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  • Jeová frustra adivinhos
Despertai! — 1977
g77 8/4 pp. 25-27

Ajuda ao Entendimento da Bíblia

[Matéria selecionada de Aid to Bible Understanding Edição de 1971.]

ADIVINHAÇÃO. Do latim divus, “pertencente a deus”, significando que a informação recebida provém dos deuses. “Adivinhação” abrange, em geral, o inteiro escopo da obtenção de conhecimento secreto, em especial sobre eventos futuros, com a ajuda de poderes espiritualistas ocultos. (Veja ESPIRITISMO.) Para considerar aspectos especializados da adivinhação, veja ASTRÓLOGOS; CONJURADOR; PROGNOSTICADOR DE EVENTOS; MAGIA E FEITIÇARIA.

Os praticantes da adivinhação crêem que os deuses sobre-humanos revelam o futuro para os treinados a ler e interpretar certos sinais e presságios que, afirmam eles, são comunicados de várias formas: Por fenômenos celestes (a posição e o movimento das estrelas e dos planetas, eclipses, meteoros), por forças físicas terrestres (vento, tempestades, fogo), pelo comportamento de “criaturas (latido de cães, vôo de aves, movimento de cobras), por desenhos formados por folhas de chá numa chávena, por figuras formadas pelo óleo sobre a água, ou pela direção assumida por flechas que caem, pela aparência do fígado, pulmões e entranhas de animais sacrificados, pelas linhas da palma da mão, pelo lançar de sortes, e pelos “espíritos” dos mortos.

Certos campos da adivinhação receberam nomes específicos. Por exemplo, o augúrio, popular junto aos romanos, é um estudo das aves em vôo; a quiromancia prediz o futuro pelas linhas da palma da mão; a hepatoscopia inspeciona o fígado; a aruspicação inspeciona as entranhas; a axinomancia adivinha com as cunhas dos machados; a belomancia com flechas; a rabdomancia usa a vara de adivinhação; a oniromancia é a adivinhação pela interpretação de sonhos; a necromancia é a tencionada indagação dos mortos. Contemplar cristais (cristalomancia) e a adivinhação oracular são ainda outras formas.

ORIGEM

O berço da adivinhação foi Babilônia, a terra dos caldeus, e, dali, estas práticas ocultas se espalharam por toda a terra, com a emigração da humanidade. (Gên. 11:8, 9) Daquela parte da biblioteca de Assurbanipal que foi desenterrada, um quarto, diz-se, contém tábuas de presságios que visavam interpretar todas as peculiaridades observadas nos céus e na terra, bem como todas as ocorrências incidentais e acidentais da vida cotidiana. A decisão do Rei Nabucodonosor de atacar Jerusalém foi feita somente depois do recurso à adivinhação, a respeito do qual está escrito: “Sacudiu as flechas. Indagou por meio dos terafins, examinou o fígado. Na sua direita mostrou-se haver a adivinhação referente a Jerusalém.” — Eze. 21:21, 22.

Examinar o fígado em busca de presságios se baseava na crença de que toda a vitalidade, emoção e afeição se centralizava neste órgão. Um sexto do sangue do homem está no fígado. As variações de seus lóbulos, canais, apêndices, veias, saliências e marcas eram interpretadas como sinais ou presságios dos deuses. (Veja ASTRÓLOGOS.) Grande número de modelos em argila de fígados foram encontrados, o mais antigo sendo de Babilônia, contendo presságios e textos em cuneiforme usados pelos adivinhos. Os antigos sacerdotes assírios eram chamados baru, que significa “inspetor” ou “aquele que vê”, devido ao destaque que a inspeção do fígado tinha em sua religião de adivinhação.

CONDENADA PELA BÍBLIA

Todas as várias formas de adivinhação, sem considerar o nome pelo qual sejam chamadas, contrastam nitidamente e representam desafio aberto à Bíblia Sagrada. Jeová, mediante Moisés, avisou rigorosa e repetidamente Israel a que não adotasse tais práticas de adivinhação de outras nações, dizendo: “Não se deve achar em ti alguém que faça seu filho ou sua filha passar pelo fogo, alguém que empregue adivinhação, algum praticante de magia ou quem procure presságios ou um feiticeiro, ou alguém que prenda outros com encantamento, ou alguém que vá consultar um médium espírita, ou um prognosticador profissional de eventos, ou alguém que consulte os mortos. Pois, todo aquele que faz tais coisas é algo detestável para Jeová, e é por causa destas coisas detestáveis que Jeová, teu Deus, as expulsa de diante de ti.” (Deu. 18:9-12; Lev. 19:26, 31) Os adivinhadores pela interpretação dos sonhos, mesmo que seus sinais e portentos se cumprissem, não estavam isentos da condenação. (Deu. 13:1-5; Jer. 23:32; Zac. 10:2) A extrema hostilidade da Bíblia para com os adivinhos é demonstrada em seu decreto de que todos eles deveriam ser mortos sem falta. — Êxo. 22:18; Lev. 20:27.

Mas, apesar destes repetidos mandamentos, surgiram apóstatas para insultar a Jeová, não apenas pessoas comuns, como a mulher de En-Dor, mas poderosos reis, como Saul e Manassés, e a Rainha Jezabel. (1 Sam. 28:7, 8; 2 Reis 9:22; 21:1-6; 2 Crô. 33:1-6) Embora o bom Rei Josias extirpasse os praticantes da adivinhação em seus dias, isso não bastou para salvar Judá da destruição, assim como seu reino co-irmão, Israel, tinha sido destruído. (2 Reis 17:12-18; 23:24-27) Jeová, contudo, em sua benevolência, enviou primeiro seus profetas para avisá-los das abominações, assim como seus profetas avisaram a mãe de toda adivinhação, Babilônia. — Isa. 3:1-3; 8:19, 20; 44:24, 25; 47:9-15; Jer. 14:14; 27:9; 29:8; Eze. 13:6-9, 23; Miq. 3:6-12; Zac. 10:2.

A adivinhação também prevalecia muito nos dias dos apóstolos de Jesus. Na Ilha de Chipre, um feiticeiro, chamado Barjesus, foi ferido de cegueira por interferir na pregação do apóstolo Paulo. E, na Macedônia, Paulo expulsou um demônio de adivinhação duma incomodativa moça, para grande consternação de seus amos que ganhavam muito com sua força oculta de predição. (Atos 13:6-11; 16:16-19) No entanto, outros, como Simão, de Samaria, desistiram voluntariamente de sua prática de artes mágicas, e, em Éfeso, houve tantos que atearam fogo em seus livros de adivinhação que o valor deles totalizava cinqüenta mil moedas de prata (talvez US$ 8.000 ou Cr$ 112.000,00). — Atos 8:9-13; 19:19.

O desejo natural do homem de conhecer o futuro é satisfeito quando ele adora e serve seu Grandioso Criador, pois, mediante o canal de comunicação de Deus ele revela amorosamente de antemão o que é bom que o homem saiba. (Amós 3:7) No entanto, quando os homens se desviam de Jeová e se alienam do único que conhece o fim desde o princípio, facilmente se tornam vítimas da influência demoníaca espírita que aparenta revelar o futuro. Saul é um notável exemplo de alguém que, no início, voltava-se para Jeová em busca de conhecimento dos eventos futuros, mas que, depois de ser cortado de todo contato com Deus, devido à sua infidelidade, voltou-se para os demônios como substitutos da orientação divina. — 1 Sam. 28:6, 7; 1 Crô. 10:13, 14.

Portanto, existe nítida diferença entre a verdade revelada de Deus e as informações obtidas pela adivinhação. Os que se voltam para esta amiúde tornam-se vítimas de violentas convulsões causadas por invisíveis forças demoníacas, às vezes atingindo um frenesi por meio de música esquisita e certas drogas. A palavra grega para “vaticínio” provém do verbo maínesthai, que significa “delirar”, e é usada para descrever alguém que espuma pela boca e cujo cabelo é desalinhado e emaranhado. Orígenes (terceiro século E. C.), ao responder ao ataque do filósofo pagão, Celso, de que “[os cristãos] não dão valor aos oráculos da sacerdotisa pítia” declarou: “Diz-se que a sacerdotisa pítia, cujo oráculo parece ter sido o mais famoso, quando se sentava à boca da caverna castaliana, o espírito de Apolo entrava nas partes íntimas dela. . . . Outrossim, não é função dum espírito divino levar a profetisa a tal estado de êxtase e de loucura que ela perca o controle de si mesma . . . Se, então, a sacerdotisa pítia fica fora de si quando profetiza, qual será o espírito que enche sua mente e obscurece seu juízo, a menos que seja da mesma ordem que os demônios, que muitos cristãos expulsam?” (Origen Against Celsus [Orígenes Contra Celso], Livro VII, caps. iii, iv) Os verdadeiros servos de Jeová não sentem nenhuma de tais distorções físicas ou mentais quando movidos a falar por espírito santo. (Atos 6:15; 2 Ped. 1:21) Os profetas de Deus, com senso de dever, falavam livremente, sem pagamento; os adivinhos pagãos realizavam seu negócio visando lucro pessoal egoísta.

Em parte alguma da Bíblia se dá uma conotação boa a qualquer forma de adivinhação. Muitas vezes, nos mesmos textos condenatórios, mencionam-se as práticas espíritas da adivinhação junto com o adultério e a fornicação. (2 Reis 9:22; Naum 3:4; Mal. 3:5; Gál. 5:19, 20; Rev. 9:21; 21:8; 22:15) Aos olhos de Deus, a adivinhação é comparável ao pecado de rebelião. (1 Sam. 15:23) Por conseguinte, é antibíblico falar das comunicações de Jeová com seus servos como manifestação de “boa” adivinhação.

Jeová frustra adivinhos

O poder ilimitado de Jeová, comparado ao poder mui restrito demonstrado pelos adivinhos-mágicos, é dramatizado no caso de Moisés e Arão perante Faraó. Quando a vara de Arão tornou-se uma cobra, os mágicos egípcios aparentaram reproduzir o feito. Mas, que revés sofreram estes últimos quando a vara de Arão tragou as dos feiticeiros! Aparentemente, os sacerdotes egípcios transformaram água em sangue, e fizeram com que rãs cobrissem o país. Mas, quando Jeová fez com que o pó se transformasse em borrachudos, os feiticeiros, com suas artes secretas, tiveram de admitir que era “o dedo de Deus”. — Êxo. 7:8-12, 19-22; 8:5-11, 16-19; 9:11.

O iníquo Hamã mandou que ‘alguém [evidentemente um astrólogo] lançasse Pur, isto é, a Sorte, . . . de dia em dia e de mês em mês’ a fim de determinar o tempo mais favorável para mandar exterminar o povo de Jeová. (Est. 3:7-9) “Ao recorrer a este método de determinar o dia mais auspicioso para pôr em execução seu plano atroz, Hamã fez o que os reis e os nobres da Pérsia sempre fizeram, nunca se empenharem em qualquer empreendimento sem consultar os astrólogos e ficar satisfeitos quanto à hora da sorte.” (Commentary de Jamieson, Vol. II, p. 639) Baseado em tal adivinhação, Hamã imediatamente pôs em execução seu plano iníquo. No entanto, o poder de Jeová de livrar seu povo foi novamente demonstrado, e Hamã, que confiava na adivinhação, foi enforcado na própria estaca que preparara para Mordecai. — Est. 9:24, 25.

Outro exemplo do poder superior de Jeová sobre as forças ocultas é o caso em que os moabitas vieram “com os honorários pela adivinhação nas suas mãos” para contratar Balaão, o adivinho mesopotâmio, para amaldiçoar a Israel. (Núm. 22:7) Embora Balaão procurasse “encontrar quaisquer presságios de azar”, Jeová fez com que proferisse apenas bênçãos. Em uma das suas declarações proverbiais, Balaão, sob a força impulsionadora de Jeová, admitiu: “Contra Jacó não há feitiço de azar, nem adivinhação contra Israel.” — Núm. caps. 23, 24.

PRESSÁGIO. Qualquer coisa considerada como fornecendo algum indício do futuro; situação ou ocorrência que se considera como pressagiando o bem ou o mal. (Gên. 30:27; Núm. 24:1) A procura de presságios, uma forma de adivinhação, foi especificamente proibida pela lei de Deus dada a Israel. (Lev. 19:26; Deu. 18:10) Mas, apóstatas, como o rei judeu Manassés, procuraram presságios. (2 Reis 17:17; 21:6) Visto que tal prática é condenada nas Escrituras, evidentemente o comentário do fiel José sobre o uso de seu cálice de prata para ler presságios era simplesmente parte dum estratagema. (Gên. 44:5, 15) Por fazê-lo, José se apresentou, não como alguém que tinha fé em Jeová, mas como um administrador duma terra em que prevalecia a adoração falsa. Assim, ele não forneceu nenhum indício de ter algo em comum com seus irmãos, e manteve oculta deles a sua verdadeira identidade.

ADMINISTRAÇÃO. O conceito e o exercício de administração é evidente em todo o registro bíblico. Desde o início da história humana, Deus autorizou o homem perfeito a cuidar da terra e ter em sujeição suas criaturas. (Gên. 1:26-28) Depois da rebelião do homem, desenvolveu-se e tornou-se destacado um sistema patriarcal de administração dos assuntos familiares, das propriedades, com a imposição de normas de conduta, em especial a partir do Dilúvio.

A administração dos assuntos nacionais de Israel por Moisés, segundo a vontade divina, durante a jornada de quarenta anos pelo deserto, fornece brilhante exemplo de administração, inclusive da delegação de autoridade a subordinados fidedignos. (Êxo. 18:19-26) No âmbito do sacerdócio, a responsabilidade primária de administrar cabia ao sumo sacerdote (Núm. 3:5-10); no entanto, outros recebiam a responsabilidade de superintendência e de supervisão de certos departamentos de serviço. (Núm. 3:25, 26, 30-32, 36, 37; 4:16) Após a entrada de Israel na Terra Prometida, os juízes agiam como administradores daquela nação, com apoio divino. (Juí. 2:16, 18; Rute 1:1) Com o estabelecimento do reino em Israel, criou-se um sistema mais completo de administração. Sob o Rei Davi, a estrutura administrativa foi bem pormenorizada, havendo oficiais diretamente abaixo do rei e administradores divisionais que serviam em todo o país. (1 Crô. 26:29-32; 27:1, 16-22, 25-34) O sacerdócio também foi cabalmente organizado durante o reinado de Davi, havendo supervisores para o trabalho no tabernáculo, oficiais e juízes, porteiros, cantores e músicos, e fixando-se vinte e quatro divisões sacerdotais para cuidar do serviço no tabernáculo. (1 Crô. 23:1-5; 24:1-19) A administração de Salomão foi ainda mais extensiva e fornece notável exemplo duma administração capaz na construção do templo. — 1 Reis 4:1-7, 26, 27; 5:13-18.

Outras nações também criaram sistemas complexos de administração, conforme indicado pelas classes de oficiais convocados pelo Rei Nabucodonosor na época da inauguração de sua imagem de ouro. (Dan. 3:2, 3) O próprio Daniel se tornou “regente” [do aramaico shelét, relacionado à palavra “sultão”] do distrito jurisdicional de Babilônia, e sob ele, a administração civil (‘avidháh’) foi concedida a Sadraque, Mesaque e Abednego. — Dan. 2:48, 49.

Nas Escrituras Gregas, o uso correto da autoridade e da responsabilidade delegadas aos que receberam a supervisão da aplicação e da execução da vontade expressa de Deus entre seu povo é amiúde considerado, e isto é com freqüência feito por referências à mordomia e à supervisão. (Luc. 16:2-4; 1 Cor. 9:17; Efé. 3:2; Col. 1:25; Tito 1:7) Ao passo que a responsabilidade para com Deus é indicada como sendo de suprema importância (Sal. 109:8; Atos 1:20), os interesses daqueles que servem sob tal administração também são sublinhados. — 1 Ped. 4:10; veja MORDOMO.

Em todos os pormenores legislativos, judiciais e executivos que o código mosaico de lei produziu para a nação de Israel, o resultado final foi uma administração (diakonia) de condenação para os que estavam sob ele. (2 Cor. 3:7-9) Todavia, prefigurava os benefícios do novo pacto de glória superior. — 2 Cor. 3:6, 11, Heb. 10:1.

Em sua bondade imerecida, Deus propôs ter “uma administração [grego, oikonomia, da qual se deriva nossa palavra portuguesa “economia”] no pleno limite dos tempos designados, a saber, ajuntar novamente todas as coisas no Cristo, as coisas nos céus e as coisas na terra”. — Efé. 1:10; 3:9, 10; veja GOVERNO; REINO.

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