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g70 22/12 pp. 9-13

Pressão em busca de melhor salário

“QUEREMOS MELHOR SALÁRIO!” Eis a exigência ouvida com força crescente em muitas nações nos dias atuais.

A pressão em busca de melhor salário atingiu novo auge nos Estados Unidos em março último. Funcionários do governo deixaram seus serviços. Por quê? Por não serem satisfeitas suas exigências salariais. Assim, cerca de 200.000 postalistas entraram em greve contra seu patrão — o governo federal dos Estados Unidos.

Tem havido muitas outras greves e ameaças de greves. As companhias particulares e os governos municipais também foram atingidos, juntamente com o governo federal. E, na maioria dos casos, a principal exigência era a de maior salário.

Por que o clamor de maior salário por parte de tantos hoje? Em que dará tudo isso? Qual é o remédio?

Preços Ascendentes

Uma razão pela qual os trabalhadores em tantos países pressionam em busca de melhor salário é o aumento dos preços. Os preços dos bens e serviços estão aumentando.

No ano passado, os EUA viram seu custo de vida aumentar em mais de 5 por cento em média. Na primeira metade de 1970, não houve diminuição, mas os custos de vida continuaram a aumentar por volta da mesma taxa alta. Outrossim, o preço de muitos itens ascendeu muito mais célere. Por exemplo, note os seguintes aumentos nos preços de alguns alimentos no ano passado:

Item Aumento de Preço

Cebolas 30%

Cenouras 27%

Toucinho defumado 22%

Ovos 21%

Costeletas de porco 14%

Hamburgo 13%

Os aumentos de preço também estiveram muito acima da média no caso de muitos itens não-comestíveis, tais como os seguintes:

Item Aumento de Preço

Passagem de ônibus 16,0%

Saia de algodão de mulher 15,9%

Passagem aérea, ônibus 13,6%

Prêmio do seguro de automóvel 13,0%

Quarto hospitalar, semiprivado 12,3%

Sapatos comuns de mulher 10,8%

O aumento no custo de vida apertou a bolsa dos assalariados. Um motorista de táxi de Chicago, EUA, declarou a U.S. News & World Report: “Quase não dá para comer.” Disse que sua família tenta esticar suas compras de alimentos por adquirir pedaços mais baratos de carne e comer mais ensopados.

Um contador em Michigan declarou: “Certamente não vivemos melhor. Quando minha esposa me disse que os ovos custavam 80 centavos [Cr$ 4,00] a dúzia, disse-lhe que parasse de comprar ovos. Agora como flocos de aveia no desjejum. Para economizar dinheiro, compramos leite no mercado, ao invés de mandá-lo entregar em casa. Abandonamos o costume de comer filé no jantar pelo menos uma vez por mês.”

Certa dona de casa de Houston, declarou: “Saio da mercearia em prantos. Faço compras uma vez por semana, e toda semana verifico itens que subiram 4 ou 5 centavos [Cr$ 0,20 ou Cr$ 0,25]. Não se pode diminuir a quantidade de alimento que a família ingere, mas se pode diminuir o que ela come.”

Quão estranha é a situação que se desenvolveu! Em alguns países, as pessoas não conseguem obter o suficiente para comer. Mas, nos EUA, uma ‘terra de abundância’, alguns não podem comer aquilo que desejam por causa dos crescentes preços.

Além dos preços ascendentes, os impostos também aumentaram. Em 1939, os impostos de todos os tipos — federal, estadual e local — comiam 19 centavos de cada dólar dos EUA. Mas, em 1969, comiam 36 centavos de cada dólar — mais de um terço da renda da pessoa. Jamais na história daquele país os impostos arrebataram tanto.

Assim, o obreiro espera preços e impostos que aumentam constantemente. De modo que, ao negociar aumentos salariais, os operários pressionam para obter o suficiente para cobrir o aumento no custo de vida nos próximos anos. E acham também que, quando passarem tais anos, terão de pedir maiores aumentos.

Querem O Que os Outros Têm

Nesta era do rádio e da televisão, as pessoas observam as coisas materiais anunciadas. Desejam ter seu quinhão delas. Também, ouvem falar dos aumentos salariais que os outros obtêm, e querem os seus.

Os trabalhadores também observam o exemplo de seus líderes”. Viram, por exemplo, o que o Congresso dos EUA fez com respeito a seu próprio aumento salarial. No início de 1969, o Congresso rapidamente votou os seguintes aumentos salariais para si próprio e outras altas autoridades:

Posição Antigo Salário Novo Salário % Aumento

Presidente $ 100.000 $ 200.000 100,0

Ministro do Governo 35.000 60.000 71,4

Ministro do Supremo Tribunal 39.500 60.000 51,9

Congressista 30.000 42.500 41,7

Além disso, tais autoridades percebem muitos benefícios ‘adicionais’. Comentou U.S. News & World Report: “Somados, os ‘adicionais’ anuais podem totalizar mais de US$ 400.000 para um Senador e US$ 150.000 para um Deputado. Todavia, muitos destes subsídios são inadequados, no conceito de muitos membros.”

Os trabalhadores observam que as autoridades governamentais em questão de dias legislam enormes aumentos salariais para si mesmas. Os postalistas, porém, esperaram meses para que o governo agisse com respeito a seus pedidos de aumento salarial. E o aumento não veio. Frustrados, os postalistas entraram em greve. O Times de Nova Iorque declarou: “Os contribuintes não têm direito de esperar que os trabalhadores federais façam sacrifícios para conter a inflação quando todos os demais praticam a filosofia do tipo ‘eu quero mais’.”

O Times também disse: “Alguns pensam que vemos os resultados de uma atmosfera de egoísmo em que todo homem é incentivado a obter seu quinhão. . . . Em qualquer caso, na ausência de qualquer alvo social mais nobre e concorde, as pessoas desejam e esperam mais dinheiro.”

Não obstante, nem todos praticam a filosofia do ‘eu quero mais’. Há centenas de milhares de pessoas que estão relativamente livres das ansiedades financeiras. Estas trabalham arduamente para ganhar a vida, mas aprenderam e se beneficiaram da verdade proferida por Jesus, ao dizer: “Nunca estejais ansiosos, dizendo: ‘Que havemos de comer?’ ou: ‘Que havemos de beber?’ ou: ‘Que havemos de vestir?’ Porque todas estas são as coisas pelas quais se empenham avidamente as nações. Pois o vosso Pai celestial sabe que necessitais de todas essas coisas. Persisti, pois, em buscar primeiro o reino e a Sua justiça, e todas estas outras coisas vos serão acrescentadas.” — Mat. 6:31-33.

As pessoas que se concentram em ganhar dinheiro e não tomam muito tempo ou não usam tempo algum para estudar a Palavra de Deus e se associar com os que verdadeiramente amam e servem a Deus, não obtêm contentamento. Mas, aqueles que colocam a Deus em primeiro lugar em suas vidas e que se acham ‘contentes com alimento e abrigo’ e que se acham ‘livres do amor ao dinheiro’, obtêm grande satisfação na vida. (1 Tim. 6:8; Heb. 13:5) Ao fazerem sua parte, Deus faz a dele e suas necessidades diárias são satisfeitas sem indevida ansiedade.

A maioria das pessoas do mundo, contudo, não aplica os princípios bíblicos e, assim, não tiram proveito deles. Assim, acham que têm de seguir qualquer proceder, mesmo o desacato à lei, para conseguir melhor salário.

Desacato à Lei

Nos Estados Unidos, há leis que proíbem os funcionários federais e municipais de fazerem greve. Os violadores podem ser demitidos, e, em alguns casos, multados até em Cr$ 5.000,00 e encarcerados por um ano.

Mas, a pressão em busca de melhor salário é tão forte agora que tais leis são desacatadas. Quando os postalistas deixaram seus serviços, isso marcou um desacato à lei federal. Mandados judiciais para obrigá-los a retornar ao trabalho foram também ignorados. Também os apelos dos líderes sindicais. Os postalistas acharam que a única linguagem que o governo compreendia era seu uso de força, a força de prejudicar o serviço postal e atingir a inteira economia do país.

Tão séria foi a greve que o Presidente Nixon disse a uma audiência nacional: “O que se acha em questão é a sobrevivência dum Governo baseado na lei.” Daí, declarou uma emergência nacional e convocou soldados da Guarda Nacional para ajudar a manejar a correspondência. Incidentemente, tais soldados eram civis que tiveram de deixar seus empregos e famílias, resultando em perdas para seus patrões e entes queridos.

Cerca de uma semana depois de os postalistas entrarem em greve, os engenheiros de tráfego aéreo, que são empregados da Agência Federal de Aviação, começaram a telefonar, dizendo-se ‘doentes’ e a não se apresentar para o trabalho. Usavam esta tática para protestar contra as condições de trabalho. Estes engenheiros desempenhavam uma função vital nos aeroportos, dirigindo o tráfego aéreo. Por ficarem em casa, causaram maciça diminuição do tráfego aéreo.

Em muitas cidades, os empregados municipais entraram em greve. Professores, empregados da limpeza pública, funcionários municipais e outros funcionários públicos desacataram as leis que proibiam tais greves. Até os policiais entraram em greve. E a força policial da cidade de Nova Iorque ameaçou largar seus serviços se suas exigências não fossem satisfeitas. Naturalmente, o público sofre quando os empregados municipais entram em greve, porque importantes serviços são prejudicados. Assim, pode-se dizer que o público é mantido como ‘refém’, qual parte da pressão em busca de melhor salário.

Assim, há crescente tendência no sentido do desacato à lei nas demandas de melhor salário. Há menos disposição de entrar em acordo antes do tempo, tanto por parte das autoridades como dos empregados. É como a Bíblia predisse sobre os nossos tempos: As pessoas ‘não estão dispostas a acordos’. — 2 Tim. 3:3.

Quem Paga Isso?

Calcula-se que os aumentos salariais nos EUA atinjam em média agora cerca de 8 a 10 por cento ao ano. Na Alemanha Ocidental, os salários subiram em média 14 por cento, no ano passado. Na Inglaterra, o aumento é de cerca de 12 por cento ao ano. Quem paga todos estes aumentos?

Um exemplo de quem, por fim, paga, foi visto no caso dos postalistas a quem se prometeu um aumento — as tarifas postais serão aumentadas. Assim, todos que usam os correios pagam mais. Outro exemplo foi visto quando as tripulações dos rebocadores da cidade de Nova Iorque entraram em greve em busca de melhor salário. Obtiveram enorme aumento, mais de 50 por cento. Mas, os operadores dos rebocadores disseram que elevariam as taxas que cobram pelos serviços de seus rebocadores em cerca de 40 por cento. O Times de Nova Iorque, de 3 de abril de 1970, comentou:

“É verdade que as tripulações de rebocadores e suas famílias não contratam rebocadores, de modo que podem dar de ombros quanto às taxas aumentadas para o movimento na baía. Mas, isso também é uma vara de medir ilusória. Todo aumento em custos de transporte se filtra na economia geral; todo acordo salarial exagerado faz com que todos os outros sindicatos elevem suas vistas.

“Os sindicatos correm cada vez mais célere para manter-se em dia com o crescente custo de vida, mas o dinheiro se esvai de seus envelopes tão rápido quanto eles os recebem. Esse foi o recorde durante todos os últimos quatro anos e o fim não se acha nem sequer em vista.”

Esta é a triste realidade de todas as pressões em busca de melhor salário. Por fim, o próprio assalariado paga por isso em preços mais elevados para os bens e serviços, e mais impostos. As companhias e os governos simplesmente cobram mais, para pagar os aumentos.

Assim, ao passo que os trabalhadores conseguem aumentos salariais, sua situação econômica geral dificilmente melhora. Em muitos casos, piorou. Em quatro anos, o salário semanal para o operário mediano nos EUA subiu de US$ 107 para US$ 129. No papel, isso pareceria uma boa melhora. Mas, em realidade, ficou mais pobre! Como assim? O aumento salarial não igualou o aumento dos preços e impostos no mesmo período. Seu salário maior valia cerca de um dólar menos em poder adquisitivo!

Qual É o Remédio?

A situação no que tange aos preços e impostos e à pressão em busca de melhor salário causa grande frustração e infelicidade. Quão óbvio se torna que os sistemas econômicos do homem não obram em benefício de todos. E imagine só a luta dos idosos, dos pobres ou dos doentes que subsistem de rendas baixas ou fixas, que conseguem pouco ou nenhum aumento salarial para combater a inflação!

Deve esperar que a situação econômica seja corrigida? Será isto provável, quando tantos grupos estão fazendo força em diferentes direções? Não, porque há muito egoísmo e muito pouca consideração pelo bem-estar de outros.

O que é realmente necessário é um sistema governamental que trabalhe para o bem de todos. Mas, onde existe tal governo hoje? Se honestamente encararmos os fatos, temos de ver que, não importa quão sinceras sejam as autoridades, nenhum governo humano atual consegue satisfazer os desejos corretos de todo o seu povo.

O que se faz mister é um governo central que esteja acima dos interesses egoístas, governo que tenha a sabedoria, o poder e o direito de controlar todos os assuntos econômicos e fazer as mudanças necessárias para beneficiar a todos. Nenhum governo humano se enquadra nestes requisitos. O único governo que pode e fará tudo isto é o reino de Deus, o governo celeste em prol do qual Jesus ensinou seus seguidores a orar. — Mat. 6:9, 10.

Não, a esperança de tal governo não é ‘um pedacinho de céu’, uma promessa para um futuro indefinido. A profecia bíblica mostra que o tempo de o governo mundial de Deus assumir o controle completo de todos os assuntos da terra está bem próximo. Quando fizer isso, ninguém jamais terá de pressionar em busca de melhor salário, pois a Bíblia afirma a Deus: “Abres a tua mão e satisfazes o desejo de toda coisa vivente.” — Sal. 145:16.

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