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  • Farta Alimentação Espiritual
  • Novas Testemunhas
  • Efeitos do Alimento Espiritual
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  • Tônica Geral da Obra no Brasil
Despertai! — 1976
g76 8/5 pp. 20-26

Pessoas felizes que reconhecem a “Soberania Divina”

Do correspondente de “Despertai!” no Brasil

TALVEZ, em sua vida, já tenha deparado com fatos que o deixaram completamente surpreso, vindo a constatar mais tarde que eram a pura realidade. Um destes fatos, que adquire cada vez maior repercussão, é que, desde 1914 E.C., Jeová Deus já exerce sua Soberania Divina sobre o reino da humanidade. Faz isso por meio do governo messiânico celeste de seu Filho, Jesus Cristo. — Rev. 11:15; Mat. 6:9, 10.

Mas, talvez pergunte: Se tal governo é real, quem são os súditos? Há atualmente no Brasil mais de 100.000 pessoas, incluídas entre as cerca de 2.200.000 em toda a terra, que se declaram súditos leais desse Reino. Pelo seu modo de vida, por suas ações diárias, revelam que aceitam as leis e os princípios justos desse governo celeste, e submetem-se voluntariamente à eles. — Miq. 4:1, 2; Rom. 6:16-18.

Ao reconhecer a Soberania Divina, tais pessoas não se tornam rebeldes para com os governos terrestres. Muito pelo contrário. É por isso que as Testemunhas de Jeová são reconhecidas em todo o mundo como cidadãos exemplares, cumpridores das leis, e fiéis pagadores dos impostos. Elas respeitam e obedecem aos governos terrestres, enquanto estes existem, pela permissão de Deus. — Rom. 13:1-5.

Mas, já não eram pessoas assim antes de se tornarem testemunhas de Jeová? Que espécie de pessoas se tornam Testemunhas? Que mudanças tiveram de fazer? O que dizem os outros sobre elas? Quais são suas aspirações e o que pensam do futuro imediato? O que faz, enfim, que as Testemunhas de Jeová sejam o que são?

Farta Alimentação Espiritual

O que as torna cristãos que amam a Deus e procuram mostrar amor ao próximo de modos práticos é seu rico programa de nutrição espiritual. Sabia que as Testemunhas dedicam, em média, mais de 5 horas por semana para estudar a Bíblia em conjunto? Além disso, de tempos a tempos realizam assembléias de diferentes âmbitos, a que milhares ou até dezenas de milhares delas comparecem.

Há pouco, no Brasil, realizaram-se 24 Assembléias de Distrito “Soberania Divina”. A elas compareceram um total de 212.441 pessoas. Alguns dos objetivos dessas reuniões de âmbito maior foram bem sintetizados em certa reportagem de Belém do Pará: “Um congraçamento espiritual, onde todos são confortados espiritualmente e convidados ao aprimoramento do zelo pela adoração divina” e a fim de aprenderem a “fazer bom uso da consciência para aprender a discernir o certo do errado. Manter a família unida”. — A Província do Pará, 5 e 6 de nov. de 1975.

Uma das primeiras assembléias foi realizada em São Paulo, no amplo Estádio do Morumbi, considerado o maior estádio de iniciativa particular do mundo. Pertence ao São Paulo F. C. Era a primeira vez que tal local seria usado. Todos os seus esforços foram coroados de êxito quando, na conferência pública de domingo à tarde estavam presentes 54.416 pessoas, tornando-a a maior dessa série. A menor, em Rio Branco, compareceram 700 pessoas.

Conforme é costumeiro em toda assembléia, cerca de 1.500 Testemunhas da Grande São Paulo foram ao estádio antes da assembléia a fim de varrer e limpar cada cantinho dele. Milhares de voluntários colaboraram na montagem e na operação dos muitos departamentos, inclusive de amplo restaurante que funcionou na parte externa, enfrentando naturais óbices de restrita água potável em contraste com persistente e incomodativa chuva. Ao ver os congressistas em atividade, o administrador do Estádio, Sr. Gino Orlando, declarou: “É a única organização no mundo capaz de fazer o que estou vendo; é um sonho, não parece realidade.” O Sr. Favoreto, do setor de Relações Públicas do clube, exclamou: “Que coisa maravilhosa estou vendo . . . esperava que alguns se tornassem ‘são-paulinos’ para infundir-nos esse espírito, porém, depois de ver seu trabalho e ouvir o programa, acho que alguns de nós é que se tornarão testemunhas de Jeová!”

Visto ser o gramado o campo natural de trabalho dos futebolistas, as Testemunhas, em seus congressos, o consideram área restrita. Assim, o Sr. Orlando ficou imaginando o que acontecia com um garotinho de uns 5 anos, que caminhava em direção ao gramado com a mão fechada e o braço estendido. Seguiu-se o seguinte diálogo:

Administrador: “Que foi, meu filho, machucou a mão?”

Menino: “Não senhor. É que achei esse filhote de pardal e pensei que, se o colocasse no gramado, poderia salvar a vida dele. Será que o senhor o colocaria na grama para mim? Eu não posso pisar no gramado!”

Administrador, passando a mão na cabeça dele e segurando com cuidado o passarinho: “Claro, meu filho. Posso, sim!”

Será de admirar que, ao contar mais tarde esse ocorrido, o Sr. Orlando se mostrasse deveras emocionado de ver uma criança com tanto amor à vida e aos animais, e tão respeitosa para com a ordem de não pisar na grama? Não constitui isso motivo de natural orgulho para os pais cristãos daquele jovem, que sem dúvida reconhecem a Soberania Divina, conforme indicado em Mateus 10:29: “Não se vendem dois pardais por uma moeda de pequeno valor? Contudo, nem mesmo um deles cairá ao chão sém o conhecimento de vosso Pai”?

Na assembléia de Itabuna, Bahia, o Prefeito Municipal. Sr. José Oduque Teixeira e seus secretários, se achavam entre as 2.271 pessoas presentes ao discurso público no estádio por eles mesmos cedido. Observaram a boa influência espiritual do congresso, elogiaram a boa organização, fizeram perguntas sobre doutrinas e receberam de presente as novas publicações lançadas no congresso, os livros Aproximou-se o Reino de Deus de Mil Anos e É Esta Vida Tudo o Que Há?. Quase todas as Administrações dos locais usados pelas Testemunhas fizeram também questão de registrar, quer oralmente quer por escrito, suas congratulações pelo bom êxito. Em Recife, por exemplo, o ofício da administração do Ginásio de Esportes “Geraldo Magalhães” dizia que o congresso “transcorreu num clima de respeito, ordem e disciplina, fatores essenciais para o total êxito . . . desse espetáculo de fé e crença”, que abrangeu 10.033 assistentes, no domingo.

Em todas as partes, os policiais encarregados da segurança dos locais ficaram maravilhados do bom comportamento dos congressistas. O Sargento Mafaldo, encarregado de policiar o trânsito no Morumbi, assim se expressou: “Pelo menos uma vez tive o prazer de trabalhar para um povo pacífico, disciplinado, cooperador . . . que bom seria se toda a humanidade fosse igual a vocês.” No domingo, seu dia de folga, fez questão de trazer toda a família ao congresso.

Assembléias grandes sempre atraem pessoas que amam a justiça e desejam conhecer a Deus. Mas, às vezes, também atraem alguns que não visam os melhores interesses do próximo. Assim, era natural que o Presidente do São Paulo F. C. se preocupasse em providenciar um reforço do policiamento do Estádio. Mas, um dos administradores, Sr. Cardoso, lhe fez ver que suas preocupações eram infundadas, dizendo-lhe que “as Testemunhas cuidam bem delas mesmas e também dos outros”. No entanto, sempre é bom manter a vigilância.

Assim é que, em Resende, duas mulheres apresentaram talões de números 22 e 23 para retirar malas. Mas, o encarregado notou que não continham a rubrica do responsável. Desta forma, evitou que seus irmãos cristãos fossem roubados! Em Marília, um punguista arranjou um cartão de lapela e começou a “atuar” sem levantar suspeitas — assim pensava! Mas, logo alguém o pegou, quando ninguém conseguiu localizar a congregação “Graça Divina” que ele indicara no cartão! Em Ribeirão Preto, um batedor de carteiras conseguiu surrupiar uma pasta, onde foi colocando carteiras roubadas. Satisfeito, foi-se embora. Na condução, fumava tranqüilamente seu cigarrinho quando um policial, vizinho das Testemunhas, suspeitou do jeito dele e lembrou-se de que jamais vira uma Testemunha fumando. Assim, não demorou muito até que o conteúdo da pasta estava de novo à disposição de seus donos. Quão felizes se sentiram tais Testemunhas por serem identificadas pela limpeza moral e também física! — 2 Cor. 7:1.

Que a boa conduta deveras ressalta que as Testemunhas reconhecem a Soberania Divina é atestado por um repórter de O Diário de Ribeirão Preto. Aborrecido com a tarefa de cobrir o congresso, chegou ao local na hora do almoço, ficando logo impressionado de ver a rapidez com que as pessoas eram servidas, o ambiente sadio e a perfeita camaradagem entre todos, que se tratavam e chamavam de “irmãos”. Terminada sua reportagem inicial, pediu permissão ao jornal para continuar cobrindo a assembléia nos seus 4 dias. Suas reportagens assinadas, com fotos de primeira página, destacaram a base bíblica para os ensinos das Testemunhas de Jeová, sua forte fé e convicção na vinda de “Um só Mundo Um só Governo sob a Soberania de Deus”. José Fernando ficou deveras emocionado ao receber uma Bíblia de presente, dizendo: “Sempre acreditei que só se dá uma Bíblia de presente a um amigo, e estou muito emocionado em saber que vocês já me consideram seu amigo.” No domingo, fez questão de trazer a esposa ao discurso público. Mais de 7.000 pessoas estavam presentes ali.

Novas Testemunhas

Que tipo de pessoas se tornam testemunhas de Jeová? No Brasil, em geral são pessoas que já tiveram experiências desapontadoras com outras religiões e que desejam a verdade clara e simples da Bíblia. Nos 12 meses anteriores a setembro de 1975 foram batizadas 16.789 pessoas. Mas, só de setembro a dezembro já foram batizadas 6.569. Deve-se frisar, porém, que o batismo cristão não é de “aceitação”, ou a entrada numa “nova religião”. Simboliza a dedicação consciente da pessoa para fazer a vontade de Deus. Através do estudo da Bíblia, por vários meses, a pessoa se conscientiza da necessidade de ajustar sua vida pública e particular, ter uma vida moral limpa, situação marital regularizada e viver como verdadeiro cristão. Se não fossem tais exigências, muito mais pessoas poderiam ser batizadas. Mas as Testemunhas de Jeová só batizam aqueles que se mostram “discípulos” de Cristo. — Mat. 28:19, 20.

Entre os batizandos em recentes assembléias achavam-se pessoas com dificuldades físicas, cegos, paraplégicos, médicos, advogados, ex-anciãos de igrejas protestantes, ex-padres e ex-freiras, ex-hippies, ex-toxicômanos e antigos alcoólatras. Todos fizeram grandes mudanças e ajustes em sua vida, ajustando-se às leis e princípios da Palavra de Deus. — 1 Cor. 6:9-11; 1 Tim. 1:15, 16.

Em Curitiba, Paraná, três pessoas cegas foram imersas. Duas delas são internas do Instituto Paranaense de Cegos. Uma delas, Eva, levou a verdade a outra, Maria Júlia. Elas estudam a Bíblia com suas colegas e escrevem cartas em braille a estudantes de outros institutos congêneres, com bons resultados.

Em Fortaleza, junto com outras 161 pessoas, foi batizado um senhor que, por 39 anos, fora presbiteriano, servindo uns 20 anos como diácono e 2 anos como presbítero. Ao falar com as Testemunhas, sempre se jactava de conhecer a Bíblia melhor que elas. Mas, certo dia, ao visitar uma filha, também presbiteriana, ficou sabendo que as Testemunhas lhe explicaram que o Natal não era festa cristã. Em suas próprias palavras: “Eu achei isso demais. Afirmei que as Testemunhas eram loucas mesmo! Mas, com o assunto na mente, li a Bíblia de Mateus ao Apocalipse, sem encontrar prova de que Jesus ou os apóstolos comemorassem ou mandassem guardar o Natal. Compreendi que as Testemunhas diziam a verdade.” Pouco depois, encontrou num latão de lixo um livro bíblico, sem capa, cujas folhas eram agitadas ao vento. Era ‘Coisas em Que É Impossível que Deus Minta’. Naquele mesmo dia, leu-o atentamente e escreveu na contracapa de sua Bíblia: “Foi no dia 25 de fevereiro de 1975 que passei a entender, pelo espírito santo, as coisas verdadeiras da justiça de Deus.”

Entre os 1.652 batizandos em São Paulo achava-se Joãozinho, de 9 anos, da Congregação Cidade Vargas. Ao ver a maneira carinhosa com que sua mãe tratava de todos em casa, inclusive do marido descrente, pediu à sua mãe que estudasse a Bíblia com ele. Estudou os livros Escute o Grande Instrutor e A Verdade Que Conduz à Vida Eterna e conseguiu responder bem às 80 perguntas preparatórias para o batismo. Ele já participava na Escola Teocrática, onde já fizera 2 discursos. Mostra sempre disposição de ser útil nas tarefas domésticas. Seu maior desejo é ajudar agora seu pai a aprender também a verdade.

Até mesmo ex-clérigos estão sendo batizados. Na assembléia de Novo Hamburgo, por exemplo, entre as 149 pessoas batizadas achava-se um ex-sacerdote e professor profissional católico durante 9 anos. Sentia-se particularmente aflito com o abismo entre os “belos ensinamentos” e a vida real dos clérigos. Chocava-lhe a doutrina antibíblica da evolução. Recebendo por acaso as revistas A Sentinela e Despertai!, começou a consultá-las com relutância. Mas, a forma positiva com que defendem a criação e a Bíblia muito o impressionou, fazendo-o ver a verdade. Hoje se declara eternamente grato a Jeová pela sua benevolência e está disposto a ajudar seus ex-colegas a também saírem de Babilônia, a Grande, enquanto ainda há tempo. — Rev. 18:4.

Efeitos do Alimento Espiritual

Em suas reuniões e congressos, as Testemunhas procuram ouvir atentamente, a fim de que as boas informações da Palavra de Deus penetrem em seus corações. Reconhecidamente, não é muito fácil concentrar-se em locais abertos, com milhares de pessoas reunidas, mas é impressionante para os estranhos ver como as Testemunhas acompanham os discursos e representações dramáticas com suas Bíblias, e como fazem anotações, procurando entender e aplicar o que é dito. — Tia. 1:25.

As Testemunhas apreciam de coração as muitas informações que lhes são dadas quanto à família, criação de filhos, orientação aos jovens, manter vigilância quanto à “grande tribulação” e a realidade do “Um só Mundo, Um só Governo sob a Soberania de Deus”.

Nesta série recente de assembléias, muito apreciado foi o drama “Práticas Puras e Retas — Necessárias Para a Vida da Criança”. Em Ribeirão Preto, certo ancião congregacional, com vários filhos, disse: “Observei, em especial, a parte em que Samuel diz que não só sabia recitar os Dez Mandamentos, mas explicá-los! Isso nos mostra que devemos ajudar nossos filhos a entender a verdade e nos obriga a meditar e raciocinar mais sobra as razões de nossa fé e esperança!” (1 Ped. 3:15) Outro ancião de Botucatu, presente à assembléia de Marília, disse: “Notei que Eli não foi rejeitado pelo modo de cumprir suas funções como sumo sacerdote, mas por não repreender seus filhos, não os criando na disciplina de Jeová. Isso é um aviso para todos nós, anciãos, que temos filhos!” (Efé. 6:4) E uma jovem Testemunha, após assistir a esse drama, disse que desejaria poder voltar a ser criança de novo e poder copiar de perto o excelente exemplo de Samuel!

De grande efeito prático foi também o drama “Para que não se Fale da Palavra de Deus de Modo Ultrajante”. Representado inteiramente por mulheres, sublinhava a castidade e a conduta correta da mulher cristã. Certa Testemunha de São Paulo, mãe de família que dedica 100 horas mensalmente à pregação, disse: “Era exatamente o que precisávamos, visto que há tantas Testemunhas novas que são esposas, mães ou donas-de-casa. Aprendemos que a castidade não tem que ver só com o que se veste, mas também com a maneira de se usar o que se veste, evitando suscitar paixões ilícitas.” Uma jovem, casada, de Porto Alegre, disse que aprendeu muito sobre como equilibrar seu serviço a Deus e as responsabilidades domésticas para com o esposo e filhos, adornando o ensino do Senhor Jesus. (Tito 2:10) Uma Testemunha idosa, que já por muitos anos acompanha seu marido, superintendente viajante, disse que agora as irmãs, além de procurar lembrar e cultivar os nove frutos do espírito (Gál. 5:22, 23) podiam também relembrar e tentar aplicar os sete pontos sobre a esposa cristã mencionados em Tito 2:3-5.

Esforços Especiais de Assistir às Assembléias

As Testemunhas não poupam esforços de comparecer às suas assembléias e reuniões, sabendo o valor delas para sua espiritualidade. (Heb. 10:24, 25) Para animar seus irmãos a assistir à assembléia em Marília, os anciãos de Apucarana, Paraná, fizeram mais do que apenas falar. Tomaram medidas práticas, de amor. Notando que alguns teriam dificuldade de viajar, pois não tinham condução própria nem meios de pagar a viagem de ônibus especiais, foi fretado um ônibus extra para estes. Dois anciãos viajaram para Marília, fazendo arranjos de acomodar 75 irmãos num motel próximo, e outros 40 irmãos numa casa vazia duma cidade próxima a uns 12 quilômetros do congresso. Assim, mesmo os desprovidos de recursos puderam ter a felicidade de assistir à Assembléia “Soberania Divina” e beneficiar-se dela. — Tia. 2:14-17; 1 João 3:17, 18.

Para assistir à assembléia em Manaus, as Testemunhas de Roraima gastaram 2 dias e 2 noites viajando de ônibus e barco. Cinqüenta pessoas vieram de Santarém, Pará, gastando 3 dias e 2 noites de viagem. Para a assembléia de Belém vieram Testemunhas de Altamira, em plena Transamazônica, alguns se dispondo a aprofundar-se ainda mais em plena selva para levar a outros as boas novas do Reino.

Alguns viajaram centenas de quilômetros, de barcos, kombis, aviões, fazendo viagens arriscadas, mas mostrando seu apreço pelo arranjo de assembléias. Em Belo Horizonte, uma irmã estava hospitalizada, mas seu desejo de assistir à assembléia era maior do que seus problemas de saúde. Fez arranjos com o hospital para passar a noite ali e, durante o dia, era levada para o local da assembléia. Já nos últimos dias apresentava-se sorridente, feliz pelas bênçãos espirituais recebidas. Não seria bom se cada um de nós se perguntasse se temos tanto apreço assim por nossas reuniões locais e assembléias? — Sal. 84:10; 122:1.

Notável Hospitalidade e Desejo de Servir

Sendo o Brasil um país que gosta de esportes, muitas praças e ginásios esportivos estão sendo construídos, e as Testemunhas sentem-se gratas de que muitos locais excelentes lhes foram cedidos. Poder-se-ia citar, entre outros, o vistoso Ginásio “Paulo Sarazate” em Fortaleza, o notável Ginásio do “Centro Desportivo Presidente Médici”, em Brasília, com excecional sistema sonoro, o confortável “Geraldão”, em Recife, e o moderno Ginásio da FENAC, em Novo Hamburgo, ladeado de tranqüilo lago em que patinhos se deleitavam. Mas, alguns locais eram simples recintos de exposições pecuárias, mostrando, como declarou um ancião da sede da Sociedade, a disposição correta das Testemunhas, semelhante à de Jesus e dos apóstolos, de reunir-se em qualquer local disponível.

Em Resende, por exemplo, o chefe da Divisão de Serviços Urbanos, Sr. Pontes, mencionou em ofício sua admiração pela transformação realizada no local de exposições pecuárias, “em prova exuberante de organização e trabalho conjunto, coroando magnificamente um congresso” de cerca de 4.000 pessoas. Através do setor de hospedagem e pela iniciativa pessoal, conseguiram acomodar cerca de 2.000 pessoas em casas das próprias Testemunhas, casas vazias por elas arranjadas, galpões, armazéns, Salões do Reino, pensões, hotéis. Muitas pessoas generosas e hospitaleiras pintaram os locais cedidos, construíram ou ampliaram cômodos e até mesmo casas inteiras, instalaram, consertaram ou melhoraram instalações hidráulicas e elétricas para comodidade dos hóspedes. Muitos fizeram ou compraram colchões, roupa de cama, certas famílias conseguindo acomodar 40, 60 ou até mais pessoas. Até comerciantes locais, que não eram Testemunhas, cederam seus estabelecimentos, como alfaiatarias, um certo senhor fechando seu salão de refeições após as 20 horas para acomodar congressistas e fazendo questão de lhes fornecer grátis um lanche à noite e o café da manhã. Que exemplos notáveis de extraordinário humanitarismo e hospitalidade, como o dos habitantes de Malta para com o apóstolo Paulo e outros! — Atos 28:1, 2, 7, 10; Heb. 13:2.

Outros locais usados para hospedagem foram antigos conventos, seminários, agora vazios, instituições religiosas para cursilhistas, escolas e abrigos. Isto aconteceu em Santa Maria e Ribeirão Preto, em especial. Tal hospitalidade foi muito apreciada.

Na Bahia, as Testemunhas de Jeová sempre conseguem o grandioso Estádio da Fonte Nova, onde 34.592 pessoas assistiram ao congresso, no início deste ano. Sua boa reputação é motivada pelo desejo de sempre retribuir tal generosidade com trabalhos úteis ao local usado. Elas praticamente reconstruíram a piscina, anos atrás, e este ano fizeram um grande trabalho em prol do melhoramento do gramado do estádio.

Tônica Geral da Obra no Brasil

É surpreendente o progresso das Testemunhas de Jeová no Brasil. Por exemplo, suas revistas gozam de tiragens fabulosas, e continuam aumentando. Em abril de 1976, A Sentinela atingiu um auge de 790.000 exemplares, e, em outubro de 1975, esta revista Despertai! teve uma circulação máxima de 709.800 para um único número! As instalações gráficas das Testemunhas, em São Paulo, já quase não comportam mas os necessários estoques de publicações, papel e outros itens usados na impressão da mensagem das boas novas do Reino. Em fase de construção, há um grande Salão de Assembléias, em Ribeirão Pires, para a Grande São Paulo. Há um outro para Salvador.

Real motivo de satisfação foi seu novo auge de 106.228 testemunhas ativas de Jeová em novembro de 1975! Mas, isto não é tudo, pois elas reconhecem a necessidade urgente de mais pessoas virem a reconhecer a Soberania Divina e obterem vida eterna.

Assim, o que pensam as testemunhas de Jeová sobre o futuro próximo! Grande atenção se focalizou em 1975, pois a evidência bíblica é de que já se completaram 6.000 anos desde a criação de Adão, o primeiro homem. Assim, o pleno domínio do reino messiânico, de “um só mundo, um só governo”, não pode estar longe!

Sintetizando a necessidade de vigilância, e de forte apego à Soberania Divina, disse um ancião congregacional de São Bernardo do Campo: “Quando muitos de nós aprendemos a verdade, como eu, há 30 anos atrás, pouco se falava de datas, mas mesmo assim nosso desejo era servir a Jeová por toda a eternidade. E nada mudou quanto ao nosso objetivo. Estamos certos e confiantes de que nenhuma promessa de Jeová deixará de cumprir-se. E queremos ser fiéis e leais para que, quando vier o fim deste sistema, sejamos achados sem mancha num mácula, e em paz.” — 2 Ped. 3:14.

[Foto na página 21]

Uma visão ampla do Estádio do Morumbi durante a realização dum drama bíblico; na conferência pública havia 54.416 pessoas.

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