Observando o Mundo

Vida Trágica Para Criança

◆ Num palácio de Catmandu, Nepal, vive uma criança que é uma “deusa”. Chamada Kumari, ela só tem sete anos, e desde os três anos tem sido mantida dentro deste templo para ser adorada. Um perito hindu explicou que uma Kumari é escolhida porque seu horóscopo mostra “uma linha da sorte excepcionalmente forte”. Ela passa seus dias realizando rituais do templo e dando bênçãos aos que chegam de povoados remotos do Himalaia para adorá-la, na maioria mulheres estéreis que desejam ter um filho. Os pais da Kumari podem visitá-la, mas não se lhes permite que toquem em sua filha nem recebam qualquer reconhecimento especial. Na puberdade, ela é liberada e outra jovem Kumari toma o seu lugar. No entanto, o perito observou, “quando é liberada, é improvável que jamais consiga encontrar um marido — os homens aqui são supersticiosos quanto a mulheres que tenham forte linha da sorte”. Acrescentou: “Diversas das mais recentes Kumaris agora perambulam pelas ruas de Catmandu como prostitutas.”

Nem Todos Eram Ateus

◆ Durante séculos os membros das igrejas da cristandade incorporaram-se aos exércitos de nações oponentes e mataram na guerra outros membros de suas próprias igrejas. Aconteceu algo diferente na recente guerra do Vietname? Daniel De Luce, da “Associated Press”, observa que no Vietname do Sul há cerca de dois milhões de católicos, muitos dos quais lutaram no exército sul-vietnamita. Mas, de Hanói, Vietname do Norte, relata que há cerca de um milhão de católicos que vivem ali. Observou que cerca de um terço das igrejas católicas estabelecidas pelos franceses nos tempos coloniais ainda estão em uso. Assim, as forças armadas do Vietname do Norte não eram todas atéias, mas incluíam católicos praticantes que lutaram contra os católicos do lado sul-vietnamita.

Dançarina Despe-se na Igreja

◆ Muitas igrejas recorrem a rifas, quermesses, bingo e outras formas de divertimento para aumentar a freqüência decrescente. A Primeira Igreja Unitária em Richardson, Texas, EUA, foi um passo à frente, usando uma dançarina de strip-tease. Declara um relato de jornal: “Quando ela acabou seu número, não havia mais nada exceto sua G-string (diminuta tanga).” O clérigo encarregado observou que ela havia dançado do mesmo modo que dançava num cabaré de Dallas, acrescentando: “Não recebi nenhuma queixa. . . . Adaptou-se muito bem ao nosso ofício.” A dançarina praticamente nua foi observada por cerca de 200 adultos e seus filhos.

Uma “Doença”?

◆ Os psiquiatras amiúde classificam o alcoolismo e a personalidade anti-social como “doença” mental geneticamente provocada, ao invés de vício que pode ser evitado, tal como o fumar. Um médico que compareceu a um simpósio psiquiátrico, cheio de fumaça de cigarros, sobre o assunto concluiu de forma diferente no Journal of the American Medical Association (Revista da Associação Médica Estadunidense). Perguntou aos psiquiatras fumantes se o “tabagismo não [é] também uma doença mental, e se encher uma sala de fumaça de cigarro não devia também ser considerado um ato anti-social, por parte daqueles que não fumam.” Conclui ele: “Sugiro que esta incoerência fornece mais visão do . . . que os psiquiatras realmente querem dizer por doença mental do que a tapeação e a tolice que agora impingem ao público sob o disfarce de descobertas de causas genéticas e curas químicas desta ‘doença’.” — 2 de setembro de 1974, p. 1326.