas e influenciá-lo. Mas, como Jesus não é pecador, ele não tem nenhuma fraqueza que possa ser usada por Satanás para desviá-lo de servir a Deus. E o Diabo também não conseguirá prender Jesus na morte para sempre. Por que não? Jesus diz: “Faço assim como o Pai me ordenou.” Ele tem certeza de que o seu Pai o ressuscitará. — João 14:31.

      • Para onde Jesus está indo, e qual é sua resposta a Tomé sobre o caminho para esse lugar?

      • Pelo visto, o que Filipe quer que Jesus faça?

      • Em que sentido os seguidores de Jesus farão obras maiores do que as dele?

      • Por que é consolador saber que o Pai é maior do que Jesus?

  • Eles devem dar fruto e ser amigos de Jesus
    Jesus — o Caminho, a Verdade e a Vida
    • Jesus conversa com seus apóstolos ao saírem da sala do andar de cima

      CAPÍTULO 120

      Eles devem dar fruto e ser amigos de Jesus

      JOÃO 15:1-27

      • A VERDADEIRA VIDEIRA E OS RAMOS

      • COMO PERMANECER NO AMOR DE JESUS

      Jesus está encorajando seus apóstolos fiéis numa conversa sincera. Está tarde, talvez já passe da meia-noite. Agora ele conta uma ilustração motivadora.

      Ele começa: “Eu sou a verdadeira videira, e o meu Pai é o lavrador.” (João 15:1) Sua ilustração relembra o que foi dito séculos antes sobre a nação de Israel, que foi chamada de videira de Jeová. (Jeremias 2:21; Oseias 10:1, 2) Mas Jeová está rejeitando essa nação. (Mateus 23:37, 38) Por isso, Jesus apresenta um novo conceito. Ele é a videira que o Pai tem cultivado desde que o ungiu com espírito santo em 29 EC. No entanto, Jesus mostra que a videira simboliza algo mais.

      Ele diz: “[Meu Pai] tira todo ramo em mim que não dá fruto, e limpa todo ramo que dá fruto, para que dê mais fruto. . . . Assim como um ramo não pode dar fruto por si mesmo a menos que permaneça na videira, vocês também não podem dar fruto a menos que permaneçam em união comigo. Eu sou a videira; vocês são os ramos.” — João 15:2-5.

      Jesus prometeu a seus discípulos que depois que fosse embora, enviaria um ajudador, o espírito santo. Quando os apóstolos e outros receberem esse espírito, 51 dias depois, eles se tornarão ramos da videira. E todos os “ramos” terão de ficar unidos com Jesus. Por quê?

      Ele explica: “Quem permanece em união comigo, e eu em união com ele, esse dá muito fruto, pois separados de mim vocês não podem fazer nada.” Esses “ramos”, os fiéis seguidores de Jesus, dariam muito fruto por imitar suas qualidades, falar diligentemente a outros sobre o Reino e fazer mais discípulos. E se alguém não permanecer em união com Jesus e não der fruto? Ele explica: “Se alguém não permanece em união comigo, ele é lançado fora.” Por outro lado, Jesus diz: “Se vocês permanecerem em união comigo e as minhas declarações permanecerem em vocês, peçam o que quiserem e assim lhes acontecerá.” — João 15:5-7.

      A seguir, Jesus fala novamente sobre obedecer a seus mandamentos, algo que já mencionou duas vezes. (João 14:15, 21) Ele fala sobre uma maneira importante de os discípulos provarem que estão fazendo isso: “Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como eu obedeço aos mandamentos do Pai e permaneço no amor dele.” No entanto, é necessário mais do que amar a Jeová Deus e seu Filho. Jesus diz: “Este é o meu mandamento: Amem uns aos outros, assim como eu amei vocês. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. Vocês são meus amigos, se fizerem o que lhes mando.” — João 15:10-14.

      Em poucas horas, Jesus mostrará seu amor por dar a vida por todos que exercem fé nele. Seu exemplo devia motivar seus seguidores a mostrar o mesmo amor abnegado uns pelos outros. Como Jesus declarou antes, esse amor é o que os identificará: “Por meio disto todos saberão que vocês são meus discípulos: se tiverem amor entre si.” — João 13:35.

      É importante que os apóstolos percebam que Jesus os chama de “amigos”. Ele explica por que os considera assim: “Eu os chamo de amigos, porque lhes revelei tudo que ouvi do meu Pai.” Eles têm uma amizade muito preciosa: são amigos íntimos de Jesus e sabem o que o Pai disse a ele. Mas, para continuarem a ter essa amizade, precisam ‘dar fruto’. Se fizerem isso, Jesus garante: “Não importa o que pedirem ao Pai em meu nome, ele [dará] a vocês.” — João 15:15, 16.

      O amor entre esses “ramos”, seus discípulos, os ajudará a suportar o que está para acontecer. Ele os alerta de que o mundo os odiará, mas lhes dá o seguinte consolo: “Se o mundo os odeia, vocês sabem que odiou a mim antes de odiar vocês. Se vocês fizessem parte do mundo, o mundo os amaria por pertencerem a ele. Agora, visto que vocês não fazem parte do mundo, . . . o mundo os odeia.” — João 15:18, 19.

      Explicando um pouco mais o motivo de o mundo os odiar, Jesus acrescenta: “Farão todas essas coisas contra vocês por causa do meu nome, porque não conhecem Aquele que me enviou.” Ele diz que suas obras milagrosas na verdade condenam aqueles que o odeiam: “Se eu não tivesse feito entre eles as obras que ninguém mais fez, não seriam culpados de pecado; mas agora eles me viram e odiaram a mim e ao meu Pai.” Com certeza, o ódio deles cumpre profecias. — João 15:21, 24, 25; Salmo 35:19; 69:4.

      Mais uma vez, Jesus promete enviar o ajudador, o espírito santo. Essa força poderosa está disponível a todos os seus seguidores e pode ajudá-los a dar fruto, a ‘dar testemunho’. — João 15:27.

      • Na ilustração de Jesus, quem é o lavrador, quem é a videira, e quem são os ramos?

      • Que fruto Deus espera que os ramos deem?

      • Como os discípulos de Jesus podem ser seus amigos? E o que os ajudará a enfrentar o ódio do mundo?

  • “Coragem! Eu venci o mundo”
    Jesus — o Caminho, a Verdade e a Vida
    • Os apóstolos parecem preocupados quando Jesus dá um aviso a eles

      CAPÍTULO 121

      “Coragem! Eu venci o mundo”

      JOÃO 16:1-33

      • EM BREVE OS APÓSTOLOS NÃO VERÃO MAIS A JESUS

      • A TRISTEZA DOS APÓSTOLOS SE TRANSFORMARÁ EM ALEGRIA

      Jesus e os apóstolos estão prontos para sair da sala onde tiveram a refeição pascoal. Depois de lhes dar importantes conselhos, Jesus diz: “Eu lhes disse essas coisas para que vocês não tropecem.” Ele indica por que esse conselho é apropriado: “Os homens os expulsarão da sinagoga. De fato, vem a hora em que quem matar vocês pensará que está prestando um serviço sagrado a Deus.” — João 16:1, 2.

      Talvez essas palavras deixem os apóstolos preocupados. Embora Jesus lhes tenha dito antes que o mundo os odiaria, ele não disse diretamente que eles seriam mortos. Por que não? Ele diz: “Eu não lhes disse essas coisas no princípio porque eu estava com vocês.” (João 16:4) Agora ele os está alertando antes de partir. Isso talvez os ajude a não tropeçar mais tarde.

      Jesus continua: “Vou para Aquele que me enviou; mesmo assim, nenhum de vocês me pergunta: ‘Para onde o senhor vai?’” Mais cedo naquela noite, eles perguntaram a Jesus aonde ele estava indo. (João 13:36; 14:5; 16:5) Mas agora, abalados pelo que ele disse sobre serem perseguidos, eles só conseguem pensar em sua tristeza. Por isso, não perguntam sobre a glória que aguarda Jesus ou o que isso significará para os verdadeiros adoradores. Jesus observa: “O coração de vocês está cheio de tristeza porque eu lhes disse essas coisas.” — João 16:6.

      Então Jesus explica: “É em seu benefício que vou embora. Pois, se eu não for embora, o ajudador não virá a vocês; mas, se eu for, o enviarei a vocês.” (João 16:7) Só depois de Jesus morrer e ir para o céu é que seus discípulos poderão receber o espírito santo. De lá, Jesus poderá enviá-lo como ajudador para o seu povo em qualquer lugar da Terra.

      O espírito santo “dará ao mundo provas convincentes do pecado, da justiça e do julgamento”. (João 16:8) Ficará evidente que o mundo não exerce fé no Filho de Deus. O fato de Jesus ir para o céu dará provas convincentes de sua justiça e mostrará que Satanás, “o governante deste mundo”, merece punição. — João 16:11.

      Jesus diz: “Ainda tenho muitas coisas para lhes dizer, mas agora vocês não são capazes de suportá-las.” Quando ele derramar o espírito santo, este os guiará ao entendimento de “toda a verdade”, e eles terão condições de viver de acordo com essa verdade. — João 16:12, 13.

      Os apóstolos ficam intrigados com a seguinte declaração de Jesus: “Em breve vocês não me verão mais; e também em breve vocês me verão.” Eles perguntam uns aos outros o que isso quer dizer. Percebendo que querem lhe perguntar sobre isso, Jesus explica: “Digo-lhes com toda a certeza: Vocês chorarão e lamentarão, mas o mundo se alegrará; vocês ficarão tristes, mas a sua tristeza será transformada em alegria.” (João 16:16, 20) Quando Jesus for morto na tarde seguinte, os líderes religiosos vão se alegrar, mas os discípulos vão lamentar. No entanto, quando ele for ressuscitado, a tristeza dos apóstolos se transformará em alegria. E também se alegrarão quando Jesus derramar sobre eles o espírito santo de Deus.

      Comparando a situação dos apóstolos à de uma mulher com dores de parto, Jesus diz: “Quando uma mulher está dando à luz, ela sofre porque chegou a sua hora; mas, quando nasce o seu bebê, ela não se lembra mais da aflição, por causa da alegria de um ser humano ter vindo ao mundo.” Jesus encoraja seus apóstolos: “Agora vocês estão tristes; mas eu os verei novamente, e o seu coração se alegrará, e ninguém tirará a sua alegria.” — João 16:21, 22.

      Até então, os apóstolos não faziam petições no nome de Jesus. Mas agora ele diz: “Naquele dia vocês pedirão ao Pai em meu nome.” Por que devem fazer isso? Não é que o Pai não quer responder. Na verdade, Jesus diz: “O próprio Pai ama vocês, porque vocês me amam . . . como representante de Deus.” — João 16:26, 27.

      As palavras encorajadoras de Jesus aos apóstolos talvez lhes dê coragem para afirmar: “Por isso acreditamos que o senhor veio de Deus.” Mas essa convicção logo será posta à prova. Jesus descreve o que acontecerá a seguir: “Escutem: Vem a hora — realmente já veio — em que vocês serão espalhados, cada um para a sua própria casa, e me deixarão sozinho.” No entanto, ele lhes garante: “Eu lhes disse essas coisas para que, por meio de mim, vocês tenham paz. No mundo vocês terão tribulação, mas coragem! Eu venci o mundo.” (João 16:30-33) Jesus não os está abandonando. Ele tem certeza de que, assim como ele, os apóstolos podem vencer o mundo. Como? Por fielmente fazerem a vontade de Deus, apesar das tentativas de Satanás e seu mundo para que deixem de ser leais.

      • Que aviso de Jesus deixa os apóstolos preocupados?

      • Por que os apóstolos param de fazer perguntas a Jesus?

      • A que Jesus compara a transformação da tristeza dos apóstolos em alegria?

  • A última oração de Jesus na sala do andar de cima
    Jesus — o Caminho, a Verdade e a Vida
    • Jesus levanta os olhos para o céu e ora na frente de seus apóstolos

      CAPÍTULO 122

      A última oração de Jesus na sala do andar de cima

      JOÃO 17:1-26

      • O RESULTADO DE SE CONHECER A DEUS E A SEU FILHO

      • A UNIÃO DE JEOVÁ, JESUS E OS DISCÍPULOS

      É por profundo amor aos apóstolos que Jesus os tem preparado para sua partida tão próxima. Ele olha para o céu e ora a seu Pai: “Glorifica o teu filho, para que o teu filho te glorifique, assim como lhe deste autoridade sobre todas as pessoas, para que ele dê vida eterna a todos aqueles que lhe deste.” — João 17:1, 2.

      Fica claro que Jesus reconhece que dar glória a Deus é de grande importância. Mas como é consoladora a perspectiva que Jesus apresenta — vida eterna! Por ter recebido “autoridade sobre todas as pessoas”, Jesus pode estender os benefícios do seu resgate a toda a humanidade. No entanto, somente alguns terão essa bênção. Por que apenas alguns? Porque Jesus só aplicará os benefícios do resgate aos que agem em harmonia com o que ele menciona a seguir: “Isto significa vida eterna: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e àquele que tu enviaste, Jesus Cristo.” — João 17:3.

      Alguém deve conhecer intimamente tanto o Pai como o Filho e ter um relacionamento achegado com eles. Deve ter o mesmo conceito que eles sobre os assuntos. Além disso, deve se esforçar em imitar suas qualidades inigualáveis ao lidar com outros. E deve compreender que Deus ser glorificado é mais importante do que os humanos receberem vida eterna. Agora Jesus aborda esse assunto.

      Ele diz: “Eu te glorifiquei na terra e terminei a obra que me deste para fazer. E agora, Pai, glorifica-me ao teu lado com a glória que eu tive junto de ti antes de o mundo existir.” (João 17:4, 5) Jesus pede que, após sua ressurreição, ele tenha novamente a glória que tinha no céu.

      Mas Jesus não se esqueceu do que realizou no seu ministério. Ele ora: “Tornei o teu nome conhecido aos homens que me deste do mundo. Eles eram teus, e tu os deste a mim, e eles obedeceram à tua palavra.” (João 17:6) No seu ministério, Jesus fez mais do que pronunciar o nome de Deus, Jeová. Ele ajudou seus apóstolos a conhecer o que esse nome representa: as qualidades de Deus e o modo de ele lidar com os humanos.

      Os apóstolos aprenderam sobre Jeová, o papel do seu Filho e as coisas que Jesus ensinou. Jesus humildemente diz: “Eu lhes transmiti as declarações que me deste, e eles as aceitaram e certamente sabem que vim como teu representante, e acreditam que tu me enviaste.” — João 17:8.

      Então Jesus reconhece a diferença entre seus seguidores e a humanidade em geral: “Eu peço por eles; peço, não pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque eles são teus . . . Santo Pai, vigia sobre eles por causa do teu nome, o nome que me deste, para que sejam um, assim como nós somos um. . . . Eu os protegi, e nenhum deles foi perdido, exceto o filho da destruição”, isto é, Judas Iscariotes, que está para trair Jesus. — João 17:9-12.

      Jesus continua a orar: “O mundo os odeia. . . . Não te peço que os tires do mundo, mas que vigies sobre eles, por causa do Maligno. Eles não fazem parte do mundo, assim como eu não faço parte do mundo.” (João 17:14-16) Os apóstolos e outros discípulos estão no mundo, a sociedade humana governada por Satanás. Mas precisam se manter separados do mundo e da sua maldade. Como?

      Eles devem se manter santos, separados para servir a Deus, por colocar em prática as verdades encontradas nas Escrituras Hebraicas e as verdades ensinadas pelo próprio Jesus. Ele ora: “Santifica-os por meio da verdade; a tua palavra é a verdade.” (João 17:17) Mais tarde, alguns dos apóstolos escreverão livros inspirados que também farão parte da “verdade” que pode ajudar alguém a se tornar santo.

      Com o tempo, outros aceitarão a “verdade”. Então Jesus ora “não somente por estes [os que estão ali], mas também por aqueles que depositam fé [nele] por meio das palavras deles”. Jesus pede em favor de todos eles: “Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em união comigo e eu estou em união contigo, para que eles também estejam em união conosco.” (João 17:20, 21) Jesus e seu Pai não são literalmente uma pessoa só. Eles são um no sentido de que concordam em todas as coisas. Assim, Jesus ora para que seus seguidores também estejam unidos com eles.

      Pouco antes, Jesus disse a Pedro e aos outros que estava indo preparar um lugar para eles, um lugar no céu. (João 14:2, 3) Agora Jesus volta a esse assunto em oração: “Pai, quero que aqueles que me deste estejam comigo onde eu estiver, para que possam ver a glória que me deste, porque me amaste antes da fundação do mundo.” (João 17:24) Com isso, ele confirma que muito tempo atrás, antes de Adão e Eva terem filhos, Deus amava seu Filho unigênito, que se tornou Jesus Cristo.

      Concluindo sua oração, Jesus enfatiza novamente o nome do Pai e o amor de Deus pelos apóstolos e por outros que ainda vão aceitar a “verdade”: “Eu tornei o teu nome conhecido a eles, e o tornarei conhecido, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu em união com eles.” — João 17:26.

      • O que significa conhecer a Deus e a seu Filho?

      • De que maneiras Jesus tornou conhecido o nome de Deus?

      • Em que sentido Deus, seu Filho e todos os verdadeiros adoradores são um?

  • Jesus está profundamente triste e ora
    Jesus — o Caminho, a Verdade e a Vida
    • Jesus ora no jardim de Getsêmani enquanto Pedro, Tiago e João dormem

      CAPÍTULO 123

      Jesus está profundamente triste e ora

      MATEUS 26:30, 36-46 MARCOS 14:26, 32-42 LUCAS 22:39-46 JOÃO 18:1

      • JESUS NO JARDIM DE GETSÊMANI

      • SEU SUOR É COMO GOTAS DE SANGUE

      Jesus acaba de orar com seus apóstolos fiéis. Então, ‘depois de cantarem louvores, saem para o monte das Oliveiras’. (Marcos 14:26) Eles vão para o leste, a um jardim chamado Getsêmani, onde Jesus costuma ir.

      Eles chegam a um lugar agradável entre as oliveiras. Jesus deixa oito apóstolos para trás, talvez perto da entrada do jardim, pois ele lhes diz: “Sentem-se aqui enquanto eu vou ali para orar.” Jesus leva consigo Pedro, Tiago e João, e entra no jardim. Ele fica muito aflito e diz aos três: “Estou profundamente triste, a ponto de morrer. Fiquem aqui e mantenham-se vigilantes comigo.” — Mateus 26:36-38.

      Afastando-se um pouco deles nesse momento de fortes emoções, Jesus ‘se prostra no chão e começa a orar’ a Deus: “Pai, todas as coisas são possíveis para ti; afasta de mim este cálice. Contudo, não o que eu quero, mas o que tu queres.” (Marcos 14:35, 36) O que ele quer dizer com isso? Será que está desistindo de ser o Resgatador? Claro que não.

      Do céu, Jesus viu o grande sofrimento dos que foram mortos pelos romanos. Agora que é humano, com sentimentos iguais aos nossos e capaz de sentir dor, Jesus se preocupa com o que o aguarda. Porém, mais importante do que isso, ele está aflito por perceber que sua morte como criminoso desprezível pode trazer vitupério sobre o nome de seu Pai. Em algumas horas, ele será pendurado numa estaca como se tivesse blasfemado contra Deus.

      Depois de uma longa oração, Jesus volta e encontra os três apóstolos dormindo. Ele diz a Pedro: “Vocês não conseguiram se manter vigilantes comigo nem mesmo por uma hora? Mantenham-se vigilantes e orem continuamente para que não caiam em tentação.” Jesus percebe que os apóstolos também estão sob estresse, e está tarde. Ele acrescenta: “Naturalmente, o espírito está disposto, mas a carne é fraca.” — Mateus 26:40, 41.

      Então Jesus sai pela segunda vez e pede a Deus que remova dele ‘o cálice’. Ao retornar, ele mais uma vez encontra os três apóstolos dormindo em vez de estarem orando para não entrar em tentação. Jesus fala com eles, mas os apóstolos ‘não sabem o que lhe responder’. (Marcos 14:40) Ele sai pela terceira vez e se ajoelha para orar.

      Jesus está profundamente preocupado com o vitupério que sua morte como criminoso trará ao nome de seu Pai. Mas Jeová está ouvindo as orações de seu Filho e em determinado momento envia um anjo para fortalecê-lo. Mesmo assim, Jesus não para de fazer súplicas a seu Pai e continua a ‘orar ainda mais intensamente’. O estresse é enorme. Que peso sobre os ombros de Jesus! Sua própria vida eterna e a de humanos fiéis estão em jogo. Tanto é que ‘seu suor se torna como gotas de sangue que caem no chão’. — Lucas 22:44.

      Quando Jesus volta até os apóstolos pela terceira vez, novamente os encontra dormindo. Ele diz: “Numa ocasião como esta, vocês estão dormindo e descansando! Vejam! Está se aproximando a hora de o Filho do Homem ser entregue às mãos de pecadores. Levantem-se, vamos embora. Vejam! Aquele que me trai está chegando.” — Mateus 26:45, 46.

      SEU SUOR É COMO GOTAS DE SANGUE

      O médico Lucas não explica como o suor de Jesus “se tornou como gotas de sangue”. (Lucas 22:44) Talvez ele estivesse usando linguagem simbólica, como se o suor fosse sangue escorrendo de um ferimento. Outra possibilidade é descrita pelo Dr. William Edwards, na revista The Journal of the American Medical Association: “Embora seja um fenômeno raro, suor com sangue (hematidrose . . . ) pode ocorrer em casos extremos de estresse . . . Ocorre uma hemorragia das glândulas que produzem suor, e a pele fica frágil e fina.”

      • Depois de sair da sala do andar de cima, para onde Jesus leva os apóstolos?

      • O que três apóstolos fazem enquanto Jesus ora?

      • Saber que o suor de Jesus se torna como gotas de sangue nos ensina o que sobre seu estado emocional?

  • Cristo é traído e preso
    Jesus — o Caminho, a Verdade e a Vida
    • Jesus repreende Pedro por usar uma espada para cortar a orelha de Malco; os soldados estão prontos para prender Jesus

      CAPÍTULO 124

      Cristo é traído e preso

      MATEUS 26:47-56 MARCOS 14:43-52 LUCAS 22:47-53 JOÃO 18:2-12

      • JUDAS TRAI JESUS NO JARDIM

      • PEDRO CORTA A ORELHA DE UM HOMEM

      • JESUS É PRESO

      Já passa da meia-noite. Os sacerdotes concordam em pagar a Judas 30 moedas de prata para que ele traia Jesus. Assim, Judas conduz um grande grupo de principais sacerdotes e fariseus, tentando encontrar Jesus. Junto com eles há um destacamento de soldados romanos armados e um comandante militar.

      Pelo visto, depois de ser dispensado por Jesus da refeição pascoal, Judas foi direto aos principais sacerdotes. (João 13:27) Eles reuniram seus guardas e um grupo de soldados. Talvez Judas os tenha levado primeiro à sala do andar de cima onde Jesus e os apóstolos celebraram a Páscoa. Agora a turba atravessa o vale do Cédron em direção ao jardim. Além das armas, eles carregam lâmpadas e tochas, e estão decididos a encontrar Jesus.

      Judas tem certeza de que sabe onde encontrar Jesus ao conduzir a multidão pelo monte das Oliveiras. Jesus e os apóstolos viajaram várias vezes entre Betânia e Jerusalém. Nessas viagens, eles costumavam parar no jardim de Getsêmani. Agora é noite, e talvez Jesus esteja numa parte bem escura do jardim, entre as oliveiras. Como os soldados, que talvez nunca viram Jesus, vão conseguir identificá-lo? Para ajudá-los, Judas dará um sinal. Ele diz: “Aquele que eu beijar é ele; prendam-no e levem-no embora sob vigilância.” — Marcos 14:44.

      Conduzindo a multidão pelo jardim, Judas vê Jesus com os apóstolos e vai direto a ele. Judas diz: “Olá, Rabi!” Então o beija ternamente. Jesus pergunta: “Amigo, com que objetivo você está aqui?” (Mateus 26:49, 50) Respondendo à própria pergunta, Jesus diz: “Judas, você está traindo o Filho do Homem com um beijo?” (Lucas 22:48) E Jesus se volta para a multidão.

      Ele se aproxima das tochas e das lâmpadas, e pergunta: “Quem vocês estão procurando?” Da multidão vem a resposta: “Jesus, o Nazareno.” Jesus corajosamente diz: “Sou eu.” (João 18:4, 5) Surpresos, os homens caem no chão.

      Em vez de aproveitar a escuridão para fugir, Jesus mais uma vez pergunta quem estão procurando. Quando dizem novamente “Jesus, o Nazareno”, ele diz de modo calmo: “Eu lhes disse que sou eu. Então, se é a mim que vocês estão procurando, deixem estes homens ir.” Até nesse momento decisivo, Jesus se lembra do que disse antes, que não perderia nenhum dos seus discípulos. (João 6:39; 17:12) Ele protegeu seus apóstolos fiéis e nenhum deles foi perdido, “exceto o filho da destruição”, Judas. (João 18:7-9) Assim, agora ele pede que deixem seus fiéis seguidores ir embora.

      Quando os soldados se levantam e vão em direção a Jesus, os apóstolos entendem o que está acontecendo. Eles perguntam: “Senhor, devemos atacá-los com a espada?” (Lucas 22:49) Antes que Jesus possa responder, Pedro pega uma das duas espadas que trouxeram. Ele ataca Malco, um escravo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita.

      Jesus toca na orelha de Malco, curando o ferimento. Então ensina uma importante lição a Pedro: “Devolva a espada ao seu lugar, pois todos os que tomarem a espada morrerão pela espada.” Jesus está disposto a ser preso, pois explica: “Como se cumpririam as Escrituras que dizem que as coisas têm de acontecer deste modo?” (Mateus 26:52, 54) Ele acrescenta: “Por acaso não devo beber o cálice que o Pai me deu?” (João 18:11) Jesus aceita a vontade de Deus para ele, estando disposto até a morrer.

      Ele pergunta à multidão: “Vocês vieram me prender com espadas e bastões, como se eu fosse um bandido? Dia após dia eu ficava sentado no templo, ensinando; contudo, vocês não me prenderam. Mas tudo isso aconteceu para que se cumprissem os escritos dos profetas.” — Mateus 26:55, 56.

      Os soldados, o comandante militar e os guardas enviados pelos judeus agarram Jesus e o prendem. Quando veem isso, os apóstolos fogem. No entanto, “um jovem”, talvez o discípulo Marcos, fica entre a multidão para poder acompanhar Jesus. (Marcos 14:51) Quando esse jovem é reconhecido, a multidão tenta prendê-lo, e isso o leva a fugir deixando para trás sua roupa de linho.

      • Por que Judas procura Jesus no jardim de Getsêmani?

      • O que Pedro faz ao tentar proteger Jesus? Mas o que Jesus diz sobre isso?

      • Como Jesus mostra que aceita a vontade de Deus para ele?

      • Quando os apóstolos abandonam Jesus, quem continua ali? E o que acontece então?

  • Jesus é levado a Anás e depois a Caifás
    Jesus — o Caminho, a Verdade e a Vida
    • Caifás rasga suas roupas; outros batem no rosto de Jesus e zombam dele

      CAPÍTULO 125

      Jesus é levado a Anás e depois a Caifás

      MATEUS 26:57-68 MARCOS 14:53-65 LUCAS 22:54, 63-65 JOÃO 18:13, 14, 19-24

      • JESUS É LEVADO A ANÁS, O EX-SUMO SACERDOTE

      • O SINÉDRIO REALIZA UM JULGAMENTO ILEGAL

      Depois de ser amarrado como um criminoso comum, Jesus é levado a Anás. Quando Jesus era jovem e deixou os instrutores no templo impressionados, Anás era o sumo sacerdote. (Lucas 2:42, 47) Alguns filhos de Anás mais tarde serviram como sumo sacerdote, e agora seu genro Caifás ocupa essa posição.

      Enquanto Anás estava interrogando Jesus, Caifás tem tempo de reunir o Sinédrio. Essa corte é formada por 71 membros, incluindo o sumo sacerdote e ex-sumos sacerdotes.

      Anás pergunta a Jesus “sobre os seus discípulos e sobre os seus ensinamentos”. Jesus simplesmente diz: “Falei ao mundo publicamente. Sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde todos os judeus se reúnem, e não disse nada em segredo. Por que o senhor me faz perguntas? Pergunte aos que ouviram o que eu lhes disse.” — João 18:19-21.

      Dando-lhe uma bofetada, um guarda que estava ali repreende Jesus: “É assim que você responde ao principal sacerdote?” Jesus sabe que não fez nada errado. Por isso, diz: “Se eu disse algo errado, diga o que foi que eu disse de errado; mas, se o que eu disse está certo, por que você me bate?” (João 18:22, 23) Então Anás o manda para Caifás, seu genro.

      A essa altura, todos os membros do Sinédrio — o atual sumo sacerdote, os anciãos do povo e os escribas — já estão reunidos na casa de Caifás. É ilegal realizar um julgamento como esse na noite da Páscoa, mas isso não os impede de ir em frente com sua trama perversa.

      Esse grupo está longe de ser imparcial. Depois que Jesus ressuscitou Lázaro, o Sinédrio decidiu que Jesus devia morrer. (João 11:47-53) E não faz muitos dias que as autoridades religiosas conspiraram para prender e matar Jesus. (Mateus 26:3, 4) Realmente, é como se Jesus já estivesse condenado à morte antes mesmo de começar o julgamento.

      Além de realizarem essa reunião ilegal, os principais sacerdotes e outros do Sinédrio tentam encontrar testemunhas a fim de reunir provas para apoiar suas acusações contra Jesus. Eles encontram muitas pessoas, mas o testemunho delas é contraditório. Por fim, duas se apresentam e afirmam: “Nós o ouvimos dizer: ‘Derrubarei este templo feito por mãos humanas e em três dias construirei outro, não feito por mãos humanas.’” (Marcos 14:58) No entanto, esses homens não concordam em tudo.

      Caifás pergunta a Jesus: “Você não diz nada em resposta? O que diz do testemunho destes homens contra você?” (Marcos 14:60) Jesus fica em silêncio diante da acusação falsa feita por testemunhas que se contradizem. Então o sumo sacerdote Caifás muda de tática.

      Caifás sabe que, para os judeus, é um assunto delicado afirmar ser o Filho de Deus. Antes, quando Jesus chamou a Deus de Pai, os judeus quiseram matá-lo, afirmando que Jesus estava “fazendo-se igual a Deus”. (João 5:17, 18; 10:31-39) Sabendo do que os judeus acham disso, Caifás astutamente exige de Jesus: “Pelo Deus vivente, eu ponho você sob juramento para que nos diga se você é o Cristo, o Filho de Deus!” (Mateus 26:63) Naturalmente, Jesus já admitiu que é o Filho de Deus. (João 3:18; 5:25; 11:4) Então, se ele não responder agora, isso pode ser interpretado como se ele estivesse negando que é o Filho de Deus e o Cristo. Por isso, ele diz: “Sou; e vocês verão o Filho do Homem sentado à direita de poder e vindo com as nuvens do céu.” — Marcos 14:62.

      Sendo dramático, Caifás rasga suas roupas e diz: “Ele blasfemou! Que necessidade temos ainda de testemunhas? Vejam! Agora vocês ouviram a blasfêmia. Qual é a opinião de vocês?” O Sinédrio decreta a sentença injusta: “Ele merece morrer.” — Mateus 26:65, 66.

      Então começam a zombar de Jesus e a esmurrá-lo. Outros lhe dão bofetadas e cospem em seu rosto. Depois de lhe cobrirem o rosto e baterem nele, dizem de modo sarcástico: “Profetize! Quem foi que bateu em você?” (Lucas 22:64) Assim, o Filho de Deus é maltratado num julgamento ilegal no meio da noite.

      • Para onde Jesus é levado primeiro, e o que acontece com ele ali?

      • Para onde Jesus é levado em seguida, e como Caifás consegue fazer o Sinédrio declarar que Jesus merece morrer?

      • Como Jesus é maltratado durante o julgamento?

  • Pedro nega Jesus na casa de Caifás
    Jesus — o Caminho, a Verdade e a Vida
    • De uma sacada, Jesus vê Pedro, que acaba de negá-lo; um galo ao fundo

      CAPÍTULO 126

      Pedro nega Jesus na casa de Caifás

      MATEUS 26:69-75 MARCOS 14:66-72 LUCAS 22:54-62 JOÃO 18:15-18, 25-27

      • PEDRO NEGA JESUS

      Depois de Jesus ser preso no jardim de Getsêmani, os apóstolos o abandonam e fogem amedrontados. No entanto, dois deles param de correr. Eles são Pedro “bem como um outro discípulo”, pelo visto o apóstolo João. (João 18:15; 19:35; 21:24) Talvez tenham alcançado Jesus quando ele estava sendo levado até Anás. Quando Anás envia Jesus para o sumo sacerdote Caifás, Pedro e João o seguem de longe. Provavelmente estão divididos entre o medo de morrer e a preocupação com o que acontecerá com seu Senhor.

      João é conhecido do sumo sacerdote, por isso o deixam entrar no pátio da casa de Caifás. Pedro fica junto à porta, do lado de fora, até João voltar e falar com a serva que toma conta da porta. Então Pedro é autorizado a entrar.

      A noite é fria, e os que estão no pátio acenderam um braseiro. Pedro se senta com eles para se aquecer enquanto espera ‘para ver o que vai acontecer’ com Jesus. (Mateus 26:58) A serva que deixou Pedro entrar consegue vê-lo melhor com a luz do fogo. Ela pergunta: “Você também não é um dos discípulos desse homem?” (João 18:17) E ela não é a única a reconhecer Pedro e acusá-lo de ter estado com Jesus. — Mateus 26:69, 71-73; Marcos 14:70.

      Isso deixa Pedro muito aborrecido. Como ele está tentando passar despercebido, até mesmo se retira para a entrada do pátio. Então Pedro nega que estava com Jesus, chegando a dizer: “Não o conheço nem sei do que você está falando.” (Marcos 14:67, 68) Ele também começa “a amaldiçoar a si mesmo e a jurar”, o que indica que está disposto a jurar que está dizendo a verdade e a enfrentar calamidades caso não esteja fazendo isso. — Mateus 26:74.

      Enquanto isso, o julgamento de Jesus está em andamento, talvez numa parte da casa de Caifás acima do pátio. É possível que Pedro e os outros que estão esperando embaixo vejam a movimentação de várias pessoas que são trazidas para testemunhar.

      Pedro é galileu, e seu sotaque indica que ele mentiu ao negar Jesus. Além disso, uma pessoa do grupo é parente de Malco, cuja orelha Pedro cortou. Por isso, acusam Pedro: “Não vi você no jardim com ele?” Quando Pedro nega isso pela terceira vez, um galo canta, como profetizado. — João 13:38; 18:26, 27.

      Nessa hora, parece que Jesus está numa sacada acima do pátio. Ele se vira e olha diretamente para Pedro. Isso deve atingir Pedro como uma facada. Ele se lembra do que Jesus disse horas antes na sala do andar de cima. Imagine como Pedro se sente ao se dar conta do que fez. Ele sai e chora amargamente. — Lucas 22:61, 62.

      Como isso pôde acontecer? Como é que Pedro, que tinha certeza de sua lealdade e forte espiritualidade, pôde negar seu Senhor? A verdade está sendo distorcida, e Jesus está sendo retratado como um criminoso desprezível. Quando Pedro teve a oportunidade de defender um homem inocente, ele virou as costas para Aquele que tem “declarações de vida eterna”. — João 6:68.

      Esse episódio triste na vida de Pedro mostra que até mesmo uma pessoa de fé e devoção pode perder o equilíbrio se não estiver preparada para provações e tentações inesperadas. Que esse exemplo sirva de aviso para os servos de Deus!

      • Como Pedro e João conseguem entrar no pátio da casa de Caifás?

      • Enquanto Pedro e João estão no pátio, o que acontece na casa?

      • O que indica o fato de Pedro amaldiçoar a si mesmo e jurar?

      • Que importante lição aprendemos do que aconteceu com Pedro?

Publicações em Português (1950-2026)
Sair
Login
  • Português (Brasil)
  • Compartilhar
  • Preferências
  • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
  • Termos de Uso
  • Política de Privacidade
  • Configurações de Privacidade
  • JW.ORG
  • Login
Compartilhar