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  • Recordações havaianas do passado
  • Despertai! — 1971
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  • História das Ilhas
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Despertai! — 1971
g71 8/6 pp. 5-7

Recordações havaianas do passado

SABIA que, de todos os cinqüenta estados dos Estados Unidos da América, o Havaí tem o único palácio com trono? E, para a maioria dos havaianos, aquele palácio constitui seu vínculo com a história diversificada dos tempos idos. Pouco é de se admirar, então, que houvesse exclamações de Auwe! Auwe! (Que pena! Que pena!) quando se noticiou pela primeira vez que o antigo Palácio Iolani e sua sala do trono ia dar lugar ao novo edifício do legislativo estadual.

Os ilhéus nativos podiam derivar algum conforto de que o antigo trono, que atualmente não passa de símbolo, será mantido intato e que se lhe fornecerá um local adequado para ficar em exposição. Não há dúvida de que traz muitas recordações — algumas felizes e outras não tão felizes. É certo que representa um modo de vida muito mais tranqüilo — que já se tem quase que desvanecido. Gostaria de saber algo sobre isso?

Conforme todo escolar havaiano lhe poderá dizer, estas belas ilhas foram descobertas em 1778 pelo famoso aventureiro, o Capitão James Cook. Para honrar o patrono de sua viagem, o quarto Conde de Sandwich, Cook as chamou de “Ilhas Sandwich”. Os descobridores aportaram primeiro na ilha setentrional de Kauai, daí, com o tempo, visitaram as outras ilhas. A primeira visita estava ligada a uma estranha combinação de circunstâncias.

Em primeiro lugar, Cook realmente achou as ilhas de forma bem inesperada — não as procurava. Então, em duas ocasiões, aportou na época do ano em que os nativos, de acordo com suas lendas antigas, esperavam a volta de um dos seus deuses. E, para aumentar o interesse dos ilhéus, os navios de Cook calhavam com a descrição dada nas lendas. Ainda mais importante, do ponto de vista moderno, o cronômetro acabara de ser inventado, de modo que os navegadores marítimos podiam determinar a longitude exata das ilhas, dando-lhes assim um lugar permanente nos mapas. Estas ilhas eram então uma realidade para os marujos.

O próprio Cook foi morto durante uma escaramuça com os ilhéus devido ao furto de um barco. Mas, os navios começaram a aportar aqui se achavam esplêndidos lugares para os negociantes de toda espécie passarem o inverno, para descanso e refrigério dos tripulantes de navios que sofriam de escorbuto e outros males de deficiência orgânica. Viçosas folhagens cobriam os vales profundos e se estendiam pelos topos das montanhas profundamente sulcadas. Águas azuladas e areias douradas convidavam à descontração. Conforme Mark Twain as descreveu: “São a cadeia mais linda de ilhas ancoradas em qualquer oceano.”

História das Ilhas

Antes da vinda dos europeus, guerras civis assolavam os nativos, ao passo que diversos chefes disputavam a supremacia uns com os outros. Da ilha mais meridional do grupo surgiu um jovem chefe que se iria tornar a figura mais destacada da história dos Mares do Sul. Kamehameha, o Grande, veio a ser conhecido como o Napoleão do Pacífico. Sua luta para conseguir o domínio das ilhas começou logo após a chegada de Cook, e em uns vinte anos (por volta de 1810) ele já unira todas as ilhas sob seu governo. Aquilo era o começo de uma dinastia que duraria quase cem anos, proporcionando aos havaianos uma era de paz e progresso.

Havia outros, contudo, além dos ingleses, que visavam estabelecer uma base de operações nesta parte do Pacífico. Em 1814, um cargueiro russo naufragou na praia de Waimea, Kauai. Sua carga se destinava à colônia russa em Fort Ross, Califórnia. O governador daquela colônia comissionou certo agente a tentar recuperar a carga e, ao mesmo tempo, estabelecer um posto comercial permanente nas ilhas. O agente excedeu-se em sua autoridade, envolveu o governador de Kauai em um acordo de alta traição para fazer da ilha um protetorado do Czar da Rússia e até chegou a construir um fortim em Honolulu, montar canhões e içar a bandeira russa.

Kamehameha, na Ilha Grande, mandou dizer a seus chefes de Oahu que se opusessem aos russos. Enfrentando forças superiores, os russos retiraram-se para Kauai, onde construíram outro forte na embocadura do Rio Waimea. Mais tarde foram expulsos deste forte pelo governador de Kauai, que, por volta deste tempo, se voltara contra eles. O agente, não tendo agido estritamente dentro das suas ordens, não recebeu apoio algum do governo russo. Por fim, ele e seus navios partiram para Cantão.

Em certa ocasião, Kamehameha ofereceu-se para pôr seu reino sob a proteção da Grã-Bretanha, visto que podia ver que pouca oportunidade lhe restava de sobrevivência na luta entre as potências européias daquela época para se apoderarem de território no Pacífico. Os britânicos, contudo, recusaram a oferta. Quando morreu, seu filho, Kamehameha II, sucedeu a ele. Durante o reinado deste, aboliu-se o temido sistema do kapu ou tabu. Os nativos tinham medo mortal do poder de seus sacerdotes, estando sempre sujeitos a terrível punição caso infringissem seu código supersticioso. Kamehameha II e sua jovem rainha morreram na mesma semana, durante uma visita à Inglaterra — de sarampo.

Durante o reinado de Kamehameha III, houve mudanças de longo alcance. Uma moderna monarquia constitucional substituiu a antiga monarquia polinésia. A educação tornou-se bem difundida, parcialmente pela atividade missionária, e parcialmente pelo grande sistema de plantações que tomava vulto. Também, o Havaí firmou seu primeiro tratado com uma potência estrangeira — os EUA.

Sob o quarto e o quinto (e último) regentes da dinastia Kamehameha, deu-se atenção adicional às necessidades do povo. Construiu-se um hospital, formou-se uma colônia para os leprosos sob adequado controle governamental, e se trouxe às ilhas a necessária ajuda agrícola — trabalhadores japoneses a começar em 1868, daí, portugueses, noruegueses, alemães e filipinos.

Terminada a dinastia Kamehameha, tornou-se mister escolher um nôvo rei. Lunalilo, “O Príncipe do Povo”, obteve a coroa, mas não por muito tempo. Por ocasião de sua morte prematura, Kalakaua, o “Monarca Alegre” lhe sucedeu no trono. Este fez muito para promover a primitiva cultura havaiana e desenvolver o apreço pela música. Ele tomou o tempo para fazer uma viagem ao redor do mundo e gozou a distinção de ser o primeiro rei de uma nação ocidental a visitar a corte do Japão. Ainda que fosse amante dos prazeres, diz-se que levava muito a sério seus deveres régios e se esforçou realmente de melhorar as condições de seu povo.

Deram-se passos largos no desenvolvimento das ilhas durante o reinado de Kalakaua. Fez-se disponível às ilhas o serviço de navios a vapor e o ferroviário. Introduziram-se a eletricidade e o telefone. O Havaí firmou um tratado recíproco com os Estados Unidos e, mais tarde, cedeu a este país o uso exclusivo da Baía das Pérolas qual posto de reabastecimento para suas esquadras. Apelou-se aos Estados Unidos para anexaram as ilhas, mas o apelo foi rejeitado pelo governo do Presidente Cleveland.

A irmã de Kalakaua, Liliuokalani, sucedeu a ele. Ela foi a última a sentar-se no trono no Palácio Iolani. Lembra-se dela por certa linda composição musical, “Aloha Oe”, que obteve renome e apreço mundiais. Em 1894, a monarquia foi substituída por um governo provisório, e, finalmente, em 1959, após muitos ansiosos pedidos e inúmeras delongas, o Havaí se tornou o qüinquagésimo estado dos Estados Unidos da América.

Esclarecimento Traz Paz e Esperança

Os primitivos missionários, ainda não pervertidos pela alta crítica, receberam instruções de aprender a língua do povo, de ensinar-lhe a ler a Bíblia e de desviá-lo da adoração supersticiosa dos ídolos sem vida. Fizeram isso, e, ainda que se lhes ensinasse também doutrinas falsas os havaianos chegaram a conhecer o nome do verdadeiro Deus, Jeová. Esse nome é bem conhecido, atualmente, entre as gerações mais idosas do Havaí, pois aparece em suas Bíblias havaianas e se destaca na pedra angular da primeira “igreja” cristã construída no território ilhéu.

Deste modo, o campo no Havaí estava maduro para a chegada das testemunhas cristãs de Jeová, com sua mensagem bíblica de conforto e esperança para o povo. Em 1935, quando o presidente da Sociedade Torre de Vigia (dos EUA) visitou o Havaí, e completou os arranjos para a construção de um escritório filial e uma sala de assembléias em Honolulu, havia apenas doze pessoas empenhadas ativamente na pregação do nome e do reino de Jeová. Tal número já aumentou para 3.340, e se dirigem mais de 3.500 estudos bíblicos nos lares das pessoas que estão ansiosas de aprender mais acerca do verdadeiro Deus, Jeová, e o reino de seu Filho, Jesus Cristo.

Assim, muito embora, no passado, os havaianos se entregassem a sonhos nostálgicos sobre sua história e seus regentes reais sentados no trono no Palácio Iolani, muitos agora aprendem sobre as glórias imarcescíveis do reino da Jeová, em que Seu Rei escolhido, Jesus Cristo, já está assentado num trono celeste. É daquele reino que aguardam atualmente as bênçãos há muito preditas na Bíblia para os humanos obedientes de todas as raças e de todos os países. Não será despercebida a cadeia de lindas ilhas havaianas. Muitos dos habitantes delas se provarão preciosos à vista de Deus.

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